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Questões de Português - UFRGS | Gabarito e resoluções

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Questão
2016Português

(UFRGS - 2016) Quando a 1economia 2poltica clssica nasceu, no Reino Unido e na Frana, ao final do sculo XVIII e incio do sculo XIX, a questo da distribuio da renda j se encontrava no centro de todas as anlises. Estava claro que 3transformaes radicais entraram em curso, propelidas pelo crescimento 4demogrfico sustentado indito at ento e pelo incio do xodo rural e da Revoluo Industrial. Quais seriam as consequncias sociais dessas mudanas? Para Thomas Malthus, que 5publicou em 1798 seu Ensaio sobre o princpio da populao, no restava dvida: a superpopulao era uma ameaa. Preocupava-se especialmente com a situao dos franceses 1 vsperas da Revoluo de 1789, quando havia misria generalizada no campo. 6Na poca, a Frana era 7de longe o pas mais populoso da Europa: por volta de 1700, j contava com mais de 20 milhes de habitantes, enquanto o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhes de pessoas. A 8populao francesa se expandiu em ritmo crescente ao longo do sculo XVIII, aproximando-se dos 30 milhes. Tudo leva a crer que esse 9dinamismo demogrfico, desconhecido nos sculos anteriores, contribuiu para a 10estagnao dos salrios no campo e para o aumento dos rendimentos associados 11propriedade da terra, sendo, portanto, um dos fatores que levaram 2 Revoluo Francesa. 12Para evitar que torvelinho 13similar vitimasse o Reino Unido, Malthus argumentou que 14toda assistncia aos 15pobres deveria ser suspensa de imediato e a taxa de natalidade deveria ser severamente controlada. J David Ricardo, que publicou em 1817 os seus Princpios de economia poltica e tributao, preocupava-se com a 16evoluo do preo da terra. Se o crescimento da populao e, 17consequentemente, da produo agrcola se prolongasse, a terra tenderia a se 18tornar escassa. De acordo com a lei da oferta e da procura, o preo do bem escasso a terra deveria subir de modo contnuo. No limite, 19os donos da terra receberiam uma parte cada vez mais significativa da renda nacional, e o 20restante da populao, uma parte cada vez mais reduzida, 21destruindo o equilbrio social. De fato, 22o valor da terra permaneceu alto por algumtempo, mas, ao longo de sculo XIX, caiu em relao 3 outras formas de riqueza, medida que diminua o peso da agricultura na renda das naes. 23Escrevendo nos anos de 1810, Ricardo no poderia antever a importncia que o progresso tecnolgico e o crescimento industrial teriam ao longo das dcadas seguintes para a evoluo da distribuio da renda. Adaptado de: PIKETTY, T. O Capital no Sculo XXI. Trad. de M. B. de Bolle. Rio de Janeiro: Intrnseca, 2014. p.11-13. Geralmente, substantivos denotam seres ou coisas. s vezes, no entanto, podem denotar ao ou processo. Assinale a alternativa que contm um substantivo que, no texto, denota processo.

Questão
2016Português

(UFRGS - 2016) A variao lingustica uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolingustica, pela dialetologia e pela lingustica histrica, provoca, em geral, reaes sociais muito negativas. O senso comum tem escassa percepo de que a lngua um fenmeno heterogneo, que alberga grande variao e est em mudana contnua. Por isso, costuma folclorizar a variao regional; demoniza a variao social e tende a interpretar as mudanas como sinais de deteriorao da lngua. O senso comum no se d bem com a variao lingustica e chega, muitas vezes, a exploses de ira e a gestos de grande violncia simblica diante de fatos de variao. Boa parte de uma educao de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de lngua um ensino que garanta o domnio das prticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaos pblicos. E esse domnio inclui o das variedades lingusticas historicamente identificadas como as mais prprias a essas prticas isto , as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupe, inclusive, uma ampla discusso sobre o prprio conceito de norma culta e suas efetivas caractersticas no Brasil contemporneo. Parece claro hoje que o domnio dessas variedades caminha junto com o domnio das respectivas prticas socioculturais. Parece claro tambm, por outro lado, que no se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domnio das prticas socioculturais e das respectivas variedades lingusticas. Considerando o grau de rejeio social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia a construo de toda uma cultura escolar aberta crtica da discriminao pela lngua e preparada para combat-la, o que pressupe uma adequada compreenso da heterogeneidade lingustica do pas, sua histria social e suas caractersticas atuais. Essa compreenso deve alcanar, em primeiro lugar, os prprios educadores e, em seguida, os educandos. Como fazer isso? Como garantir a disseminao dessa cultura na escola e pela escola, considerando que a sociedade em que essa escola existe no reconhece sua cara lingustica e no s discrimina impunemente pela lngua, como d sustento explcito a esse tipo de discriminao? Em suma, como construir uma pedagogia da variao lingustica? Adaptado de: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. Apresentao. In: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. (Orgs.)Pedagogia da variao lingustica: lngua, diversidade e ensino. So Paulo: Parbola, 2015. Assinale a alternativa que contm uma afirmao correta, de acordo com o sentido do texto

Questão
2016Português

(Ufrgs 2016) Leia as seguintes afirmações sobre o Sermão de Santo Antônio aos peixes, de Padre Antônio Vieira. I. O Sermão apresenta a estratégia de se dirigir aos peixes, e não aos homens, estendendo o alcance crítico à conduta dos colonos maranhenses. II. O Sermão apresenta elogios aos grandes pregadores, através de passagens do Novo Testamento. III. A sardinha é eleita o símbolo do verdadeiro cristão, por ter sido o peixe multiplicado por Jesus. Quais estão corretas?

Questão
2016Português

(Ufrgs 2016) Assinale a alternativa correta sobre os três sermões do Padre Antônio Vieira.

Questão
2016Português

(Ufrgs 2016) Assinale a alternativa correta sobre autores do Romantismo brasileiro.

Questão
2016Português

(UFRGS - 2016) Quando a1economia2poltica clssica nasceu, no Reino Unido e na Frana, ao final do sculo XVIII e incio do sculo XIX, a questo da distribuio da renda j se encontrava no centro de todas as anlises. Estava claro que3transformaes radicais entraram em curso, propelidas pelo crescimento4demogrfico sustentado indito at ento e pelo incio do xodo rural e da Revoluo Industrial. Quais seriam as consequncias sociais dessas mudanas? Para Thomas Malthus, que5publicou em 1798 seu Ensaio sobre o princpio da populao, no restava dvida: a superpopulao era uma ameaa. Preocupava-se especialmente com a situao dos franceses1vsperas da Revoluo de 1789, quando havia misria generalizada no campo.6Na poca, a Frana era7de longe o pas mais populoso da Europa: por volta de 1700, j contava com mais de 20 milhes de habitantes, enquanto o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhes de pessoas. A8populao francesa se expandiu em ritmo crescente ao longo do sculo XVIII, aproximando-se dos 30 milhes. Tudo leva a crer que esse9dinamismo demogrfico, desconhecido nos sculos anteriores, contribuiu para a10estagnao dos salrios no campo e para o aumento dos rendimentos associados 11propriedade da terra, sendo, portanto, um dos fatores que levaram2Revoluo Francesa.12Para evitar que torvelinho13similar vitimasse o Reino Unido, Malthus argumentou que14toda assistncia aos15pobres deveria ser suspensa de imediato e a taxa de natalidade deveria ser severamente controlada. J David Ricardo, que publicou em 1817 os seus Princpios de economia poltica e tributao, preocupava-se com a16evoluo do preo da terra. Se o crescimento da populao e,17consequentemente, da produo agrcola se prolongasse, a terra tenderia a se18tornar escassa. De acordo com a lei da oferta e da procura, o preo do bem escasso a terra deveria subir de modo contnuo. No limite,19os donos da terra receberiam uma parte cada vez mais significativa da renda nacional, e o20restante da populao, uma parte cada vez mais reduzida,21destruindo o equilbrio social. De fato,22o valor da terra permaneceu alto por algumtempo, mas, ao longo de sculo XIX, caiu em relaoaoutras formas de riqueza, medida que diminua o peso da agricultura na renda das naes.23Escrevendo nos anos de 1810, Ricardo no poderia antever a importncia que o progresso tecnolgico e o crescimento industrial teriam ao longo das dcadas seguintes para a evoluo da distribuio da renda. Adaptado de: PIKETTY, T.O Capital no Sculo XXI. Trad. de M. B. de Bolle. Rio de Janeiro: Intrnseca, 2014. p.11-13. Considere as afirmaes abaixo. I - As transformaes radicais que entraram em curso ao final do sculo XVIII e incio do sculo XIX foram propelidas pelo crescimento demogrfico sustentado, pelo incio do xodo rural e da Revoluo Industrial. II - Toda assistncia aos pobres deveria ser suspensa e a taxa de natalidade deveria ser severamente controlada, a fim de evitar que torvelinho similar ao da Revoluo Francesa vitimasse o Reino Unido. III- O progresso tecnolgico e o crescimento industrial tiveram importncia para a evoluo da distribuio da renda ao longo das dcadas que se seguiram a 1810. Quais dessas afirmaes devem ser atribudas ao autor do texto, T. Piketty?

Questão
2016Português

(UFRGS - 2016) Quando a1economia2poltica clssica nasceu, no Reino Unido e na Frana, ao final do sculo XVIII e incio do sculo XIX, a questo da distribuio da renda j se encontrava no centro de todas as anlises. Estava claro que3transformaes radicais entraram em curso, propelidas pelo crescimento4demogrfico sustentado indito at ento e pelo incio do xodo rural e da Revoluo Industrial. Quais seriam as consequncias sociais dessas mudanas? Para Thomas Malthus, que5publicou em 1798 seu Ensaio sobre o princpio da populao, no restava dvida: a superpopulao era uma ameaa. Preocupava-se especialmente com a situao dos franceses1vsperas da Revoluo de 1789, quando havia misria generalizada no campo.6Na poca, a Frana era7de longe o pas mais populoso da Europa: por volta de 1700, j contava com mais de 20 milhes de habitantes, enquanto o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhes de pessoas. A8populao francesa se expandiu em ritmo crescente ao longo do sculo XVIII, aproximando-se dos 30 milhes. Tudo leva a crer que esse9dinamismo demogrfico, desconhecido nos sculos anteriores, contribuiu para a10estagnao dos salrios no campo e para o aumento dos rendimentos associados 11propriedade da terra, sendo, portanto, um dos fatores que levaram2Revoluo Francesa.12Para evitar que torvelinho13similar vitimasse o Reino Unido, Malthus argumentou que14toda assistncia aos15pobres deveria ser suspensa de imediato e a taxa de natalidade deveria ser severamente controlada. J David Ricardo, que publicou em 1817 os seus Princpios de economia poltica e tributao, preocupava-se com a16evoluo do preo da terra. Se o crescimento da populao e,17consequentemente, da produo agrcola se prolongasse, a terra tenderia a se18tornar escassa. De acordo com a lei da oferta e da procura, o preo do bem escasso a terra deveria subir de modo contnuo. No limite,19os donos da terra receberiam uma parte cada vez mais significativa da renda nacional, e o20restante da populao, uma parte cada vez mais reduzida,21destruindo o equilbrio social. De fato,22o valor da terra permaneceu alto por algumtempo, mas, ao longo de sculo XIX, caiu em relaoaoutras formas de riqueza, medida que diminua o peso da agricultura na renda das naes.23Escrevendo nos anos de 1810, Ricardo no poderia antever a importncia que o progresso tecnolgico e o crescimento industrial teriam ao longo das dcadas seguintes para a evoluo da distribuio da renda. Adaptado de: PIKETTY, T. O Capital no Sculo XXI. Trad. de M. B. de Bolle. Rio de Janeiro: Intrnseca, 2014. p.11-13. Assinale a alternativa que est de acordo com o texto.

Questão
2015Português

(UFRGS - 2015) [1] Hoje os conhecimentos se estruturam de modo fragmentado, separado, compartimentado nas disciplinas. Essa situao impede uma viso global, uma viso [5] fundamental e uma viso complexa. Complexidade vem da palavra latina complexus , que significa a compreenso dos elementos no seu conjunto. As disciplinas costumam excluir tudo o que [10] se encontra fora do seu campo de especializao. A literatura, no entanto, uma rea que se situa na incluso de todas as dimenses humanas. Nada do humano lhe estranho, estrangeiro. [15] A literatura e o teatro so desenvolvidos como meios de expresso, meios de conhecimento, meios de compreenso da complexidade humana. Assim, podemos ver o primeiro modo de incluso da literatura: a [20] incluso da complexidade humana. E vamos ver ainda outras incluses: a incluso da personalidade humana, a incluso da subjetividade humana e, tambm, muito importante, a incluso do estrangeiro, do [25] marginalizado, do infeliz, de todos que ignoramos e desprezamos na vida cotidiana. A incluso da complexidade humana necessria porque recebemos uma viso mutilada do humano. Essa viso, a de homo [30] sapiens , uma definio do homem pela razo; de homo faber , do homem como trabalhador; de homo economicus , movido por lucros econmicos. Em resumo, trata-se de uma viso prosaica, mutilada, que esquece [35] o principal: a relao do sapiens/demens , da razo com a demncia, com a loucura. Na literatura, encontra-se a incluso dos problemas humanos mais terrveis, coisas insuportveis que nela se tornam suportveis. [40] Harold Bloom escreve: Todas as grandes obras revelam a universalidade humana atravs de destinos singulares, de situaes singulares, de pocas singulares. essa a razo por que as obras-primas atravessam [45] sculos, sociedades e naes. Agora chegamos parte mais humana da incluso: a incluso do outro para a compreenso humana. A compreenso nos torna mais generosos com relao ao outro, e [50] o criminoso no unicamente mais visto como criminoso, como o Raskolnikov de Dostoievsky, como o Padrinho de Copolla. A literatura, o teatro e o cinema so os melhores meios de compreenso e de [55] incluso do outro. Mas a compreenso se torna provisria, esquecemo-nos depois da leitura, da pea e do filme. Ento essa compreenso que deveria ser introduzida e desenvolvida em nossa vida pessoal e social, [60] porque serviria para melhorar as relaes humanas, para melhorar a vida social. Adaptado de: MORIN, Edgar. A incluso: verdade daliteratura. In: RSING, Tnia et al. Edgar Morin:religando fronteiras. Passo Fundo: UPF, 2004. p.13-18 Na coluna da esquerda, esto palavras retiradas do texto; na da direita, descries relacionadas formao de palavras. Associe corretamente a coluna da esquerda da direita. ( )complexidade(l. 06, 18, 20, 27) ( )definio(l. 30) ( )insuportveis(l. 39) ( )obras-primas(l. 44) 1- Constituda por composio atravs de justaposio. 2- Constituda por prefixo com sentido de negao e sufixo formador de adjetivos a partir de verbos. 3- Constituda por sufixo formador de substantivo a partir de adjetivo. 4- Constituda por sufixo formador de substantivo a partir de verbo. 5- Constituda por aglutinao, tendo em vista a mudana silbica de um dos elementos do vocbulo. A sequncia correta de preenchimento dos parnteses, de cima para baixo,

Questão
2015Português

(Ufrgs/2015) Assinale a alternativa correta sobre a Semana de Arte Moderna.

Questão
2015Português

(UFRGS/2015) 01. À porta do Grande Hotel, pelas duas da 02. tarde, Chagas e Silva postava-se de palito à 03. boca, como se tivesse descido do restaurante 04. lá de cima. Poderia parecer, pela estampa, 05. que somente ali se comesse bem em Porto 06. Alegre. Longe disso! A Rua da Praia que o 07. diga, ou melhor, que o dissesse. O faz de 08. conta do inefável personagem ligava-se mais 09. à importância, à moldura que aquele portal 10. lhe conferia. Ele, que tanto marcou a rua, 11. tinha franco acesso às poltronas do saguão 12. em que se refestelavam os importantes. 13. Andava dentro de um velho fraque, usava 14. gravata, chapéu, bengala sob o braço, barba 15. curta, polainas e uns olhinhos apertados na 16 ......... bronzeada. O charuto apagado na boca, 17. para durar bastante, era o toque final dessa 18. composição de pardavasco vindo das Alagoas. 19. Chagas e Silva chegou a Porto Alegre em 20. 1928. Fixou-se na Rua da Praia, que percorria 21. com passos lentos, carregando um ar de 22. indecifrável importância, tão ao jeito dos 23. grandes de então. Os estudantes tomaram 24. conta dele. Improvisaram comícios na praça, 25. carregando-o nos braços e fazendo-o 26. discursar. Dava discretas mordidas e 27. consentia em que lhe pagassem o cafezinho. 28. Mandava imprimir sonetos, que trocava por 29. dinheiro. 30. Não era de meu propósito ocupar-me do 31. doutor Chagas e, sim, de como se comia 32. bem na Rua da Praia de antigamente. Mas ele 33. como que me puxou pela manga e levou-me 34. a visitar casas por onde sua imaginação de 35. longe esvoaçava. 36. Porto Alegre, sortida por tradicionais 37. armazéns de especialidades, dispunha da 38. melhor matéria-prima para as casas de pasto. 39. Essas casas punham ao alcance dos gourmets 40. virtuosíssimos secos e molhados vindos de 41. Portugal, da Itália, da França e da Alemanha. 42. Daí um longo e ........ período de boa comida, 43. para regalo dos homens de espírito e dos que 44. eram mais estômago que outra coisa. 45. Na arte de comer bem, talvez a dificuldade 46. fosse a da escolha. Para qualquer lado que o 47. passante se virasse, encontraria salões 48. ornamentados, .... .. .. maiores ou menores, 49. tabernas ou simples tascas. Adaptado de: RUSCHEl, Nilo. Rua da Praia. Porto Alegre: Editora da Cidade, 2009. p. 110-111. Assinale a alternativa que apresenta a correta passagem de segmento do texto da voz ativa para a voz passiva.

Questão
2015Português

(Ufrgs 2015) Considere os segmentos abaixo, retirados de Água Viva, de Clarice Lispector. Sei que depois de me leres é difícil reproduzir de ouvido a minha música, não é possível cantá-la sem, tê-la decorado. E corno decorar uma coisa que não tem história? (...) Isto tudo que estou escrevendo é tão quente como um ovo quente que a gente passa depressa de uma mão para a outra e de novo da outra para a primeira a fim de não se queimar já pintei um ovo. E agora como ria pintura só digo: ovo e basta. Leia as seguintes afirmações sobre os segmentos e a autora. I. Clarice Lispector é a grande representante da narrativa intimista brasileira, com sua prosa que explora a subjetividade, a partir do eu que absorve os temas do mundo. II. O enredo, na narrativa, está a serviço das reflexões e dos sentimentos, motivo pelo qual é possível chamá-la de prosa poética. III. A narradora tem consciência da limitação da palavra para representar a complexidade da vida e do mundo, por isso se contenta com a palavra mínima/a palavra básica. Quais estão corretas?

Questão
2015Português

(UFRGS - 2015) 01. porta do Grande Hotel, pelas duas da 02. tarde, Chagas e Silva postava-se de palito 03. boca, como se tivesse descido do restaurante 04. l de cima. Poderia parecer, pela estampa, 05. que somente ali se comesse bem em Porto 06. Alegre. Longe disso! A Rua da Praia que o 07. diga, ou melhor, que o dissesse. O faz de 08. conta do inefvel personagem ligava-se mais 09. importncia, moldura que aquele portal 10. lhe conferia. Ele, que tanto marcou a rua, 11. tinha franco acesso s poltronas do saguo 12. em que se refestelavam os importantes. 13. Andava dentro de um velho fraque, usava 14. gravata, chapu, bengala sob o brao, barba 15. curta, polainas e uns olhinhos apertados na 16 ......... bronzeada. O charuto apagado na boca, 17. para durar bastante, era o toque final dessa 18. composio de pardavasco vindo das Alagoas. 19. Chagas e Silva chegou a Porto Alegre em 20. 1928. Fixou-se na Rua da Praia, que percorria 21. com passos lentos, carregando um ar de 22. indecifrvel importncia, to ao jeito dos 23. grandes de ento. Os estudantes tomaram 24. conta dele. Improvisaram comcios na praa, 25. carregando-o nos braos e fazendo-o 26. discursar. Dava discretas mordidas e 27. consentia em que lhe pagassem o cafezinho. 28. Mandava imprimir sonetos, que trocava por 29. dinheiro. 30. No era de meu propsito ocupar-me do 31. doutor Chagas e, sim, de como se comia 32. bem na Rua da Praia de antigamente. Mas ele 33. como que me puxou pela manga e levou-me 34. a visitar casas por onde sua imaginao de 35. longe esvoaava. 36. Porto Alegre, sortida por tradicionais 37. armazns de especialidades, dispunha da 38. melhor matria-prima para as casas de pasto. 39. Essas casas punham ao alcance dos gourmets 40. virtuosssimos secos e molhados vindos de 41. Portugal, da Itlia, da Frana e da Alemanha. 42. Da um longo e ........ perodo de boa comida, 43. para regalo dos homens de esprito e dos que 44. eram mais estmago que outra coisa. 45. Na arte de comer bem, talvez a dificuldade 46. fosse a da escolha. Para qualquer lado que o 47. passante se virasse, encontraria sales 48. ornamentados, .... .. .. maiores ou menores, 49. tabernas ou simples tascas. Adaptado de: RUSCHEl, Nilo. Rua da Praia. Porto Alegre: Editora da Cidade, 2009. p. 110-111. Assinale, entre as alternativas a seguir, a que apresenta palavras pertencentes mesma classe gramatical.

Questão
2015Português

(Ufrgs 2015) Leia abaixo o soneto de Gregório de Matos Guerra, e Poesia, de Carlos Drummond de Andrade. A certa personagem desvanecida Um soneto começo em vosso gabo: Contemos esta regra por primeira; Já lá vão duas, e esta é a terceira, Já este quartetinho está no cabo, Na quinta torce agora a porca o rabo; A sexta vá também d esta maneira: Na sétima entro já com grã canseira, E saio dos quartetos muito brabo. Agora nos tercetos que direi: Direi que vós, Senhor, a mim me honrais Gabando-vos a vós, e eu fico um rei. Nesta vida um soneto já ditei; Se desta agora escapo, nunca mais: Louvado seja Deus, que o acabei. ____________________________________________________________________________________________________________________________ Poesia Gastei uma hora pensando em um verso que a pena não quer escrever. No entanto de está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________ Considere as seguintes afirmações sobre os dois textos. I. Os dois poemas, embora reflitam sobre o fazer poético, encararam-no de modo diverso. II. A criação poética, para Gregório de Matos Guerra, é árdua, mesmo com a ajuda do rei e com a inspiração divina. III. A criação poética, para Drummond, é árdua, por ser um ato interno que requer persistência, pois nem sempre a inspiração gera um poema. Quais estão corretas?

Questão
2015Português

(Ufrgs 2015) 01. Viagens, cofres mágicos com promessas 02. sonhadoras, não mais revelareis vossos 03. tesouros intactos! Hoje, quando ilhas 04. polinésias afogadas em concreto se 05. transformam em porta-aviões ancorados nos 06. mares do Sul, quando as favelas corroem a 07. Africa, quando a aviação avilta a floresta 08. americana antes mesmo de poder destruir-lhe 09. a virgindade, de que modo poderia a pretensa 10. evasão da viagem conseguir outra coisa que 11. não confrontar-nos com as formas mais 12. miseráveis de nossa existência histórica? 13. Ainda assim, compreendo a paixão, a 14. loucura, o equívoco das narrativas de viagem. 15. Elas criam a ilusão daquilo ... ... .. não existe 16. mais, mas ........ ainda deveria existir. Trariam 17. nossos modernos Marcos Paios, das mesmas 18. terras distantes, desta vez em forma de 19. fotografias e relatos, as especiarias morais 20. ........ nossa sociedade experimenta uma 21. necessidade aguda ao se sentir soçobrar no 22. tédio? 23. É assim que me identifico, viajante 24. procurando em vão reconstituir o exotismo 25. com o auxílio de fragmentos e de destroços. 26. Então, insidiosamente, a ilusão começa a 27. tecer suas armadilhas. Gostaria de ter vivido 28. no tempo das verdadeiras viagens, quando 29. um espetáculo ainda não estragado, 30. contaminado e maldito se oferecia em todo o 31. seu esplendor. Uma vez encetado, o jogo de 32. conjecturas não tem mais fim: quando se 33. deveria visitar a Índia, em que época o estudo 34. dos selvagens brasileiros poderia levar a 35. conhecê-los na forma menos alterada? Teria 36. sido melhor chegar ao Rio no século XVIII? 37. cada década para trás permite salvar um 38. costume, ganhar uma festa, partilhar uma 39. crença suplementar. 40. Mas conheço bem demais os textos do 41. passado para não saber que, me privando de 42. um século, renuncio a perguntas dignas de 43. enriquecer minha reflexão. E eis, diante de 44. mim, o círculo intransponível: quanto menos 45. as culturas tinham condições de se comunicar 46. entre si, menos também os emissários 47. respectivos eram capazes de perceber a 48. riqueza e o significado da diversidade. No final 49. das contas, sou prisioneiro de uma 50. alternativa: ora viajante antigo, confrontado 51. com um prodigioso espetáculo do qual quase 52. tudo lhe escapava - ainda pior, inspirava 53. troça ou desprezo - , ora viajante moderno, 54. correndo atrás dos vestígios de uma realidade 55. desaparecida. Nessas duas situações, sou 56. perdedor, pois eu, que me lamento diante das 57. sombras, talvez seja impermeável ao 58. verdadeiro espetáculo que está tomando 59. forma neste instante, mas . .. . .. .. observação 60. meu grau de humanidade ainda carece da 61. sensibilidade necessária. Dentro de alguma 62. centena de anos, neste mesmo lugar, outro 63. viajante pranteará o desaparecimento do que 64. eu poderia ter visto e que me escapou. Considere as possibilidades de reescrita apresentadas abaixo para a seguinte passagem do texto. Dentro de alguma centena de anos, neste mesmo lugar, outro viajante pranteará o desaparecimento do que eu poderia ter visto e que me escapou. (l. 61-64) I. Neste mesmo lugar, outro viajante, dentro de alguma centena de anos, pranteará o desaparecimento do que eu poderia ter visto e que me escapou. II. Outro viajante, dentro de alguma centena de anos, pranteará o desaparecimento neste mesmo lugar do que eu poderia ter visto e que me escapou. III. Neste mesmo lugar, outro viajante, dentro de alguma centena de anos, pranteará o desaparecimento que eu poderia ter visto e o que me escapou. Quais estão corretas e preservam o sentido da frase original?

Questão
2015Português

(Ufrgs 2015) Viagens, cofres mágicos com promessas sonhadoras, não mais 5revelareis 6vossos tesouros intactos! Hoje, quando ilhas polinésias afogadas em concreto se transformam em porta-aviões ancorados nos mares do Sul, quando as favelas corroem a África, quando a aviação 9avilta a floresta americana antes mesmo de poder 7destruir-lhe a virgindade, de que modo poderia a pretensa 10evasão da viagem conseguir outra coisa que não 14confrontar-nos 15com as formas mais miseráveis de nossa existência histórica? 18Ainda 22assim, compreendo a paixão, a loucura, o equívoco das narrativas de viagem. Elas 16criam a ilusão daquilo 1__________ não existe mais, mas 2__________ ainda deveria existir. Trariam nossos modernos Marcos Polos, das mesmas terras distantes, desta vez em forma de fotografias e relatos, as especiarias morais 3_________ nossa sociedade experimenta uma necessidade aguda ao se sentir 11soçobrar no tédio? É assim que me identifico, viajante procurando em vão reconstituir o exotismo com o auxílio de fragmentos e de destroços. 19Então, 26insidiosamente, a ilusão começa a tecer suas armadilhas. Gostaria de ter vivido no tempo das verdadeiras viagens, quando um espetáculo ainda não estragado, contaminado e maldito se oferecia em todo o seu esplendor. 20Uma vez 12encetado, o jogo de conjecturas não tem mais fim: quando se deveria visitar a Índia, em que época o estudo dos selvagens brasileiros poderia levar a conhecê-los na forma menos alterada? Teria sido melhor chegar ao Rio no século XVIII? Cada década para 23trás 29permite 27salvar um costume, 28ganhar uma festa, 17partilhar uma crença suplementar. 21Mas conheço bem demais os textos do passado para não saber que, me privando de um século, renuncio a perguntas dignas de enriquecer minha reflexão. E eis, diante de mim, o círculo intransponível: quanto menos as culturas tinham condições de se comunicar entre si, menos também os emissários 8respectivos eram capazes de perceber a riqueza e o significado da diversidade. No final das contas, sou prisioneiro de uma 32alternativa: 30ora viajante antigo, confrontado com um prodigioso espetáculo do qual quase tudo lhe escapava 24 ainda pior, inspirava troça ou desprezo 25, 31ora viajante moderno, correndo atrás dos vestígios de uma realidade desaparecida. Nessas duas situações, sou perdedor, pois eu, que me lamento diante das sombras, talvez seja impermeável ao verdadeiro espetáculo que está tomando forma neste instante, mas 4__________ observação, meu grau de humanidade ainda 13carece da sensibilidade necessária. 33Dentro de alguma centena de anos, neste mesmo lugar, outro viajante pranteará o desaparecimento do que eu poderia ter visto e que me escapou. Adaptado de: LÉVI-STRAUSS, C. Tristes trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1996. p. 38-44. Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas indicadas pelas referências 1, 2, 3 e 4 do texto.

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