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(Uneb 2014) Lembranças de Makoko, uma das mais fam

(Uneb 2014)

      Lembranças de Makoko, uma das mais famigeradas comunidades de posseiros em Lagos, na Nigéria — metrópole presa entre a modernidade e a miséria. Com centenas de modos de transferência assíncronos (ATM, na sigla em inglês), recordes de centros de internet e milhões de telefones celulares, essa cidade agitada e congestionada com 8 milhões a 17 milhões de habitantes (dependendo de onde se traça a linha de contorno ou de quem faz a contagem) está conectada à grade global. Centro internacional de negócios empresariais e capital comercial do país mais populoso da África, Lagos atrai perto de 600 mil novos visitantes todos os anos. Mas a maioria dos bairros, mesmo alguns dos melhores, não dispõe de água encanada, saneamento básico e eletricidade. Makoko — parte sobre terra firme, parte flutuando sobre lagoas — é uma das comunidades mais carentes da megalópole.

      Bairros como esse existem no mundo todo. [...]

      Quando os governos negam a essas comunidades o direito de existir, as pessoas demoram mais para melhorar suas casas.

      Quando as autoridades do Rio de Janeiro decretaram guerra às favelas nos anos 60, por exemplo, as pessoas temiam ser expulsas de suas casas, ou que estas fossem incendiadas e por isso não tinham pressa em melhorá-las. A maioria das favelas permaneceu primitiva — pouco diferentes das cabanas de barro e dos barracos de madeira de Mumbai e Nairóbi. Mas quando os políticos perceberam a reação e passaram a se comprometer com as comunidades, elas começaram a proliferar sem controle.

(NEUWIRTH, 2013. p. 22-24-26).  

As cidades, na história, tiveram seu desenvolvimento relacionado a diversos fatores socioeconômicos e geopolíticos, a exemplo das cidades

A

independentes, com governo próprio, surgidas na Mesopotâmia, cuja base escravocrata da produção possibilitou a constituição de impérios de longa duração.   

B

gregas da Antiguidade Clássica, cuja unidade cultural foi determinante para o estabelecimento da centralização política e da democracia, regime que unificava politicamente a sociedade.   

C

medievais, nas quais as feiras se tornaram o centro político e econômico local, enfraquecendo o poder dos senhores feudais e da Igreja Católica e determinando a fragmentação política feudal.   

D

africanas, onde se verificou uma expansão urbana durante a dominação sarracena no norte do continente, resultante, entre outros, das atividades de extração de sal e de ouro   

E

pré-colombianas, onde a ausência de um poder centralizado e da acumulação de riquezas contribuiu para a sua rápida dominação pelos conquistadores espanhóis.