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Questões de Português - UFU | Gabarito e resoluções

Questão 45
2016Português

(UFU - 2016 - 1 FASE) Texto I Logo descobriu que no podia absolutamente mais se mexer. No se admirou com esse fato, pareceu-lhe antes um pouco natural que at agora tivesse conseguido se movimentar com aquelas perninhas finas. No restante sentia-se relativamente confortvel. Na realidade tinha dores no corpo, mas para ele era como se elas fossem ficar cada vez mais fracas e finalmente desaparecer por completo. A ma apodrecida nas suas costas e a regio inflamada em volta, inteiramente cobertas por uma poeira mole, quase no o incomodavam. Recordava-se da famlia com emoo e amor. Sua opinio de que precisava desaparecer era, se possvel, ainda mais decidida que a da irm. Permaneceu nesse estado de meditao vazia e pacfica at que o relgio da torre bateu a terceira hora da manh. Ele vivenciou o incio do clarear geral do dia l do lado de fora da janela. Depois, sem interveno da sua vontade, a cabea afundou completamente e das suas ventas fluiu fraco o ltimo flego. KAFKA, Franz. A metamorfose. Trad. Modesto Carone. So Paulo: Cia das Letras, 1997. p. 78. Texto II Saciada, espantada, continuou a passear com os olhos mais abertos, em ateno s voltas violentas que a gua pesada dava no estmago, acordando pequenos reflexos pelo resto do corpo como luzes. A estrada subia muito. A estrada era mais bonita que o Rio de Janeiro, e subia muito. Mocinha sentou-se numa pedra que havia junto de uma rvore, para poder apreciar. O cu estava altssimo, sem nenhuma nuvem. E tinha muito passarinho que voava do abismo para a estrada. A estrada branca de sol estendia sobre um abismo verde. Ento, como estava cansada, a velha encostou a cabea no tronco da rvore e morreu. LISPECTOR, Clarice. O grande passeio. In: Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 37-38 Embora de pocas e nacionalidades distintas, os protagonistas de A metamorfose e do conto O grande passeio tm em comum a

Questão 46
2016Português

(UFU - 2016 - 1 FASE) Na obra Felicidade clandestina, de Clarice Lispector, h contos em que crianas so protagonistas, ora diante de situaes densas, ora leves, com suas alegrias e tristezas na relao com o outro. Nessa tessitura, o fio condutor do conto

Questão 47
2016Português

(UFU - 2016 - 1 FASE) Com o intuito de compreender as razes do comportamento humano, a narradora do conto Felicidade clandestina, de livro homnimo de Clarice Lispector, atm-se a um fato de sua infncia, em que uma menina, filha do dono de uma livraria, percebendo o gosto da narradora pelos livros e pela leitura, promete lhe emprestar o livro As reinaes de Narizinho, de Monteiro Lobato. Entretanto, numa atitude de crueldade, sempre adia o emprstimo. Para a narradora personagem, o comportamento da menina advm

Questão 48
2016Português

(UFU - 2016 - 1 FASE) I (...) O menino tinha no olhar um silncio de cho e na sua voz uma candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver o mundo para encontrar nas palavras novas coisas de ver assim: eu via a manh pousada sobre as margens do rio do mesmo modo que uma gara aberta na solido de uma pedra. (...) BARROS, Manoel de. Menino do mato. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2015. p.13 Em Menino do mato, um eu lrico menino tem o desejo de apreender, sem se preocupar com explicaes, as coisas do mundo, criar novidades por meio das palavras e de sua inocncia pueril. Essa mesma ideia perpassa o fragmento:

Questão 49
2016Português

(UFU - 2016 - 1 FASE) Havia em Recife inmeras ruas, as ruas dos ricos, ladeadas por palacetes que ficavam no centro de grandes jardins. Eu e uma amiguinha brincvamos muito de decidir a quem pertenciam os palacetes. Aquele branco meu. No, eu j disse que os brancos so meus. Mas esse no totalmente branco, tem janelas verdes. Parvamos s vezes longo tempo, a cara imprensada nas grades, olhando. [...] Numa das brincadeiras de essa casa minha, paramos diante de uma que parecia um pequeno castelo. No fundo via-se o imenso pomar. E, frente, em canteiros bem ajardinados, estavam plantadas as flores. LISPECTOR, Clarice. Cem anos de perdo. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 60. A narrativa de fico joga com sentidos duplos e figurados e explora as variadas possibilidades da linguagem. Na obra de Clarice Lispector, para atingir uma maior expressividade na construo do texto, destaca-se ainda a epifania. Considerando-se o conceito de epifania na obra dessa autora, pode-se ler o conto Cem anos de perdo como

Questão 50
2016Português

(UFU - 2016 - 1 FASE) Eu ia andando pela Avenida Copacabana e olhava distrada edifcios, nesga de mar, pessoas, sem pensar em nada. Ainda no percebera que na verdade no estava distrada, estava era de uma ateno sem esforo, estava sendo uma coisa muito rara: livre. Via tudo, e toa. Pouco a pouco que fui percebendo que estava percebendo as coisas. Minha liberdade ento se intensificou um pouco mais, sem deixar de ser liberdade. Tive ento um sentimento de que nunca ouvi falar. Por puro carinho, eu me senti a me de Deus, que era a Terra, o mundo. Por puro carinho mesmo, sem nenhuma prepotncia ou glria, sem o menor senso de superioridade ou igualdade, eu era por carinho a me do que existe. Soube tambm que se tudo isso fosse mesmo o que eu sentia e no possivelmente um equvoco de sentimento que Deus sem nenhum orgulho e nenhuma pequenez se deixaria acarinhar, e sem nenhum compromisso comigo. Ser-Lhe-ia aceitvel a intimidade com que eu fazia carinho. O sentimento era novo para mim, mas muito certo, e no ocorrera antes apenas porque no tinha podido ser. Sei que se ama ao que Deus. Com amor grave, amor solene, respeito, medo e reverncia. Mas nunca tinham me falado de carinho maternal por Ele. E assim como meu carinho por um filho no o reduz, at o alarga, assim ser me do mundo era o meu amor apenas livre. E foi quando quase pisei num enorme rato morto. Em menos de um segundo estava eu eriada pelo terror de viver, em menos de um segundo estilhaava-me toda em pnico, e controlava como podia o meu mais profundo grito. Quase correndo de medo, cega entre as pessoas, terminei no outro quarteiro encostada a um poste, cerrando violentamente os olhos, que no queriam mais ver. Mas a imagem colava-se s plpebras: um grande rato ruivo, de cauda enorme, com os ps esmagados, e morto, quieto, ruivo. O meu medo desmesurado de ratos. LISPECTOR, Clarice. Perdoando Deus. Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 41. O fragmento evidencia as percepes iniciais da personagem narradora. Tais percepes, no desenrolar do conto, so caracterizadas pela

Questão 1
2015Português

(UFU - 2015 - 2aFASE) O dino est nu Coloquem penas nesse velociraptor Se ele no tivesse dito que atualizaria os dinossauros, tudo bem, reclama Maurilio Oliveira, um dos mais renomados paleoartistas brasileiros. Ele, no caso, Colin Trevorrow, o americano que assina a direo de Jurassic World, quarto filme da franquia inaugurada em 1993 por Steven Spielberg. E quando ele fez essa promessa, anos atrs, toda a comunidade paleontolgica sentiu um bem-estar. As expectativas submergiram quando saiu a divulgao do filme, semanas atrs. Garanto que no Brasil fui um dos primeiros a assistir ao trailer. Como f, quero estar na primeira fila da primeira sesso. Mas como paleoartista, algum cujo trabalho traduzir em imagens a viso cientfica dos dinossauros, tenho srias reservas. A decepo comeou j na cena inicial em que surgem os protagonistas. Aqueles bichos correndo junto com humanos, os raptores ele se refere aos bpedes esverdeados de bracinhos inteis que trotam ao lado de um jipe de safri , aqueles bichos tinham penas. Informaes como essa surpreendem o leigo incauto que conhece o Mesozoico apenas por intermdio de Hollywood e ainda reluta em acreditar que dinossauros de 60 milhes de anos atrs nunca perseguiram homens das cavernas de 6 milhes. DUARTE, Douglas. O dino est nu. Piau. So Paulo, ano 9, n. 100, p. 13, jan. 2015. (Fragmento) Com base na leitura do texto, explique A) qual a funo das aspas empregadas ao longo do texto. B) qual o posicionamento do autor do texto em relao aos dizeres colocados entre aspas, indicando outro elemento textual que contribuiu para que voc reconhecesse a opinio do autor sobre o tema tratado.

Questão 3
2015Português

(UFU - 2015 - 2aFASE) Em uma entrevista revista Veja em 17 de janeiro de 2015, Edward Frenkel, um dos maiores pensadores da matemtica moderna, ao ser questionado sobre a razo de tanta gente detestar matemtica, afirmou: - Existem vrios fatores. A principal razo de grande parte das pessoas no gostar de matemtica porque no sabe do que se trata. Mas pensa que sabe, o que pior ainda, pois foi apresentada na escola a uma frao minscula do tema, de forma muito ruim, e ficou com um gosto amargo na memria. Uma das misses que me proponho diminuir o estrago causado pelo sistema de ensino. Seria muito mais fcil se meus leitores nunca tivessem ouvido falar do assunto e eu pudesse explic-lo partindo do zero. A) Transcreva para o discurso indireto a resposta dada por Frenkel ao jornalista da Veja, de modo que tanto a pergunta quanto a resposta constituam um nico texto com sentido completo. B) Parafraseie a resposta dada por Frenkel e, na sequncia, redija um exemplo real ou fictcio, que corrobore com a ideia de que Seria muito mais fcil se meus leitores nunca tivessem ouvido falar do assunto e eu pudesse explic-lo partindo do zero.

Questão 31
2015Português

(UFU - 2015 - 1 FASE) Quando se fala em cincia, fundamental levar em conta a imparcialidade e o olhar objetivo; porm, todo pesquisador est inserido em um contexto cultural e afetivo; aquilo que o profissional viveu, bem como suas caractersticas pessoais, pode trazer perspectivas novas e valiosas para a observao e a compreenso de um objeto ou fenmeno. Revista Mente e Crebro, Ano XXI, n. 265, p. 56 (Fragmento). Em relao proposio em negrito, INCORRETO afirmar que sua funo

Questão 32
2015Português

(UFU - 2015 - 1 FASE) As redes sociais permitem que qualquer pessoa se torne uma formadora de opinio, quando, em verdade, o melhor seria promover indivduos formadores de cultura e de conhecimento. O psiquiatra espanhol Enrique Rojas (1949) postula que estamos cada vez mais bem informados, mas essa minuciosa e milimtrica informao no formativa: nunca vem acompanhada de certos tons positivos que ajudam a se enriquecer interiormente, a ser mais completo, mais slido; em uma palavra, mais humano com mais critrio, melhor. BITTENCOURT, Renato Nunes. Filosofia,cinciavida, n. 98, set. 2014 p. 55 (Fragmento). De acordo com o texto, assinale a alternativa INCORRETA.

Questão 33
2015Português

(UFU - 2015 - 1 FASE) Um dos efeitos das polticas de cotas para as pessoas negras nas universidades foi a produo de discursos sobre a raa e excluso social como poucas vezes se observou em nossa histria. Em uma conversa com uma amiga antroploga que se negava a concordar com polticas pblicas baseadas na noo de raa, eu lhe perguntei: ento, voc tambm contra as polticas para as mulheres?. E ela, como feminista combativa que , me respondeu, claro que no. Quais as relaes entre gnero e raa? No seria uma contradio negar polticas pblicas para os/as negros/negras e concordar com as polticas para as mulheres? Cult,198, ano 18, fevereiro 2015, p.12. O procedimento de introduzir na linearidade do pargrafo parte da conversa que o autor teve com a amiga constitui-se como recurso importante, EXCETO, para:

Questão 34
2015Português

(UFU - 2015 - 1 FASE) Assinale a alternativa cujo termo em negrito exprime um fato que NO pertence a um tempo determinado.

Questão 35
2015Português

(UFU - 2015 - 1 FASE) O leitor brasileiro que porventura entrar em contato com a arte de Guimares Rosa atravs de Primeiras Estrias inevitavelmente haver de experimentar um choque, devido agressiva novidade de estilo, qual os leitores antigos do autor se vm habituando progressivamente (falamos no leitor brasileiro, porque o estrangeiro, que a conhecer atravs da traduo, ter forosamente sob os olhos um texto atenuado e filtrado, adaptado pelo tradutor aos padres existentes da lngua acolhedora). Lembre-se de que o autor fez sua apario na literatura como escritor regionalista. No adotara, porm, nenhuma das trs tcnicas disposio do regionalismo: servir-se da linguagem regional indistintamente em todo o livro, restringi-la fala das personagens, ou substitu-la integralmente por uma linguagem literria, convencional. A quarta soluo, adotada por ele, consistia em deixar as formas, rodeios e processos da lngua popular infiltrarem o estilo expositivo e as da lngua elaborada embeber a linguagem dos figurantes. Disse lngua elaborada e no culta: Guimares Rosa, conhecedor dos mais profundos do idioma, no se satisfaz em explorar-lhe todo o tesouro registrado e codificado, mas submete-o a uma experimentao incessante, para testar-lhe flexibilidade. Da um estilo personalssimo, que das obras de carter regionalstico se alastrou por toda obra de fico de nosso autor, e at por suas raras produes ensasticas. [...] RNAI, Paulo. Os vastos espaos. In: ROSA, Joo Guimares. Primeiras Estrias. 4 ed., Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1968, p. Xl-XlI. (Fragmento) De acordo com o texto, assinale a alternativa INCORRETA.

Questão 36
2015Português

(UFU - 2015 - 1 FASE) O McSorleys ocupa o trreo de um prdio de tijolinhos vermelhos, o nmero 15 da rua 7, vizinho Cooper Square, onde termina a Bowery. Foi inaugurado em 1854 e o bar mais antigo de Nova York. Em seus 86 anos, teve quatro proprietrios um imigrante irlands, seu filho, um policial aposentado, sua filha , todos eles avessos a mudanas. Embora disponha de energia eltrica, o bar teima em ser iluminado por duas lmpadas a gs toda vez que algum abre a porta, a luz oscila e projeta sombras no teto baixo coberto de teias de aranha. No h caixa registradora. As moedas so atiradas em tigelas uma para as de 5 centavos, uma para as de 10, uma para as de 50 , e as notas so guardadas num cofre de madeira. (Este texto foi publicado na dcada de 40 pela revista The New Yorker. As datas do original foram mantidas) MITCHEL, Josef. O bar do McSorley. Piau. So Paulo, ano 9, n. 100, p. 42, jan. 2015. (Fragmento). No fragmento, retirado de um texto em que se conta a histria de um bar novaiorquino, so predominantes as sequncias textuais de tipo

Questão 37
2015Português

(UFU - 2015 - 1 FASE) Os brasileiros somos assim. Este , segundo Joo Candido Portinari, a mensagem da obra de seu pai, o pintor Candido Portinari, ao povo brasileiro. Segundo ele, o recado nunca chegou de fato ao destinatrio planejado, j que 95% das obras do paulista esto em colees privadas. PONTES, Trajano. Portinari ganha portal reformulado na internet. Folha de S. Paulo, So Paulo, fev. 2013. Disponvel em: http://folha.com/no1233942. Acesso em: 3 fev. 2015. (Fragmento). Em Os brasileiros somos assim, a ocorrncia de sujeito de terceira pessoa do plural e verbo na primeira pessoa do plural tem a finalidade de