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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(FUVEST 2013)V O samba direita do terreiro, adumbr

Português | Interpretação de texto | narração | a linguagem da narrativa | grau de formalidade da linguagem
Português | Literatura | romantismo | primeira geração romântica | o romance romântico
FUVEST 2013FUVEST PortuguêsTurma ENEM Kuadro

(FUVEST 2013)

V – O samba


             À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão um maciço de construções, ao qual às vezes recortam no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas fustigadas pelo vento.
(...)
             É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome que tem um grande pátio cercado de senzalas, às vezes com alpendrada corrida em volta, e um ou dois portões que o fecham como praça d’armas.
             Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os pretos o samba com um frenesi que toca o delírio. Não se descreve, nem se imagina esse desesperado saracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar-se.

             Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam no cangote das mães, ou se enrolam nas saias das raparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um desses corta jaca no espinhaço do pai, negro fornido, que não sabendo mais como desconjuntar-se, atirou consigo ao chão e começou de rabanar como um peixe em seco. (...)

José de Alencar, Til.

(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se.

 

Para adequar a linguagem ao assunto, o autor lança mão também de um léxico popular, como atestam todas as palavras listadas na alternativa
 

A

saracoteio, brasido, rabanar, senzalas.
 

B

esperneiam, senzalas, pincham, delírio.
 

C

saracoteio, rabanar, cangote, pincham.
 

D

fazenda, rabanar, cinzas, esperneiam.
 

E

delírio, cambalhotas, cangote, fazenda.