(UNEB - 2014) Desde o incio de 2011, revolues jovens, modernas e seculares depuseram os ditadores da Tunsia e do Egito, causando uma onda de revoltas que avanou alm de suas fronteiras. Esses movimentos de protesto ganharam o nome de Primavera rabe. [...] No entanto, a Primavera rabe, que, num primeiro momento, encheu de esperana a populao rabe, tomou rumos complexos, com os choques de interesses entre grupos polticos e foras econmicas e militares. A represso aos protestos provocou levantes armados de grupos com apoio estrangeiro, intervenes militares externas e multiplicou reas de conflitos. (A PRIMAVERA..., 2013. p. 72). Os conflitos e tenses no mundo rabe tornaram-se motivo de grande preocupao mundial, neste incio do sculo XXI, porm no so os nicos na histria das sociedades. Em relao aos conflitos internacionais, pode-se afirmar:
(Uneb 2014) [...] Vinham vindo, com o trazer de comitiva. A, paravam. A filhaa moatinha pegado a cantar, levantando os braos, a cantiga no vigorava certa, nem no tom nem no se-dizer das palavraso nenhum. A moa punha os olhos no alto, que nem os santos e os espantados, vinha enfeitada de disparates, num aspecto de admirao. Assim com panos e papis, de diversas cores, uma carapua em cima dos espantados cabelos, e enfunada em tantas roupas ainda de mais misturas, tiras e faixas, dependuradas virundangas: matria de maluco. A velha s estava de preto, com um fichu preto, ela batia com a cabea, nos docementes. Sem tanto que diferentes, elas se assemelhavam. Soroco estava dando o brao a elas, uma de cada lado. Em mentira, parecia entrada em igreja, num casrio. Era uma tristeza. Parecia enterro. Todos ficavam de parte, a chusma de gente no querendo afirmar as vistas, por causa daqueles trasmodos e despropsitos, de fazer risos, e por conta de Sorocopara no parecer pouco caso. Ele hoje estava calado de botinas, e de palet, com chapu grande, botara sua roupa melhor, os maltrapos. E estava reportado e atalhado, humildoso. Todos diziam a ele seus respeitos, de d. Ele espondia: Deus vos pague essa despesa... O que os outros diziam: que Soroco tinha tido muita pacincia. Sendo que no ia sentir falta dessas transtornadas pobrezinhas, era at um alvio. [...] Tomara aquilo acabasse. O trem chegando, a mquina manobrando sozinha para vir pegar o carro. O trem apitou, e passou, se foi, o de sempre. [...] Ele se sacudiu, de um jeito arrebentado, desacontecido, e virou, pra ir-s embora. Estava voltando para casa, como se estivesse indo para longe, fora de conta. Mas parou. Em tanto que se esquisitou, parecia que ia perder o de si, parar de ser. Assim num excesso de esprito, fora de sentido. E foi o que no se podia prevenir: quem ia fazer siso naquilo?. Num rompido ele comeou a cantar, alterando, forte, mas sozinho para si-e era a cantiga, mesma de desatino, que as duas tanto tinham cantado. Cantava continuando. ROSA, Joo Guimares. Soroco sua me, sua filha. Primeiras estrias. 4. ed. Rio de Janeiro: Jos Olyimpio, s.d. p. 16-18. Guimares Rosa, escritor inserido na chamada Gerao de 45 Modernismo Brasileiro , apresenta uma obra de cunho universalista. O texto comprova isso porque
(UNEB 2014) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: Bastante consumida no Brasil, a linguia frescal est no barzinho da esquina e na mesa dos brasileiros. Mas a qualidade do produto varia de regio para regio, devido aos diferentes mtodos de processamento empregados, principalmente se for preparado de modo artesanal, linguia caseira. Nesta, os sais de cura, compostos adicionados a carnes com finalidade bactericida e tambm para dar-lhes cor e sabor atraentes, no conseguem controlar, mesmo sob refrigerao, a bactria patognica Staphylococcus aureus, comum em contaminaes nesse tipo de alimento. Os nveis de sal de cura usados em linguias, como o nitrito e o nitrato de sdio, so insuficientes para combater S. aureus. Mas, como ainda no se tem espcies qumicas com ao bactericida igual ou superior do nitrito, nesse tipo de produto para combater essa e outras bactrias, como a Salmonella, a espcie qumica ainda empregada. A higiene passa a ser ento, segundo o pesquisador, um item essencial para evitar que a linguia caseira seja contaminada durante o processo de produo. A cura de carnes um procedimento cujo fim conservar a carne por um tempo maior a partir da adio de sais, acar, condimentos e compostos que fixam a cor, conferem aroma agradvel e evitam contaminao. Entre esses, esto os nitratos e nitritos, que do cor avermelhada ao alimento e funcionam como agente bacteriosttico. (PERIGO oculto, 2009, p. 60-61). Levando-se em considerao o uso de nitrito e de nitrato de sdio, NaNO2 e NaNO3, respectivamente, na cura de carnes, com finalidade bactericida e de conceder cor e sabor atraentes a esses alimentos, correto afirmar:
(UNEB) Pra, contempla, observa: no so miragens de um mundo perdido no tempo ou no sonho, em que a vida brincasse de fazer coisas imensas e pequenas coisas misteriosas. No uma terra fora da Terra e do presente, viso, alegoria, fbula. o aqui e o agora de um Brasil que teu e desconheces. So rvores, os bichos, as guas, os crepsculos do Pantanal mato-grossense. Todo um mundo natural que pede para ser compreendido, amado, respeitado. Olha bem, olha mais. Cada imagem uma histria e cada histria um aviso, um anncio, uma anunciao... (ANDRADE, 2001, p. 157). A partir da anlise do poema e dos conhecimentos sobre a Regio Centro-Oeste brasileira, corretoafirmar: