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Disciplina

(AFA - 2015)ELAS QUEREM O TOPO(Marcela Buscato)O s

Português | Interpretação de texto | narração | a linguagem da narrativa | discurso direto, indireto e indireto livre
AFA 2015AFA PortuguêsTurma EsPCEx-AFA

(AFA - 2015)

ELAS QUEREM O TOPO

(Marcela Buscato)

O sucesso de algumas mulheres pioneiras em áreas dominadas pelos homens mostra que elas podem chegar lá - e revela como isso anda difícil.

              O passeio preferido da brasiliense Neiriane
arcelli da Silva Costa, quando criança, era
acompanhar seu pai, suboficial da Força Aérea
Brasileira (FAB), nos desfiles militares. Ela gostava de
5observar os aviões no céu e sonhava em estar um dia
no lugar dos pilotos. “Eu me desiludia ao pensar que
nunca poderia realizar meu sonho, porque apenas
Homens pilotavam aviões militares”, diz Marcelli, hoje
Com 28 anos. Até o dia em que oficiais da FAB foram
10ao colégio dela para contar uma novidade: a partir daquele
ano, 2002, as meninas também poderiam se inscrever
no curso de oficiais aviadores. Marcelli se formou cinco
anos depois na Academia da Força Aérea (AFA),
Integrou um esquadrão em Belém, no Pará, e hoje
15ensina os cadetes da AFA, em Pirassununga, interior de
São Paulo. O ambiente, dominado por homens, nunca a
intimidou. “Não pensei se faria alguma diferença ser
mulher. Era o que queria fazer.”
              A tenente Marcelli faz parte de uma geração de
20mulheres criadas para pensar que o limite para elas é o
mesmo que para os homens: o céu. Algumas
alcançaram essa fronteira literalmente, como Marcelli.
Outras, no sentido figurado. Nunca as mulheres
chegaram tão longe: à Presidência da República ou da
25Petrobrás, a maior empresa do país. As conquistas,
como sempre, dão origem a novas e ainda mais
ambiciosas aspirações. As mulheres querem
permanecer na liderança e avançar em muitas áreas.
Elas conquistaram um território dominado pelos
30homens. Contaram com mudanças na sociedade (que
permitiu mulheres oficiais aviadoras) e com alta dose de
eterminação pessoal. Suas histórias contêm lições
para outras desbravadoras – e para os homens também.
(...)

(Época, número 823, 10 de março de 2014. Editora Globo; p.60 – adaptado)

 

O primeiro parágrafo do texto é uma narrativa que conta como Marcelli realizou o sonho da menina – hoje uma das mulheres pioneiras como piloto militar na FAB. É típico dessa construção textual a presença de discursos direto, indireto e indireto livre. Assinale a alternativa em que o discurso apresentado DIFERE dos demais.

A

“Eu me desiludia ao pensar que nunca poderia realizar o meu sonho...” (l.6 e 7)

B

 “... a partir daquele ano, 2002, as meninas poderiam se inscrever no curso...” (l.10 a 12)

C

“... Não pensei se faria alguma diferença ser mulher.” (l.17 e 18)

D

“ Era o que queria fazer.” (l.18)