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VestibularEdição do vestibular
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(UNIFESP - 2009) O fim ltimo, causa final e desgni

(UNIFESP - 2009) "O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o dominio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela misera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visivel capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza.”

(Thomas Hobbes (1588-1679). 'Leviatã'. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.)

"O principe não precisa ser piedoso, fiel, humano, integro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O principe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário."

(Nicolau Maquiavel (1469-1527). 'O Príncipe'. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986.)

Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que:

A

Ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder.

B

Hobbes defende o absolutismo, por torná-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade.

C

Ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade.

D

Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa.

E

Ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano.