(UENP 2011) Mario Quintana, no poema As coisas, traduziu o sentimento comum dos primeiros filsofos da seguinte maneira: O encanto sobrenatural que h nas coisas da Natureza! [...] se nelas algo te d encanto ou medo, no me digas que seja feia ou m, , acaso, singular. Os primeiros filsofos da antiguidade clssica grega se preocupavam com:
(UENP - 2011) As discusses iniciais sobre Lgica foram organizadas por Aristteles no texto conhecido como Organon, onde o filsofo sistematiza e problematiza algumas das afirmaes que tinham sido feitas pelos pr-socrticos (Parmnides, Herclito) e por Plato. Sobre a lgica aristotlica incorreto afirmar:
(UENP -2011) O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se cr senhor dos demais, no deixa de ser mais escravo do que eles (...). A ordem social um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito [ordem social], no entanto, no se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenes. ROUSSEAU, J.J. Contrato Social. Coleo Os pensadores. So Paulo: Abril Cultural. Analise as afirmativas sobre o pensamento de Rousseau I. O homem natural bom, o isolamento propiciado pelo estado de natureza favorece o desenvolvimento e o exerccio de qualidades positivas, como o amor de si mesmo e a piedade. II. A ordem social natural e deriva da natureza gregria do ser humano. III. O estado se origina com o objetivo de impedir que os homens retornem ao estado de guerra generalizado. A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) (so):
(Uenp 2011) O existencialismo é uma corrente filosófica que destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a subjetividade. Ele acredita que a existência precede a essência, ou melhor, que não existe uma essência do humano pré-concebida e eterna, o humano é construído pelas escolhas individuais na história pessoal de cada um. De acordo com o pensamento de Sartre, assinale a alternativa incorreta:
(Uenp 2011) Sobre os períodos da filosofia grega antiga, relacione as colunas e assinale a alternativa que contém a combinação correta:
(Uenp 2011) Sobre a cultura de massa, a indústria cultural e a pop art, julgue as afirmativas.I. A Pop Art socializou a arte mantendo o engajamento político; em suas obras, o sonho americano se dividiu entre promessa e maldição - já que os avanços tecnológicos capazes de preencher o mercado com uma série de diferentes produtos também contribuíam para a criação de armas e outros objetos que limitavam a liberdade individual.II. Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração baseadas na cultura, visando o lucro e produzindo cultura de massa.III. O grande fato cultural que cerca a televisão é que, a partir dos anos 50, ela passou a centralizar os debates sobre a cultura de massa da mesma forma que esses debates eram centralizados no cinema nas décadas de 40 e 50, pois quem fala nessas décadas tem como referência os anos dourados de Hollywood.Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões):
(UENP 2011)TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: Texto 01 A insegurana ambiente concentra-se no medo pela segurana pessoal; que por sua vez agua ainda mais a figura ambgua e imprevisvel do estranho. Estranho na rua, gatuno perto de casa... Alarmes contra assalto, bairros vigiados e patrulhados, condomnios fechados, tudo isso serve ao mesmo propsito: manter os estranhos afastados. A priso apenas a mais radical dentre muitas medidas diferente do resto pelo suposto grau de eficincia, no por sua natureza. As pessoas que cresceram numa cultura de alarmes contra ladres tendem a ser entusiastas naturais das sentenas de priso e de condenaes cada vez mais longas. Tudo combina muito bem e restaura a lgica ao caos da existncia. Zygmunt Bauman. Globalizao: as consequncias humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999 Texto 02 Depois de vinte anos sem prestar ateno nas consequncias sociais e humanas de um capitalismo global incontido, o presidente do Banco Mundial chegou concluso de que, para amaior parte da populao mundial, a palavra globalizao sugere medo e insegurana em vez de oportunidade e incluso. Eric Hobsbawn, Globalizao, democracia e terrorismo. So Paulo: Companhia das Letras, 2007 Texto 03 Entre os jovens, cada vez mais prevalece o cada um por si. Mais do que a amizade, so redes de cumplicidade que orientam a busca da sobrevivncia, a absteno da balbrdia poltica. A sociedade pretensamente sem classes resulta num egosmo cheio de cautela. Tal como o capitalismo. Isso significa que as derivaes, para falar como Pareto, tm pouca influncia e o homem continua a ser o que (mais hobbesiano e menos rousseausta), sejam quais forem o sistema poltico e a ideologia que o legitimam. Gerard Vincent, Uma histria do segredo? So Paulo: Companhia das Letras, 2009 Leia as afirmativas abaixo. I. A misoginia acaba por impor um modelo de estado baseado na vigilncia e no controle, produzindo sociedades cada vez mais inspitas. II. A globalizao encarada de forma otimista pelas civilizaes, e tem propiciado uma integrao cada vez maior entre os povos. III. O processo de transformao, que culminou na contemporaneidade, redundou na precarizao e na desintegrao dos laos humanos, a solido demudou as relaes sociais em relaes autnomas. O egosmo atingiu propores assustadoras, o enigma identitrio do ser humano coloca-o em um paradoxo, qual seja o de destruir o outro ou mant-lo longe de si. Sobre as afirmativas:
(Uenp 2011) A pobreza e a desigualdade so construes sociais que se desenvolvem e consolidam a partir de estruturas, agentes e processos que lhes do forma histrica concreta. Os pases e regies da Amrica Latina moldaram, desde os tempos coloniais at nossos dias, expresses desses fenmenos sociais que, embora apresentem as peculiaridades prprias de cada contexto histrico e geogrfico, compartilham um trao em comum: altssimos nveis de pobreza e desigualdade que condicionam a vida poltica, econmica, social e cultural. O conceito de construo praticamente similar ao de produo, sendo utilizado aqui para enfatizar que a pobreza o resultado da ao concreta de agentes e processos que atuam em contextos estruturais histricos de longo prazo. (Produo de pobreza e desigualdade na Amrica Latina. Antonio David Cattani, Alberto D. Cimadamore (orgs.) ; traduo: Ernani Ss. Porto Alegre : Tomo Editorial/Clacso, 2007, p. 07.) De acordo com o texto correto afirmar:
(Uenp 2011) Platão foi um dos filósofos que mais influenciaram a cultura ocidental. Para ele, a filosofia tem um fim prático e é capaz de resolver os grandes problemas da vida. Considera a alma humana prisioneira do corpo, vivendo como se fosse um peregrino em busca do caminho de casa. Para tanto, deveria transpor os limites do corpo e contemplar o inteligível. Assinale a alternativa correta.
(Uenp 2010) Os bens têm sido divididos em três classes: alguns foram descritos como exteriores, e outros como relativos à alma ou ao corpo. Consideramos os bens que se relacionam com a alma como bens no mais próprio e verdadeiro sentido do termo, e como tais classificamos as ações e atividades psíquicas. Nosso parecer deve ser correto, pelo menos segundo essa antiga opinião, com a qual concordam muitos filósofos. Também é correto pelo fato de identificarmos o fim com certas ações e atividades, pois desse modo ele se inclui entre os bens da alma, e não entre os bens exteriores. Outra crença que se harmoniza com a nossa concepção é a de que o homem feliz vive bem e age bem, visto que definimos a felicidade como uma espécie de boa vida e boa ação. Além disso, todas as características que se costuma buscar na felicidade também parecem incluir-se na nossa definição. Com efeito, algumas pessoas identificam a felicidade com a virtude, outras com a sabedoria prática, outras com uma espécie de sabedoria filosófica, e outras, ainda, a identificam com tudo isso, ou uma delas, acompanhadas do prazer, ou sem que lhe falte o prazer, e finalmente outras incluem a prosperidade exterior. Aristóteles, Ética a Nicômaco. Disponível em: http://filosofiauerj.files.wordpress.com/2007/05/etica-a-nicomaco-aristoteles.pdf, p.10. Sobre a concepção Aristotélica de felicidade, assinale a alternativa correta.
(UENP - 2010) Para Aristteles o homem por natureza um animal poltico, isto , um ser vivo (zoon) que, por sua natureza (physei), feito para a vida da cidade (bios politiks, a comunidade poltica). Essa definio revela a inteno teleolgica do filsofo na caracterizao do sentido ltimo da vida do homem: o viver na polis, onde o homem se realiza como cidado (politai) manifestando, no termo de um processo de constituio de sua essncia, a sua natureza. Sobre a natureza poltica do ser humano, de acordo com o pensamento de Aristteles, no correto afirmar que:
(UENP - 2010) Uma preocupao comum dos filsofos modernos era com o mtodo. Eles partiam de um senso comum terico amplamente difundido na filosofia, o de que os homens s erravam porque tomavam o caminho errado. Qualquer um que se utilizasse do mtodo adequado teria condies de chegar ao conhecimento da verdade. Sobre o tema do mtodo correto dizer que:
(UENP -2010) Conosco homens, a se diz, se passa o mesmo que com prisioneiros, que se achassem numa caverna subterrnea, encadeados, desde o nascimento, a um banco, de modo a nunca poderem voltar-se, e assim s poderem ver a parede oposta entrada. Por detrs deles, na entrada da caverna, corre por toda a largura dela, um muro da altura de um homem, e por trs deste, arde uma fogueira. Se entre esta e o muro passarem homens transportando imagens, esttuas, figuras de animais, utenslios etc., que ultrapassem a altura do muro, ento as sombras desses objetos, que o fogo faz aparecerem, se projetam na parede da caverna, e os prisioneiros tambm percebem, alm da sombra, o eco das palavras pronunciadas pelos homens que passam. Como esses prisioneiros nunca perceberam outra coisa seno as sombras e o eco, tm eles essas imagens pela verdadeira realidade. Se elespudessem, por uma vez, voltar-se e contemplar, a luz do fogo, os prprios objetos, cujas sombras foram apenas o que at agora viram; e se pudessem ouvir diretamente os sons, alm dos ecos at ento ouvidos, sem dvida ficariam atnitos com essa nova realidade. Mas se alm disso pudessem, fora da caverna e luz do sol, contemplar os prprios homens vivos, bem como os animais e as coisas reais, de que as figuras projetadas na caverna eram apenas cpias, ento ficariam de todo fascinados com essa realidade de forma to diversa. PLATO, 7. livro da Repblica, p.514 ss.. Relacionando o fragmento de texto de Plato e a tirinha da Turma da Mnica, de Maurcio de Souza, com os seus conhecimentos sobre o Mito da Caverna, assinale a alternativa incorreta.
(UENP - 2010) Ora, propondo-me publicar, um dia, uma Metafsica dos costumes, fao-a preceder deste opsculo que lhe serve de fundamentao. Decerto no h, um rigor, outro fundamento em que da possa assentar, de no seja a Crtica de uma razo pura prtica, do mesmo modo que, para fundamentar a Metafsica, se requer a Crtica da razo pura especulativa por mim j publicada. Mas, em parte, a primeira destas Crticas no de to extrema necessidade como a segunda, porque em matria moral a razo humana, mesmo entre o comum dos mortais, pode ser facilmente levada a alto grau de exatido e de perfeio, ao passo que no seu uso teortico, mas puro, da totalmente dialtica; e, em parte, no que concerne Crtica de uma razo pura prtica, para que ela seja completa, reputo imprescindvel que se mostre ao mesmo tempo a unidade da razo prtica e da razo especulativa num princpio comum; pois que, em ltima instncia, s pode haver uma e a mesma razo, e s na aplicao desta h lugar para distines. Ora, no me seria possvel aqui realizar um trabalho to esmiuado e completo, sem introduzir consideraes de ordem inteiramente diferente e sem lanar a confuso no nimo do leitor. Por isso, em vez de dar a este livrinho o ttulo de Crtica da razo pura prtica, denominei-o Fundamentao da Metafsica dos costumes. (Kant, Fundamentao da metafsica dos costumes, 1785) Sobre a filosofia moral de Kant, correto afirmar que:
(Uenp 2010) Sócrates foi considerado um dos principais filósofos da antiguidade clássica. Ao propor uma reflexão sobre o problema da consciência, levou as ultimas consequências a preocupação antropológica que havia se iniciado com os sofistas. Uma das principais contribuições de Sócrates foi o desenvolvimento da categoria “consciência” que esta associada à concepção que possuía de que o ser humano era dotado de uma alma racional, na qual estavam depositadas verdades eternas, e que o conhecimento dessas verdades era imprescindível para o desenvolvimento de uma vida ética. Depois de Sócrates, as preocupações sobre a natureza da alma, e sobre a Ética jamais abandonaram a filosofia. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: