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(ENEM - 2016)TEXTO ITEXTO IITenho um rosto lacerad

Português | Interpretação de texto | fatores de contextualização | fatores de construção da coerência | o conhecimento de mundo
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(ENEM - 2016)

TEXTO I

TEXTO II

Tenho um rosto lacerado por rugas secas e profundas, sulcos na pele. Não é um rosto desfeito, como acontece com pessoas de traços delicados, o contorno é o mesmo mas a matéria foi destruída. Tenho um rosto destruído.

DURAS, M. O amante. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Na imagem e no texto do romance de Marguerite Duras, os dois autorretratos apontam para o modo de representação da subjetividade moderna. Na pintura e na literatura modernas, o rosto humano deforma-se, destrói-se ou fragmenta-se em razão

A

da adesão à estética do grotesco, herdada do romantismo europeu, que trouxe novas possibilidades de representação.

B

das catástrofes que assolaram o século XX e da descoberta de uma realidade psíquica pela psicanálise.

C

da opção em demonstrarem oposição aos limites estéticos da revolução permanente trazida pela arte moderna.

D

do posicionamento do artista do século XX contra a negação do passado, que se torna prática dominante na sociedade burguesa.

E

da intenção de garantir uma forma de criar obras de arte independentes da matéria presente em sua história pessoal.