(Uece 2017)
Leia atentamente o seguinte trecho de uma reportagem:
“O ano de 2017 começa a entrar para a história como um dos períodos mais sangrentos para camponeses desde a redemocratização, em 1985. Uma sequência de três chacinas ocorridas em menos de 15 dias, na segunda quinzena de abril, deixou 15 mortos. Com o massacre da última quarta-feira (24 de maio) em Pau D’Arco, no Pará, são 25 homicídios em apenas 40 dias, somente em massacres. [...] Ao todo, desde que os dados começaram a ser coletados, em 1985, o Brasil somou 1.833 assassinatos no campo até o ano passado”.
Fonte: Carta Capital. Justificando. 29 de maio de 2017.
Disponível em: http://justificando.cartacapital.com.br/2017/05/29/com-10-executados-no-pa-brasil-tem-25-mortos-em-chacinasno-campo-em-40-dias/.
Os acontecimentos apontados pela reportagem sobre os conflitos no campo, em território brasileiro, estão associados
às inovações de caráter técnico e tecnológico e ao amplo desenvolvimento de pesquisas em biotecnologia na agricultura brasileira, que não permite mais a realização de uma agricultura conduzida por camponeses sem terra.
às instabilidades políticas ocorridas no Brasil, quando a representação ruralista ganha força no Congresso Nacional e medidas políticas em âmbito federal e estadual têm capacidade de anular decisões de instituições de controle sobre abusos em conflitos no campo.
ao empenho demandado às instituições nacionais e regionais em resolver a questão da terra, sobretudo no estado do Pará, onde um modelo de reforma agrária é implantado e funciona como exemplo para o Brasil.
ao desgaste de movimentos de contestação da tradicional estrutura fundiária brasileira, que ainda não assimilaram um dado concreto, o fim da desigualdade na distribuição de terras no território nacional.