Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
MEDICINAITA - IMEENEMENTRAR
Logo do Facebook   Logo do Instagram   Logo do Youtube

Conquiste sua aprovação na metade do tempo!

No Kuadro, você aprende a estudar com eficiência e conquista sua aprovação muito mais rápido. Aqui você aprende pelo menos 2x mais rápido e conquista sua aprovação na metade do tempo que você demoraria estudando de forma convencional.

Questões de Português - UFU | Gabarito e resoluções

Questão 60
2022Português

(UFU - 2022) O problema central do mtodo narrativo diz respeito relao do autor com a sua obra. Em uma pea teatral, o autor ausente; ele desapareceu por trs dela. Mas o poeta pico conta a histria como contador profissional, incluindo os seus comentrios no poema e dando narrativa propriamente dita (distinta do dilogo) o seu prprio estilo. O romancista pode, similarmente, contar uma histria sem afirmar que testemunhou ou participou do que narra. Pode escrever na terceira pessoa, como autor onisciente. Esse , sem dvida, o modo tradicional e natural de narrao. O autor est presente, ao lado da sua obra, como o palestrante cuja exposio acompanha o projetor de slides ou o filme documentrio. WELLEK, Ren; WARREN, Austin. Teoria da Literatura e Metodologia dos Estudos Literrios. So Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 301. Sobre o trecho acima e os gneros literrios, assinale a alternativa correta.

Questão 61
2022Português

(UFU - 2022) Embora acentue sob alguns aspectos o requinte da arte pela arte, o Simbolismo se ope tanto ao Realismo como ao Parnasianismo, situando-se muito prximo das orientaes romnticas, de que em parte uma revivescncia. No aceitando a separao entre sujeito e objeto, entre artista e assunto, para ele objetivo e subjetivo se fundem, pois o mundo e a alma tm afinidades misteriosas, e as coisas mais dspares podem revelar um parentesco inesperado. O esprito, portanto, no apreende totalmente nem traa um contorno firme dos objetos, dos seres, das ideias. Cabe-lhe apenas o recurso de aproximar-se da sua realidade oculta por meio de tentativas, que a sugerem sem esgot-la. CANDIDO, Antonio; CASTELLO, Jos Aderaldo. Presena da Literatura Brasileira. 6. ed. So Paulo: Difel, 1976. v. 2. p. 104. Sobre o movimento simbolista no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.

Questão 62
2022Português

(UFU - 2022) Assinale a alternativa correta sobre o conto Trs Gnios de Secretaria, de Lima Barreto.

Questão 63
2022Português

(UFU - 2022) Por isso que se v tanta porcaria por esse mundo de Cristo! disse a Augusta. Filha minha s se casar com quem ela bem quiser; que isto de casamentos empurrados fora acabam sempre desgraando tanto a mulher como o homem! Meu marido pobre e de cor, mas eu sou feliz, porque casei por meu gosto! Ora! Mais vale um gosto que quatro vintns! Nisto comeou a gemer porta do 35 uma guitarra; era de Jernimo. Depois da ruidosa alegria e do bom humor, em que palpitara quela tarde toda a repblica do cortio, ela parecia ainda mais triste e mais saudosa do que nunca: Minha vida tem desgostos, Que s eu sei compreender... Quando me lembro da terra Parece que vou morrer [] Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostlgico dos desterrados, iam todos, at mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho do Porfiro, acompanhado pelo violo do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da msica crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se algum lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. J no eram dois instrumentos que soavam, eram lbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor; msica feita de beijos e soluos gostosos; carcia de fera, carcia de doer, fazendo estalar de gozo. E aquela msica de fogo doidejava no ar como um aroma quente de plantas brasileiras, em torno das quais se nutrem, girando, moscardos sensuais e besouros venenosos, freneticamente, bbedos do delicioso perfume que os mata de volpia. AZEVEDO, Alusio. O cortio. Disponvel em: . Acesso em: 28 set. 2022. Assinale a alternativa correta sobre o trecho acima, de O cortio.

Questão 64
2022Português

(UFU - 2022) [...] E a lua pousa em teu rosto. Branco, de morte caiado, que sepulcros evoca mas que hastes submarinas e lgidas e espelhos e lrios que o tirano decepou, e faces amortalhadas em farinha. O bigode negro cresce em ti como um aviso e logo se interrompe. negro, curto, espesso. O rosto branco, de lunar matria, face cortada em lenol, risco na parede, caderno de infncia, apenas imagem entretanto os olhos so profundos e a boca vem de longe, sozinha, experiente, calada vem a boca sorrir, aurora, para todos. E j no sentimos a noite, e a morte nos evita, e diminumos como se ao contato de tua bengala mgica voltssemos ao pas secreto onde dormem meninos. J no o escritrio de mil fichas, nem a garagem, a universidade, o alarme, realmente a rua abolida, lojas repletas, e vamos contigo arrebentar vidraas, e vamos jogar o guarda no cho, e na pessoa humana vamos redescobrir aquele lugar cuidado! que atrai os pontaps: sentenas de uma justia no oficial. [...] ANDRADE, Carlos Drummond de. A Rosa do Povo. 21. ed. So Paulo, Record, 2000. p. 199. Sobre o trecho acima, do poema Canto ao homem do povo Charlie Chaplin, INCORRETO afirmar que

Questão 1
2021Português

(UFU - 2021 - MEDICINA) A tarefa de perfilar Mrio de Andrade e de abordar seu vasto legado to desafiadora quanto arriscada. So muitos os Mrios que habitam esse Mrio de Andrade difcil de apreender: enigmtico, questionador, sensvel, reservado, brincalho, srio, penetrante, exigente. Os que privaram de sua intimidade o conheceram como um homem melanclico, mas tambm expansivo, verstil, divertido, extrovertido. Para os amigos, foi um privilgio conviver com esse homem de carter ntegro, generoso e admirvel, dotado de uma vasta e profunda cultura. Muitos de seus alunos atestaram esses traos. No mestre, conjugavam-se seriedade profissional, manifestaes de esprito ldico e respeito humano. Na presena de desconhecidos, porm, segundo depoimento de pessoas prximas e de familiares, Mrio era bastante reservado. Nele conviviam Apolo e Dionsio. Inteligente e meditativo, amargurado e solitrio; ora contido pela discrio e angustiado ora arrebatado e exuberante. Esses atributos passam a ser necessrios para compor sua figura, ainda que as linhas do desenho sejam imprecisas. O modo de ser mltiplo, complexo, contraditrio, que Mrio de Andrade externava no trato pessoal, reverbera na sua produo artstica, na correspondncia, em artigos de jornal, nas entrevistas, em crnicas, em conferncias. FONSECA, Maria Augusta. Um retrato do artista. In: Por que ler Mrio de Andrade. So Paulo: Globo, 2013. p. 13. (Fragmento) A) Considerando-se o fragmento acima e as referncias fornecidas a respeito dele, explique em que sentido o trecho cumpre seu objetivo discursivo. Justifique sua resposta, valendo-se de informaes textuais e contextuais. B) Descreva como o processo de intertextualidade construdo no trecho.

Questão 1
2021Português

(UFU - 2021) Nos bons velhos tempos dos suplementos literrios dominicais, havia no Rio um colaborador modesto, mas assduo de todos eles, famoso ou notrio porque seus artigos sempre comearam com a mesma frase e com origem dos tempos. Pediram a ele uma nota sobre o ltimo concerto sinfnico com obras de Beethoven e Berlioz, e ele comeou: J na Grcia antiga... Mas, quando pediram a ele um artigo sobre o conto contemporneo no Cear, ele comeou assim: J na Grcia antiga.... Seguindo esse grande exemplo, eu poderia iniciar o presente texto sobre A interpretao dos sonhos de Sigmund Freud com as palavras: J no Egito antigo..., pois sempre houve esses livrinhos de interpretao dos sonhos para o uso da copa e cozinha. CARPEAUX, Otto Maria. A interpretao dos sonhos de Sigmund Freud. In: SEIXAS, Heloisa (Org.). As obras-primas que poucos leram. v. 4. Rio de Janeiro: Editora Record, 2006. p. 58. (Fragmento adaptado) A) Explique o efeito do uso do termo Mas no seguinte trecho recortado do fragmento acima: Pediram a ele uma nota sobre o ltimo concerto sinfnico com obras de Beethoven e Berlioz, e ele comeou: J na Grcia antiga.... Mas, quando pediram a ele um artigo sobre o conto contemporneo no Cear, ele comeou assim: J na Grcia antiga.... B) Explique o sentido da expresso para o uso da copa e cozinha no contexto em que ela aparece e reescreva o trecho Seguindo esse grande exemplo, eu poderia iniciar o presente texto sobre A interpretao dos sonhos de Sigmund Freud com as palavras: J no Egito antigo..., pois sempre houve esses livrinhos de interpretao dos sonhos para o uso da copa e cozinha, substituindo-a por expresso sinnima no referido contexto.

Questão 1
2021Português

(UFU - 2021) O poema abaixo, um dos mais famosos de Carlos Drummond, disseca alguns dos principais dilemas vivenciado pela humanidade que emergiu no contexto do ps-guerra. A FLOR E A NUSEA Preso minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cinzenta. Melancolias, mercadorias espreitam-me. Devo seguir at o enjoo? Posso, sem armas, revoltar-me? Olhos sujos no relgio da torre: No, o tempo no chegou de completa justia. O tempo ainda de fezes, maus poemas, alucinaes e espera. O tempo pobre, o poeta pobre fundem-se no mesmo impasse. Em vo me tento explicar, os muros so surdos. Sob a pele das palavras h cifras e cdigos. O sol consola os doentes e no os renova. As coisas. Que tristes so as coisas, consideradas sem nfase. Vomitar esse tdio sobre a cidade. Quarenta anos e nenhum problema resolvido sequer colocado. Nenhuma carta escrita nem recebida. Todos os homens voltam para casa. Esto menos livres mas levam jornais e soletram o mundo, sabendo que o perdem. Crimes da terra, como perdo-los? Tomei parte em muitos, outros escondi. Alguns achei belos, foram publicados. Crimes suaves, que ajudam a viver. Rao diria de erro, distribuda em casa. Os ferozes padeiros do mal. Os ferozes leiteiros do mal. Pr fogo em tudo, inclusive em mim. Ao menino de 1918 chamavam anarquista. Porm meu dio o melhor de mim. Com ele me salvo e dou a poucos esperana mnima. Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, nibus, rio de ao do trfego. Uma flor ainda desbotada ilude a polcia, rompe o asfalto. Faam completo silncio, paralisem os negcios, garanto que uma flor nasceu Sua cor no se percebe. Suas ptalas no se abrem. Seu nome no est nos livros. feia. Mas realmente uma flor. Sento-me no cho da capital do pas s cinco horas da tarde e lentamente passo a mo nessa forma insegura. Do lado das montanhas, nuvens macias avolumam-se. Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pnico. feia. Mas uma flor. Furou o asfalto, o tdio, o nojo e o dio. ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. So Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 13-14. A) O ttulo do poema vincula dois elementos contraditrios, a flor e a nusea, que assumem valor metafrico, cujos sentidos so desenvolvidos pelo texto potico. Qual o campo de significado atribudo a cada um desses polos metafricos (flor e nusea), levando-se em conta o contexto histrico de produo do poema? Fundamente sua interpretao a partir da anlise do texto. B) Em termos de forma potica, A flor e a nusea aparece como uma obra-prima da poesia modernista brasileira, exemplificando como os novos recursos expressivos, propostos pela esttica moderna, abriram campo para a criatividade autoral. Identifique pelo menos dois exemplos de como a inovao formal modernista est presente no poema em anlise, avaliando que efeito de sentido tais inovaes trazem para o texto.

Questão 2
2021Português

(UFU - 2021) Nos arredores do Cairo, a uns cem metros da Esfinge de Giz, ostensivamente instalado defronte a ela e j fazendo parte integrante do lugar, um restaurante da cadeia Pizza Hut monta guarda, com seu logotipo vermelho piramidoide voltado para os tetraedros funerrios de Quops, Qufren e Miquerinos. Esse face a face com jeito de duelo soa como a declarao de uma guerra. Ele manifesta sem nenhuma ambiguidade a expresso de uma vontade de aniquilamento, que visa a substituir aquilo que fundamentava sobre um mistrio o destino coletivo dos homens por algo diverso, mas igualmente dotado de mistrio: a violenta legibilidade das marcas globalizadas. Assim, o McDonalds escolhe suas localizaes de modo a tornar-se o emblema das cidades nas quais hoje em dia, seja onde for, a pessoa se encontra no mesmo lugar. QUESSADA, Dominique. O poder da publicidade na sociedade consumida pelas marcas. So Paulo: Editora Futura, 2003, p. 11. (Adaptado) A) Com base na leitura do trecho, explique o paradoxo apresentado no ltimo pargrafo: hoje em dia, seja onde for, a pessoa se encontra no mesmo lugar. B) O primeiro pargrafo do trecho configura-se, predominantemente, como uma sequncia textual descritiva. Entretanto, possvel perceber a presena de elementos lingusticos que indiciam qual a opinio do autor a respeito da cena que descreve. Apresente um elemento lingustico que indicia a opinio do autor e justifique sua resposta.

Questão 2
2021Português

(UFU - 2021 - MEDICINA) Abaixo esto o poema Cano do Exlio (publicado em 1846), de Gonalves Dias; o poema Nova Cano do Exlio, do livro A rosa do povo, de Carlos Drummond e um trecho da letra Hino Nacional Brasileiro (composta por Joaquim Osrio Duque Estrada e oficializada em 1922). CANO DO EXLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabi; As aves, que aqui gorjeiam, No gorjeiam como l. Nosso cu tem mais estrelas, Nossas vrzeas tm mais flores, Nossos bosques tm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabi. Minha terra tem primores, Que tais no encontro eu c; Em cismar - sozinho, noite - Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi. No permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para l; Sem que desfrute os primores Que no encontro por c; Sem que inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabi. DIAS, Gonalves. Primeiros cantos. p. 2. Disponvel em http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/bv000115.pdf NOVA CANO DO EXLIO Um sabi na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O cu cintila sobre flores midas. Vozes na mata, e o maior amor. S, na noite, seria feliz: um sabi, na palmeira, longe. Onde tudo belo e fantstico, s, na noite, seria feliz. (Um sabi, na palmeira, longe.) Ainda um grito de vida e voltar para onde tudo belo e fantstico: a palmeira, o sabi, o longe. ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. So Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.5) HINO NACIONAL BRASILEIRO (Excerto) Do que a terra mais garrida, Teus risonhos, lindos campos tm mais flores; Nossos bosques tm mais vida, Nossa vida no teu seio mais amores. Disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/hino.htm. Acesso em: 02 jun. 2021. A) Os versos de Gonalves Dias Nossos bosques tm mais vida,/ Nossa vida mais amores foram replicados na letra do Hino Nacional Brasileiro. Esses versos apresentam uma figura de linguagem para caracterizar a terra natal. Identifique qual a figura empregada e explicite que efeito de sentido ela promove tanto na Cano do Exlio quanto no Hino Nacional, levando-se em conta que o primeiro um poema do Romantismo e o segundo um texto cvico oficial. B) Em Nova cano do Exlio, os versos Nossos bosques tm mais vida,/ Nossa vida mais amores passam por uma intensa reelaborao, que resulta na segunda estrofe do poema de Drummond. Aponte, pelo menos, mais um exemplo de como Drummond se apropria do poema de Gonalves Dias, alterando sua forma e sentido. Em seguida, analise como o processo de reelaborao em Nova cano do Exlio altera a concepo romntica da ptria, marcante no poema de Gonalves Dias.

Questão 2
2021Português

(UFU - 2021 - MEDICINA) As palavras, como as ideias, so inquietas, transgridem a forma que os cientistas das palavras as encaixam nos dicionrios. No ptreas, mas lapidveis, as palavras no rolar do uso cotidiano vo dando sentido ao pensamento do homem, ainda que os sentidos se lhes escape por vezes. Um dos mritos de boa parte das palavras est em no significar apenas uma coisa, mas duas, trs: tantos outros sentidos plurais quanto o ouvinte/leitor possa delas tirar. No bastasse esse poder das palavras, o homem no cessa de manipul-las criativamente. Temos isso no uso das grias, nas transgresses cotidianas que as fazem saltar do modo formal para o informal e vice-versa. Sem falar no emprego de metforas, gastas ou novas, muletas verbais e outras, de sentido provisrio, como estrangeirismos, que tanto baratinam o sono dos conservadores da lngua. Guimares Rosa dizia: as palavras tm canto e plumagem, talvez por isso botaram em um de seus livros pstumos o ttulo belssimo de Ave, palavra. As palavras raramente esto onde o escritor as colocou, voam como pssaros; ou, como em Procura da poesia, Drummond pde constatar: sob a pele das palavras, h cifras e cdigos. Este longo prembulo para apresentar a anlise de uma letra-cano da cantora e compositora Adriana Calcanhotto. ARAJO, Eduardo. Questo de gosto. Conhecimento prtico: Lngua Portuguesa e Literatura. Ano 8, Edio 80. So Paulo: Editora Escala, 2020, p. 29. A) Explique, com base na leitura do trecho apresentado, o sentido do enunciado As palavras raramente esto onde o escritor as colocou, voam como pssaros. B) No trecho Um dos mritos de boa parte das palavras est em no significar apenas uma coisa, mas duas, trs: tantos outros sentidos plurais quanto o ouvinte/leitor possa delas tirar, os dois pontos objetivam introduzir um enunciado que cumpre que tipo de funo semntica em relao ao enunciado que o antecede? Explique.

Questão 2
2021Português

(UFU - 2021) Leia os trechos da pea O novio, de Martins Pena, em que Florncia e Emlia esto ambas falando sobre o personagem Ambrsio. CENA IV FLORNCIA Se no fosse este homem com quem casei-me segunda vez, no teria agora quem zelasse com tanto desinteresse a minha fortuna. uma bela pessoa... Rodeia-me de cuidados e carinhos. Ora, digam l que uma mulher no deve casar-se segunda vez... Se eu soubesse que havia de ser sempre to feliz, casar-me-ia cinquenta. [...] CENA VI EMLIA minha me, devo-lhe obedincia, mas este homem, meu padrasto, como o detesto! Estou certa que foi ele quem persuadiu a minha me que me metesse no convento. Ser freira? Oh, no, no! E Carlos, que tanto amo? Pobre Carlos, tambm te perseguem! E por que nos perseguem assim? No sei. Como tudo mudou nesta casa, depois que minha me casou-se com este homem! Ento no pensou ela na felicidade de seus filhos. Ai, ai! A) Com base na pea de Martins Pena, analise a psicologia de Florncia e de Emlia para justificar por que cada uma delas tem uma viso to diferente sobre Ambrsio. B) O excerto acima retirado de uma pea teatral, cujo enredo formado a partir das intrigas armadas e desarmadas pelas personagens. Discorra sobre duas estratgias empregadas por Carlos e/ou Emlia para se verem livres da vida conventual.

Questão 2
2021Português

(UFU - 2021 - MEDICINA) Abaixo, esto colocados dois trechos retirados de O cortio, de Alusio de Azevedo. Em ambas as passagens, situadas em diferentes pontos do romance, relata-se como duas das personagens femininas da obra, Bertoleza e Rita Baiana, escolhem seus amantes. Trecho 1 Ele [Joo Romo] props-lhe morarem juntos, e ela concordou de braos abertos, feliz em meter-se de novo com um portugus, porque, como toda a cafuza, Bertoleza no queria sujeitar-se a negros e procurava instintivamente o homem numa raa superior sua. AZEVEDO, Alusio. O cortio. Rio de Janeiro: Fundao Biblioteca Nacional, s/d, p. 2. Disponvel em http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/cortico.pdf. Acesso em: 20 jun. 2021. Trecho 2 Amara-o [a Firmo] a princpio por afinidade de temperamento, pela irresistvel conexo do instinto luxurioso e canalha que predominava em ambos, depois continuou a estar com ele por hbito, por uma espcie de vicio que amaldioamos sem poder larg-lo; mas desde que Jernimo propendeu para ela, fascinando-a com a sua tranquila seriedade de animal bom e forte, o sangue da mestia reclamou os seus direitos de apurao, e Rita preferiu no europeu o macho de raa superior. AZEVEDO, Alusio. O cortio. Rio de Janeiro: Fundao Biblioteca Nacional, s/d, p.93. Disponvel em http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/cortico.pdf. Acesso em: 20 jun. 2021. A) Discorra sobre as concepes, advindas do Naturalismo do sculo XIX, que servem como justificativa para o comportamento amoroso de Bertoleza e de Rita Baiana, exemplificando sua resposta a partir da anlise dos trechos apresentados. B) A voz narrativa dos romances de tese do Naturalismo, como o caso de O cortio, pretende se pautar pelos parmetros que norteiam o discurso cientfico, entretanto esse propsito nunca inteiramente obtido, e o carter ficcional da narrao romanesca prevalece. Tomando como base o Trecho 1 e o Trecho 2, explicite, pelo menos, um modo pelo qual o narrador naturalista se adequa s normas do discurso cientfico e ao menos um modo pelo qual o narrador se deixa guiar pela fico.

Questão 49
2021Português

(UFU - 2021 - 1 fase)A filosofia de Baruch Spinoza (1632-1677) um grande sistema de pensamento que de costume considerado monista e pantesta, totalmente voltado a sustentar a unidade do universo, que identificado com o prprio Deus. Por conseguinte, Deus e a natureza coincidem, criando, assim, uma concepo do divino que resulta totalmente distanciada da concepo crist, que centralizada no conceito de Deus-pessoa e que podemos considerar do tipo especulativo e racional. SHOEPFLIN, M. (ed.). O amor segundo os filsofos. Bauru, SP: EDUSC, 2004. p. 24. (Fragmento) No trecho, a expresso negritada de costume realiza uma modalizao por meio da qual o autor

Questão 49
2021Português

(UFU - 2021 - MEDICINA)No centro da investigao filosfica de Max Scheler (1874-1928), est o problema tico, captado em toda a sua amplitude e estendido aos mbitos mais variados da vida do ser humano e da sociedade. O objetivo do pensador bvaro a busca de uma nova fundamentao da moral em bases teoricamente vlidas. Scheler combate tanto o formalismo tico kantiano, que, a seu ver, resulta contaminado pela abstrao, quanto o niilismo de Nietzsche, que negava qualquer moralidade. Assim, procedendo nesta linha, ele chega a elaborar uma filosofia segundo a qual os valores tm uma prpria existncia objetiva, constituindo uma hierarquia que deve guiar o ser humano nas suas escolhas. SHOEPFLIN, M. (ed.). O amor segundo os filsofos. Bauru, SP: EDUSC, 2004. p. 39. (Fragmento) No trecho, o autor da resenha, ao apresentar o cerne do pensamento do filsofo Max Scheler, o faz por meio da seguinte estratgia enunciativa