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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

Pensemos num cavalo diante de ns. Ento perguntemos

Pensemos num cavalo diante de nós. Então perguntemos: o que é isso? Platão diria: “Esse animal não possui nenhuma existência verdadeira, mas apenas uma aparente, um constante vir-a-ser. Verdadeiramente é apenas a Ideia, que se estampa naquele cavalo, que não depende de nada, nunca veio-a-ser, sempre da mesma maneira. Enquanto reconhecemos nesse cavalo sua Ideia, é por completo indiferente se temos aqui diante de nós esse cavalo ou seu ancestral. Unicamente a Ideia do cavalo possui ser verdadeiro e é objeto do conhecimento real”. Agora, deixemos Kant falar: “Esse cavalo é um fenômeno no tempo, no espaço e na causalidade, que são as condições a priori completas da experiência possível, presentes em nossa faculdade de conhecimento, não determinações da coisa-em-si. Para saber o que ele pode ser em si, seria preciso outro modo de conhecimento além daquele que unicamente nos é possível pelos sentidos e pelo entendimento.”

(Arthur Schopenhauer. “Sobre as ideias”. Metafísica do belo, 2003. Adaptado.)

Na perspectiva kantiana, o conhecimento possível do cavalo revela que

A

a razão, atribuída ao homem por um Deus bom e justo, é ilimitada.

B

o espaço e o tempo são as condições do conhecimento da coisa-em-si.

C

a mente limita-se a receber passivamente as marcas dos objetos empíricos.

D

as categorias do entendimento permitem o conhecimento do mundo inteligível.

E

os princípios do entendimento são aplicados ao mundo sensível.