(UEA - SIS 2ª Etapa 2015)
Não ouvireis, cidadãos atenienses, discursos enfeitados de locuções e de palavras, ou adornados como os dos meus acusadores, mas coisas ditas simplesmente com as palavras que me vierem à boca; pois estou certo de que é justo o que digo. Considerai o seguinte, e só prestai atenção a isso: se o que digo é justo ou não: essa, de fato, é a virtude do juiz, do orador – dizer a verdade.
(Platão. Apologia de Sócrates, s/d. Adaptado.)
Sócrates defendeu-se de seus acusadores diante do tribunal de Atenas. Nota-se, pela leitura do excerto, que o filósofo pede aos seus juízes que prestem atenção no
caráter espontâneo de sua oratória, desvinculada da realidade dos fatos.
seu aspecto físico, comprobatório da inocência de seus propósitos.
argumento de sua retórica, composta por qualidades literárias.
seu desempenho político, dedicado à defesa da democracia.
conteúdo do seu discurso, desprovido de tentativas de seduções formais.