(Ufrn 2003) O trecho seguinte pertence ao romance "Iracema" (1865), de José de Alencar:
Refresca o vento.
O rulo das vagas precipita. O barco salta sobre as ondas e desaparece no horizonte. Abre-se a imensidade dos mares; e a borrasca enverga, como o condor, as foscas asas sobre o abismo.
Deus te leve a salvo, brioso e altivo barco, por entre as vagas revoltas, e te poje nalguma enseada amiga. Soprem para ti as brandas auras; e para ti jaspeie a bonança mares de leite!
ALENCAR, J.M. de. "Iracema". Porto Alegre: L&PM, 1999. p. 22-23. (Coleção L&PM Pocket)
O barco mencionado no fragmento
transporta o corpo de Iracema em ritual fúnebre indígena.
conduz Moacir, o primeiro cearense ainda criança, para o exílio.
dirige-se, para novas conquistas de territórios, ao sul do país.
parte da Europa, levando o colonizador português ao Ceará.