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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(UNESP - 2011/2 - 1a fase)Boiadeiro De manhzinha,

(UNESP - 2011/2 - 1a fase)

Boiadeiro

    De manhãzinha, quando eu sigo pela estrada
    Minha boiada pra invernada eu vou levar:
    São dez cabeças; é muito pouco, é quase nada
    Mas não tem outras mais bonitas no lugar.
5  Vai boiadeiro, que o dia já vem,
    Leva o teu gado e vai pensando no teu bem.
    De tardezinha, quando eu venho pela estrada,
    A fiarada tá todinha a me esperar;
    São dez filinho, é muito pouco, é quase nada,
10 Mas não tem outros mais bonitos no lugar.
    Vai boiadeiro, que a tarde já vem
    Leva o teu gado e vai pensando no teu bem.
    E quando chego na cancela da morada,
    Minha Rosinha vem correndo me abraçar.
15 É pequenina, é miudinha, é quase nada
    Mas não tem outra mais bonita no lugar.
    Vai boiadeiro, que a noite já vem,
    Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem!
 

(Armando Cavalcante e Klecius Caldas. Boiadeiro. In: Beth Cançado.
Aquarela brasileira, vol. I. Brasília: Editora Corte Ltda., 1994. p. 59.)

Mas não tem outras mais bonitas no lugar.

O emprego da forma verbal tem em vez de no verso mencionado se deve

A

à necessidade de substituir um monossílabo tônico por um átono.

B

à exigência métrica de uma sílaba a mais.

C

à intenção de reforçar o sentido de “existir” nos versos.

D

à obediência ao disposto pela norma-padrão.

E

ao objetivo dos compositores de representar a fala regional, popular