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Questões de Português - UFRGS | Gabarito e resoluções

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Questão
2017Português

(Ufrgs 2017) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o capítulo A Teiniaguá, do romance O continente, de Erico Verissimo. ( ) Aguinaldo Silva vem do Norte e chega a Santa Fé depois de muitas andanças pelo Brasil, emprestando dinheiro a juro alto. ( ) Luzia, neta adotiva de Aguinaldo Silva, vem da Corte para Santa Fé e torna-se a senhora do Sobrado. ( ) Luzia escolhe Bolívar Cambará para casar, apaixonada por seu jeito sofisticado e urbano. ( ) Dr. Carl Winter frequenta o Sobrado e nutre grande admiração por Luzia, a quem compara com Melpômene, musa da tragédia. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Questão
2017Português

(UFRGS - 2017) Muita gente que ouve a expresso polticas lingusticas pela primeira vez pensa em algo 1solene, formal, oficial, em leis e portarias, em autoridades oficiais, e pode ficar se perguntando o que seriam leis sobre lnguas. De fato, h leis sobre lnguas, mas as 2polticas lingusticas tambm podem ser menos 3formais e nem passar por leis propriamente ditas. Em quase todos os casos, figuram no cotidiano, 4pois envolvem no s a gesto da linguagem, mas tambm as prticas de linguagem, e as crenas e valores que circulam a respeito 5delas. Tome, por exemplo, a situao do 6cidado das classes confortveis brasileiras, que quer que a escola ensine a norma culta da lngua portuguesa. 7Ele folga em saber que se vai exigir isso dos candidatos s vagas para o ensino superior, mas nem sempre observa ou exige o mesmo padro culto, por exemplo, na ata de condomnio, que ele aprova como est, 8desapegada da ortografia e das regras de concordncia verbais e nominais 9preconizadas pela gramtica normativa. Ele acha timo que a escola dos filhos faa 10baterias de exerccios para fixar as normas ortogrficas, mas pouco se incomoda com os problemas de redao nos enunciados das tarefas dirigidas s crianas ou nos textos de comunicao da escola dirigidos comunidade escolar. Essas so polticas lingusticas. 11Afinal, onde h gente, h grupos de pessoas que falam lnguas. Em cada um desses grupos, h decises, 12tcitas ou explcitas, sobre como proceder, sobre o que aceitvel ou no, e por a afora. Vamos chamar essas escolhas 13assim como 14as discusses que levam at 15elas e as aes que delas resultam de polticas. Esses grupos, pequenos ou grandes, de pessoas tratam com outros grupos, que por sua vez usam lnguas e tm as suas polticas internas. Vivendo imersos em linguagem e tendo constantemente que lidar com outros indivduos e outros grupos mediante o uso da linguagem, no surpreende que os recursos de linguagem l pelas tantas se tornem, eles prprios, tema de poltica e objetos de polticas explcitas. Como 16esses recursos podem ou devem se apresentar? Que funes eles podem ou devem ter? Quem pode ou deve ter acesso a 17eles? Muito do que fazemos, 18portanto, diz respeito s polticas lingusticas. Adaptado de: GARCEZ, P. M.; SCHULZ, L. Do que tratam as polticas lingusticas.ReVEL, v. 14, n. 26, 2016. Assinale a alternativa em que o prefixo des atribui forma a que se agrega o mesmo sentido que atribui desapegada (ref. 8).

Questão
2017Português

(UFRGS - 2017) preciso estabelecer uma distino radical entre um brasil escrito com letra minscula, nome de um tipo de madeira de lei 1ou de uma feitoria interessada em explorar uma terra como outra qualquer2, 3e o Brasil que designa um povo, uma 4nao, um conjunto de valores, escolhas e ideais de vida. O brasil com b minsculo apenas um objeto sem vida5, pedao de coisa que morre e no tem a menor condio de 6se reproduzir como sistema. 7Mas o Brasil com B maisculo algo muito mais complexo. Estamos interessados em responder esta pergunta: afinal de contas, o que faz o brasil, BRASIL? Note-se que se trata de uma pergunta relacional que, tal como faz a prpria sociedade brasileira, quer juntar e no dividir. Queremos, 8isto sim, descobrir como que eles se ligam entre 9si10; como que cada um depende do outro; e 11como os dois formam uma realidade nica que existe concretamente naquilo que chamamos de 12ptria. 13Se a condio humana determina que todos os homens devem comer, dormir, trabalhar, reproduzir-se e rezar, essa determinao no chega ao ponto de especificar tambm qual comida ingerir, de que modo produzir e para quantos deuses 14ou espritos rezar. precisamente aqui, nessa espcie de zona indeterminada, mas necessria, que nascem as diferenas e, nelas, os estilos, os modos de ser e estar; os 15jeitos de cada grupo humano. 16Trata-se, sempre, da questo de identidade. Como se constri uma identidade social? Como um povo se transforma em Brasil? 17A pergunta, 18na sua discreta singeleza, permite descobrir algo muito importante. que, no meio de uma multido de experincias dadas a todos os homens e sociedades, algumas necessrias prpria sobrevivncia como comer, dormir, morrer, reproduzir-se etc. outras acidentais ou histricas , 19o Brasil ter sido descoberto por portugueses e no por chineses, a geografia do Brasil ter certas caractersticas, falarmos 20portugus e no 21francs, a famlia real ter se transferido para o Brasil no incio do sculo XIX etc. , cada sociedade (e cada ser humano) apenas se utiliza de um nmero limitado de 22coisas (e de experincias) 23para se construir como algo nico. 24Nessa perspectiva, a chave para entender a 25sociedade brasileira uma 26chave dupla. 27E, 28para mim, a capacidade relacional do antigo com o moderno tipifica e singulariza a sociedade brasileira. Ser preciso, 29portanto, discutir o Brasil como uma 30moeda. Como algo que tem dois lados. 31E mais: como uma realidade que nos tem 32iludido, precisamente porque 33nunca lhe propusemos esta questo relacional e reveladora: afinal de contas, como se ligam as duas faces de uma mesma moeda? O que faz o 34brasil, 35Brasil? Adaptado de: DAMATTA, R. O que faz o brasil, Brasil? A questo da identidade. In:_____. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 9-17. Assinale a alternativa que apresenta a correta passagem de segmento do texto da voz ativa para a voz passiva.

Questão
2017Português

(UFRGS-2017) Assinale a alternativa correta sobre o Sermão do bom sucesso das armas e o Sermão de Santo Antônio, do padre Antônio Vieira.

Questão
2017Português

(Ufrgs 2017) Leia abaixo o diálogo entre Severino e Mestre Carpina, retirado de Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. Seu José, mestre carpina, que lhe pergunte permita: há muito no lamaçal apodrece a sua vida? e a vida que tem vivido foi sempre comprada à vista? Severino, retirante, sou de Nazaré da Mata, mas tanto lá como aqui jamais me fiaram nada: a vida de cada dia cada dia hei de comprá-la. Seu José, mestre carpina, e que interesse, me diga, há nessa vida a retalho que é cada dia adquirida? espera poder um dia comprá-la em grandes partidas? Severino, retirante, não sei bem o que lhe diga: não é que espere comprar em grosso tais partidas, mas o que compro a retalho é, de qualquer forma, vida. Seu José, mestre carpina, que diferença faria se em vez de continuar tomasse a melhor saída: a de saltar, numa noite, fora da ponte e da vida? Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações. ( ) Severino, retirante chegado ao Recife, questiona a vida miserável de Mestre Carpina. ( ) Mestre Carpina defende a necessidade de viver mesmo que em condição precária. ( ) Mestre Carpina nega-se a ouvir os infundados questionamentos de Severino. ( ) Severino, em sua última interrogação, aponta uma hesitação entre viver e morrer. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Questão
2017Português

(UFRGS-RS-2017) Leia o segmento abaixo, do terceiro capítulo de O cortiço, de Aluísio Azevedo. Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. (...) O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o segmento. ( ) O segmento apresenta a descrição do cortiço sem destacar um personagem, com ênfase na coletividade para ações triviais de homens, mulheres e crianças. ( ) O despertar, matéria cotidiana, é figurado como fato rotineiro de pessoas executando seus hábitos higiênicos matinais. ( ) A linguagem do narrador, preocupado em mostrar a dimensão natural presente nas ações humanas, evidencia-se em expressões como prazer animal de existir. ( ) O objetivo, nesse segmento, é apresentar o cortiço e a venda como empreendimentos comerciais usados no enriquecimento de João Romão. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Questão
2016Português

(UFRGS - 2016) Quando a 1economia 2poltica clssica nasceu, no Reino Unido e na Frana, ao final do sculo XVIII e incio do sculo XIX, a questo da distribuio da renda j se encontrava no centro de todas as anlises. Estava claro que 3transformaes radicais entraram em curso, propelidas pelo crescimento 4demogrfico sustentado indito at ento e pelo incio do xodo rural e da Revoluo Industrial. Quais seriam as consequncias sociais dessas mudanas? Para Thomas Malthus, que 5publicou em 1798 seu Ensaio sobre o princpio da populao, no restava dvida: a superpopulao era uma ameaa. Preocupava-se especialmente com a situao dos franceses 1 vsperas da Revoluo de 1789, quando havia misria generalizada no campo. 6Na poca, a Frana era 7de longe o pas mais populoso da Europa: por volta de 1700, j contava com mais de 20 milhes de habitantes, enquanto o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhes de pessoas. A 8populao francesa se expandiu em ritmo crescente ao longo do sculo XVIII, aproximando-se dos 30 milhes. Tudo leva a crer que esse 9dinamismo demogrfico, desconhecido nos sculos anteriores, contribuiu para a 10estagnao dos salrios no campo e para o aumento dos rendimentos associados 11propriedade da terra, sendo, portanto, um dos fatores que levaram 2 Revoluo Francesa. 12Para evitar que torvelinho 13similar vitimasse o Reino Unido, Malthus argumentou que 14toda assistncia aos 15pobres deveria ser suspensa de imediato e a taxa de natalidade deveria ser severamente controlada. J David Ricardo, que publicou em 1817 os seus Princpios de economia poltica e tributao, preocupava-se com a 16evoluo do preo da terra. Se o crescimento da populao e, 17consequentemente, da produo agrcola se prolongasse, a terra tenderia a se 18tornar escassa. De acordo com a lei da oferta e da procura, o preo do bem escasso a terra deveria subir de modo contnuo. No limite, 19os donos da terra receberiam uma parte cada vez mais significativa da renda nacional, e o 20restante da populao, uma parte cada vez mais reduzida, 21destruindo o equilbrio social. De fato, 22o valor da terra permaneceu alto por algumtempo, mas, ao longo de sculo XIX, caiu em relao 3 outras formas de riqueza, medida que diminua o peso da agricultura na renda das naes. 23Escrevendo nos anos de 1810, Ricardo no poderia antever a importncia que o progresso tecnolgico e o crescimento industrial teriam ao longo das dcadas seguintes para a evoluo da distribuio da renda. Adaptado de: PIKETTY, T. O Capital no Sculo XXI. Trad. de M. B. de Bolle. Rio de Janeiro: Intrnseca, 2014. p.11-13. Geralmente, substantivos denotam seres ou coisas. s vezes, no entanto, podem denotar ao ou processo. Assinale a alternativa que contm um substantivo que, no texto, denota processo.

Questão
2016Português

(Ufrgs 2016) O cortiço (1890) e Dom Casmurro (1899) foram publicados na mesma década, porém apresentam registros de linguagem diferentes, como se pode ver nos trechos abaixo. No bloco superior, estão listados nomes de personagens de O cortiço e de Dom Casmurro; no inferior, os trechos dos romances em que essas personagens são descritas. Associe adequadamente o bloco inferior ao bloco superior. 1. Firmo (O cortiço) 2. Escobar (Dom Casmurro) 3. Jerônimo (O cortiço) 4. José Dias (Dom Casmurro) ( ) [...] viera da terra, com a mulher e uma filhinha ainda pequena, tentar a vida no Brasil, na qualidade de colono de um fazendeiro, em cuja fazenda mourejou durante dois anos, sem nunca levantar a cabeça, e de onde afinal se retirou de mãos vazias e uma grande birra pela lavoura brasileira. Para continuar a servir na roça tinha que sujeitar-se a emparelhar com os negros escravos e viver com eles no mesmo meio degradante, encurralado como uma besta, sem aspirações, nem futuro, trabalhando eternamente para outro. ( ) [...] era um mulato pachola, delgado de corpo e ágil como um cabrito; capadócio de marca, pernóstico, só de maçadas, e todo ele se quebrando nos seus movimentos de capoeira. Teria seus trinta e tantos anos, mas não parecia ter mais de vinte e poucos. Pernas e braços finos, pescoço estreito, porém forte; não tinha músculos, tinha nervos. ( ) Era um rapaz esbelto, olhos claros, um pouco fugitivos, como as mãos, como os pés, como a fala, como tudo. Quem não estivesse acostumado com ele podia acaso sentir-se mal, não sabendo por onde lhe pegasse. Não fitava de rosto, não falava claro nem seguido; as mãos não apertavam as outras, nem se deixavam apertar delas, porque os dedos, sendo delgados e curtos, quando a gente cuidava tê-los entre os seus, já não tinha nada. ( ) [...] apareceu ali vendendo-se por médico homeopata; levava um Manual e uma botica. Havia então um andaço de febres; [...] curou o feitor e uma escrava, e não quis receber nenhuma remuneração. Então meu pai propôs-lhe ficar ali vivendo, com pequeno ordenado. [...] recusou, dizendo que era justo levar a saúde à casa de sapé do pobre. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Questão
2016Português

(Ufrgs 2016) A variao lingustica uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolingustica, pela dialetologia e pela lingustica histrica, provoca, em geral, reaes sociais muito negativas. O senso comum tem escassa percepo de que a lngua um fenmeno heterogneo, que alberga grande variao e est em mudana contnua. Por isso, costuma folclorizar a variao regional; demoniza a variao social e tende a interpretar as mudanas como sinais de deteriorao da lngua. O senso comum no se d bem com a variao lingustica e chega, muitas vezes, a exploses de ira e a gestos de grande violncia simblica diante de fatos de variao. Boa parte de uma educao de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de lngua um ensino que garanta o domnio das prticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaos pblicos. E esse domnio inclui o das variedades lingusticas historicamente identificadas como as mais prprias a essas prticas isto , as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupe, inclusive, uma ampla discusso sobre o prprio conceito de norma culta e suas efetivas caractersticas no Brasil contemporneo. Parece claro hoje que o domnio dessas variedades caminha junto com o domnio das respectivas prticas socioculturais. Parece claro tambm, por outro lado, que no se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domnio das prticas socioculturais e das respectivas variedades lingusticas. Considerando o grau de rejeio social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia a construo de toda uma cultura escolar aberta crtica da discriminao pela lngua e preparada para combat-la, o que pressupe uma adequada compreenso da heterogeneidade lingustica do pas, sua histria social e suas caractersticas atuais. Essa compreenso deve alcanar, em primeiro lugar, os prprios educadores e, em seguida, os educandos. Como fazer isso? Como garantir a disseminao dessa cultura na escola e pela escola, considerando que a sociedade em que essa escola existe no reconhece sua cara lingustica e no s discrimina impunemente pela lngua, como d sustento explcito a esse tipo de discriminao? Em suma, como construir uma pedagogia da variao lingustica? Adaptado de: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. Apresentao. In: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. (Orgs.) Pedagogia da variao lingustica: lngua, diversidade e ensino. So Paulo: Parbola, 2015. Considere as afirmaes abaixo, sobre a construo de uma educao de qualidade. I. Uma educao de qualidade deve, no que concerne variao lingustica, questionar as reaes sociais advindas da percepo da lngua como fenmeno homogneo. II. O desafio, para uma educao de qualidade, est em preparar a escola para combater a discriminao que tem origem nas diferenas entre as variedades lingusticas. III. As variedades lingusticas prprias ao domnio da leitura, escrita e fala nos espaos pblicos, que devem ser ensinadas pela escola, so as que no sofreram variaes sociais. Segundo o texto, quais esto corretas?

Questão
2016Português

(UFRGS - 2016) A variao lingustica uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolingustica, pela dialetologia e pela lingustica histrica, provoca, em geral, reaes sociais muito negativas. O senso comum tem escassa percepo de que a lngua um fenmeno heterogneo, que alberga grande variao e est em mudana contnua. Por isso, costuma folclorizar a variao regional; demoniza a variao social e tende a interpretar as mudanas como sinais de deteriorao da lngua. O senso comum no se d bem com a variao lingustica e chega, muitas vezes, a exploses de ira e a gestos de grande violncia simblica diante de fatos de variao. Boa parte de uma educao de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de lngua um ensino que garanta o domnio das prticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaos pblicos. E esse domnio inclui o das variedades lingusticas historicamente identificadas como as mais prprias a essas prticas isto , as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupe, inclusive, uma ampla discusso sobre o prprio conceito de norma culta e suas efetivas caractersticas no Brasil contemporneo. Parece claro hoje que o domnio dessas variedades caminha junto com o domnio das respectivas prticas socioculturais. Parece claro tambm, por outro lado, que no se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domnio das prticas socioculturais e das respectivas variedades lingusticas. Considerando o grau de rejeio social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia a construo de toda uma cultura escolar aberta crtica da discriminao pela lngua e preparada para combat-la, o que pressupe uma adequada compreenso da heterogeneidade lingustica do pas, sua histria social e suas caractersticas atuais. Essa compreenso deve alcanar, em primeiro lugar, os prprios educadores e, em seguida, os educandos. Como fazer isso? Como garantir a disseminao dessa cultura na escola e pela escola, considerando que a sociedade em que essa escola existe no reconhece sua cara lingustica e no s discrimina impunemente pela lngua, como d sustento explcito a esse tipo de discriminao? Em suma, como construir uma pedagogia da variao lingustica? Adaptado de: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. Apresentao. In: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. (Orgs.)Pedagogia da variao lingustica: lngua, diversidade e ensino. So Paulo: Parbola, 2015. Assinale a alternativa que contm uma afirmao correta, de acordo com o sentido do texto

Questão
2016Português

(Ufrgs 2016) Considerando os estudos sobre o romance Dom Casmurro, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações. ( ) No final do século XIX e início do XX, a interpretação do romance tende à aderência ao ponto de vista do narrador. Assim, em geral, os leitores aceitam os fatos narrados por Bentinho sem muita desconfiança da sua narração comprometida. ( ) Em torno de 1960, talvez por influência de leituras feministas, críticos problematizam a visão unilateral de Bentinho e passam a ponderar que o ponto de vista de Capitu não vinha sendo considerado e que a sua traição deveria ser ao menos discutida. ( ) Perto de 1980, são comuns as leituras que desviam o foco do debate sentimental para o social, e a diferença de classe entre o filho do deputado (Bentinho) e a filha do vizinho pobre (Capitu) passa a figurar como um dos tópicos do romance. ( ) Atualmente, e por obra das muitas adaptações do romance para o cinema e para a televisão, que revelaram conteúdos da narrativa antes ocultos, é consenso que a traição de Capitu é o centro do enredo e que esta pode ser comprovada pelas pistas deixadas no texto por Machado de Assis. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Questão
2016Português

(Ufrgs 2016) Assinale a alternativa em que as três palavras possuem um radicalque está relacionado com a noção de povo. Quando a 1economia 2política clássica nasceu, no Reino Unido e na França, ao final doséculo XVIII e início do século XIX, a questão da distribuição da renda já se encontrava nocentro de todas as análises. Estava claro que 3transformações radicais entraram em curso,propelidas pelo crescimento 4demográfico sustentado inédito até então e pelo início doêxodo rural e da Revolução Industrial. Quais seriam as consequências sociais dessas mudanças? Para Thomas Malthus, que 5publicou em 1798 seu Ensaio sobre o princípio da população,não restava dúvida: a superpopulação era uma ameaça. Preocupava-se especialmentecom a situação dos franceses __1___ vésperas da Revolução de 1789, quando haviamiséria generalizada no campo. 6Na época, a França era 7de longe o país mais populosoda Europa: por volta de 1700, já contava com mais de 20 milhões de habitantes, enquantoo Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas. A 8população francesa seexpandiu em ritmo crescente ao longo do século XVIII, aproximando-se dos 30 milhões. Tudo leva a crer que esse 9dinamismo demográfico, desconhecido nos séculos anteriores,contribuiu para a 10estagnação dos salários no campo e para o aumento dos rendimentosassociados à 11propriedade da terra, sendo, portanto, um dos fatores que levaram ___2___Revolução Francesa. 12Para evitar que torvelinho 13similar vitimasse o Reino Unido,Malthus argumentou que 14toda assistência aos 15pobres deveria ser suspensa de imediatoe a taxa de natalidade deveria ser severamente controlada.Já David Ricardo, que publicou em 1817 os seus Princípios de economia política etributação, preocupava-se com a 16revolução do preço da terra. Se o crescimento dapopulação e, 17consequentemente, da produção agrícola se prolongasse, a terra tenderia ase 18tornar escassa. De acordo com a lei da oferta e da procura, o preço do bem escasso a terra deveria subir de modo contínuo. No limite, 19os donos da terra receberiam umaparte cada vez mais significativa da renda nacional, e o 20restante da população, umaparte cada vez mais reduzida, 21destruindo o equilíbrio social. De fato, 22o valor da terrapermaneceu alto por algum tempo, mas, ao longo de século XIX, caiu em relação___3___ outras formas de riqueza, à medida que diminuía o peso da agricultura na rendadas nações. 23Escrevendo nos anos de 1810, Ricardo não poderia antever a importânciaque o progresso tecnológico e o crescimento industrial teriam ao longo das décadasseguintes para a evolução da distribuição da renda. Adaptado de: PIKETTY, T. O Capital no Século XXI. Trad. de M. B. de Bolle. Rio deJaneiro: Intrínseca, 2014. p.11-13.

Questão
2016Português

(Ufrgs 2016) Leia o seguinte trecho de O cortiço. A criadagem da família do Miranda compunha-se de Isaura, mulata ainda moça, moleirona e tola, que gastava todo o vintenzinho que pilhava em comprar capilé na venda de João Romão; uma negrinha virgem, chamada Leonor, muito ligeira e viva, lisa e seca como um moleque, conhecendo de orelha, sem lhe faltar um termo, a vasta tecnologia da obscenidade, e dizendo, sempre que os caixeiros ou os fregueses da taverna, só para mexer com ela, lhe davam atracações: Óia, que eu me queixo ao juiz de orfe!; e finalmente o tal Valentim, filho de uma escrava que foi de Dona Estela e a quem esta havia alforriado. Sobre o texto acima, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações. ( ) O fragmento reflete o tom geral do romance, no qual o narrador em terceira pessoa distancia-se das personagens populares especialmente as negras , pois está atrelado às reduções do cientificismo naturalista que antepõe raça superior a raça inferior. ( ) A linguagem do narrador é diferente da linguagem da personagem: a fala de Leonor não segue o registro linguístico adotado pelo narrador. ( ) As personagens femininas descritas no trecho e no romance de maneira geral são estereotipadas, respondem ao imaginário da mulata sensual e ociosa, especialmente Bertoleza e Rita Baiana. ( ) O narrador em terceira pessoa simpatiza com as personagens populares; tal simpatia está presente em todo o romance, nas inúmeras vezes em que a narração em terceira pessoa cede espaço para o diálogo entre escravos. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Questão
2016Português

(Ufrgs 2016) Assinale a alternativa correta a respeito da vida e da obra do poeta português Fernando Pessoa.

Questão
2016Português

(Ufrgs 2016) Assinale a alternativa correta sobre autores do Romantismo brasileiro.

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