(Uema 2016)
(...) A terra não é de um dono só.
A roça também não é de um dono só.
Ninguém come as coisas da roça sozinho.
As coisas da roça a gente sempre divide com os parentes.
Divide com quem está precisando.
A caça também não é de um dono só.
Quando alguém mata um bicho para comer,
ele não come sozinho. Ele sempre divide.
Quando mata o peixe, divide,
Quando faz bebida, divide,
Sempre divide. (...)
CIMI, História dos povos indígenas, Petrópolis, RJ: Vozes, 1987.
O poema canta a aceitação de uma visão de alguém que adquiriu hábitos e formação para dividir bens e produtos com seus semelhantes. É alguém que recebeu uma educação que o identifica com os outros. Dessa forma, pode-se considerar que é pelo hábito e pela educação que um povo constrói