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História | História do Brasil | Ditadura Civil-Militar | a repressão | tortura e censura
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(ENEM - 2023)

No cemitério, a sociedade religiosa encarregada do funeral, aterrorizada, apressou a cerimônia de tal forma que a mãe de Herzog perdeu o momento em que o caixão do filho começou a ser coberto pela terra. Quatro jornalistas que estavam presos no DOI chegaram para assistir ao sepultamento. Um se afastara, chorando. Dizia: Eles matam, eles matam! Não pergunte nada. Não podemos dizer nada. Eles matam mesmo. Falava-se baixo. Ouviram-se dois curtos discursos. O primeiro, da atriz Ruth Escobar: Até quando vamos suportar tanta violência? Até quando vamos continuar enterrando nossos mortos em silêncio? No segundo, Audálio Dantas recitou o Navio negreiro, de Castro Alves: Senhor Deus dos desgraçados / Dizei-me Vós, Senhor Deus / Se é mentira, se é verdade, / Tanto horror perante os céus.

GASPARI, E. A ditadura encurralada. São Paulo: Cia. das Letras, 2004.

 

O acontecimento descrito no texto, ocorrido em meados dos anos 1970, atesta a seguinte característica do regime político-institucional vigente:

A

Incorporação da estética popular para justificar o ideal de integração nacional.

B

Afirmação da estratégia psicossocial para favorecer o objetivo de propaganda cívica.

C

Institucionalização de mecanismos repressivos para eliminar os focos de resistência.

D

Adoção de cerimoniais públicos para controlar as manifestações de grupos opositores.

E

Estatização de meios de comunicação para selecionar a divulgação de atos governamentais.