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(FUVEST - 2014)

Revelação do subúrbio

Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé, contra a vidraça do carro*,
vendo o subúrbio passar.
O subúrbio todo se condensa para ser visto depressa,
com medo de não repararmos suficientemente
em suas luzes que mal têm tempo de brilhar.
A noite come o subúrbio e logo o devolve,
ele reage, luta, se esforça,
até que vem o campo onde pela manhã repontam laranjais
e à noite só existe a tristeza do Brasil.

Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo, 1940.

(*) carro: vagão ferroviário para passageiros.

No poema de Drummond, a presença dos motivos da velocidade, da mecanização, da eletricidade e da metrópole configura-se como

A

uma adesão do poeta ao mito do progresso, que atravessa as letras e as artes desde o surgimento da modernidade.

B

manifestação do entusiasmo do poeta moderno pela industrialização por que, na época, passava o Brasil.

C

marca da influência da estética futurista da Antropofagia na literatura brasileira do período posterior a 1940.

D

uma incorporação, sob nova inflexão política e ideológica, de temas característicos das vanguardas que influenciaram o Modernismo antecedente.

E

uma crítica do poeta pós-modernista às alterações causadas, na percepção humana, pelo avanço indiscriminado da técnica na vida cotidiana.