(UEPA - 2014)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Liberdade, onde estás? Quem te demora?
Quem faz que o teu influxo em nós não caia?
Porque (triste de mim!), porque não raia
Já na esfera de Lísia* a tua aurora?
Da santa redenção é vinda a hora
A esta parte do mundo, que desmaia.
Oh!, venha... Oh!, venha, e trêmulo descaia
Despotismo feroz, que nos devora!
Eia! Acode ao mortal que, frio e mudo,
Oculta o pátrio amor, torce a vontade,
E em fingir, por temor, empenha estudo.
Movam nossos grilhões tua piedade;
Nosso númen tu és, e glória, e tudo,
Mãe do gênio e prazer, ó Liberdade!
(Bocage)
Lísia = Portugal
MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa Através dos Textos. São Paulo: Cultrix, 2006, p.239.
O poema de Bocage organiza uma situação comunicativa interna em que se verificam os seguintes elementos fundamentais da comunicação: emissor, receptor (contido no próprio texto) e mensagem. No poema estes elementos são:
eu lírico, liberdade e crítica ao despotismo.
poema, liberdade e crítica ao despotismo.
eu lírico, povo português e crítica ao despotismo.
eu lírico, liberdade e língua portuguesa.
eu lírico, leitor e crítica ao despotismo.