ENEM

ITA

IME

FUVEST

UNICAMP

UNESP

UNIFESP

UFPR

UFRGS

UNB

VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(FUVEST - 2004 - 1a fase)O OLHAR TAMBM PRECISA APR

(FUVEST - 2004 - 1a fase)

O OLHAR TAMBÉM PRECISA APRENDER A ENXERGAR

Há uma historinha adorável, contada por Eduardo Galeano, escritor uruguaio, que diz que um pai, morador lá do interior do país, levou seu filho até a beira do mar. O menino nunca tinha visto aquela massa de água infinita. Os dois pararam sobre um morro. O menino, segurando a mão do pai, disse a ele: "Pai, me ajuda a olhar". Pode parecer uma espécie de fantasia, mas deve ser a exata verdade, representando a sensação de faltarem não só palavras mas também capacidade para entender o que é que estava se passando ali.

Agora imagine o que se passa quando qualquer um de nós para diante de uma grande obra de arte visual: como olhar para aquilo e construir seu sentido na nossa percepção? Só com auxílio mesmo. Não quer dizer que a gente não se emocione apenas por ser exposto a um clássico absoluto, um Picasso ou um Niemeyer ou um Caravaggio. Quer dizer apenas que a gente pode ver melhor se entender a lógica da criação.

(Luís Augusto Fischer, Folha de S. Paulo)

Relacionando a história contada pelo escritor uruguaio com “o que se passa quando qualquer um de nós pára diante de uma grande obra de arte”, o autor do texto defende a idéia de que

A

o belo natural e o belo artístico provocam distintas reações de nossa percepção.

B

a educação do olhar leva a uma percepção compreensiva das coisas belas.

C

o belo artístico é tanto mais intenso quanto mais espelhe o belo natural.

D

a lógica da criação artística é a mesma que rege o funcionamento da natureza.

E

a educação do olhar devolve ao adulto a espontaneidade da percepção das crianças.