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Questões de Português - UNICAMP | Gabarito e resoluções

Questão 6
2013Português

(UNICAMP - 2013 - 2 FASE) Os textos abaixo integram uma matria de divulgao cientfica sobre o tamanho de criaturas marinhas, ilustrada com fotos dos animais mencionados. a) Pode-se afirmar que a compreenso do texto 2 depende da imagem que o acompanha. Destaque do texto a expresso responsvel por essa dependncia e explique por que seu funcionamento causa esse efeito. b) No que diz respeito organizao textual, que diferena se pode apontar entre os dois textos, quanto ao modo como o pronome eles se relaciona com os termos a que se refere?

Questão 7
2013Português

(UNICAMP - 2013 - 2 FASE) Ocupavam-se em descobrir uma enorme quantidade de objetos. Comunicaram baixinho um ao outro as surpresas que os enchiam. Impossvel imaginar tantas maravilhas juntas. O menino mais novo teve uma dvida e apresentou-a timidamente ao irmo. Seria que aquilo tinha sido feito por gente? O menino mais velho hesitou, espiou as lojas, as toldas iluminadas, as moas bem-vestidas. Encolheu os ombros. Talvez aquilo tivesse sido feito por gente. Nova dificuldade chegou-lhe ao esprito, soprou-a no ouvido do irmo. Provavelmente aquelas coisas tinham nomes. O menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim, com certeza as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes. Puseram-se a discutir a questo intricada. Como podiam os homens guardar tantas palavras? Era impossvel, ningum conservaria to grande soma de conhecimentos. Livres dos nomes, as coisas ficavam distantes, misteriosas. No tinham sido feitas por gente. E os indivduos que mexiam nelas cometiam imprudncia. Vistas de longe, eram bonitas. Admirados e medrosos, falavam baixo para no desencadear as foras estranhas que elas porventura encerrassem. (Graciliano Ramos, Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2012, p.82.) Sinha Vitria precisava falar. Se ficasse calada, seria como um p de mandacaru, secando, morrendo. Queria enganar-se, gritar, dizer que era forte, e a quentura medonha, as rvores transformadas em garranchos, a imobilidade e o silncio no valiam nada. Chegou-se a Fabiano, amparou-o e amparou-se, esqueceu os objetos prximos, os espinhos, as arribaes, os urubus que farejavam carnia. Falou no passado, confundiu-se com o futuro. No poderiam voltar a ser o que j tinham sido? (Idem, p.120.) a) O contraste entre as preciosidades dos altares da igreja e das prateleiras das lojas, no primeiro excerto, e as rvores transformadas em garranchos, no segundo, caracteriza o conflito que perpassa toda a narrativa de Vidas secas. Em que consiste este conflito? b) No primeiro excerto, encontra-se posta uma questo recorrente em Vidas secas: a relao entre linguagem e mundo. Explique em que consiste esta relao na passagem acima.

Questão 8
2013Português

(UNICAMP - 2013 - 2 FASE) O excerto abaixo foi extrado do poema Ode no Cinquentenrio do Poeta Brasileiro, de Carlos Drummond de Andrade, que homenageia o tambm poeta Manuel Bandeira. (...) Por isso sofremos: pela mensagem que nos confias entre nibus, abafada pelo prego dos jornais e milqueixas operrias; essa insistente mas discreta mensagem que, aos cinquenta anos, poeta, nos trazes; e essa fidelidade a ti mesmo com que nos apareces sem uma queixa no rosto entretanto experiente, mo firme estendida para o aperto fraterno o poeta acima da guerra e do dio entre os homens , o poeta ainda capaz de amar Esmeralda embora aalma anoitea, o poeta melhor que ns todos, o poeta mais forte mas haver lugar para a poesia? Efetivamente o poeta Rimbaud fartou-se de escrever, o poeta Maiakovski suicidou-se, o poeta Schmidt abastece de gua o Distrito Federal... Em meio a palavras melanclicas, ouve-se o surdo rumor de combates longnquos (cada vez mais perto, mais, daqui a pouco dentro de ns). E enquanto homens suspiram, combatem ousimplesmente ganham dinheiro, ningum percebe que o poeta faz cinquenta anos, que o poeta permaneceu o mesmo, embora algumacoisa de extraordinrio se houvesse passado, alguma coisa encoberta de ns, que nem os olhostraram nem as mos apalparam, susto, emoo, enternecimento, desejo de dizer: Emanuel, disfarado na meiguiceelstica dos abraos, e uma confiana maior no poeta e um pedido lancinantepara que no nos deixe sozinhos nesta cidade em que nos sentimos pequenos espera dos maioresacontecimentos. (...) (Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo.So Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 49.) a) O que, no poema, leva o eu lrico a perguntar: mas haver lugar para a poesia? b) possvel afirmar que a figura de Manuel Bandeira, evocada pelo poeta, se contrape ao sentimento de pessimismo expresso no poema e no livro Sentimento do mundo. Explique por qu.

Questão 9
2013Português

(UNICAMP - 2013 - 2 FASE) Leia os seguintes trechos de Viagens na minha terra e de Memrias Pstumas de Brs Cubas: Benvolo e paciente leitor, o que eu tenho decerto ainda conscincia, um resto de conscincia: acabemos com estas digresses e perenais divagaes minhas. (Almeida Garrett, Viagens na minha terra. So Paulo: Difuso Europeia do Livro, 1969, p.187.) Neste despropositado e inclassificvel livro das minhas Viagens, no que se quebre, mas enreda-se o fio das histrias e das observaes por tal modo, que, bem o vejo e o sinto, s com muita pacincia se pode deslindar e seguir em to embaraada meada. (Idem, p. 292.) Mas o livro enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contrao cadavrica; vcio grave, e alis ntimo, por que o maior defeito deste livro s tu, leitor. Tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narrao direita e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo so como os brios, guinam direita e esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaam o cu, escorregam e caem... (Machado de Assis, Memrias Pstumas de Brs Cubas, em Romances, vol I. Rio de Janeiro: Garnier, 1993, p. 140.) a) No que diz respeito forma de narrar, que semelhanas entre os dois livros so evidenciadas pelos trechos acima? b) Que tipo de leitor esta forma de narrar procura frustrar, e de que maneira esse leitor tratado por ambos os narradores?

Questão 10
2013Português

(UNICAMP - 2013 - 2 FASE) (...) Quando o Bugre sai da furna, mau sinal: vem ao faro do sangue como a ona. No foi debalde que lhe deram o nome que tem. E faz garbo disso! Ento voc cuida que ele anda atrs de algum? Sou capaz de apostar. uma coisa que toda a gente sabe. Onde se encontra Jo Fera, ou houve morte ou no tarda. Estremeceu Inh com um ligeiro arrepio, e volvendo em torno a vista inquieta, aproximou-se do companheiro para falar-lhe em voz submissa: Mas eu tenho-o encontrado tantas vezes, aqui perto, quando vou casa de Zana, e no apareceu nenhuma desgraa. que anda farejando, ou seno deram-lhe no rasto e esto-lhe na cola. Coitado! Se o prendem! Ora qual. Danar um bocadinho na corda! Voc no tem pena? De um malvado, Inh! Pois eu tenho! (Jos de Alencar, Til, em Obra completa, vol. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958, p. 825.) a) Explicite quais so as duas faces dessa ambivalncia. b) Exemplifique cada face dessa ambivalncia com um episdio do romance.

Questão 11
2013Português

(UNICAMP - 2013 - 2 FASE) Em uma passagem clebre de Memrias de um sargento de milcias, pode-se ler, a respeito da personagem de Leonardo Pataca, que o homem era romntico, como se diz hoje, e babo, como se dizia naquele tempo. (Manuel Antnio de Almeida, Memrias de um sargento de milcias. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos, 1978, p. 19.) a) De que maneira a passagem acima explicita o lugar peculiar ocupado pelo livro de Manuel Antnio de Almeida no Romantismo brasileiro? b) Como essa peculiaridade do livro se manifesta, de maneira geral, na caracterizao das personagens e na construo do enredo?

Questão 12
2013Português

(UNICAMP - 2013 - 2 FASE) Leia o seguinte trecho do romance Capites da Areia, de Jorge Amado: Agora [Pedro Bala] comanda uma brigada de choque formada pelos Capites da Areia. O destino deles mudou, tudo agora diverso. Intervm em comcios, em greves, em lutas obreiras. O destino deles outro. A luta mudou seus destinos. (Jorge Amado, Capites da Areia. So Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 268.) a) Explique a mudana pela qual os Capites da Areia passaram, e o que a tornou possvel. b) Que relao se pode estabelecer entre esse desfecho e a tendncia poltica do romance de Jorge Amado?

Questão 1
2012Português

(UNICAMP - 2012 - 2 FASE) H notcias que so de interesse pblico e h notcias que so de interesse do pblico. Se a celebridade x est saindo com o ator y, isso no tem nenhum interesse pblico. Mas, dependendo de quem sejam x e y, de enorme interesse do pblico, ou de um certo pblico (numeroso), pelo menos. As decises do Banco Central para conter a inflao tm bvio interesse pblico. Mas quase no despertam interesse, a no ser dos entendidos. O jornalismo transita entre essas duas exigncias, desafiado a atender s demandas de uma sociedade ao mesmo tempo massificada e segmentada, de um leitor que gravita cada vez mais apenas em torno de seus interesses particulares. (Fernando Barros e Silva, O jornalista e o assassino. Folha de So Paulo (verso on line), 18/04/2011. Acessado em 20/12/2011.) a) A palavra pblico empregada no texto ora como substantivo, ora como adjetivo. Exemplifique cada um desses empregos com passagens do prprio texto e apresente o critrio que voc utilizou para fazer a distino. b) Qual , no texto, a diferena entre o que chamado de interesse pblico e o que chamado de interesse do pblico?

Questão 2
2012Português

(UNICAMP - 2012 - 2 FASE) Os enunciados abaixo so parte de uma pea publicitria que anuncia um carro produzido por uma conhecida montadora de automveis. a) A meno Organizao Mundial da Sade na pea publicitria justificada pela apresentao de uma das caractersticas do produto anunciado. Qual essa caracterstica? Explique por que o modo como a caracterstica apresentada sustenta a referncia Organizao Mundial da Sade. b) A pea publicitria apresenta duas oraes com o verbo caber. Contraste essas oraes quanto organizao sinttica. Que efeito produzido por meio delas?

Questão 3
2012Português

(UNICAMP - 2012 - 2 FASE) TEXTO I Entre 1995 e 2008, 12,8 milhes de pessoas saram da condio de pobreza absoluta (rendimento mdio domiciliar per capita at meio salrio mnimo mensal), permitindo que a taxa nacional dessa categoria de pobreza casse 33,6%, passando de 43,4% para 28,8%. No caso da taxa de pobreza extrema (rendimento mdio domiciliar per capita de at um quarto de salrio mnimo mensal), observa-se um contingente de 13,1 milhes de brasileiros a superar essa condio, o que possibilitou reduzir em 49,8% a taxa nacional dessa categoria de pobreza, de 20,9%, em 1995, para 10,5%, em 2008. (Dimenso, evoluo e projeo da pobreza por regio e por estado no Brasil, Comunicados do IPEA, 13/07/2010, p. 3.) a) Podemos relacionar os termos misria e pobreza, presentes no TEXTO II, a dois conceitos que so abordados no TEXTO I. Identifique esses conceitos e explique por que eles podem ser relacionados s noes de misria e pobreza. b) Que crtica apresentada no TEXTO II? Mostre como a charge constri essa crtica.

Questão 4
2012Português

(UNICAMP - 2012 - 2 FASE) Os verbetes apresentados em (II) a seguir trazem significados possveis para algumas palavras que ocorrem no texto intitulado Bicho Gramtico, apresentado em (I). I BICHO GRAMTICO Vicente Matheus (1908-1997) foi um dos personagens mais controversos do futebol brasileiro. Esteve frente do paulista Corinthians em vrias ocasies entre 1959 e 1990. Voluntarioso e falastro, o uso que fazia da lngua portuguesa nem sempre era aquele reconhecido pelos livros. Uma vez, querendo deixar bem claro que o craque do Timo no seria vendido ou emprestado para outro clube, afirmou que o Scrates invendvel e imprestvel. Em outro momento, exaltando a versatilidade dos atletas, criou uma prola da lingustica e da zoologia: Jogador tem que ser completo como o pato, que um bicho aqutico e gramtico. (Adaptado de Revista de Histria da Biblioteca Nacional, jul. 2011, p. 85.) II Invendvel: que no se pode vender ou que no se vende com facilidade. Imprestvel: que no tem serventia; intil. Aqutico: que vive na gua ou sua superfcie. Gramtico: que ou o que apresenta melhor rendimento nas corridas em pista de grama (diz-se de cavalo). (Dicionrio HOUAISS (verso digital on line), houaiss.uol.com.br) a) Descreva o processo de formao das palavras invendvel e imprestvel e justifique a afirmao segundo a qual o uso que Vicente Matheus fazia da lngua portuguesa nem sempre era aquele reconhecido pelos livros. b) Explique por que o texto destaca que Vicente Matheus criou uma prola da lingustica e da zoologia.

Questão 5
2012Português

(UNICAMP - 2012 - 2 FASE) O texto abaixo parte de uma campanha promovida pela ANER (Associao Nacional de Editores de Revistas). Surfamos a Internet, Nadamos em revistas A Internet empolga. Revistas envolvem. A Internet agarra. Revistas abraam. A Internet passageira. Revistas so permanentes. E essas duas mdias esto crescendo. Um dado que passou quase despercebido em meio ao barulho da Internet foi o fato de que a circulao de revistas aumentou nos ltimos cinco anos. Mesmo na era da Internet, o apelo das revistas segue crescendo. Pense nisto: o Google existe h 12 anos. Durante esse perodo, o nmero de ttulos de revistas no Brasil cresceu 234%. Isso demonstra que uma mdia nova no substitui uma mdia que j existe. Uma mdia estabelecida tem a capacidade de seguir prosperando, ao oferecer uma experincia nica. por isso que as pessoas no deixam de nadar s porque gostam de surfar. (Adaptado de Imprensa, n. 267, maio 2011, p. 17.) a) O verbo surfar pode ser usado como transitivo ou intransitivo. Exemplifique cada um desses usos com enunciados que aparecem no texto da campanha. Indique, justificando, em qual desses usos o verbo assume um sentido necessariamente figurado. b) Que relao pode ser estabelecida entre o ttulo da campanha e o trecho reproduzido a seguir? Como essa relao sustentada dentro da campanha? A Internet empolga. Revistas envolvem. A Internet agarra. Revistas abraam. A Internet passageira. Revistas so permanentes.

Questão 6
2012Português

(UNICAMP - 2012 - 2 FASE) O pargrafo reproduzido abaixo introduz a crnica intitulada Tragdia concretista, de Lus Martins. O poeta concretista acordou inspirado. Sonhara a noite toda com a namorada. E pensou: lbio, lbia. O lbio em que pensou era o da namorada, a lbia era a prpria. Em todo o caso, na pior das hipteses, j tinha um bom comeo de poema. Todavia, cada vez mais obcecado pela lembrana daqueles lbios, achou que podia aproveitar a sua lbia e, provisoriamente desinteressado da poesia pura, resolveu telefonar criatura amada, na esperana de maiores intimidades e vantagens. At os poetas concretistas podem ser homens prticos. (Lus Martins, Tragdia concretista, em As cem melhores crnicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 132.) a) Compare lbio e lbia quanto forma e ao significado. Considerando a especificidade do poeta, justifique a ocorrncia dessas duas palavras dentro da crnica. b) Explique por que a palavra todavia usada para introduzir um dos enunciados da crnica.

Questão 8
2012Português

(UNICAMP - 2012 - 2 FASE) Os animais desempenham um papel simblico no romance Iracema. Dentre eles, destacam-se o co Japi e a jandaia (ou ar), que aparecem nos excertos abaixo. Poti voltou de perseguir o inimigo. (...) O co fiel o seguia de perto, lambendo ainda nos pelos do focinho a marugem do sangue tabajara, de que se fartara; o senhor o acariciava satisfeito de sua coragem e dedicao. Fora ele quem salvara Martim (...). Os maus espritos da floresta podem separar outra vez o guerreiro branco de seu irmo pitiguara. O co te seguir daqui em diante, para que mesmo de longe Poti acuda a teu chamado. Mas o co teu companheiro e amigo fiel. Mais amigo e companheiro ser de Poti, servindo a seu irmo que a ele. Tu o chamars Japi; e ele ser o p ligeiro com que de longe corramos um para o outro. (...) Tanto que os dois guerreiros tocaram as margens do rio, ouviram o latir do co, que os chamava, e o grito da ar, que se lamentava. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A ar, pousada no jirau fronteiro, alonga para sua formosa senhora os verdes tristes olhos. Desde que o guerreiro branco pisou a terra dos tabajaras, Iracema a esqueceu.(...) Iracema lembrou-se que tinha sido ingrata para a jandaia esquecendo-a no tempo da felicidade; e agora ela vinha para a consolar no tempo da desventura. (...) Na seguinte alvorada foi a voz da jandaia que a despertou. A linda ave no deixou mais sua senhora (). A jandaia pousada no olho da palmeira repetia tristemente: Iracema! Desde ento os guerreiros pitiguaras, que passavam perto da cabana abandonada e ouviam ressoar a voz plangente da ave amiga, se afastavam, com a alma cheia de tristeza, do coqueiro onde cantava a jandaia. E foi assim que um dia veio a chamar-se Cear o rio onde crescia o coqueiro, e os campos onde serpeja o rio. (Jos de Alencar, Iracema. So Paulo: tica, 1992, p. 52 e p. 80.) a) Explique o papel simblico desempenhado pelo co. b) Explique o papel simblico desempenhado pela jandaia ou ar.

Questão 10
2012Português

(UNICAMP - 2012 - 2 FASE) Os trechos a seguir foram extrados de Memrias de um sargento de milcias e Vidas secas, respectivamente. O som daquela voz que dissera abra a porta lanara entre eles, como dissemos, o espanto e o medo. E no foi sem razo; era ela o anncio de um grande aperto, de que por certo no poderiam escapar. Nesse tempo ainda no estava organizada a polcia da cidade, ou antes estava-o de um modo em harmonia com as tendncias e ideias da poca. O major Vidigal era o rei absoluto, o rbitro supremo de tudo o que dizia respeito a esse ramo de administrao; era o juiz que julgava e distribua a pena, e ao mesmo tempo o guarda que dava caa aos criminosos; nas causas da sua imensa alada no haviam testemunhas, nem provas, nem razes, nem processo; ele resumia tudo em si; a sua justia era infalvel; no havia apelao das sentenas que dava, fazia o que queria, ningum lhe tomava contas. Exercia enfim uma espcie de inquirio policial. Entretanto, faamos-lhe justia, dados os descontos necessrios s ideias do tempo, em verdade no abusava ele muito de seu poder, e o empregava em certos casos muito bem empregado. (Manuel Antnio de Almeida, Memrias de um sargento de milcias. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos, 1978, p. 21.) Nesse ponto um soldado amarelo aproximou-se e bateu familiarmente no ombro de Fabiano: Como , camarada? Vamos jogar um trinta-e-um l dentro? Fabiano atentou na farda com respeito e gaguejou, procurando as palavras de seu Toms da bolandeira: Isto . Vamos e no vamos. Quer dizer. Enfim, contanto, etc. conforme. Levantou-se e caminhou atrs do amarelo, que era autoridade e mandava. Fabiano sempre havia obedecido. Tinha muque e substncia, mas pensava pouco, desejava pouco e obedecia. (Graciliano Ramos, Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 28.) a) Que semelhanas e diferenas podem ser apontadas entre o Major Vidigal, de Memrias de um sargento de milcias, e o soldado amarelo, de Vidas Secas? b) Como essas semelhanas e diferenas se relacionam com as caractersticas de cada uma das obras?