(Ufpel 2007)
TEXTO 1:
Determinados tipos de plantações quebravam a ordem natural. Relação que tendeu a se intensificar à medida que a derrubada das matas deu lugar a produtos que não tinham a ver com a nutrição de seres humanos ou animais. Para os moradores do interior paulista, entre os anos de 1946 a 1958, eucalipto não é árvore, é tão somente eucalipto, corpo estranho ao resto do mato: nem cobra vive nessa plantação e nem bicho come aquilo ali, passarinho não faz ninho, nem dá fruita, a sombra não cobre e o pau male-mar dá pra se queimar. Para eles, árvore legítima - jacarandá, cabreúva, candeia, guarantã, ipê, saguaraji, peroba, pinho, cedro - não é aquela que, absorvendo toda a energia do solo, impede a diversidade da mata; é a que vive junto com os bichos, com os insetos, com os cipós e com o homem.
(SEVCENKO, Nicolau (Org.). "História da vida privada no Brasil". Vol. 3. SP: Cia. das Letras, 1998: 73. [adap.].)
TEXTO 2:
"Projeto de rodovia foi lançado em 1972, a Perimetral Norte na Amazônia brasileira [...] Exemplo concreto do controle que as multinacionais exercem sobre a economia brasileira, o complexo madeireiro e agroindustrial contou com amplos recursos fornecidos pela Superintendência da Amazônia (SUDAM).
O projeto cometeu verdadeiro crime ecológico, ao desmatar parte da flora amazônica, que foi substituída por árvore asiática usada na produção de celulose."
(AQUINO, Rubim et al. "Sociedade Brasileira: uma história através dos movimentos sociais". RJ: Record, 2000.)
Os textos demonstram que as plantações de árvores exóticas já provocavam