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(FUVEST - 2023- 1 fase)Mas no medimos os tempos qu

(FUVEST - 2023 - 1ª fase)

“Mas não medimos os tempos que passam, quando os medimos pela sensibilidade. Quem pode medir os tempos passados que já não existem ou os futuros que ainda não chegaram? Só se alguém se atrever a dizer que pode medir o que não existe! Quando está decorrendo o tempo, pode percebê-lo e medi-lo. Quando, porém, já estiver decorrido, não o pode perceber nem medir, porque esse tempo já não existe”.

Santo Agostinho. Confissões.

 

O tempo físico e o tempo psicológico se diferenciam na medida em que o primeiro se firma na objetividade e o segundo, na subjetividade. De acordo com os argumentos de Santo Agostinho, pode-se dizer que, no romance Angústia, de Graciliano Ramos, a passagem que melhor exprime a duração interior é:

A

“– 1910. Minto, 1911. 1911, Manuel?”

B

“Os galos marcavam o tempo, importunavam mais que os relógios.”

C

“Julião Tavares ia afastar-se, dissipar-se, virar neblina.”

D

“Mas no tempo não havia horas.”

E

“O espírito de Deus boiava sobre as águas.”