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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(UNESP - 2013 - 1a fase)A modernidade no pertence

(UNESP - 2013 - 1a fase)

A modernidade não pertence a cultura nenhuma, mas surge sempre CONTRA uma cultura particular, como uma fenda, uma fissura no tecido desta. Assim, na Europa, a modernidade não surge como um desenvolvimento da cultura cristã, mas como uma crítica a esta , feita por indivíduos como Copérnico, Montaigne, Bruno, Descartes, indivíduos que, na medida em que a criticavam, já dela se separavam, já dela se desenraizavam. A crítica faz parte da razão que, não pertencendo a cultura particular nenhuma, está em princípio disponível a todos os seres humanos e culturas. Entendida desse modo, a modernidade não consiste numa etapa da história da Europa ou do mundo, mas numa postura crítica ante a cultura, postura que é capaz de surgir em diferentes momentos e regiões do mundo, como na Atenas de Péricles, na Índia do imperador Ashoka ou no Brasil de hoje.

(Antonio Cícero. Resenha sobre o livro “O Roubo da História”. Folha de S.Paulo, 01.11.2008. Adaptado.)

Com a leitura do texto, a modernidade pode ser entendida como

A

uma tendência filosófica especificamente europeia e ocidental de crítica cultural e religiosa.

B

uma tendência oposta a diversas formas de desenvolvimento da autonomia individual.

C

um conjunto de princípios morais absolutos, dotados de fundamentação teológica e cristã.

D

um movimento amplo de propagação da crítica racional a diversas formas de preconceito.

E

um movimento filosófico desconectado dos princípios racionais do iluminismo europeu.