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Questões de Português - UNESP | Gabarito e resoluções

Questão 6
2014Português

(UNESP - 2014/2 - 1a fase) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: A(s) questo(es) a seguir focaliza(m) uma passagem de um artigo de Jos Francisco Botelho e uma das ilustraes de Carlo Giovani a esse artigo. Compaixo Considerada a maior de todas as virtudes por religies como o budismo e o hindusmo, a compaixo a capacidade humana de compartilhar (ou experimentar de forma parcial) os sentimentos alheios principalmente o sofrimento. Mas a onipresena da misria humana faz da compaixo uma virtude potencialmente paralisante. Afogados na enchente das dores alheias, podemos facilmente cair no desespero e na inao. Por isso, a piedade tem uma reputao conturbada na histria do pensamento: se alguns a apontaram como o alicerce da tica e da moral, outros viram nela uma armadilha, um mero acrscimo de tristeza a um Universo j suficientemente amargo. Porm, vale lembrar que as virtudes, para funcionarem, devem se encaixar umas s outras: quando aliado temperana, o sentimento de comiserao pelas dores do mundo pode ser um dos caminhos que nos afastam da cratera de Averno*. Dosando com prudncia uma compaixo potencialmente infinita, possvel sentirmos de forma mais intensa a felicidade, a nossa e a dos outros como algum que se delicia com um gole de gua fresca, lembrando-se do deserto que arde l fora. Isso tudo pode parecer estranho, mas o fato que a denncia da compaixo segue um raciocnio bastante rigoroso. O sofrimento e todos concordam algo ruim. A compaixo multiplica o sofrimento do mundo, fazendo com que a dor de uma criatura seja sentida tambm por outra. E o que pior: ao passar a infelicidade adiante, ela no corrige, nem remedia, nem alivia a dor original. Como essa infiltrao universal da tristeza poderia ser uma virtude? No sculo 1 a.C., Ccero escreveu: Por que sentir piedade, se em vez disso podemos simplesmente ajudar os sofredores? Devemos ser justos e caridosos, mas sem sofrer o que os outros sofrem. * Os romanos consideravam a cratera vulcnica de Averno, situada perto de Npoles, como entrada para o mundo inferior, o mundo dos mortos, governado por Pluto. Por meio da expresso onipresena da misria humana, o autor do artigo salienta que

Questão 6
2014Português

(UNESP - 2014 - 1 FASE) A questo tomam por base uma passagem do artigoOs operrios da msica livre, de Ronaldo Evangelista. Desde o final do sculo 20, toda a engrenagem industrial do mercado musical passa por intensas transformaes, como o surgimento e disseminao de novas tecnologias, em grande parte gratuitas, como os arquivos MP3s, as redes de compartilhamento destes arquivos, mecanismos torrents, sites de armazenamento de contedo, ferramentas de publicao on-line tudo disposio de quem quisesse dividir com os outros suas canes e discos favoritos. A era ps-industrial atingiu toda a indstria do entretenimento, mas o brao da msica foi quem mais sofreu, especialmente as grandes gravadoras multinacionais, as chamadas majors, que sofreram um declnio em todas as etapas de seu antigo negcio, ao mesmo tempo em que rapidamente se aperfeioavam ferramentas baratas e caseiras de produo que diminuam a distncia entre amadores e profissionais. A era digital tambm chamada de ps-industrial porque confronta o modelo de produo que dominava at o final do sculo 20. Esse modelo industrial baseado na repetio, em formatar e embalar. Por trs disso, a ideia obter a mxima produo o que, para produtos em geral, funciona muito bem. Quando esses parmetros so aplicados arte, a venda do produto (por exemplo, o disco) depende do contedo (a cano). A cano que vai resultar nessa produo mxima buscada por meio de um equilbrio entre criatividade e uma frmula de sucesso que desperte o interesse do pblico. Como estudos ainda no conseguiram decifrar como direcionar a criatividade de uma maneira que certamente despertar esse interesse (e maximizar a produo), a opo normalmente costuma ser pela soluo mais simples. Cada um tem descoberto suas frmulas e possibilidades, pois tudo tende a ser cada vez menos homogneo, opina o baiano Lucas Santtana, que realizou seus discos recentes s prprias custas.Claro que ainda existe uma distncia em relao aos artistas chamados mainstream, continua. Mas voc muda o tamanho da escala e j est tudo igual em termos de business. A pergunta se essa gerao faz uma msica para esse grande mercado ou se ela est formando um novo pblico. Outra pergunta se o grande mercado na verdade no passa de uma imposio de uma mfia que dita o que vai ser popular. (Galileu, maro de 2013. Adaptado.) Segundo o autor, desde o final do sculo 20, as novas tecnologias e softwares voltados para a msica beneficiaram

Questão 7
2014Português

(UNESP - 2014/2 - 1a fase) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: A(s) questo(es) a seguir focaliza(m) uma passagem de um artigo de Jos Francisco Botelho e uma das ilustraes de Carlo Giovani a esse artigo. Compaixo Considerada a maior de todas as virtudes por religies como o budismo e o hindusmo, a compaixo a capacidade humana de compartilhar (ou experimentar de forma parcial) os sentimentos alheios principalmente o sofrimento. Mas a onipresena da misria humana faz da compaixo uma virtude potencialmente paralisante. Afogados na enchente das dores alheias, podemos facilmente cair no desespero e na inao. Por isso, a piedade tem uma reputao conturbada na histria do pensamento: se alguns a apontaram como o alicerce da tica e da moral, outros viram nela uma armadilha, um mero acrscimo de tristeza a um Universo j suficientemente amargo. Porm, vale lembrar que as virtudes, para funcionarem, devem se encaixar umas s outras: quando aliado temperana, o sentimento de comiserao pelas dores do mundo pode ser um dos caminhos que nos afastam da cratera de Averno*. Dosando com prudncia uma compaixo potencialmente infinita, possvel sentirmos de forma mais intensa a felicidade, a nossa e a dos outros como algum que se delicia com um gole de gua fresca, lembrando-se do deserto que arde l fora. Isso tudo pode parecer estranho, mas o fato que a denncia da compaixo segue um raciocnio bastante rigoroso. O sofrimento e todos concordam algo ruim. A compaixo multiplica o sofrimento do mundo, fazendo com que a dor de uma criatura seja sentida tambm por outra. E o que pior: ao passar a infelicidade adiante, ela no corrige, nem remedia, nem alivia a dor original. Como essa infiltrao universal da tristeza poderia ser uma virtude? No sculo 1 a.C., Ccero escreveu: Por que sentir piedade, se em vez disso podemos simplesmente ajudar os sofredores? Devemos ser justos e caridosos, mas sem sofrer o que os outros sofrem. * Os romanos consideravam a cratera vulcnica de Averno, situada perto de Npoles, como entrada para o mundo inferior, o mundo dos mortos, governado por Pluto. Por que sentir piedade, se em vez disso podemos simplesmente ajudar os sofredores? Devemos ser justos e caridosos, mas sem sofrer o que os outros sofrem. A argumentao de Ccero sugere que

Questão 7
2014PortuguêsInglês

(UNESP - 2014 - 1 FASE) A questo toma por base uma passagem do artigoOs operrios da msica livre, de Ronaldo Evangelista. Desde o final do sculo 20, toda a engrenagem industrial do mercado musical passa por intensas transformaes, como o surgimento e disseminao de novas tecnologias, em grande parte gratuitas, como os arquivos MP3s, as redes de compartilhamento destes arquivos, mecanismos torrents, sites de armazenamento de contedo, ferramentas de publicao on-line tudo disposio de quem quisesse dividir com os outros suas canes e discos favoritos. A era ps-industrial atingiu toda a indstria do entretenimento, mas o brao da msica foi quem mais sofreu, especialmente as grandes gravadoras multinacionais, as chamadas majors, que sofreram um declnio em todas as etapas de seu antigo negcio, ao mesmo tempo em que rapidamente se aperfeioavam ferramentas baratas e caseiras de produo que diminuam a distncia entre amadores e profissionais. A era digital tambm chamada de ps-industrial porque confronta o modelo de produo que dominava at o final do sculo 20. Esse modelo industrial baseado na repetio, em formatar e embalar. Por trs disso, a ideia obter a mxima produo o que, para produtos em geral, funciona muito bem. Quando esses parmetros so aplicados arte, a venda do produto (por exemplo, o disco) depende do contedo (a cano). A cano que vai resultar nessa produo mxima buscada por meio de um equilbrio entre criatividade e uma frmula de sucesso que desperte o interesse do pblico. Como estudos ainda no conseguiram decifrar como direcionar a criatividade de uma maneira que certamente despertar esse interesse (e maximizar a produo), a opo normalmente costuma ser pela soluo mais simples. Cada um tem descoberto suas frmulas e possibilidades, pois tudo tende a ser cada vez menos homogneo, opina o baiano Lucas Santtana, que realizou seus discos recentes s prprias custas.Claro que ainda existe uma distncia em relao aos artistas chamados mainstream, continua. Mas voc muda o tamanho da escala e j est tudo igual em termos de business. A pergunta se essa gerao faz uma msica para esse grande mercado ou se ela est formando um novo pblico. Outra pergunta se o grande mercado na verdade no passa de uma imposio de uma mfia que dita o que vai ser popular. (Galileu, maro de 2013. Adaptado.) Numerosas palavras da lngua inglesa so adotadas no mundo todo em jornais, revistas e livros especializados, por terem sido incorporadas aos vocabulrios da indstria, do comrcio, da tecnologia e de muitas outras atividades. Levando em considerao o contexto do artigo, assinale a alternativa em que a palavra da lngua inglesa empregada para designar algo ou algum que caiu no gosto do pblico, com vasta disseminao pela mdia:

Questão 8
2014Português

(UNESP - 2014 - 1 FASE) A questo tomam por base uma passagem do artigoOs operrios da msica livre, de Ronaldo Evangelista. Desde o final do sculo 20, toda a engrenagem industrial do mercado musical passa por intensas transformaes, como o surgimento e disseminao de novas tecnologias, em grande parte gratuitas, como os arquivos MP3s, as redes de compartilhamento destes arquivos, mecanismos torrents, sites de armazenamento de contedo, ferramentas de publicao on-line tudo disposio de quem quisesse dividir com os outros suas canes e discos favoritos. A era ps-industrial atingiu toda a indstria do entretenimento, mas o brao da msica foi quem mais sofreu, especialmente as grandes gravadoras multinacionais, as chamadas majors, que sofreram um declnio em todas as etapas de seu antigo negcio, ao mesmo tempo em que rapidamente se aperfeioavam ferramentas baratas e caseiras de produo que diminuam a distncia entre amadores e profissionais. A era digital tambm chamada de ps-industrial porque confronta o modelo de produo que dominava at o final do sculo 20. Esse modelo industrial baseado na repetio, em formatar e embalar. Por trs disso, a ideia obter a mxima produo o que, para produtos em geral, funciona muito bem. Quando esses parmetros so aplicados arte, a venda do produto (por exemplo, o disco) depende do contedo (a cano). A cano que vai resultar nessa produo mxima buscada por meio de um equilbrio entre criatividade e uma frmula de sucesso que desperte o interesse do pblico. Como estudos ainda no conseguiram decifrar como direcionar a criatividade de uma maneira que certamente despertar esse interesse (e maximizar a produo), a opo normalmente costuma ser pela soluo mais simples. Cada um tem descoberto suas frmulas e possibilidades, pois tudo tende a ser cada vez menos homogneo, opina o baiano Lucas Santtana, que realizou seus discos recentes s prprias custas.Claro que ainda existe uma distncia em relao aos artistas chamados mainstream, continua. Mas voc muda o tamanho da escala e j est tudo igual em termos de business. A pergunta se essa gerao faz uma msica para esse grande mercado ou se ela est formando um novo pblico. Outra pergunta se o grande mercado na verdade no passa de uma imposio de uma mfia que dita o que vai ser popular. (Galileu, maro de 2013. Adaptado.) No primeiro pargrafo, o termo tudo, por sua relao sinttica e semntica com a sequncia que o precede, representa

Questão 8
2014Português

(UNESP - 2014/2 - 1a fase) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: A(s) questo(es) a seguir focaliza(m) uma passagem de um artigo de Jos Francisco Botelho e uma das ilustraes de Carlo Giovani a esse artigo. Compaixo Considerada a maior de todas as virtudes por religies como o budismo e o hindusmo, a compaixo a capacidade humana de compartilhar (ou experimentar de forma parcial) os sentimentos alheios principalmente o sofrimento. Mas a onipresena da misria humana faz da compaixo uma virtude potencialmente paralisante. Afogados na enchente das dores alheias, podemos facilmente cair no desespero e na inao. Por isso, a piedade tem uma reputao conturbada na histria do pensamento: se alguns a apontaram como o alicerce da tica e da moral, outros viram nela uma armadilha, um mero acrscimo de tristeza a um Universo j suficientemente amargo. Porm, vale lembrar que as virtudes, para funcionarem, devem se encaixar umas s outras: quando aliado temperana, o sentimento de comiserao pelas dores do mundo pode ser um dos caminhos que nos afastam da cratera de Averno*. Dosando com prudncia uma compaixo potencialmente infinita, possvel sentirmos de forma mais intensa a felicidade, a nossa e a dos outros como algum que se delicia com um gole de gua fresca, lembrando-se do deserto que arde l fora. Isso tudo pode parecer estranho, mas o fato que a denncia da compaixo segue um raciocnio bastante rigoroso. O sofrimento e todos concordam algo ruim. A compaixo multiplica o sofrimento do mundo, fazendo com que a dor de uma criatura seja sentida tambm por outra. E o que pior: ao passar a infelicidade adiante, ela no corrige, nem remedia, nem alivia a dor original. Como essa infiltrao universal da tristeza poderia ser uma virtude? No sculo 1 a.C., Ccero escreveu: Por que sentir piedade, se em vez disso podemos simplesmente ajudar os sofredores? Devemos ser justos e caridosos, mas sem sofrer o que os outros sofrem. * Os romanos consideravam a cratera vulcnica de Averno, situada perto de Npoles, como entrada para o mundo inferior, o mundo dos mortos, governado por Pluto. Na ilustrao apresentada logo aps o texto, os elementos visuais postos em arranjo representam

Questão 9
2014Português

(UNESP - 2014 - 1 FASE) A questo tomam por base uma passagem do artigoOs operrios da msica livre, de Ronaldo Evangelista. Desde o final do sculo 20, toda a engrenagem industrial do mercado musical passa por intensas transformaes, como o surgimento e disseminao de novas tecnologias, em grande parte gratuitas, como os arquivos MP3s, as redes de compartilhamento destes arquivos, mecanismos torrents, sites de armazenamento de contedo, ferramentas de publicao on-line tudo disposio de quem quisesse dividir com os outros suas canes e discos favoritos. A era ps-industrial atingiu toda a indstria do entretenimento, mas o brao da msica foi quem mais sofreu, especialmente as grandes gravadoras multinacionais, as chamadas majors, que sofreram um declnio em todas as etapas de seu antigo negcio, ao mesmo tempo em que rapidamente se aperfeioavam ferramentas baratas e caseiras de produo que diminuam a distncia entre amadores e profissionais. A era digital tambm chamada de ps-industrial porque confronta o modelo de produo que dominava at o final do sculo 20. Esse modelo industrial baseado na repetio, em formatar e embalar. Por trs disso, a ideia obter a mxima produo o que, para produtos em geral, funciona muito bem. Quando esses parmetros so aplicados arte, a venda do produto (por exemplo, o disco) depende do contedo (a cano). A cano que vai resultar nessa produo mxima buscada por meio de um equilbrio entre criatividade e uma frmula de sucesso que desperte o interesse do pblico. Como estudos ainda no conseguiram decifrar como direcionar a criatividade de uma maneira que certamente despertar esse interesse (e maximizar a produo), a opo normalmente costuma ser pela soluo mais simples. Cada um tem descoberto suas frmulas e possibilidades, pois tudo tende a ser cada vez menos homogneo, opina o baiano Lucas Santtana, que realizou seus discos recentes s prprias custas.Claro que ainda existe uma distncia em relao aos artistas chamados mainstream, continua. Mas voc muda o tamanho da escala e j est tudo igual em termos de business. A pergunta se essa gerao faz uma msica para esse grande mercado ou se ela est formando um novo pblico. Outra pergunta se o grande mercado na verdade no passa de uma imposio de uma mfia que dita o que vai ser popular. (Galileu, maro de 2013. Adaptado.) Em seu depoimento no artigo, o msico Lucas Santtana sugere que o grande mercado talvez no passe da imposio de uma mfia. O termo mfia, nesse caso, foi empregado no sentido de

Questão 9
2014Português

(UNESP - 2014/2 - 1a fase) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: A(s) questo(es) a seguir focaliza(m) uma passagem de um artigo de Jos Francisco Botelho e uma das ilustraes de Carlo Giovani a esse artigo. Compaixo Considerada a maior de todas as virtudes por religies como o budismo e o hindusmo, a compaixo a capacidade humana de compartilhar (ou experimentar de forma parcial) os sentimentos alheios principalmente o sofrimento. Mas a onipresena da misria humana faz da compaixo uma virtude potencialmente paralisante. Afogados na enchente das dores alheias, podemos facilmente cair no desespero e na inao. Por isso, a piedade tem uma reputao conturbada na histria do pensamento: se alguns a apontaram como o alicerce da tica e da moral, outros viram nela uma armadilha, um mero acrscimo de tristeza a um Universo j suficientemente amargo. Porm, vale lembrar que as virtudes, para funcionarem, devem se encaixar umas s outras: quando aliado temperana, o sentimento de comiserao pelas dores do mundo pode ser um dos caminhos que nos afastam da cratera de Averno*. Dosando com prudncia uma compaixo potencialmente infinita, possvel sentirmos de forma mais intensa a felicidade, a nossa e a dos outros como algum que se delicia com um gole de gua fresca, lembrando-se do deserto que arde l fora. Isso tudo pode parecer estranho, mas o fato que a denncia da compaixo segue um raciocnio bastante rigoroso. O sofrimento e todos concordam algo ruim. A compaixo multiplica o sofrimento do mundo, fazendo com que a dor de uma criatura seja sentida tambm por outra. E o que pior: ao passar a infelicidade adiante, ela no corrige, nem remedia, nem alivia a dor original. Como essa infiltrao universal da tristeza poderia ser uma virtude? No sculo 1 a.C., Ccero escreveu: Por que sentir piedade, se em vez disso podemos simplesmente ajudar os sofredores? Devemos ser justos e caridosos, mas sem sofrer o que os outros sofrem. * Os romanos consideravam a cratera vulcnica de Averno, situada perto de Npoles, como entrada para o mundo inferior, o mundo dos mortos, governado por Pluto. Assinale a alternativa que contm trs vocbulos usados como sinnimos ao longo do fragmento

Questão 10
2014Português

(UNESP - 2014/2 - 1a fase) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: A(s) questo(es) a seguir focaliza(m) uma passagem de um artigo de Jos Francisco Botelho e uma das ilustraes de Carlo Giovani a esse artigo. Compaixo Considerada a maior de todas as virtudes por religies como o budismo e o hindusmo, a compaixo a capacidade humana de compartilhar (ou experimentar de forma parcial) os sentimentos alheios principalmente o sofrimento. Mas a onipresena da misria humana faz da compaixo uma virtude potencialmente paralisante. Afogados na enchente das dores alheias, podemos facilmente cair no desespero e na inao. Por isso, a piedade tem uma reputao conturbada na histria do pensamento: se alguns a apontaram como o alicerce da tica e da moral, outros viram nela uma armadilha, um mero acrscimo de tristeza a um Universo j suficientemente amargo. Porm, vale lembrar que as virtudes, para funcionarem, devem se encaixar umas s outras: quando aliado temperana, o sentimento de comiserao pelas dores do mundo pode ser um dos caminhos que nos afastam da cratera de Averno*. Dosando com prudncia uma compaixo potencialmente infinita, possvel sentirmos de forma mais intensa a felicidade, a nossa e a dos outros como algum que se delicia com um gole de gua fresca, lembrando-se do deserto que arde l fora. Isso tudo pode parecer estranho, mas o fato que a denncia da compaixo segue um raciocnio bastante rigoroso. O sofrimento e todos concordam algo ruim. A compaixo multiplica o sofrimento do mundo, fazendo com que a dor de uma criatura seja sentida tambm por outra. E o que pior: ao passar a infelicidade adiante, ela no corrige, nem remedia, nem alivia a dor original. Como essa infiltrao universal da tristeza poderia ser uma virtude? No sculo 1 a.C., Ccero escreveu: Por que sentir piedade, se em vez disso podemos simplesmente ajudar os sofredores? Devemos ser justos e caridosos, mas sem sofrer o que os outros sofrem. * Os romanos consideravam a cratera vulcnica de Averno, situada perto de Npoles, como entrada para o mundo inferior, o mundo dos mortos, governado por Pluto. Devido a um problema de reviso, aparece no artigo uma forma verbal em desacordo com a chamada norma-padro. Trata-se do emprego equivocado de

Questão 10
2014Português

(UNESP - 2014 - 1 FASE) A questo tomam por base uma passagem do artigoOs operrios da msica livre, de Ronaldo Evangelista. Desde o final do sculo 20, toda a engrenagem industrial do mercado musical passa por intensas transformaes, como o surgimento e disseminao de novas tecnologias, em grande parte gratuitas, como os arquivos MP3s, as redes de compartilhamento destes arquivos, mecanismos torrents, sites de armazenamento de contedo, ferramentas de publicao on-line tudo disposio de quem quisesse dividir com os outros suas canes e discos favoritos. A era ps-industrial atingiu toda a indstria do entretenimento, mas o brao da msica foi quem mais sofreu, especialmente as grandes gravadoras multinacionais, as chamadas majors, que sofreram um declnio em todas as etapas de seu antigo negcio, ao mesmo tempo em que rapidamente se aperfeioavam ferramentas baratas e caseiras de produo que diminuam a distncia entre amadores e profissionais. A era digital tambm chamada de ps-industrial porque confronta o modelo de produo que dominava at o final do sculo 20. Esse modelo industrial baseado na repetio, em formatar e embalar. Por trs disso, a ideia obter a mxima produo o que, para produtos em geral, funciona muito bem. Quando esses parmetros so aplicados arte, a venda do produto (por exemplo, o disco) depende do contedo (a cano). A cano que vai resultar nessa produo mxima buscada por meio de um equilbrio entre criatividade e uma frmula de sucesso que desperte o interesse do pblico. Como estudos ainda no conseguiram decifrar como direcionar a criatividade de uma maneira que certamente despertar esse interesse (e maximizar a produo), a opo normalmente costuma ser pela soluo mais simples. Cada um tem descoberto suas frmulas e possibilidades, pois tudo tende a ser cada vez menos homogneo, opina o baiano Lucas Santtana, que realizou seus discos recentes s prprias custas.Claro que ainda existe uma distncia em relao aos artistas chamados mainstream, continua. Mas voc muda o tamanho da escala e j est tudo igual em termos de business. A pergunta se essa gerao faz uma msica para esse grande mercado ou se ela est formando um novo pblico. Outra pergunta se o grande mercado na verdade no passa de uma imposio de uma mfia que dita o que vai ser popular. (Galileu, maro de 2013. Adaptado.) Como estudos ainda no conseguiram decifrar como direcionar a criatividade de uma maneira que certamente despertar esse interesse (e maximizar a produo), a opo normalmente costuma ser pela soluo mais simples. O perodo em destaque apresenta muitos ecos (coincidncias de sons de finais de palavras). Uma das formas de evit-los e tornar a sequncia mais fluente seria colocar conduzir, tal, quantidade produzida em lugar de, respectivamente, tal, quantidade produzida em lugar de, respectivamente,

Questão 11
2014Português

(UNESP - 2014 - 1 FASE) Para responder questo, leia o fragmento de um texto publicado em 1867 no seminrioCabrio. So Paulo, 10 de maro de 1867. Estamos em plena quaresma. A populao paulista azafama-se a preparar-se para a lavagem geral das conscincias nas guas lustrais do confessionrio e do jejum. A cambuquira* e o bacalhau afidalgam-se no mercado. A carne, msera condenada pelos santos conclios, fica reduzida aos pouqussimos dentes acatlicos da populao, e desce quase a zero na pauta dos preos. O que no sobe nem desce na escala dos fatos normais a vilania, a usura, o egosmo, a estatstica dos crimes e o monto de fatos vergonhosos, perversos, ruins e feios que precedem todas as contries oficiais do confessionrio, e que depois delas continuam com imperturbvel regularidade. o caso de desejar-se mais obras e menos palavras. E se no, de que que serve o jejum, as maceraes, o arrependimento, a contrio e quejandas religiosidades? O que a religio sem o aperfeioamento moral da conscincia? O que vale a perturbao das funes gastronmicas do estmago sem conscincia livre, ilustrada, honesta e virtuosa? Seja como for, o fato que a quaresma toma as rdeas do governo social, e tudo entristece, e tudo esfria com o exerccio de seus msticos preceitos de silncio e meditao. De que que vale a meditao por ofcio, a meditao hipcrita e obrigada, que consiste unicamente na aparncia? Pois o que que constitui a virtude? a forma ou o fundo? a inteno do ato, ou sua feio ostensiva? Neste sentido, aconselhamos aos bons leitores que comutem sem o menor escrpulo os jejuns, as confisses e rezas em boas e santas aes, em esmolas aos pobres. (ngelo Agostini, Amrico de Campos e Antnio Manoel dos Reis. Cabrio, 10.03.1867. Adaptado.) * Iguaria constituda de brotos de abbora guisados, geralmente servida como acompanhamento de assados. Pelo seu tema e desenvolvimento argumentativo, o texto pode ser classificado como

Questão 11
2014Português

(UNESP - 2014/2 - 1a fase) Para responder questo, leia o fragmento de um romance de rico Verssimo (1905-1975) O defunto dominava a casa com a sua presena enorme. Anoitecia, e os homens que cercavam o morto ali na sala ainda no se haviam habituado ao seu silncio espesso. Fazia um calor opressivo. Do quarto contguo vinham soluos sem choro. Pareciam pedaos arrancados dum grito de dor nico e descomunal, davam uma impresso de dilaceramento, de agonia sincopada. As velas ardiam e o cheiro da cera derretida se casava com o perfume adocicado das flores que cobriam o caixo. A mistura enjoativa inundava o ar como uma emanao mesma do defunto, entrava pelas narinas dos vivos e lhes dava a sensao desconfortante duma comunho com a morte. O velho calvo que estava a um canto da sala, voltou a cabea para o militar a seu lado e cochichou: Est fazendo falta aqui o Tico, capito. O oficial ainda no conhecia o Tico. Era novo na cidade. Ento o velho explicou. O Tico era um sujeito que sabia animar os velrios, contava histrias, tinha um jeito especial de levar a conversa, deixando todo o mundo vontade. Sem o Tico era o diabo... Por onde andaria aquela alma? Entrou um homem magro, alto, de preto. Cumprimentou com um aceno discreto de cabea, caminhou devagarinho at o cadver e ergueu o leno branco que lhe cobria o rosto. Por alguns segundos fitou na cara morta os olhos tristes. Depois deixou cair o leno, afastou-se enxugando as lgrimas com as costas das mos e entrou no quarto vizinho. O velho calvo suspirou. Pouca gente... O militar passou o leno pela testa suada. Muito pouca. E o calor est brabo. E ainda cedo. O capito tirou o relgio: faltava um quarto para as oito. (Um lugar ao sol, 1978.) A descrio do velrio sugere

Questão 12
2014Português

(UNESP - 2014 - 1 FASE) Para responder questo, leia o fragmento de um texto publicado em 1867 no seminrioCabrio. So Paulo, 10 de maro de 1867. Estamos em plena quaresma. A populao paulista azafama-se a preparar-se para a lavagem geral das conscincias nas guas lustrais do confessionrio e do jejum. A cambuquira* e o bacalhau afidalgam-se no mercado. A carne, msera condenada pelos santos conclios, fica reduzida aos pouqussimos dentes acatlicos da populao, e desce quase a zero na pauta dos preos. O que no sobe nem desce na escala dos fatos normais a vilania, a usura, o egosmo, a estatstica dos crimes e o monto de fatos vergonhosos, perversos, ruins e feios que precedem todas as contries oficiais do confessionrio, e que depois delas continuam com imperturbvel regularidade. o caso de desejar-se mais obras e menos palavras. E se no, de que que serve o jejum, as maceraes, o arrependimento, a contrio e quejandas religiosidades? O que a religio sem o aperfeioamento moral da conscincia? O que vale a perturbao das funes gastronmicas do estmago sem conscincia livre, ilustrada, honesta e virtuosa? Seja como for, o fato que a quaresma toma as rdeas do governo social, e tudo entristece, e tudo esfria com o exerccio de seus msticos preceitos de silncio e meditao. De que que vale a meditao por ofcio, a meditao hipcrita e obrigada, que consiste unicamente na aparncia? Pois o que que constitui a virtude? a forma ou o fundo? a inteno do ato, ou sua feio ostensiva? Neste sentido, aconselhamos aos bons leitores que comutem sem o menor escrpulo os jejuns, as confisses e rezas em boas e santas aes, em esmolas aos pobres. (ngelo Agostini, Amrico de Campos e Antnio Manoel dos Reis. Cabrio, 10.03.1867. Adaptado.) * Iguaria constituda de brotos de abbora guisados, geralmente servida como acompanhamento de assados. A cambuquira e o bacalhau afidalgam-se no mercado. Ao empregar o verbo afidalgar-se (tornar-se fidalgo, enobrecer; assumir ares de fidalgo, tornar-se distinto), os autores do texto sugerem, com bom humor, que a cambuquira e o bacalhau

Questão 12
2014Português

(UNESP - 2014/2 - 1a fase) Para responder questo, leia o fragmento de um romance de rico Verssimo (1905-1975) O defunto dominava a casa com a sua presena enorme. Anoitecia, e os homens que cercavam o morto ali na sala ainda no se haviam habituado ao seu silncio espesso. Fazia um calor opressivo. Do quarto contguo vinham soluos sem choro. Pareciam pedaos arrancados dum grito de dor nico e descomunal, davam uma impresso de dilaceramento, de agonia sincopada. As velas ardiam e o cheiro da cera derretida se casava com o perfume adocicado das flores que cobriam o caixo. A mistura enjoativa inundava o ar como uma emanao mesma do defunto, entrava pelas narinas dos vivos e lhes dava a sensao desconfortante duma comunho com a morte. O velho calvo que estava a um canto da sala, voltou a cabea para o militar a seu lado e cochichou: Est fazendo falta aqui o Tico, capito. O oficial ainda no conhecia o Tico. Era novo na cidade. Ento o velho explicou. O Tico era um sujeito que sabia animar os velrios, contava histrias, tinha um jeito especial de levar a conversa, deixando todo o mundo vontade. Sem o Tico era o diabo... Por onde andaria aquela alma? Entrou um homem magro, alto, de preto. Cumprimentou com um aceno discreto de cabea, caminhou devagarinho at o cadver e ergueu o leno branco que lhe cobria o rosto. Por alguns segundos fitou na cara morta os olhos tristes. Depois deixou cair o leno, afastou-se enxugando as lgrimas com as costas das mos e entrou no quarto vizinho. O velho calvo suspirou. Pouca gente... O militar passou o leno pela testa suada. Muito pouca. E o calor est brabo. E ainda cedo. O capito tirou o relgio: faltava um quarto para as oito. (Um lugar ao sol, 1978.) A fora expressiva da locuo silncio espesso resulta do fato de o substantivo e o adjetivo

Questão 13
2014Português

(UNESP - 2014 - 1 FASE) Para responder questo, leia o fragmento de um texto publicado em 1867 no seminrioCabrio. So Paulo, 10 de maro de 1867. Estamos em plena quaresma. A populao paulista azafama-se a preparar-se para a lavagem geral das conscincias nas guas lustrais do confessionrio e do jejum. A cambuquira* e o bacalhau afidalgam-se no mercado. A carne, msera condenada pelos santos conclios, fica reduzida aos pouqussimos dentes acatlicos da populao, e desce quase a zero na pauta dos preos. O que no sobe nem desce na escala dos fatos normais a vilania, a usura, o egosmo, a estatstica dos crimes e o monto de fatos vergonhosos, perversos, ruins e feios que precedem todas as contries oficiais do confessionrio, e que depois delas continuam com imperturbvel regularidade. o caso de desejar-se mais obras e menos palavras. E se no, de que que serve o jejum, as maceraes, o arrependimento, a contrio e quejandas religiosidades? O que a religio sem o aperfeioamento moral da conscincia? O que vale a perturbao das funes gastronmicas do estmago sem conscincia livre, ilustrada, honesta e virtuosa? Seja como for, o fato que a quaresma toma as rdeas do governo social, e tudo entristece, e tudo esfria com o exerccio de seus msticos preceitos de silncio e meditao. De que que vale a meditao por ofcio, a meditao hipcrita e obrigada, que consiste unicamente na aparncia? Pois o que que constitui a virtude? a forma ou o fundo? a inteno do ato, ou sua feio ostensiva? Neste sentido, aconselhamos aos bons leitores que comutem sem o menor escrpulo os jejuns, as confisses e rezas em boas e santas aes, em esmolas aos pobres. (ngelo Agostini, Amrico de Campos e Antnio Manoel dos Reis. Cabrio, 10.03.1867. Adaptado.) * Iguaria constituda de brotos de abbora guisados, geralmente servida como acompanhamento de assados. [...] fica reduzida aos pouqussimos dentes acatlicos da populao. Na expresso dentes acatlicos, a palavra dentes empregada em lugar de pessoas, segundo uma relao semntica de