(UNITAU SP/2019)
“Escrevendo há mais de vinte anos, dediquei ao tema muitas páginas e chamei a atenção para a complexidade e mesmo o caráter contraditório da realidade que se aglomerava sob o termo ‘globalização’. Primeiro, muito do que era considerado global tinha sido originalmente local ou nacional, do hambúrguer tipo McDonald’s, que tinha nascido numa pequena localidade do meio-oeste os EUA, ao estrelato cinematográfico, ativamente produzido no início por Hollywood, para rivalizar com as concepções do cinema francês e italiano que antes dominavam; ou ainda a democracia enquanto regime político globalmente legítimo, uma vez que o tipo de democracia globalizado foi a democracia liberal, de matriz europeia e norte-americana e, na versão neoliberal, mais norte-americana que europeia. Segundo, a globalização, ao contrário do que o nome sugeria, não eliminava as desigualdades sociais e as hierarquias entre os diferentes países ou regiões do mundo. Pelo contrário, tendia a fortalecê-las”.
SANTOS, B. de S. A ilusória “desglobalização”. Disponível em www.ihu/unisinos.br. Acesso em out. 2018.
Sobre o processo de globalização, é CORRETO afirmar:
Apresenta grandes oportunidades e benefícios repartidos de forma regular entre os diferentes países capitalistas;
Seus resultados podem ser entendidos como expressão do desenvolvimento natural do capitalismo como processo de produção;
A globalização apagou completamente as diferenças regionais e locais, pois todos se vestem da mesma forma e com as mesmas marcas;
A globalização provocou fusões de empresas que, na maioria dos países, levou à geração de empregos e à estabilidade econômica;
O processo de globalização nos remete às transformações na economia, na cultura, na política de blocos hegemônicos e nas relações cotidianas dos países ocidentais.