(FMABC 2013)
“Medidas com a delimitação e unificação do território, uniformização do sistema de pesos e medidas, padronização da moeda e criação de um sistema jurídico próprio, necessárias à formação do Estado, exigiam a expansão dos mercados e a integração de novos territórios, necessários para o desenvolvimento comercial, num processo sincrônico e interdependente.”
(Maria A. F. Pereira LEITE. . São Paulo: Editora Hucitec, 1994. p. 75) Destruição ou Desconstrução
O texto da autora se refere à formação dos Estados nacionais. Fazendo um paralelo com o atual processo de globalização pode ser afirmado que
na fase da chamada globalização, apesar de os limites e fronteiras dos territórios nacionais estarem cada vez mais consolidados, o fluxo de mercadorias e de pessoas na escala mundial se dá mais facilmente que anteriormente.
não existe empenho nem ações de criação de regras jurídicas minimamente respeitadas para regular as relações sociais e comerciais, numa escala que ultrapasse os Estados nacionais.
ações de integração de territórios nacionais em entidades mais amplas não avançaram até o ponto de criação de moedas supranacionais; as moedas permanecem sendo prerrogativa nacional.
territórios e mercados integrados que foram essenciais para a estruturação dos Estados nacionais não terão a mesma importância para o avanço do processo de globalização.
as ações formadoras dos Estados nacionais, citadas pela autora, já não são mais necessárias para o funcionamento das sociedades nacionais, nessa fase da globalização.