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VestibularEdição do vestibular
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(ITA -1999 - 1 FASE)(...) qualquer que seja a pref

(ITA - 1999 - 1ª FASE)

(...) qualquer que seja a preferência temática: contemplação panteísta e sentimento religioso, no sentido da associação de Deus à Natureza: lirismo pessoal que concilia a sua experiência sentimental com o ideal amoroso revestido de significação autobiográfica; indianismo e inspiração medievalista, isto é, de reconsideração de ideias e visões tomadas à tradição medieval. Nesse caso, deve-se entender a sua poesia indianista como antevisão lírica e épica das nossas origens, revigorando as intenções nacionalistas do Romantismo. Do ponto de vista da expressão, deu exemplo de extraordinário equilíbrio e sobriedade, resultantes sobretudo de longa experiência com a tradição poética em língua portuguesa. É de fato o nosso primeiro poeta romântico a se identificar imediatamente com a sentimentalidade de seu povo e a dar um exemplo fecundo à nossa criação literária.

(Cândido, Antônio; Castilho, José Aderaldo. PRESENÇA DA LITERATURA BRASILEIRA. São Paulo: Difel, 1979.)

 

Assinale a opção que apresenta versos do poeta referido no texto:

A

Na velha torre quadrangular
Vivia a Virgem dos Devaneios...
Tão alvos braços... Tão lindos seios...
Tão alvos seios por afagar...

A sua vista não ia além
Dos quatro muros que a enclausuravam
E ninguém via - ninguém, ninguém -
E os meigos olhos que suspiravam.

B

Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sangrenta na mão?
Por que brilham teus olhos ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?

C

Como se lê num espelho,
Pude ler os olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi.

D

O anjo pousa de leve
No quarto onde a moça pura
Remenda a roupa dos pobres.
Nasceu uma claridade
Naquele quarto modesto:
A máquina de costurar
Costura raios de luz;
Não se sabe mais se o anjo
É ele mesmo, ou Maria.

E

Vamos caçar cutia, irmão pequeno,
Que teremos boas horas sem razão,
Já o vento soluçou na arapuca do mato
E o arco-da-velha já engoliu as virgens.