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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:Transferência de Neym

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Transferência de Neymar ao PSG é golpe de ‘soft power’ do Catar a países do Golfo, dizem especialistas

 

A transferência do fenômeno brasileiro Neymar ao Paris Saint-Germain (PSG) representa uma estratégia de marketing e um golpe de ‘soft power’ do Catar contra os países do Golfo que cortaram relações diplomáticas com o emirado. Esta é a análise de especialistas ouvidos pela agência de notícias France Presse e do comentarista da GloboNews, Marcelo Lins.

Neymar se tornou o jogador mais caro da história do futebol, com o pagamento da cláusula de rescisão no valor de € 222 milhões (R$ 812 milhões).

Segundo Mathieu Guidere, especialista em geopolítica do mundo árabe consultado pela AFP, o anúncio da transferência do jogador ao PSG, que é de um fundo de investimentos do Catar, “foi testado entre catarianos como uma espécie de estratégia de comunicação que ofuscaria o debate em torno de outras considerações, como o terrorismo”.

Marcelo Lins, comentarista da GloboNews, afirmou que a transferência beneficia a imagem do Catar. “Um pequeno país riquíssimo em petróleo, do Golfo, que bota tanto dinheiro para dar alegria a uma torcida, ou a milhões de torcedores espalhados pelo mundo... você tem uma volta disso na imagem do Catar, que é muito grande”, disse à GloboNews. “É uma grande jogada de marketing do Catar como um todo”, acrescentou.

O Catar enfrenta a sua pior crise política em décadas, com a Arábia Saudita e outros países do Golfo tendo cortado relações diplomáticas com o emirado por acusações de apoio a grupos terroristas. O Catar nega as acusações e diz que o objetivo é prejudicar o emirado rico em gás.

Com a transferência de Neymar, Doha pode estar de olho em investir em ‘soft power’. O conceito de ‘7soft power’ (8‘poder suave’, em tradução livre) foi elaborado para definir a influência de países nas relações internacionais por meio de investimentos em ações positivas.

“Esse é um golpe de ‘soft power’. O Catar precisa demonstrar ao mundo que, apesar de todas as acusações, é o país mais resiliente no Oriente Médio”, disse à AFP Andreas Krieg, analista de risco político no King’s College de Londres. “Ter o melhor jogador do mundo mostra ao resto do mundo que se o Catar é determinado, eles ainda têm os maiores recursos para tirar e, se necessário, usar o dinheiro que têm para promover a sua agenda”, acrescentou.

O custo da transferência de Neymar “envia um sinal muito forte para o mundo esportivo e um sinal muito forte de desafio contra os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita”, disse Krieg. “Eles queriam esse jogador e usaram o dinheiro para comprá-lo a qualquer preço”. [...]

 

https://g1.globo.com/mundo/noticia/transferenciade-neymar-ao-psg-e-golpe-de-soft-power-docatar-a-paises-do-golfo-dizem-especialistas.ghtml

 

Sobre o uso de expressões apositivas no texto, é INCORRETO afirmar que

A

o aposto “especialista em geopolítica do mundo árabe consultado pela AFP” (referência 3), para se referir a Mathieu Guidere, é empregado com o mesmo sentido do utilizado para descrever Andreas Krieg como “analista de risco político no King’s College de Londres” (referência 11), qual seja: o de autorizar a legitimidade de um discurso.    

B

embora possa ser classificado gramaticalmente como uma oração adjetiva, o enunciado “que é de um fundo de investimentos do Catar” (referência 4) tem, no texto, o mesmo valor sintático e semântico de um aposto explicativo: o de relacionar-se a um termo antecedente, explicando-o.    

C

o aposto “comentarista da GloboNews” (referência 2) tem sentido semelhante aos apostos, “especialista em geopolítica do mundo árabe consultado pela AFP” (referência 3) e “analista de risco político no King’s College de Londres” (referência 11), a saber: autorizar a legitimidade de um discurso.    

D

ainda que não venha entre vírgulas, mas entre parênteses, a expressão “‘poder suave’, em tradução livre” (referência 8), pode funcionar perfeitamente como um aposto, na medida em que serve para explicar/traduzir o termo que lhe antecede, “soft power” (referência 7).