(UNIOESTE - 2011)
John Locke afirma em Ensaio acerca do entendimento: “é de grande utilidade para o marinheiro saber a extensão de sua linha, embora não possa com ela sondar toda a profundidade do oceano. É conveniente que saiba que ela é suficientemente longa para alcançar o fundo dos lugares necessários para orientar sua viagem, e preveni-lo de esbarrar contra escolhos que podem destruí-lo. Não nos diz respeito conhecer todas as coisas, mas apenas as que se referem à nossa conduta. Se pudermos descobrir aquelas medidas por meio das quais uma criatura racional, posta nesta situação do homem no mundo, pode e deve dirigir suas opiniões e ações delas dependentes, não devemos nos molestar por que outras coisas escapam ao nosso conhecimento”.
Tendo em conta o texto acima e a teoria do conhecimento de Locke, é incorreto afirmar que
o homem, utilizando suas faculdades racionais, pode conhecer tudo sobre todas as coisas do mundo.
o homem deve saber os limites da razão para ter conhecimento certo daquilo que é possível conhecer.
há certas coisas que a razão do homem não pode conhecer.
assim como o marinheiro guia sua viagem por uma sonda de tamanho conhecido, o homem deve orientar sua conduta por aquilo que conhece.
o conhecimento, para Locke, só é certo se houver conformidade entre nossas ideias e a realidade das coisas.