ENEM

ITA

IME

FUVEST

UNICAMP

UNESP

UNIFESP

UFPR

UFRGS

UNB

VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(UEFS 2012)I.Houve tempo em que os meus olhos Gost

(UEFS 2012)

I.
Houve tempo em que os meus olhos Gostavam do sol brilhante, E do negro véu da noite, E da aurora cintilante. [...] Oh! Quadra tão feliz! — Se ouvia a brisa Nas folhas sussurrando, o som das águas, Dos bosques o rugir; — se os desejava, — O bosque, a brisa, a folha, o trepidante Das águas murmurar prestes ouvia. Se o sol doirava os céus, se a lua casta, Se as tímidas estrelas cintilavam, Se a flor desabrochava envolta em musgo, — Era a flor que eu amava, — eram estrelas Meus amores somente, o sol brilhante [...]
DIAS, Gonçalves. Quadras da minha vida. Antologias. São Paulo: Melhoramentos, 1966. p. 72-73.

 

II.
É noite. A Lua, ardente e terna, Verte na solidão sombria A sua imensa, a sua eterna Melancolia... [...] No largo, sob os jambolanos, Procuro a sombra embalsamada. (Noite, consolo dos humanos! Sombra sagrada!)
Um velho senta-se a meu lado. Medita. Há no seu rosto uma ânsia... Talvez se lembre aqui, coitado! De sua infância.
BANDEIRA, Manuel. O inútil luar. Estrelas da vida inteira: poesias reunidas. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970. p. 25.

Infere-se do texto I que a voz poética 

A

 cultiva a solidão como mecanismo de restauração do equilíbrio interior. 

B

 enxerga na sublimação amorosa a única possibilidade de ser feliz.

C

 busca, no presente, uma relação harmoniosa com a natureza. 

D

 deseja a morte como solução para o seu conflito existencial. 

E

 se revela desajustada ao momento em que vive.