(UFMG - 2003) "Há, porém, duas maneiras de tornar-se príncipe o homem comum, as quais não podem ser inteiramente atribuídas ou à sorte ou ao merecimento, e não me parece que deva deixá-las de lado, embora de uma delas se possa mais extensamente falar no lugar em que se discorrer sobre as repúblicas. São elas: quando, por qualquer forma criminosa ou nefanda, se ascende ao principado; e quando, mediante o favor dos seus concidadãos, torna-se alguém príncipe de sua pátria."
As ideias contidas nesse trecho, influentes no processo de formação dos Estados nacionais na Europa Ocidental, podem ser associadas a
Maquiavel, que considerava a fortuna e a virtude fatores importantes para se alcançar o poder.
Bodin, que defendeu, quando necessário, a investidura do soberano no poder por meios ilícitos.
Grotius, que preconizava a existência de um Estado forte para controlar a sociedade civil.
Hobbes, que pregava a afirmação da soberania de cada um dos indivíduos frente ao Leviatã.
Luís XIV, o rei sol, que pretendia a aliança com o legislativo para fortalecer seu poder absoluto.