(UNIOESTE - 2015)
Os fatos, que são os segundos objetos da razão humana, não são determinados da mesma maneira, nem nossa evidência de sua verdade, por maior que seja, é de natureza igual à precedente. O contrário de um fato qualquer é sempre possível, pois, além de jamais implicar uma contradição, o espírito o concebe com a mesma facilidade e distinção como se ele estivesse em completo acordo com a realidade. Que o Sol nascerá amanhã é tão inteligível e não implica mais contradição do que a afirmação de que ele não nascerá. Podemos em vão, todavia, tentar demonstrar sua falsidade. Se ela fosse demonstrativamente falsa, implicaria uma contradição e o espírito nunca poderia concebê-la distintamente.
(David Hume, Investigação acerca do entendimento humano)
No trecho acima, Hume contrasta os fatos a que outro grupo de objetos da razão humana?
Os factoides, tais como exemplificados nos boatos e testemunhos maliciosos.
As relações entre ideias, tais como exemplificadas nas proposições matemáticas.
As intuições místicas, tais como exemplificadas nas revelações contidas nos textos sagrados.
As evidências empíricas, tais como exemplificadas nos relatos de experiências.
As sensações subjetivas, tais como exemplificadas nos juízos estéticos.