(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 8) Leia o poema abaixo, de Manuel Antnio Pina, importante nome da lrica portuguesa contempornea: AGORA Agora diferente Tenho o teu nome o teu cheiro A minha roupa de repente ficou com o teu cheiro Agora estamos misturados No meio de ns j no cabe o amor J no arranjamos lugar para o amor J no arranjamos vagar para o amor agora isto vai devagar Isto agora demora (Manuel Antnio Pina, Poesia Reunida (1974-2001). Lisboa: Assrio Alvim, 2001, p. 49). a) O poema trata de uma transformao. Explique-a. b) Que palavra marca essa transformao? c) Qual a diferena introduzida por essa transformao no tratamento convencional dado ao tema?
(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 7) Leia o seguinte trecho do conto O enfermeiro: Fui at a cama; vi o cadver, com os olhos arregalados e a boca aberta, como deixando passar a eterna palavra dos sculos: Caim, que fizeste de teu irmo? (Machado de Assis, Vrias Histrias, em Obra Completa , v. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p.532). a) A qual episdio do conto essa citao bblica remete? b) O que leva o narrador a relacionar o episdio narrado com a citao bblica? c) De que modo o desfecho do cont o revela uma outra faceta do narrador-personagem?
(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 6) Mario Sergio Cortella, em sua coluna mensal Outras Idias escreve: (...) reconhea-se: a maior contribuio de Colombo no foi ter colocado um ovo em p ou ter aportado por aqui depois de singrar mares nunca dantes navegados. Colombo precisa ser lembrado como a pessoa que permitiu a ns, falantes do ingls, do francs ou do portugus, que tivssemos contato com uma lngua que, do Mxico at o extremo sul da Amrica, capaz de nos ensinar a dizer nosotros em vez de apenas we, nous, ns, afastando a arrogante postura do ns de um lado e do vocs do outro. Pode parecer pouco, mas ns quase barreira que separa, enquanto nosotros exige perceber uma viso de alteridade, isto , ver o outro como um outro, e no como um estranho. Afinal, quem so os outros de ns mesmos? O mesmo que somos para os outros, ou seja, outros! (Mario Sergio Cortella, Folha de S.Paulo, 9 de outubro de 2003). O texto acima nos faz pensar na distino entre um ns inclusivo e um ns excludente. a) Segundo o excerto, nosotros apresenta um sentido inclusivo. Justifique pela morfologia dessa palavra. b) Ns brasileiros falamos portugus apresenta um ns excludente. Explique.
(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 4) Em um jornal de circulao restrita, vemos, na capa, a seguinte chamada: Inspire sade! Sem fumar, respire aliviado! No interior do Jornal, a matria comea da seguinte forma: Desperte o no-fumante que h em voc!, seguida logo adiante de O fumante passivo aquele que no fuma, mas freqenta ambientes poludos pela fumaa do cigarro tambm tem sua sade prejudicada. (Jornal da Cassi Publicao da Caixa de Assistncia dos Funcionrios do Banco do Brasil, ano IX, n. 40, junho/julho de 2004). Levando em considerao os trechos citados, observamos, na chamada da capa, um interessante jogo polissmico. a) Apresente dois sentidos de Inspire em Inspire sade!. Justifique. b) Apresente dois sentidos de aliviado em respire aliviado!. Justifique.
(UNICAMP - 2005 - 2a fase - Questo 3) Foi no tempo em que a Bandeirantes recm-inaugurara suas novas instalaes no Morumbi. No havia transporte pblico at o nosso local de trabalho, e a direo da casa organizou um servio com viaturas prprias. (...) Paran era um dos motoristas. (...) Numa das subidas para o Morumbi fechou sem nenhuma maldade um automvel. O cidado que o dirigia estava com os filhos, era diretor do So Paulo F.C., e largou o verbo em cima do pobre do Paran. Que respondeu altura. Logo depois que a perua chegou ao Morumbi, todo mundo de ponto batido, o automvel pra em frente da porta dos funcionrios, e o seu condutor desce bufando: Onde est o motorista dessa perua? (e l vinha chegando o Paran). Voc me ofendeu na frente dos meus filhos. No tem o direito de agir dessa forma, me chamar do nome que me chamou. Vou falar ao Joo Saad, que meu amigo! E o Paran, j fuzilando, dedo em riste, tonitruou em seu sotaque mais que explcito: Le chamei e le chamo de novo... veado ... veado ... No houve reao da parte ofendida. (Flvio Arajo, O rdio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora Senac So Paulo, 2001, p. 50-1). a) Na seqncia (...) e largou o verbo em cima do pobre do Paran. Que respondeu altura, se trocarmos o ponto final que aparece depois de Paran por uma vrgula, ocorrem mudanas na leitura? Justifique. b) O trecho da resposta de Paran Le chamei e le chamo de novo ... chama a ateno do leitor para a sintaxe da lngua. Explique. c) Substitua tonitruou por outra palavra ou expresso.
(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 1) A figura abaixo representa o ciclo da gua na Terra. Nela esto representados processos naturais que a gua sofre em seu ciclo. Com base no desenho, faa o que se pede: a) Considerando que as nuvens so formadas por minsculas gotculas de gua, que mudana(s) de estado fsico ocorre(m) no processo 1? b) Quando o processo 1 est ocorrendo, qual o principal tipo de ligao que est sendo rompido/formado na gua? c) Cite pelo menos um desses processos (de 1 a 6) que, apesar de ser de pequena intensidade, ocorre no sul do Brasil. Qual o nome da mudana de estado fsico envolvida nesse processo?
(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 1) O quadro (a), acima, refere-se imagem de televiso de um carro parado, em que podemos distinguir claramente a marca do pneu (PNU). Quando o carro est em movimento, a imagem da marca aparece como um borro em volta de toda a roda, como ilustrado em (b). A marca do pneu volta a ser ntida, mesmo com o carro em movimento, quando este atinge uma determinada velocidade. Essa iluso de movimento na imagem gravada devido freqncia de gravao de 30 quadros por segundo (30 Hz). Considerando que o dimetro do pneu igual a 0,6 m e =3,0, responda: a) Quantas voltas o pneu completa em um segundo, quando a marca filmada pela cmara aparece parada na imagem, mesmo estando o carro em movimento? b) Qual a menor freqncia angular do pneu em movimento, quando a marca aparece parada? c) Qual a menor velocidade linear (em m/s) que o carro pode ter na figura (c)?
(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 1) Em uma sala h uma lmpada, uma televiso [TV] e um aparelho de ar condicionado [AC]. O consumo da lmpada equivale a 2/3 do consumo da TV e o consumo do AC equivale a 10 vezes o consumo da TV. Se a lmpada, a TV e o AC forem ligados simultaneamente, o consumo total de energia ser de 1,05 quilowatts hora [kWh]. Pergunta-se: a) Se um kWh custa R$0,40, qual ser o custo para manter a lmpada, a TV e o AC ligados por 4 horas por dia durante 30 dias? b) Qual o consumo, em kWh, da TV?
(UNICAMP - 2004 - 1a fase) A cidade de Campinas tem 1 milho de habitantes e estima-se que 4% de sua populao viva em domiclios inadequados. Supondo-se que, em mdia, cada domiclio tem 4 moradores, pergunta-se: a) Quantos domiclios com condies adequadas tem a cidade de Campinas? b) Se a populao da cidade crescer 10% nos prximos 10 anos, quantos domiclios devero ser construdos por ano para que todos os habitantes tenham uma moradia adequada ao final desse perodo de 10 anos? Suponha ainda 4 moradores por domiclio, em mdia.
(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 2) Uma pesquisa publicada no ano passado identifica um novo recordista de salto em altura entre os seres vivos. Trata-se de um inseto, conhecido como Cigarrinha-da-espuma, cujo salto de 45 cm de altura. a) Qual a velocidade vertical da cigarrinha no incio de um salto? b) O salto devido a um impulso rpido de 10-3 s. Calcule a acelerao mdia da cigarrinha, que suporta condies extremas, durante o impulso.
(UNICAMP - 2004 - 1a fase) Supondo que a rea mdia ocupada por uma pessoa em um comcio seja de 2.500 cm2 , pergunta-se: a) Quantas pessoas podero se reunir em uma praa retangular que mede 150 metros de comprimento por 50 metros de largura? b) Se 3/56 da populao de uma cidade lota a praa, qual , ento, a populao da cidade ?
(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 2) Sabe-se que o nmero natural D, quando dividido por 31, deixa resto r N e que o mesmo nmero D, quando dividido por 17, deixa resto 2r. a) Qual o maior valor possvel para o nmero natural r? b) Se o primeiro quociente for igual a 4 e o segundo quociente for igual a 7, calcule o valor numrico de D
(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 2) Cerca de 90% da crosta e do manto terrestres so formados por minerais silicticos. Entender muitos processos geoqumicos significa conhecer bem o comportamento dessas rochas em todos os ambientes. Um caso particular desse comportamento na crosta a solubilizao da slica (SiO2) por gua a alta temperatura e presso. Esse processo de dissoluo pode ser representado pela equao: Em determinado pH a 300 C e 500 atmosferas, a constante de equilbrio para essa dissoluo, considerando a gua como solvente, de 0,012. a) Escreva a expresso da constante de equilbrio para esse processo de dissoluo. b) Determine a concentrao em g L-1 de H4SiO4 aquosoquando se estabelece o equilbrio de dissoluo nas condies descritas.
(UNICAMP - 2004 - 1a fase) Da caverna ao arranha-cu, o homem percorreu um longo caminho. Da aldeia, passou cidade horizontal, e desta, verticalizao. O crescente domnio dos materiais e, portanto, o conhecimento de processos qumicos teve papel fundamental nesse desenvolvimento. Uma descoberta muito antiga e muito significativa foi o uso de Ca(OH)2 para a preparao da argamassa. O Ca(OH)2 tem sido muito usado, tambm, na pintura de paredes, processo conhecido como caiao, onde, reagindo com um dos constituintes minoritrios do ar, forma carbonato de clcio de cor branca. a) D o nome comum (comercial) ou o nome cientfico do Ca(OH)2 . b) Que faixa de valores de pH pode-se esperar para uma soluo aquosa contendo Ca(OH)2 dissolvido, considerando o carter cido-base dessa substncia? Justifique. c) Escreva a equao que representa a reao entre o Ca(OH)2 e um dos constituintes minoritrios do ar, formando carbonato de clcio.
(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 3) Um tringulo eqiltero tem o mesmo permetro que um hexgono regular cujo lado mede 1,5 cm. Calcule: a) O comprimento de cada lado do tringulo. b) A razo entre as reas do hexgono e do tringulo.