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(ENEM - 2014)Era um dos meus primeiros dias na sal

(ENEM - 2014) 

Era um dos meus primeiros dias na sala de música. A fim de descobrirmos o que deveríamos estar fazendo ali, propus à classe um problema. Inocentemente perguntei:

— O que é música?

Passamos dois dias inteiros tateando em busca de uma definição. Descobrimos que tínhamos de rejeitar todas as definições costumeiras porque elas não eram suficientemente abrangentes.

O simples fato é que, à medida que a crescente margem a que chamamos de vanguarda continua suas explorações pelas fronteiras do som, qualquer definição se torna difícil. Quando John Cage abre a porta da sala de concerto e encoraja os ruídos da rua a atravessar suas composições, ele ventila a arte da música com conceitos novos e aparentemente sem forma.

SCHAFER, R. M. O ouvido pensante. São Paulo: Unesp, 1991 (adaptado)

 

A frase “Quando John Cage abre a porta da sala de concerto e encoraja os ruídos da rua a atravessar suas composições”, na proposta de Schafer de formular uma nova conceituação de música, representa a:

A

acessibilidade à sala de concerto como metáfora, num momento em que a arte deixou de ser elitizada.

B

abertura da sala de concerto, que permitiu que a música fosse ouvida do lado de fora do teatro.

C

postura inversa à música moderna, que desejava se enquadrar em uma concepção conformista

D

intenção do compositor de que os sons extramusicais sejam parte integrante da música.

E

necessidade do artista contemporâneo de atrair maior público para o teatro