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Questões de Português - UNESP | Gabarito e resoluções

Questão 19
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 1 FASE) A questo aborda uma passagem da pea teatralFrei Lus de Sousa, de Almeida Garrett (1799-1854). Cena V JORGE, MADALENA E MARIA JORGE Ora seja Deus nesta casa! (Maria beija-lhe o escapulrio1e depois a mo; Madalena somente o escapulrio.) MADALENA Sejais bem-vindo, meu irmo! MARIA Boas tardes, tio Jorge! JORGE Minha senhora mana! A bno de Deus te cubra, filha! Tambm estou desassossegado como vs, mana Madalena: mas no vos aflijais, espero que no h de ser nada. certo que tive umas notcias de Lisboa... MADALENA (assustada) Pois que , que foi? JORGE Nada, no vos assusteis; mas bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo. Os governadores querem sair da cidade... um capricho verdadeiro... Depois de aturarem metidos ali dentro toda a fora da peste, agora que ela est, se pode dizer, acabada, que so rarssimos os casos, que por fora querem mudar de ares. MADALENA Pois coitados!... MARIA Coitado do povo! Que mais valem as vidas deles? Em pestes e desgraas assim, eu entendia, se governasse, que o servio de Deus e do rei me mandava ficar, at a ltima, onde a misria fosse mais e o perigo maior, para atender com remdio e amparo aos necessitados. Pois, rei no quer dizer pai comum de todos? JORGE A minha donzela Teodora! Assim , filha, mas o mundo doutro modo: que lhe faremos? MARIA Emend-lo. JORGE (para Madalena, baixo) Sabeis que mais? Tenho medo desta criana. MADALENA (do mesmo modo) Tambm eu. JORGE (alto) Mas enfim, resolveram sair: e sabereis mais que, para corte e buen retiro dos nossos cinco reis, os senhores governadores de Portugal por D. Filipe de Castela, que Deus guarde, foi escolhida esta nossa boa vila de Almada, que o deveu fama de suas guas sadias, ares lavados e graciosa vista. MADALENA Deix-los vir. JORGE Assim : que remdio! Mas ouvi o resto. O nosso pobre Convento de So Paulo tem de hospedar o senhor arcebispo D. Miguel de Castro, presidente do governo. Bom prelado ele; e, se no fosse que nos tira do humilde sossego de nossa vida, por vir como senhor e prncipe secular... o mais, pacincia. Pior o vosso caso... MADALENA O meu! JORGE O vosso e de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores e aqui est o que me mandaram dizer em muito segredo de Lisboa dizem que querem vir para esta casa, e pr aqui aposentadoria2. MARIA (com vivacidade) Fechamos-lhes as portas. Metemos a nossa gente dentro o tero3 de meu pai tem mais de seiscentos homens e defendemo-nos. Pois no uma tirania?... E h de ser bonito!... Tomara eu ver seja o que for que se parea com uma batalha! JORGE Louquinha! MADALENA Mas que mal fizemos ns ao conde de Sabugal e aos outros governadores, para nos fazerem esse desacato? No h por a outras casas; e eles no sabem que nesta h senhoras, uma famlia... e que estou eu aqui?... (Teatro, vol. 3, 1844.) 1 escapulrio: faixa de tecido que frades e freiras de certas ordens religiosas crists usam pendente sobre o peito. 2 pr aposentadoria: ficar, morar. 3tero: corpo de tropas dos exrcitos portugus e espanhol dos sculos XVI e XVII. Ao dizer, em voz baixa, para Madalena, Tenho medo desta criana, Jorge sugere que

Questão 20
2015Português

(UNESP - 2015 - 1 FASE )As questes de nmeros 16 a 20 abordam um texto de um site especializado em esportes com instrues de treinamento para a corrida olmpica dos 1500 metros. Corrida Prova 1500 metros rasos A prova dos 1500 metros rasos, juntamente com a da milha (1609 metros), caracterstica dos pases anglo-saxnicos, considerada prova ttica por excelncia, sendo muito importante o conhecimento do ritmo e da frmula a ser utilizada para vencer a prova. Os especialistas nessas distncias so considerados completos homens de luta que, aps um penoso esforo para resistir ao ataque dos adversrios, recorrem a todas as suas energias restantes a fim de manter a posio de destaque conseguida durante a corrida, sem ceder ao constante assdio dos seus perseguidores. [...] Para correr essa distncia em um tempo aceitvel, deve-se gastar o menor tempo possvel no primeiro quarto da prova, devendo-se para tanto sair na frente dos adversrios, sendo essencial o completo domnio das pernas, para em seguida normalizar o ritmo da corrida. No segundo quarto, deve-se diminuir o ritmo, a fim de trabalhar forte no restante da prova, sempre procurando dosar as energias, para no correr o risco de ser surpreendido por um adversrio e ficar sem condies para a luta final. Deve ser tomado cuidado para no se deixar enganar por algum adversrio de condio inferior, que normalmente finge possuir energias que realmente no tem, com o intuito de minar o bom corredor, para que o companheiro da mesma equipe possa tirar proveito da situao e vencer a prova. Assim sendo, o corredor experiente saber manter regularmente as suas passadas, sem deixar-se levar por esse tipo de artimanha. Conhecendo o estado de suas condies pessoais, o corredor saber se capaz de um sprint nos 200 metros finais, que a distncia ideal para quebrar a resistncia de um adversrio pouco experiente. O corredor que possui resistncia e velocidade pode conduzir a corrida segundo a sua convenincia, impondo os seus prprios meios de ao. Finalmente, ao ultrapassar um adversrio, deve-se faz-lo decidida e folgadamente, procurando sempre impression-lo com sua ao enrgica. Tambm deve-se procurar manter sempre uma boa descontrao muscular durante o desenvolvimento da corrida, nunca levar a cabea para trs e encurtar as passadas para finalizar a prova. (http://treino-de-corrida.f1cf.com.br) Ao empregar a expresso sprint, o autor do texto refere-se a

Questão 20
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 1 FASE) A questo aborda uma passagem da pea teatralFrei Lus de Sousa, de Almeida Garrett (1799-1854). Cena V JORGE, MADALENA E MARIA JORGE Ora seja Deus nesta casa! (Maria beija-lhe o escapulrio1e depois a mo; Madalena somente o escapulrio.) MADALENA Sejais bem-vindo, meu irmo! MARIA Boas tardes, tio Jorge! JORGE Minha senhora mana! A bno de Deus te cubra, filha! Tambm estou desassossegado como vs, mana Madalena: mas no vos aflijais, espero que no h de ser nada. certo que tive umas notcias de Lisboa... MADALENA (assustada) Pois que , que foi? JORGE Nada, no vos assusteis; mas bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo. Os governadores querem sair da cidade... um capricho verdadeiro... Depois de aturarem metidos ali dentro toda a fora da peste, agora que ela est, se pode dizer, acabada, que so rarssimos os casos, que por fora querem mudar de ares. MADALENA Pois coitados!... MARIA Coitado do povo! Que mais valem as vidas deles? Em pestes e desgraas assim, eu entendia, se governasse, que o servio de Deus e do rei me mandava ficar, at a ltima, onde a misria fosse mais e o perigo maior, para atender com remdio e amparo aos necessitados. Pois, rei no quer dizer pai comum de todos? JORGE A minha donzela Teodora! Assim , filha, mas o mundo doutro modo: que lhe faremos? MARIA Emend-lo. JORGE (para Madalena, baixo) Sabeis que mais? Tenho medo desta criana. MADALENA (do mesmo modo) Tambm eu. JORGE (alto) Mas enfim, resolveram sair: e sabereis mais que, para corte e buen retiro dos nossos cinco reis, os senhores governadores de Portugal por D. Filipe de Castela, que Deus guarde, foi escolhida esta nossa boa vila de Almada, que o deveu fama de suas guas sadias, ares lavados e graciosa vista. MADALENA Deix-los vir. JORGE Assim : que remdio! Mas ouvi o resto. O nosso pobre Convento de So Paulo tem de hospedar o senhor arcebispo D. Miguel de Castro, presidente do governo. Bom prelado ele; e, se no fosse que nos tira do humilde sossego de nossa vida, por vir como senhor e prncipe secular... o mais, pacincia. Pior o vosso caso... MADALENA O meu! JORGE O vosso e de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores e aqui est o que me mandaram dizer em muito segredo de Lisboa dizem que querem vir para esta casa, e pr aqui aposentadoria2. MARIA (com vivacidade) Fechamos-lhes as portas. Metemos a nossa gente dentro o tero3 de meu pai tem mais de seiscentos homens e defendemo-nos. Pois no uma tirania?... E h de ser bonito!... Tomara eu ver seja o que for que se parea com uma batalha! JORGE Louquinha! MADALENA Mas que mal fizemos ns ao conde de Sabugal e aos outros governadores, para nos fazerem esse desacato? No h por a outras casas; e eles no sabem que nesta h senhoras, uma famlia... e que estou eu aqui?... (Teatro, vol. 3, 1844.) 1 escapulrio: faixa de tecido que frades e freiras de certas ordens religiosas crists usam pendente sobre o peito. 2 pr aposentadoria: ficar, morar. 3tero: corpo de tropas dos exrcitos portugus e espanhol dos sculos XVI e XVII. Nada, no vos assusteis; mas bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo. Em relao forma verbal digo, os pronomes oblquos tonos vo-lo atuam, respectivamente, como

Questão 25
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 2 fase - Questo 25) As questes de 25 a 28 tomam por base um poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Fuga De repente voc resolve: fugir. No sabe para onde nem como nem por qu (no fundo voc sabe a razo de fugir; nasce com a gente). 05 preciso FUGIR. Sem dinheiro sem roupa sem destino. Esta noite mesmo.Quando os outros estiverem dormindo. Ir a p, de ps nus. 10Calar botina era acordar os gritos que dormem na textura do soalho1. Levar po e rosca para o dia. Comida sobra em rvores infinitas, do outro lado do projeto: 15um verdor eterno, frutescente (deve ser). Tem beira da estrada, numa venda. O dono viu passar muitos meninos que tinham necessidade de fugir 20e compreende. Toda estrada:uma venda para a fuga. Fugir rumo da fuga que no se sabe onde acaba 25mas comea em voc, ponta dos dedos. Cabe pouco em duas algibeiras2 evoc no tem mais do que duas. Canivete, leno, figurinhas de que no vai se separar 30 (custou tanto a juntar). As mos devem ser livres para pessoas, trabalhos, onas que viro. Fugir agora ou nunca. Vo chorar? 35vo esquecer voc? ou vo lembrar-se? (Lembrar que preciso, compensa toda fuga.) ou vo amaldio-lo, pais da Bblia? Voc no vai saber. Voc no volta 40nunca (essa palavra nunca, deliciosa) Se iro sofrer, tanto melhor. Voc no volta nunca nunca nunca. E ser esta noite,meia-noite 45em ponto. Voc dormindo meia noite. (Menino antigo, 1973) 1soalho: o mesmo que assoalho; 2algibeira: bolso de roupa. Que fase da vida explorada pelo poema? Explicite o plano descrito pelo poema e o que sugere o verso 42.

Questão 26
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 2 fase - Questo 26) As questes de 25 a 28 tomam por base um poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Fuga De repente voc resolve: fugir. No sabe para onde nem como nem por qu (no fundo voc sabe a razo de fugir; nasce com a gente). 05 preciso FUGIR. Sem dinheiro sem roupa sem destino. Esta noite mesmo.Quando os outros estiverem dormindo. Ir a p, de ps nus. 10Calar botina era acordar os gritos que dormem na textura do soalho1. Levar po e rosca para o dia. Comida sobra em rvores infinitas, do outro lado do projeto: 15um verdor eterno, frutescente (deve ser). Tem beira da estrada, numa venda. O dono viu passar muitos meninos que tinham necessidade de fugir 20e compreende. Toda estrada:uma venda para a fuga. Fugir rumo da fuga que no se sabe onde acaba 25mas comea em voc, ponta dos dedos. Cabe pouco em duas algibeiras2 evoc no tem mais do que duas. Canivete, leno, figurinhas de que no vai se separar 30 (custou tanto a juntar). As mos devem ser livres para pessoas, trabalhos, onas que viro. Fugir agora ou nunca. Vo chorar? 35vo esquecer voc? ou vo lembrar-se? (Lembrar que preciso, compensa toda fuga.) ou vo amaldio-lo, pais da Bblia? Voc no vai saber. Voc no volta 40nunca (essa palavra nunca, deliciosa) Se iro sofrer, tanto melhor. Voc no volta nunca nunca nunca. E ser esta noite,meia-noite 45em ponto. Voc dormindo meia noite. (Menino antigo, 1973) 1soalho: o mesmo que assoalho; 2algibeira: bolso de roupa. Esclarea o motivo do emprego de letras maisculas na palavra fugir, no verso 5, da repetio da palavra nunca, no verso 43, e explique o que h de comum entre esses dois recursos expressivos.

Questão 27
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 2 fase - Questo 27) As questes de 25 a 28 tomam por base um poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Fuga De repente voc resolve: fugir. No sabe para onde nem como nem por qu (no fundo voc sabe a razo de fugir; nasce com a gente). 05 preciso FUGIR. Sem dinheiro sem roupa sem destino. Esta noite mesmo.Quando os outros estiverem dormindo. Ir a p, de ps nus. 10Calar botina era acordar os gritos que dormem na textura do soalho1. Levar po e rosca para o dia. Comida sobra em rvores infinitas, do outro lado do projeto: 15um verdor eterno, frutescente (deve ser). Tem beira da estrada, numa venda. O dono viu passar muitos meninos que tinham necessidade de fugir 20e compreende. Toda estrada:uma venda para a fuga. Fugir rumo da fuga que no se sabe onde acaba 25mas comea em voc, ponta dos dedos. Cabe pouco em duas algibeiras2 evoc no tem mais do que duas. Canivete, leno, figurinhas de que no vai se separar 30 (custou tanto a juntar). As mos devem ser livres para pessoas, trabalhos, onas que viro. Fugir agora ou nunca. Vo chorar? 35vo esquecer voc? ou vo lembrar-se? (Lembrar que preciso, compensa toda fuga.) ou vo amaldio-lo, pais da Bblia? Voc no vai saber. Voc no volta 40nunca (essa palavra nunca, deliciosa) Se iro sofrer, tanto melhor. Voc no volta nunca nunca nunca. E ser esta noite,meia-noite 45em ponto. Voc dormindo meia noite. (Menino antigo, 1973) 1soalho: o mesmo que assoalho; 2algibeira: bolso de roupa. Explicite a deciso contida no verso 9 e explique o que se sugere nos versos 10 e 11 a respeito dessa deciso.

Questão 28
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 2 fase - Questo 28) As questes de 25 a 28 tomam por base um poema de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Fuga De repente voc resolve: fugir. No sabe para onde nem como nem por qu (no fundo voc sabe a razo de fugir; nasce com a gente). 05 preciso FUGIR. Sem dinheiro sem roupa sem destino. Esta noite mesmo.Quando os outros estiverem dormindo. Ir a p, de ps nus. 10Calar botina era acordar os gritos que dormem na textura do soalho1. Levar po e rosca para o dia. Comida sobra em rvores infinitas, do outro lado do projeto: 15um verdor eterno, frutescente (deve ser). Tem beira da estrada, numa venda. O dono viu passar muitos meninos que tinham necessidade de fugir 20e compreende. Toda estrada:uma venda para a fuga. Fugir rumo da fuga que no se sabe onde acaba 25mas comea em voc, ponta dos dedos. Cabe pouco em duas algibeiras2 evoc no tem mais do que duas. Canivete, leno, figurinhas de que no vai se separar 30 (custou tanto a juntar). As mos devem ser livres para pessoas, trabalhos, onas que viro. Fugir agora ou nunca. Vo chorar? 35vo esquecer voc? ou vo lembrar-se? (Lembrar que preciso, compensa toda fuga.) ou vo amaldio-lo, pais da Bblia? Voc no vai saber. Voc no volta 40nunca (essa palavra nunca, deliciosa) Se iro sofrer, tanto melhor. Voc no volta nunca nunca nunca. E ser esta noite,meia-noite 45em ponto. Voc dormindo meia noite. (Menino antigo, 1973) 1soalho: o mesmo que assoalho; 2algibeira: bolso de roupa. Identifique uma forma verbal e um substantivo que, bastante retomados ao longo do poema, ilustram seu tema. Em seguida, valendo-se dessa informao, explique a oposio entre o ltimo verso e o restante do poema.

Questão 29
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 2 fase - Questo 29) As questes de 29 a 32 focalizam um trecho de uma crnica do escritor Ea de Queirs (1845-1900) e uma tira da cartunista Cia (Ceclia Whitaker Alves Pinto). XXIV O Parlamento vive na idade de ouro. Vive nas idades inocentes em que se colocam as lendas do Paraso quando o mal ainda no existia, quando Caim era um bom rapaz, quando os tigres passeavam docemente par a par com os cordeiros, quando ningum tinha tido o cavalheirismo de inventar a palavra calnia! e a palavra mente! no atraa a bofetada! Seno vejam! Todos os dias aqueles ilustres deputados se dizem uns aos outros: falso! mentira! E no se esbofeteiam, no se enviam duas balas! Piedosa inocncia! Cordura1 evanglica! um Parlamento educado por S. Francisco de Sales! O ilustre deputado mente! Ah, minto? Pois bem, apelo... Cuidam que apela para o espalmado da sua mo direita ou para a elasticidade da sua bengala? No, meus caros senhores, apela para o Pas! Quanta elevao crist num diploma de deputado! Quando um homem leva em pleno peito, diante de duzentas pessoas que ouvem e de mil que leem, este rude encontro: falso! e diz com uma terna brandura: Pois bem, apelo para o Pas! este homem um santo! No entrar decerto nunca no Jockey-Club, donde a mansido excluda, mas entrar no reino do Cu, onde a humildade glorificada. uma escola de humildade este Parlamento! Nunca em parte nenhuma, como ali, o insulto foi recebido com to curvada pacincia, o desmentido acolhido com to sentida resignao! Sublime curso de caridade crist. E veremos os tempos em que um senhor deputado, esbofeteado em pleno e claro Chiado2 , dir modestamente ao agressor, mostrando o seu diploma: Sou deputado da Nao Portuguesa! Apelo para o Pas! Pode continuar a bater! (Uma campanha alegre. Agosto, 1871.) 1 cordura: sensatez, prudncia. 2 Chiado: um bairro tradicional de Lisboa e importante rea cultural em meados do sculo XIX. Indique os dois planos de significao que o fragmento de crnica apresenta, identifique a figura de linguagem utilizada para produzir um deles e explique qual dos dois planos corresponde opinio real do cronista.

Questão 30
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 2 fase - Questo 30) As questes de 29 a 32 focalizam um trecho de uma crnica do escritor Ea de Queirs (1845-1900) e uma tira da cartunista Cia (Ceclia Whitaker Alves Pinto). XXIV O Parlamento vive na idade de ouro. Vive nas idades inocentes em que se colocam as lendas do Paraso quando o mal ainda no existia, quando Caim era um bom rapaz, quando os tigres passeavam docemente par a par com os cordeiros, quando ningum tinha tido o cavalheirismo de inventar a palavra calnia! e a palavra mente! no atraa a bofetada! Seno vejam! Todos os dias aqueles ilustres deputados se dizem uns aos outros: falso! mentira! E no se esbofeteiam, no se enviam duas balas! Piedosa inocncia! Cordura1 evanglica! um Parlamento educado por S. Francisco de Sales! O ilustre deputado mente! Ah, minto? Pois bem, apelo... Cuidam que apela para o espalmado da sua mo direita ou para a elasticidade da sua bengala? No, meus caros senhores, apela para o Pas! Quanta elevao crist num diploma de deputado! Quando um homem leva em pleno peito, diante de duzentas pessoas que ouvem e de mil que leem, este rude encontro: falso! e diz com uma terna brandura: Pois bem, apelo para o Pas! este homem um santo! No entrar decerto nunca no Jockey-Club, donde a mansido excluda, mas entrar no reino do Cu, onde a humildade glorificada. uma escola de humildade este Parlamento! Nunca em parte nenhuma, como ali, o insulto foi recebido com to curvada pacincia, o desmentido acolhido com to sentida resignao! Sublime curso de caridade crist. E veremos os tempos em que um senhor deputado, esbofeteado em pleno e claro Chiado2 , dir modestamente ao agressor, mostrando o seu diploma: Sou deputado da Nao Portuguesa! Apelo para o Pas! Pode continuar a bater! (Uma campanha alegre. Agosto, 1871.) 1 cordura: sensatez, prudncia. 2 Chiado: um bairro tradicional de Lisboa e importante rea cultural em meados do sculo XIX. A sentena crist Oferece a outra face pode ser entendida em um aspecto fsico e em um aspecto moral. Transcreva a frase do ltimo pargrafo da crnica em que um poltico alude a essa sentena, aponte qual aspecto quer realmente ressaltar e com que inteno o faz.

Questão 31
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 2 fase - Questo 31) As questes de 29 a 32 focalizam um trecho de uma crnica do escritor Ea de Queirs (1845-1900) e uma tira da cartunista Cia (Ceclia Whitaker Alves Pinto). XXIV O Parlamento vive na idade de ouro. Vive nas idades inocentes em que se colocam as lendas do Paraso quando o mal ainda no existia, quando Caim era um bom rapaz, quando os tigres passeavam docemente par a par com os cordeiros, quando ningum tinha tido o cavalheirismo de inventar a palavra calnia! e a palavra mente! no atraa a bofetada! Seno vejam! Todos os dias aqueles ilustres deputados se dizem uns aos outros: falso! mentira! E no se esbofeteiam, no se enviam duas balas! Piedosa inocncia! Cordura1 evanglica! um Parlamento educado por S. Francisco de Sales! O ilustre deputado mente! Ah, minto? Pois bem, apelo... Cuidam que apela para o espalmado da sua mo direita ou para a elasticidade da sua bengala? No, meus caros senhores, apela para o Pas! Quanta elevao crist num diploma de deputado! Quando um homem leva em pleno peito, diante de duzentas pessoas que ouvem e de mil que leem, este rude encontro: falso! e diz com uma terna brandura: Pois bem, apelo para o Pas! este homem um santo! No entrar decerto nunca no Jockey-Club, donde a mansido excluda, mas entrar no reino do Cu, onde a humildade glorificada. uma escola de humildade este Parlamento! Nunca em parte nenhuma, como ali, o insulto foi recebido com to curvada pacincia, o desmentido acolhido com to sentida resignao! Sublime curso de caridade crist. E veremos os tempos em que um senhor deputado, esbofeteado em pleno e claro Chiado2 , dir modestamente ao agressor, mostrando o seu diploma: Sou deputado da Nao Portuguesa! Apelo para o Pas! Pode continuar a bater! (Uma campanha alegre. Agosto, 1871.) 1 cordura: sensatez, prudncia. 2 Chiado: um bairro tradicional de Lisboa e importante rea cultural em meados do sculo XIX. Comprovando com informaes extradas da tira, determine o que representa a personagem que faz as solicitaes, o que deseja e em que medida o balo maior do ltimo quadrinho revela uma frustrao desse desejo.

Questão 32
2015Português

(UNESP - 2015/2 - 2 fase - Questo 32) As questes de 29 a 32 focalizam um trecho de uma crnica do escritor Ea de Queirs (1845-1900) e uma tira da cartunista Cia (Ceclia Whitaker Alves Pinto). XXIV O Parlamento vive na idade de ouro. Vive nas idades inocentes em que se colocam as lendas do Paraso quando o mal ainda no existia, quando Caim era um bom rapaz, quando os tigres passeavam docemente par a par com os cordeiros, quando ningum tinha tido o cavalheirismo de inventar a palavra calnia! e a palavra mente! no atraa a bofetada! Seno vejam! Todos os dias aqueles ilustres deputados se dizem uns aos outros: falso! mentira! E no se esbofeteiam, no se enviam duas balas! Piedosa inocncia! Cordura1 evanglica! um Parlamento educado por S. Francisco de Sales! O ilustre deputado mente! Ah, minto? Pois bem, apelo... Cuidam que apela para o espalmado da sua mo direita ou para a elasticidade da sua bengala? No, meus caros senhores, apela para o Pas! Quanta elevao crist num diploma de deputado! Quando um homem leva em pleno peito, diante de duzentas pessoas que ouvem e de mil que leem, este rude encontro: falso! e diz com uma terna brandura: Pois bem, apelo para o Pas! este homem um santo! No entrar decerto nunca no Jockey-Club, donde a mansido excluda, mas entrar no reino do Cu, onde a humildade glorificada. uma escola de humildade este Parlamento! Nunca em parte nenhuma, como ali, o insulto foi recebido com to curvada pacincia, o desmentido acolhido com to sentida resignao! Sublime curso de caridade crist. E veremos os tempos em que um senhor deputado, esbofeteado em pleno e claro Chiado2 , dir modestamente ao agressor, mostrando o seu diploma: Sou deputado da Nao Portuguesa! Apelo para o Pas! Pode continuar a bater! (Uma campanha alegre. Agosto, 1871.) 1 cordura: sensatez, prudncia. 2 Chiado: um bairro tradicional de Lisboa e importante rea cultural em meados do sculo XIX. Indique a semelhana e a diferena entre a tira de Cia e a crnica de Ea de Queirs, no que diz respeito aos alvos da crtica que fazem, e identifique a inteno dessa crtica nos dois textos.

Questão 55
2015Português

(UNESP - 2015 - 1 FASE) Escrever mal difcil, declarou um dos maiores escritores contemporneos. Durante debate para divulgar seu romance O homem que amava os cachorros, o cubano Leonardo Padura caoou de autores de best-sellers. Escrever livros como os de Paulo Coelho e Dan Brown no fcil, no h muitos Dan Browns que possam escrever um romance to horrvel como O Cdigo Da Vinci, que venda milhes de exemplares. H que se saber fazer m literatura para poder escrever um livro desses. (Fbio Victor. Fazer m literatura difcil, diz escritor Leonardo Padura. Folha de S.Paulo, 17.04.2014. Adaptado.) O comentrio irnico do escritor acerca da qualidade literria justifica-se pela

Questão
2015Português

(UNESP - 2015 - 2 FASE) Nota preliminar 1 Em todo o momento de atividade mental acontece em ns um duplo fenmeno de percepo: ao mesmo tempo que temos conscincia dum estado de alma, temos diante de ns, impressionando-nos os sentidos que esto virados para o exterior, uma paisagem qualquer, entendendo por paisagem, para convenincia de frases, tudo o que forma o mundo exterior num determinado momento da nossa percepo. 2 Todo o estado de alma uma paisagem. Isto , todo o estado de alma no s representvel por umapaisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. H em ns um espao interior onde a matria da nossa vida fsica se agita. Assim uma tristeza um lago morto dentro de ns, uma alegria um dia de sol no nosso esprito. E mesmo que se no queira admitir que todo o estado de alma uma paisagem pode ao menos admitir-se que todo o estado de alma se pode representar por uma paisagem. Se eu disser H sol nos meus pensamentos,ningum compreender que os meus pensamentos esto tristes. 3 Assim tendo ns, ao mesmo tempo, conscincia do exterior e do nosso esprito, e sendo o nosso esprito uma paisagem, temos ao mesmo tempo conscincia de duas paisagens. Ora essas paisagens fundem-se, interpenetram-se, de modo que o nosso estado de alma, seja ele qual for, sofre um pouco da paisagem que estamos vendo num dia de sol uma alma triste no pode estar to triste como num dia de chuva e, tambm, a paisagem exterior sofre do nosso estado de alma de todos os tempos dizer-se, sobretudo em verso, coisas como que na ausncia da amada o sol no brilha, e outras coisas assim. (Obra potica, 1965.) Paisagem holandesa No me sais da memria. s tu, querida amiga, Uma imagem que eu vi numa aguarela1 antiga. Era na Holanda. Um fim de tarde. Um cu lavado. Frondes abrindo no ar um plio recortado... 5 Um moinho beira dgua e imensa e desconforme A pincelada verde-azul de um barco enorme. A casaria alm... Perto o cais refletindo Uma barra de sombra entre as guas bulindo... E, debruada ao cais, olhando a tarde imensa, 10 Uma rapariguinha olha as guas e pensa... loira e triste. Nos seus olhos claros anda A mesma paz que envolve a paisagem da Holanda. Paira o silncio... Uma ave passa, arminho2 e gaza3, flor dgua, acenando adeus com o leno da asa... 15 a saudade de Algum que anda extasiado, a esmo, Com a paisagem da Holanda escondida em si mesmo, Com aquela rapariga a sofrer e a cismar Num pr de sol que d vontade de chorar... Ai no ser eu um moinho isolado e tristonho 20 Para viver como na paz de um grande sonho, A refletir a minha vida singular Na gua dormente, na gua azul do teu olhar... (Toda uma vida de poesia, 1957.) 1 aguarela: aquarela. 2 arminho: pele ou pelo do arminho; muito alvo, muito branco, alvura (sentido figurado). 3 gaza: tecido fino, transparente, feito de seda ou algodo. Em todo o momento de atividade mental acontece em ns um duplo fenmeno de percepo. Na orao transcrita, que inicia o comentrio de Fernando Pessoa, explique por que, sob o ponto de vista gramatical, a forma verbal acontece est flexionada na terceira pessoa do singular.

Questão
2015Português

(UNESP - 2015 - 2 FASE) No cemitrio de S. Benedito Em lgubre recinto escuro e frio, Onde reina o silncio aos mortos dado, Entre quatro paredes descoradas, Que o caprichoso luxo no adorna, 5 Jaz da terra coberto humano corpo, que escravo sucumbiu, livre nascendo! Das hrridas cadeias desprendido, Que s forjam sacrlegos tiranos, Dorme o sono feliz da eternidade. 10 No cercam a morada lutuosa Os salgueiros, os fnebres ciprestes, Nem lhe guarda os umbrais da sepultura Pesada laje de espartano mrmore, Somente levantado em quadro negro 15 Epitfio se l, que impe silncio! Descansam neste lar caliginoso1 O msero cativo, o desgraado!... Aqui no vem rasteira a vil lisonja Os feitos decantar da tirania, 20 Nem ofuscando a luz da s verdade Eleva o crime, perpetua a infmia. Aqui no se ergue altar ou trono douro Ao torpe mercador de carne humana. Aqui se curva o filho respeitoso 25 Ante a lousa materna, e o pranto em fio Cai-lhe dos olhos revelando mudo A histria do passado. Aqui nas sombras Da funda escurido do horror eterno, Dos braos de uma cruz pende o mistrio, 30 Faz-se o cetro2 bordo3, andrajo a tnica, Mendigo o rei, o potentado4 escravo! (Primeiras trovas burlescas e outros poemas, 2000.) 1 caliginoso: muito escuro, tenebroso. 2 cetro: basto de comando usado pelos reis. 3 bordo: cajado grosso usado como apoio ao caminhar. 4 potentado: pessoa muito rica e poderosa. Doze anos de escravido Houvera momentos em minha infeliz vida, muitos, em que o vislumbre da morte como o fim de sofrimentos terrenos do tmulo como um local de descanso para um corpo cansado e alquebrado tinha sido agradvel de imaginar. Mas tal contemplao desaparece na hora do perigo. Nenhum homem, em posse de suas foras, consegue ficar imperturbvel na presena do rei dos horrores. A vida cara a qualquer coisa viva; o verme rastejante lutar por ela. Naquele momento, era cara para mim, escravizado e tratado tal como eu era. Sem conseguir livrar a mo dele, novamente o peguei pelo pescoo e dessa vez com uma empunhadura medonha que logo o fez afrouxar a mo. Tibeats ficou enfraquecido e desmobilizado. Seu rosto, que estivera branco de paixo, estava agora preto de asfixia. Aqueles olhos midos de serpente que exalavam tanto veneno estavam agora cheios de horror duas rbitas brancas precipitando-se para fora. Havia um demnio espreita em meu corao que me instava a matar o maldito co naquele instante a manter a presso em seu odioso pescoo at que o sopro de vida se fosse! No ousava assassin-lo, mas no ousava deix-lo viver. Se eu o matasse, minha vida teria de pagar pelo crime se ele vivesse, apenas minha vida satisfaria sua sede de vingana. Uma voz l dentro me dizia para fugir. Ser um andarilho nos pntanos, um fugitivo e um vagabundo sobre a Terra, era prefervel vida que eu estava levando. (Doze anos de escravido, 2014.) Indique os termos que exercem a funo de sujeito nas oraes que constituem os versos 24 e 29 do poema de Luiz Gama e o que h de comum nesses versos no que se refere posio que ocupam em relao aos respectivos predicados.

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2015Português

(UNESP - 2015 - 2 FASE) No cemitrio de S. Benedito Em lgubre recinto escuro e frio, Onde reina o silncio aos mortos dado, Entre quatro paredes descoradas, Que o caprichoso luxo no adorna, 5 Jaz da terra coberto humano corpo, que escravo sucumbiu, livre nascendo! Das hrridas cadeias desprendido, Que s forjam sacrlegos tiranos, Dorme o sono feliz da eternidade. 10 No cercam a morada lutuosa Os salgueiros, os fnebres ciprestes, Nem lhe guarda os umbrais da sepultura Pesada laje de espartano mrmore, Somente levantado em quadro negro 15 Epitfio se l, que impe silncio! Descansam neste lar caliginoso1 O msero cativo, o desgraado!... Aqui no vem rasteira a vil lisonja Os feitos decantar da tirania, 20 Nem ofuscando a luz da s verdade Eleva o crime, perpetua a infmia. Aqui no se ergue altar ou trono douro Ao torpe mercador de carne humana. Aqui se curva o filho respeitoso 25 Ante a lousa materna, e o pranto em fio Cai-lhe dos olhos revelando mudo A histria do passado. Aqui nas sombras Da funda escurido do horror eterno, Dos braos de uma cruz pende o mistrio, 30 Faz-se o cetro2 bordo3, andrajo a tnica, Mendigo o rei, o potentado4 escravo! (Primeiras trovas burlescas e outros poemas, 2000.) 1 caliginoso: muito escuro, tenebroso. 2 cetro: basto de comando usado pelos reis. 3 bordo: cajado grosso usado como apoio ao caminhar. 4 potentado: pessoa muito rica e poderosa. Doze anos de escravido Houvera momentos em minha infeliz vida, muitos, em que o vislumbre da morte como o fim de sofrimentos terrenos do tmulo como um local de descanso para um corpo cansado e alquebrado tinha sido agradvel de imaginar. Mas tal contemplao desaparece na hora do perigo. Nenhum homem, em posse de suas foras, consegue ficar imperturbvel na presena do rei dos horrores. A vida cara a qualquer coisa viva; o verme rastejante lutar por ela. Naquele momento, era cara para mim, escravizado e tratado tal como eu era. Sem conseguir livrar a mo dele, novamente o peguei pelo pescoo e dessa vez com uma empunhadura medonha que logo o fez afrouxar a mo. Tibeats ficou enfraquecido e desmobilizado. Seu rosto, que estivera branco de paixo, estava agora preto de asfixia. Aqueles olhos midos de serpente que exalavam tanto veneno estavam agora cheios de horror duas rbitas brancas precipitando-se para fora. Havia um demnio espreita em meu corao que me instava a matar o maldito co naquele instante a manter a presso em seu odioso pescoo at que o sopro de vida se fosse! No ousava assassin-lo, mas no ousava deix-lo viver. Se eu o matasse, minha vida teria de pagar pelo crime se ele vivesse, apenas minha vida satisfaria sua sede de vingana. Uma voz l dentro me dizia para fugir. Ser um andarilho nos pntanos, um fugitivo e um vagabundo sobre a Terra, era prefervel vida que eu estava levando. (Doze anos de escravido, 2014.) Tanto no poema de Luiz Gama quanto no excerto de Solomon Northup se verifica uma mesma concepo de morte para os escravos. Explique essa concepo comum aos dois textos e, a seguir, transcreva um verso da primeira estrofe do poema e a frase do primeiro pargrafo do excerto que expressam essa concepo.