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Questões de Português - IME | Gabarito e resoluções

Questão 11
2014Português

(IME - 2014/2015 - 2 FASE) Texto 2 A MULHER QUE NO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA (Jeanna Bryner Dezembro de 2010) Voc gostaria de no sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo no tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que at ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no crebro humano. Os pesquisadores tentaram inmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reao de rejeio, aranhas e cobras, e uma srie de filme de terror apenas entreteram a paciente. A mulher tem uma doena rara chamada sndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amgdala. A amgdala uma estrutura em forma de amndoa situada no fundo do crebro. Nos ltimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na gerao de respostas de medo em diferentes animais. Agora, o estudo envolvendo essa paciente o primeiro a confirmar que essa regio do crebro responsvel pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse ps-traumtico (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteam a hiperatividade na amgdala podem curar pacientes com TEPT. Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela no conseguia reconhecer expresses faciais de medo, mas no se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vrios questionrios padronizados paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte at o medo de falar em pblico. Alm disso, durante trs meses ela carregou um dirio que informatizava sua emoo, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nvel de medo ao longo do dia. O dirio tambm indicava emoes que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuao mdia de medo foi de 0%, enquanto para outras emoes ela mostrou funcionamento normal. Em todos os cenrios, ela no mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razes para ela reagir com medo. Ela prpria contou que no gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, no sentiu medo. Alm disso, j lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violncia domstica, e em mais de uma ocasio foi explicitamente ameaada de morte. O que mais se sobressai que, em muitas destas situaes a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgncia. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situaes, respondeu que no sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu. Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela no tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amgdala, a mulher est imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse ps-traumtico. Mas h uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situaes ameaadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequncia com que ela enfrentou riscos. Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente muito raro, mas para entender melhor o fenmeno, seria timo estudar mais pessoas com a condio. Disponvel em:http://hypescience.com (texto adaptado de http://www.livescience.com). Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 4 AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ (Raphaela de Campos Mello Outubro de 2012) A cada passo dado voc sente que a felicidadeseafasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as prprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo. Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizaes. Isso se chama autossabotagem. So atitudes forjadas por uma parte de ns que no nos v como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitria. Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na vspera daquela importante reunio. Muitos desses comportamentos destrutivos esto quase fora do domnio da conscincia, afirma o psiclogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da AutoSabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller). A autonomia, a independncia e o sucesso so apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas no podero mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas, diz o autor. O filsofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundrios. H jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo ateno dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta, afirma. O problema que, ao fazermos isso, no nos desenvolvemos plenamente. Todo mundo busca a felicidade, a questo ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades, diz ele. Disponvel em: (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014 Nos textos 2 e 4, observam-se alguns termos se em destaque. A anlise desse termo foi feita de forma correta em:

Questão 12
2014Português

(IME - 2014/2015 - 2 FASE) Texto 1 O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA (Pedro Gabriel Maro de 2014) ─ Me, acho que tem um poema debaixo da minha cama! Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mos opressoras. E nem as mos da professora mais dcil conseguiam me acalmar. No compreendia uma palavra, uma metfora, uma rima pobre, rica ou rara. No entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer quilo. No conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreenso de um soneto; ela a to sagrada poesia no me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptasslabo. Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um mvel e ficar imvel at tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontnea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrou Pneumotrax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para no precisar declam-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e trs Trinta e trs Ter uma doena pequena, uma desculpa qualquer, um atestado mdico assinado pelo meu av que me deixasse em casa no a semana toda, mas s o tempo da aula. Depois, para a prova de francs, no tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em p de frente para o meu professor, eu queria que algum me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale at que a turma toda esquecesse a minha existncia. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca est seca at hoje. Minhas mos esto molhadas at agora. S eu sei o que suei por voc, querida Poesia. Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simptico da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou no lia nada. Talvez por no querer entend-la. Talvez por achar no merecla. E assim ficava merc da minha rebeldia. No queria aprender a contar slabas, queria ser verso livre. Tolo! At a liberdade exige teoria! Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia no nenhum decasslabo de sete cabeas. Que se ela o assusta porque ela o deseja. Que se ele sentemedo porque ele precisa dela. No h mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora est em voc. ─ Filho, acho que tem um poema por dentro de quem voc ama Disponvel em: . (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 2 A MULHER QUE NO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA (Jeanna Bryner Dezembro de 2010) Voc gostaria de no sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo no tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que at ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no crebro humano. Os pesquisadores tentaram inmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reao de rejeio, aranhas e cobras, e uma srie de filme de terror apenas entreteram a paciente. A mulher tem uma doena rara chamada sndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amgdala. A amgdala uma estrutura em forma de amndoa situada no fundo do crebro. Nos ltimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na gerao de respostas de medo em diferentes animais. Agora, o estudo envolvendo essa paciente o primeiro a confirmar que essa regio do crebro responsvel pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse ps-traumtico (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteam a hiperatividade na amgdala podem curar pacientes com TEPT. Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela no conseguia reconhecer expresses faciais de medo, mas no se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vrios questionrios padronizados paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte at o medo de falar em pblico. Alm disso, durante trs meses ela carregou um dirio que informatizava sua emoo, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nvel de medo ao longo do dia. O dirio tambm indicava emoes que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuao mdia de medo foi de 0%, enquanto para outras emoes ela mostrou funcionamento normal. Em todos os cenrios, ela no mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razes para ela reagir com medo. Ela prpria contou que no gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, no sentiu medo. Alm disso, j lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violncia domstica, e em mais de uma ocasio foi explicitamente ameaada de morte. O que mais se sobressai que, em muitas destas situaes a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgncia. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situaes, respondeu que no sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu. Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela no tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amgdala, a mulher est imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse ps-traumtico. Mas h uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situaes ameaadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequncia com que ela enfrentou riscos. Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente muito raro, mas para entender melhor o fenmeno, seria timo estudar mais pessoas com a condio. Disponvel em:http://hypescience.com (texto adaptado de http://www.livescience.com). Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 4 AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ (Raphaela de Campos Mello Outubro de 2012) A cada passo dado voc sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as prprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo. Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizaes. Isso se chama autossabotagem. So atitudes forjadas por uma parte de ns que no nos v como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitria. Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na vspera daquela importante reunio. Muitos desses comportamentos destrutivos esto quase fora do domnio da conscincia, afirma o psiclogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da AutoSabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller). A autonomia, a independncia e o sucesso so apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas no podero mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas, diz o autor. O filsofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundrios. H jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo ateno dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta, afirma. O problema que, ao fazermos isso, no nos desenvolvemos plenamente. Todo mundo busca a felicidade, a questo ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades, diz ele. Disponvel em: http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz. (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014 Assinale a alternativa em que o termo em destaque possui classificao sinttica diferente daquele destacado no trecho a seguir: Achava-me incapaz de pertencer quilo.(texto 1; 2 pargrafo)

Questão 13
2014Português

(IME- 2014/2015 - 2 FASE) Texto 1 O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA (Pedro Gabriel Maro de 2014) ─ Me, acho que tem um poema debaixo da minha cama! Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mos opressoras. E nem as mos da professora mais dcil conseguiam me acalmar. No compreendia uma palavra, uma metfora, uma rima pobre, rica ou rara. No entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer quilo. No conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreenso de um soneto; ela a to sagrada poesia no me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptasslabo. Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um mvel e ficar imvel at tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontnea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrou Pneumotrax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para no precisar declam-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e trs Trinta e trs Ter uma doena pequena, uma desculpa qualquer, um atestado mdico assinado pelo meu av que me deixasse em casa no a semana toda, mas s o tempo da aula. Depois, para a prova de francs, no tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em p de frente para o meu professor, eu queria que algum me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale at que a turma toda esquecesse a minha existncia. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca est seca at hoje. Minhas mos esto molhadas at agora. S eu sei o que suei por voc, querida Poesia. Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simptico da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou no lia nada. Talvez por no querer entend-la. Talvez por achar no merecla. E assim ficava merc da minha rebeldia. No queria aprender a contar slabas, queria ser verso livre. Tolo! At a liberdade exige teoria! Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia no nenhum decasslabo de sete cabeas. Que se ela o assusta porque ela o deseja. Que se ele sentemedo porque ele precisa dela. No h mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora est em voc. ─Filho, acho que tem um poema por dentro de quem voc ama Disponvel em: . (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 5 O QUASE (Sarah Westphal Batista da Silva) Ainda pior que a convico do no, e a incerteza do talvez, a desiluso de um quase. o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e no foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda est vivo, quem quase amou no amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idias que nunca sairo do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, s vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, no me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, est estampada na distncia e frieza dos sorrisos na frouxido dos abraos, na indiferena dos Bom Dia quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem at para ser feliz. A paixo queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas no so. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar no teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-ris em tons de cinza. O nada no ilumina, no inspira, no aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. No que f mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que no podem ser mudadas resta-nos somente pacincia, porm, preferir a derrota prvia dvida da vitria desperdiar a oportunidade de merecer. Pros erros h perdo; pros fracassos, chance; pros amores impossveis, tempo. De nada adianta cercar um corao vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim instantneo ou indolor no romance. No deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impea de tentar. Desconfie do destino e acredite em voc. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive j morreu. Disp. em: . Acesso em: 29 Abr 2014. Observe os trechos a seguir: Um romance cujo fim instantneo ou indolor no romance. (texto 5; 3 pargrafo) / ... diria-lhe que a poesia no nenhum decasslabo de sete cabeas. (texto 1; 6 pargrafo) Os pronomes em destaque desempenham, respectivamente, a funo de:

Questão 14
2014Português

(IME- 2014/2015 - 2 FASE) Texto 1 O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA (Pedro Gabriel Maro de 2014) ─ Me, acho que tem um poema debaixo da minha cama! Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mos opressoras. E nem as mos da professora mais dcil conseguiam me acalmar. No compreendia uma palavra, uma metfora, uma rima pobre, rica ou rara. No entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer quilo. No conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreenso de um soneto; ela a to sagrada poesia no me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptasslabo. Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um mvel e ficar imvel at tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontnea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrou Pneumotrax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para no precisar declam-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e trs Trinta e trs Ter uma doena pequena, uma desculpa qualquer, um atestado mdico assinado pelo meu av que me deixasse em casa no a semana toda, mas s o tempo da aula. Depois, para a prova de francs, no tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em p de frente para o meu professor, eu queria que algum me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale at que a turma toda esquecesse a minha existncia. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca est seca at hoje. Minhas mos esto molhadas at agora. S eu sei o que suei por voc, querida Poesia. Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simptico da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou no lia nada. Talvez por no querer entend-la. Talvez por achar no merecla. E assim ficava merc da minha rebeldia. No queria aprender a contar slabas, queria ser verso livre. Tolo! At a liberdade exige teoria! Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia no nenhum decasslabo de sete cabeas. Que se ela o assusta porque ela o deseja. Que se ele sentemedo porque ele precisa dela. No h mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora est em voc. ─Filho, acho que tem um poema por dentro de quem voc ama Disponvel em: . (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014 Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo.(texto 1; 5 pargrafo) O fragmento em destaque expressa ideia de:

Questão 15
2014Português

(IME- 2014/2015 - 2 FASE) Texto 1 O MENINO QUE TINHA MEDO DE POESIA (Pedro Gabriel Maro de 2014) ─ Me, acho que tem um poema debaixo da minha cama! Quando menino, a poesia me assustava. Parecia ter dentes afiados, pernas desajeitadas, mos opressoras. E nem as mos da professora mais dcil conseguiam me acalmar. No compreendia uma palavra, uma metfora, uma rima pobre, rica ou rara. No entendia nada. Tentava adivinhar o que o poeta queria dizer com aquela frase entupida de imagens e sentidos subjetivos. Achava-me incapaz de pertencer quilo. No conseguia mergulhar naquele mundo. Eu, sem saber nadar em versos, afogava-me na incompreenso de um soneto; ela a to sagrada poesia no me afagava e me deixava morrer na praia, entre um alexandrino e um heptasslabo. Toda vez que eu era obrigado a decorar poesia, sentia vontade de sumir, de virar um mvel e ficar imvel at tudo se acabar. Por dentro, sentia azia, taquicardia, asma espontnea, tremelique e gagueira repentina. Por fora, fingia que estava tudo bem. Eu sempre escolhia o poema mais curto da lista que a escola sugeria. Naquele dia, sobrou Pneumotrax, de Manuel Bandeira, e eu queria ser aquele paciente para no precisar declam-lo. Eu queria tossir, repetir sem parar: trinta e trs Trinta e trs Ter uma doena pequena, uma desculpa qualquer, um atestado mdico assinado pelo meu av que me deixasse em casa no a semana toda, mas s o tempo da aula. Depois, para a prova de francs, no tive escolha: fui obrigado a decorar Le dormeur du Val, de Rimbaud. Eu lembro que, antes de ficar em p de frente para o meu professor, eu queria que algum me desse dois tiros no peito. Queria ser esse soldado e dormir, tranquilo, na paz celestial daquele vale at que a turma toda esquecesse a minha existncia. Ou que a guerra fosse declarada finda. Ou que eu fosse declamado culpado. A Primeira Guerra Mundial parecia durar menos do que aqueles 15 minutos de exame. Minha boca est seca at hoje. Minhas mos esto molhadas at agora. S eu sei o que suei por voc, querida Poesia. Aos 17, a poesia ainda me apavorava. Podia ser o verso mais delicado do mundo, eu tinha medo. Podia ser o poeta mais simptico da face da Terra, eu desconfiava. Desconversava, lia outra coisa. Ou no lia nada. Talvez por no querer entend-la. Talvez por achar no merecla. E assim ficava merc da minha rebeldia. No queria aprender a contar slabas, queria ser verso livre. Tolo! At a liberdade exige teoria! Se hoje eu pudesse falar com aquele menino, diria-lhe que a poesia no nenhum decasslabo de sete cabeas. Que se ela o assusta porque ela o deseja. Que se ele sentemedo porque ele precisa dela. No h mais monstro debaixo da sua cama. O monstro agora est em voc. ─Filho, acho que tem um poema por dentro de quem voc ama Disponvel em: . (texto adaptado) Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 2 A MULHER QUE NO SENTE MEDO DE ABSOLUTAMENTE NADA (Jeanna Bryner Dezembro de 2010) Voc gostaria de no sentir medo? Pelo menos uma pessoa no mundo no tem medo de nada: uma mulher de 44 anos, que at ajudou pesquisadores a identificarem o local em que vive o fator medo no crebro humano. Os pesquisadores tentaram inmeras vezes assustar a mulher: casas mal-assombradas, onde monstros tentaram evocar uma reao de rejeio, aranhas e cobras, e uma srie de filme de terror apenas entreteram a paciente. A mulher tem uma doena rara chamada sndrome de Urbach-Wiethe que destruiu sua amgdala. A amgdala uma estrutura em forma de amndoa situada no fundo do crebro. Nos ltimos 50 anos, estudos mostraram que ela tem um papel central na gerao de respostas de medo em diferentes animais. Agora, o estudo envolvendo essa paciente o primeiro a confirmar que essa regio do crebro responsvel pelo medo nos seres humanos. A descoberta pode levar a tratamentos para transtorno de estresse ps-traumtico (TEPT). Tratamentos de psicoterapia que seletivamente amorteam a hiperatividade na amgdala podem curar pacientes com TEPT. Estudos anteriores com a mesma paciente revelaram que ela no conseguia reconhecer expresses faciais de medo, mas no se sabia se ela tinha a capacidade de sentir medo. Para descobrir, os pesquisadores deram vrios questionrios padronizados paciente, que sondaram os diferentes aspectos do medo, desde o medo da morte at o medo de falar em pblico. Alm disso, durante trs meses ela carregou um dirio que informatizava sua emoo, e que, aleatoriamente, pedia-lhe para classificar o seu nvel de medo ao longo do dia. O dirio tambm indicava emoes que ela estava sentindo em uma lista de 50 itens. Sua pontuao mdia de medo foi de 0%, enquanto para outras emoes ela mostrou funcionamento normal. Em todos os cenrios, ela no mostrou nenhum medo. Baseado no seu passado, os pesquisadores encontraram muitas razes para ela reagir com medo. Ela prpria contou que no gosta de cobras, mas quando entrou em contato com duas, no sentiu medo. Alm disso, j lhe apontaram facas e armas, ela foi fisicamente abordada por uma mulher duas vezes seu tamanho, quase morreu em um ato de violncia domstica, e em mais de uma ocasio foi explicitamente ameaada de morte. O que mais se sobressai que, em muitas destas situaes a vida da paciente estava em perigo, mas seu comportamento foi desprovido de qualquer senso de desespero ou urgncia. E quando ela foi convidada a lembrar como se sentiu durante as situaes, respondeu que no sentiu medo, mas que se sentia chateada e irritada com o que aconteceu. Segundo os pesquisadores, sem medo, pode-se dizer que o sofrimento dela no tem a intensidade profunda e real suportada por outros sobreviventes de traumas. Essencialmente, devido aos danos na amgdala, a mulher est imune aos efeitos devastadores do transtorno de estresse ps-traumtico. Mas h uma desvantagem: ela tem uma incapacidade de detectar e evitar situaes ameaadoras, o que provavelmente contribuiu para a frequncia com que ela enfrentou riscos. Os pesquisadores dizem que esse tipo de paciente muito raro, mas para entender melhor o fenmeno, seria timo estudar mais pessoas com a condio. Disponvel em:http://hypescience.com (texto adaptado de http://www.livescience.com). Acesso em: 29 Abr 2014 Texto 3 CONSOADA (Manuel Bandeira) Quando a Indesejada das gentes chegar (No sei se dura ou carovel), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: Al, iniludvel! O meu dia foi bom, pode a noite descer. (A noite com os seus sortilgios.) Encontrar lavrado o campo, a casa limpa, A mesa posta, Com cada coisa em seu lugar. Disponvel em: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br Acesso em: 29 Abr 2014. Texto 4 AUTOSSABOTAGEM: O MEDO DE SER FELIZ (Raphaela de Campos Mello Outubro de 2012) A cada passo dado voc sente que a felicidade se afasta alguns metros? Talvez esteja, inconscientemente, queimando chances de se realizar. Repense as prprias atitudes para interromper esse ciclo destrutivo. Por medo dos riscos e das responsabilidades da vida, podemos acabar inconscientemente com as nossas realizaes. Isso se chama autossabotagem. So atitudes forjadas por uma parte de ns que no nos v como merecedoras do sucesso ou que subestima nossa capacidade de lidar com a vitria. Pode ser aquela espinha que apareceu no nariz no dia daquele encontro especial ou da gripe que a pegou na vspera daquela importante reunio. Muitos desses comportamentos destrutivos esto quase fora do domnio da conscincia, afirma o psiclogo americano Stanley Rosner, coautor do livro O Ciclo da AutoSabotagem - Por Que Repetimos Atitudes que Destroem Nossos Relacionamentos e Nos Fazem Sofrer (ed. BestSeller). A autonomia, a independncia e o sucesso so apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas no podero mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas, diz o autor. O filsofo e psicanalista paulista Arthur Meucci, coautor de A Vida Que Vale a Pena Ser Vivida (ed. Vozes) comenta sobre os ganhos secundrios. H jovens que saem de casa para tentar a vida, enquanto outros permanecem na zona de conforto, porque continuam recebendo ateno dos pais e se eximem de enfrentar as dificuldades da fase adulta, afirma. O problema que, ao fazermos isso, no nos desenvolvemos plenamente. Todo mundo busca a felicidade, a questo ter coragem de viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades, diz ele. Disponvel em: http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/autossabotagem-o-medo-deser-feliz. (Texto adaptado). Acesso em 29 Abr 2014 Texto 5 O QUASE (Sarah Westphal Batista da Silva) Ainda pior que a convico do no, e a incerteza do talvez, a desiluso de um quase. o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e no foi. Quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu ainda est vivo, quem quase amou no amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idias que nunca sairo do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, s vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, no me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, est estampada na distncia e frieza dos sorrisos na frouxido dos abraos, na indiferena dos Bom Dia quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem at para ser feliz. A paixo queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas no so. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar no teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-ris em tons de cinza. O nada no ilumina, no inspira, no aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. No que f mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que no podem ser mudadas resta-nos somente pacincia, porm, preferir a derrota prvia dvida da vitria desperdiar a oportunidade de merecer. Pros erros h perdo; pros fracassos, chance; pros amores impossveis, tempo. De nada adianta cercar um corao vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim instantneo ou indolor no romance. No deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impea de tentar. Desconfie do destino e acredite em voc. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive j morreu. Disp. em: . Acesso em: 29 Abr 2014. Assinale a opo em que a funo sinttica do termo em destaque diferente daquela exercida pelos demais.

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(IME - 2013/2014 - 2 FASE) TEXTO1 Escher, o gnio da arte matemtica Com a ajuda da geometria, nada o que aparenta ser no trabalho holands Voc j deve ter visto pelo menos uma das gravuras do artista grfico holands M. C. Escher. Elas j foram reproduzidas no s em dezenas de livros de arte, mas tambm na forma de psteres, postais, jogos, CD-ROMs, camisetas e at gravatas. Caso no se lembre, ento voc no viu nenhuma. Olhar para as intrigantes imagens criadas por Escher uma experincia inesquecvel. Tudo o que nelas est representado nunca exatamente o que parece ser. H em todas elas, sempre uma surpresa visual espera do espectador. Isso porque, para ele, o desenho era pura iluso. A realidade pouco interessava. Antes, preferia o contrrio: criar mundos impossveis que apenas parecessem reais. Eis porque acabou se tornando uma espcie de mgico das artes grficas. Seus desenhos, porm, no nasciam de passes de mgica, nem somente de sua apurada tcnica de gravador. Sua obra est apoiada em conceitos matemticos, extrados especialmente do campo da geometria. Essa era a fonte de seus efeitos surpreendentes. Foi com base nesses princpios que Escher subverteu a noo da perspectiva clssica para obter suas figuras impossveis de existir no espao real. Alis, desde o comeo, fascinou-o essa condio essencial do desenho, que a representao tridimensional dos objetos na inevitvel bidimensionalidade do papel. Brincou com isso o mais que pde. Tambm matemtica na diviso regular da superfcie usada por Escher para criar, de maneira perfeita, suas famosas sries de metamorfoses, onde formas geomtricas abstratas ganham vida e vo, aos poucos, se transformando em aves, peixes, rpteis e at seres humanos. Foi essa proximidade com a cincia que deixou os crticos de arte da poca de cabelo em p. Afinal, como classificar o trabalho de Escher? Era artstico o que ele fazia ou puramente racional? Na dvida, preferiram silenciar sobre sua obra durante vrios anos. Enquanto isso, o artista foi ganhando a admirao de matemticos, fsicos, cristalgrafos e eruditos em geral. Mas essa outra faceta surpreendente de Escher. Embora seus trabalhos tivessem forte contedo matemtico, ele era leigo no assunto. bem da verdade, Escher sequer foi um bom aluno. Ele mesmo admitiu mais tarde que jamais ganhou, ao menos, um regular em matemtica. Conta-se at que H.M.S. Coxeter, um dos papas da geometria moderna, entusiasmado com os desenhos do artista, convidou-o a participar de uma de suas aulas. Vexame total. Para decepo do catedrtico, Escher no sabia do que ele estava falando, mesmo quando discorria sobre teorias que o artista aplicava intuitivamente em suas gravuras. GALILEU. Escher, o gnio da matemtica. Disponvel em: http://galileu.globo.com/edic/88/conhecimento2.htm. Acesso em 05/05/2013. Foto: The M.C. Escher Company B.V. Baarn,The Netherlands. VEJASP. Xilogravura Cu e gua. Disponvel em: http://vejasp.abril.com.br/atracao/maurits-cornelis-escher. Acesso em 09/05/2013. Assinale a opo em que se usou o par de vrgulas para isolar elementos de natureza sinttica distinta da dos demais.

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(IME - 2013/2014 - 2 FASE) TEXTO1 Escher, o gnio da arte matemtica Com a ajuda da geometria, nada o que aparenta ser no trabalho holands. Voc j deve ter visto pelo menos uma das gravuras do artista grfico holands M. C. Escher. Elas j foram reproduzidas no s em dezenas de livros de arte, mas tambm na forma de psteres, postais, jogos, CD-ROMs, camisetas e at gravatas. Caso no se lembre, ento voc no viu nenhuma. Olhar para as intrigantes imagens criadas por Escher uma experincia inesquecvel. Tudo o que nelas est representado nunca exatamente o que parece ser. H em todas elas, sempre uma surpresa visual espera do espectador. Isso porque, para ele, o desenho era pura iluso. A realidade pouco interessava. Antes, preferia o contrrio: criar mundos impossveis que apenas parecessem reais. Eis porque acabou se tornando uma espcie de mgico das artes grficas. Seus desenhos, porm, no nasciam de passes de mgica, nem somente de sua apurada tcnica de gravador. Sua obra est apoiada em conceitos matemticos, extrados especialmente do campo da geometria. Essa era a fonte de seus efeitos surpreendentes. Foi com base nesses princpios que Escher subverteu a noo da perspectiva clssica para obter suas figuras impossveis de existir no espao real. Alis, desde o comeo, fascinou-o essa condio essencial do desenho, que a representao tridimensional dos objetos na inevitvel bidimensionalidade do papel. Brincou com isso o mais que pde. Tambm matemtica na diviso regular da superfcie usada por Escher para criar, de maneira perfeita, suas famosas sries de metamorfoses, onde formas geomtricas abstratas ganham vida e vo, aos poucos, se transformando em aves, peixes, rpteis e at seres humanos. Foi essa proximidade com a cincia que deixou os crticos de arte da poca de cabelo em p. Afinal, como classificar o trabalho de Escher? Era artstico o que ele fazia ou puramente racional? Na dvida, preferiram silenciar sobre sua obra durante vrios anos. Enquanto isso, o artista foi ganhando a admirao de matemticos, fsicos, cristalgrafos e eruditos em geral. Mas essa outra faceta surpreendente de Escher. Embora seus trabalhos tivessem forte contedo matemtico, ele era leigo no assunto. bem da verdade, Escher sequer foi um bom aluno. Ele mesmo admitiu mais tarde que jamais ganhou, ao menos, um regular em matemtica. Conta-se at que H.M.S. Coxeter, um dos papas da geometria moderna, entusiasmado com os desenhos do artista, convidou-o a participar de uma de suas aulas. Vexame total. Para decepo do catedrtico, Escher no sabia do que ele estava falando, mesmo quando discorria sobre teorias que o artista aplicava intuitivamente em suas gravuras. GALILEU. Escher, o gnio da matemtica. Disponvel em: http://galileu.globo.com/edic/88/conhecimento2.htm. Acesso em 05/05/2013. Foto: The M.C. Escher Company B.V. Baarn,The Netherlands. VEJASP. Xilogravura Cu e gua. Disponvel em: http://vejasp.abril.com.br/atracao/maurits-cornelis-escher. Acesso em 09/05/2013. TEXTO 2 Arte estimula o aprendizado de matemtica Resolver operaes matemticas foi difcil para muitos dos gnios da cincia, e continua pouco atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em vincular matemtica com a arte para tornar o aprendizado mais estimulante. O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicaes e Artes, da Universidade de So Paulo (USP) um deles. H mais matemtica nos livros de Machado de Assis, nos poemas de Ceclia Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didticos de matemtica. Para ele, a matemtica captura lgica do raciocnio, assim como acontece com o imaginrio na literatura, com a harmonia na msica, na escultura, na pintura, nas artes em geral. Para o pesquisador Antnio Conde, do Instituto de Matemtica e Computao da USP/So Carlos, a convivncia entre arte e matemtica aumentaria a capacidade de absoro dos estudantes. O lado esttico da matemtica muito forte, a demonstrao de um teorema uma obra de arte, conclui. O holands Maurits Cornelis Escher , provavelmente, um dos maiores representantes dessa ligao, produzindo obras de arte geometricamente estruturadas. Ele provou, na prtica, que possvel olhar formas espaciais do ponto de vista matemtico, ou sob o seu aspecto esttico, utilizando-as para se expressar plasticamente. Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas observaes, entro em contato com o mundo da matemtica, dizia Escher, que morreu em 1972. CINCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemtica. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017script=sci_arttext.Acesso em 05/05/2013. TEXTO 3 Poesia Matemtica Millr Fernandes 1 s folhas tantas 2 do livro matemtico 3 um Quociente apaixonou-se 4 um dia 5 doidamente 6 por uma Incgnita. 7 Olhou-a com seu olhar inumervel 8 e viu-a do pice __ base 9 uma figura mpar; 10 olhos romboides, boca trapezoide, 11 corpo retangular, seios esferoides. 12 Fez de sua uma vida 13 paralela dela 14 at que se encontraram 15 no infinito. 16 Quem s tu?, indagou ele 17 em nsia radical. 18 Sou a soma do quadrado dos catetos. 19 Mas pode me chamar de Hipotenusa. 20 E de falarem descobriram que eram 21 (o que em aritmtica corresponde 22 a almas irms) 23 primos entre si. 24 E assim se amaram 25 ao quadrado da velocidade da luz 26 numa sexta potenciao 27 traando 28 ao sabor do momento 29 e da paixo 30 retas, curvas, crculos e linhas senoidais 31 nos jardins da quarta dimenso. 32 Escandalizaram os ortodoxos das frmulas euclidiana 33 e os exegetas do Universo Finito. 34 Romperam convenes newtonianas e pitagricas. 35 E enfim resolveram se casar 36 constituir um lar, 37 mais que um lar, 38 um perpendicular. 39 Convidaram para padrinhos 40 o Poliedro e a Bissetriz. 41 E fizeram planos, equaes e diagramas para o futuro 42 sonhando com uma felicidade 43 integral e diferencial. 44 E se casaram e tiveram uma secante e trs cones 45 muito engraadinhos. 46 E foram felizes 47 at aquele dia 48 em que tudo vira afinal 49 monotonia. 50 Foi ento que surgiu 51 O Mximo Divisor Comum 52 frequentador de crculos concntricos, 53 viciosos. 54 Ofereceu-lhe, a ela, 55 uma grandeza absoluta 56 e reduziu-a a um denominador comum. 57 Ele, Quociente, percebeu 58 que com ela no formava mais um todo, 59 uma unidade. 60 Era o tringulo, 61 tanto chamado amoroso. 62 Desse problema ela era uma frao, 63 a mais ordinria. 64 Mas foi ento que Einstein descobriu a Relatividade 65 e tudo que era esprio passou a ser 66 moralidade 67 como alis em qualquer 68 sociedade RELEITURAS. Poesia matemtica. Disponvel em: http://www.releituras.com/millor_poesia.asp. Acesso em 09/05/2013. Assinale a opo que apresenta o par de definies adequadas s palavras ortodoxos (v. 32, texto 3) e esprio (v. 65, texto 3), respectivamente.

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(IME - 2013/2014 - 2 FASE) TEXTO1 Escher, o gnio da arte matemtica Com a ajuda da geometria, nada o que aparenta ser no trabalho holands. Voc j deve ter visto pelo menos uma das gravuras do artista grfico holands M. C. Escher. Elas j foram reproduzidas no s em dezenas de livros de arte, mas tambm na forma de psteres, postais, jogos, CD-ROMs, camisetas e at gravatas. Caso no se lembre, ento voc no viu nenhuma. Olhar para as intrigantes imagens criadas por Escher uma experincia inesquecvel. Tudo o que nelas est representado nunca exatamente o que parece ser. H em todas elas, sempre uma surpresa visual espera do espectador. Isso porque, para ele, o desenho era pura iluso. A realidade pouco interessava. Antes, preferia o contrrio: criar mundos impossveis que apenas parecessem reais. Eis porque acabou se tornando uma espcie de mgico das artes grficas. Seus desenhos, porm, no nasciam de passes de mgica, nem somente de sua apurada tcnica de gravador. Sua obra est apoiada em conceitos matemticos, extrados especialmente do campo da geometria. Essa era a fonte de seus efeitos surpreendentes. Foi com base nesses princpios que Escher subverteu a noo da perspectiva clssica para obter suas figuras impossveis de existir no espao real. Alis, desde o comeo, fascinou-o essa condio essencial do desenho, que a representao tridimensional dos objetos na inevitvel bidimensionalidade do papel. Brincou com isso o mais que pde. Tambm matemtica na diviso regular da superfcie usada por Escher para criar, de maneira perfeita, suas famosas sries de metamorfoses, onde formas geomtricas abstratas ganham vida e vo, aos poucos, se transformando em aves, peixes, rpteis e at seres humanos. Foi essa proximidade com a cincia que deixou os crticos de arte da poca de cabelo em p. Afinal, como classificar o trabalho de Escher? Era artstico o que ele fazia ou puramente racional? Na dvida, preferiram silenciar sobre sua obra durante vrios anos. Enquanto isso, o artista foi ganhando a admirao de matemticos, fsicos, cristalgrafos e eruditos em geral. Mas essa outra faceta surpreendente de Escher. Embora seus trabalhos tivessem forte contedo matemtico, ele era leigo no assunto. bem da verdade, Escher sequer foi um bom aluno. Ele mesmo admitiu mais tarde que jamais ganhou, ao menos, um regular em matemtica. Conta-se at que H.M.S. Coxeter, um dos papas da geometria moderna, entusiasmado com os desenhos do artista, convidou-o a participar de uma de suas aulas. Vexame total. Para decepo do catedrtico, Escher no sabia do que ele estava falando, mesmo quando discorria sobre teorias que o artista aplicava intuitivamente em suas gravuras. GALILEU. Escher, o gnio da matemtica. Disponvel em: http://galileu.globo.com/edic/88/conhecimento2.htm. Acesso em 05/05/2013. Foto: The M.C. Escher Company B.V. Baarn,The Netherlands. VEJASP. Xilogravura Cu e gua. Disponvel em: http://vejasp.abril.com.br/atracao/maurits-cornelis-escher. Acesso em 09/05/2013. TEXTO 2 Arte estimula o aprendizado de matemtica Resolver operaes matemticas foi difcil para muitos dos gnios da cincia, e continua pouco atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em vincular matemtica com a arte para tornar o aprendizado mais estimulante. O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicaes e Artes, da Universidade de So Paulo (USP) um deles. H mais matemtica nos livros de Machado de Assis, nos poemas de Ceclia Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didticos de matemtica. Para ele, a matemtica captura lgica do raciocnio, assim como acontece com o imaginrio na literatura, com a harmonia na msica, na escultura, na pintura, nas artes em geral. Para o pesquisador Antnio Conde, do Instituto de Matemtica e Computao da USP/So Carlos, a convivncia entre arte e matemtica aumentaria a capacidade de absoro dos estudantes. O lado esttico da matemtica muito forte, a demonstrao de um teorema uma obra de arte, conclui. O holands Maurits Cornelis Escher , provavelmente, um dos maiores representantes dessa ligao, produzindo obras de arte geometricamente estruturadas. Ele provou, na prtica, que possvel olhar formas espaciais do ponto de vista matemtico, ou sob o seu aspecto esttico, utilizando-as para se expressar plasticamente. Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas observaes, entro em contato com o mundo da matemtica, dizia Escher, que morreu em 1972. CINCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemtica. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017script=sci_arttext. Acesso em 05/05/2013. TEXTO 3 Poesia Matemtica Millr Fernandes 1 s folhas tantas 2 do livro matemtico 3 um Quociente apaixonou-se 4 um dia 5 doidamente 6 por uma Incgnita. 7 Olhou-a com seu olhar inumervel 8 e viu-a do pice __ base 9 uma figura mpar; 10 olhos romboides, boca trapezoide, 11 corpo retangular, seios esferoides. 12 Fez de sua uma vida 13 paralela dela 14 at que se encontraram 15 no infinito. 16 Quem s tu?, indagou ele 17 em nsia radical. 18 Sou a soma do quadrado dos catetos. 19 Mas pode me chamar de Hipotenusa. 20 E de falarem descobriram que eram 21 (o que em aritmtica corresponde 22 a almas irms) 23 primos entre si. 24 E assim se amaram 25 ao quadrado da velocidade da luz 26 numa sexta potenciao 27 traando 28 ao sabor do momento 29 e da paixo 30 retas, curvas, crculos e linhas senoidais 31 nos jardins da quarta dimenso. 32 Escandalizaram os ortodoxos das frmulas euclidiana 33 e os exegetas do Universo Finito. 34 Romperam convenes newtonianas e pitagricas. 35 E enfim resolveram se casar 36 constituir um lar, 37 mais que um lar, 38 um perpendicular. 39 Convidaram para padrinhos 40 o Poliedro e a Bissetriz. 41 E fizeram planos, equaes e diagramas para o futuro 42 sonhando com uma felicidade 43 integral e diferencial. 44 E se casaram e tiveram uma secante e trs cones 45 muito engraadinhos. 46 E foram felizes 47 at aquele dia 48 em que tudo vira afinal 49 monotonia. 50 Foi ento que surgiu 51 O Mximo Divisor Comum 52 frequentador de crculos concntricos, 53 viciosos. 54 Ofereceu-lhe, a ela, 55 uma grandeza absoluta 56 e reduziu-a a um denominador comum. 57 Ele, Quociente, percebeu 58 que com ela no formava mais um todo, 59 uma unidade. 60 Era o tringulo, 61 tanto chamado amoroso. 62 Desse problema ela era uma frao, 63 a mais ordinria. 64 Mas foi ento que Einstein descobriu a Relatividade 65 e tudo que era esprio passou a ser 66 moralidade 67 como alis em qualquer 68 sociedade RELEITURAS. Poesia matemtica. Disponvel em: http://www.releituras.com/millor_poesia.asp. Acesso em 09/05/2013. Leia atentamente as assertivas a seguir, todas referentes ao texto 3 desta prova. I A partir de conceitos matemticos construiu-se uma narrativa potica em terceira pessoa cujo tema a traio numa relao amorosa. II O adjetivo ordinria (V. 63) est carregado de um tom moralizante e deixa entrever um juzo de valor relativo ao comportamento feminino no relacionamento entre a Hipotenusa e o Quociente. III coerente com o tom moralizante da Poesia Matemtica associar o nome dado ao elemento masculino da relao amorosa narrada, Quociente, ao adjetivo consciente, isto , aquele que faz uso da razo. IV A quebra de paradigmas cientficos requerida pela Teoria da Relatividade einsteiniana associada, quebra de paradigmas morais nas sociedades modernas. Dentre as afirmativas acima

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(IME - 2013/2014 - 2 FASE) TEXTO 3 Poesia Matemtica Millr Fernandes 1 s folhas tantas 2 do livro matemtico 3 um Quociente apaixonou-se 4 um dia 5 doidamente 6 por uma Incgnita. 7 Olhou-a com seu olhar inumervel 8 e viu-a do pice __ base 9 uma figura mpar; 10 olhos romboides, boca trapezoide, 11 corpo retangular, seios esferoides. 12 Fez de sua uma vida 13 paralela dela 14 at que se encontraram 15 no infinito. 16 Quem s tu?, indagou ele 17 em nsia radical. 18 Sou a soma do quadrado dos catetos. 19 Mas pode me chamar de Hipotenusa. 20 E de falarem descobriram que eram 21 (o que em aritmtica corresponde 22 a almas irms) 23 primos entre si. 24 E assim se amaram 25 ao quadrado da velocidade da luz 26 numa sexta potenciao 27 traando 28 ao sabor do momento 29 e da paixo 30 retas, curvas, crculos e linhas senoidais 31 nos jardins da quarta dimenso. 32 Escandalizaram os ortodoxos das frmulas euclidiana 33 e os exegetas do Universo Finito. 34 Romperam convenes newtonianas e pitagricas. 35 E enfim resolveram se casar 36 constituir um lar, 37 mais que um lar, 38 um perpendicular. 39 Convidaram para padrinhos 40 o Poliedro e a Bissetriz. 41 E fizeram planos, equaes e diagramas para o futuro 42 sonhando com uma felicidade 43 integral e diferencial. 44 E se casaram e tiveram uma secante e trs cones 45 muito engraadinhos. 46 E foram felizes 47 at aquele dia 48 em que tudo vira afinal 49 monotonia. 50 Foi ento que surgiu 51 O Mximo Divisor Comum 52 frequentador de crculos concntricos, 53 viciosos. 54 Ofereceu-lhe, a ela, 55 uma grandeza absoluta 56 e reduziu-a a um denominador comum. 57 Ele, Quociente, percebeu 58 que com ela no formava mais um todo, 59 uma unidade. 60 Era o tringulo, 61 tanto chamado amoroso. 62 Desse problema ela era uma frao, 63 a mais ordinria. 64 Mas foi ento que Einstein descobriu a Relatividade 65 e tudo que era esprio passou a ser 66 moralidade 67 como alis em qualquer 68 sociedade RELEITURAS. Poesia matemtica. Disponvel em: http://www.releituras.com/millor_poesia.asp. Acesso em 09/05/2013. A repetio da conjuno e nos versos 41, 44 e 46 do texto 3 revela um trao estilstico que

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(IME - 2013/2014 - 2 FASE) TEXTO 2 Arte estimula o aprendizado de matemtica Resolver operaes matemticas foi difcil para muitos dos gnios da cincia, e continua pouco atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em vincular matemtica com a arte para tornar o aprendizado mais estimulante. O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicaes e Artes, da Universidade de So Paulo (USP) um deles1. H mais matemtica nos livros de Machado de Assis, nos poemas de Ceclia Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didticos de matemtica. Para ele2, a matemtica captura lgica do raciocnio, assim como acontece com o imaginrio na literatura, com a harmonia na msica, na escultura, na pintura, nas artes em geral. Para o pesquisador Antnio Conde, do Instituto de Matemtica e Computao da USP/So Carlos, a convivncia entre arte e matemtica aumentaria a capacidade de absoro dos estudantes. O lado esttico da matemtica muito forte, a demonstrao de um teorema uma obra de arte, conclui. O holands Maurits Cornelis Escher , provavelmente, um dos maiores representantes dessa ligao, produzindo obras de arte geometricamente estruturadas. Ele3 provou, na prtica, que possvel olhar formas espaciais do ponto de vista matemtico, ou sob o seu4 aspecto esttico, utilizando-as5 para se expressar plasticamente. Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas observaes, entro em contato com o mundo da matemtica, dizia Escher, que morreu em 1972. CINCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemtica. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017script=sci_arttext. Acesso em 05/05/2013. Dentre os trechos do texto 2 nas alternativas a seguir, um revela uso inadequado do recurso coesivo. Aponte-o.

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(IME - 2013/2014 - 2 FASE) TEXTO 2 Arte estimula o aprendizado de matemtica Resolver operaes matemticas foi difcil para muitos dos gnios da cincia, e continua pouco atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em vincular matemtica com a arte para tornar o aprendizado mais estimulante. O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicaes e Artes, da Universidade de So Paulo (USP) um deles. H mais matemtica nos livros de Machado de Assis, nos poemas de Ceclia Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didticos de matemtica. Para ele, a matemtica captura lgica do raciocnio, assim como acontece com o imaginrio na literatura, com a harmonia na msica, na escultura, na pintura, nas artes em geral. Para o pesquisador Antnio Conde, do Instituto de Matemtica e Computao da USP/So Carlos, a convivncia entre arte e matemtica aumentaria a capacidade de absoro dos estudantes. O lado esttico da matemtica muito forte, a demonstrao de um teorema uma obra de arte, conclui. O holands Maurits Cornelis Escher , provavelmente, um dos maiores representantes dessa ligao, produzindo obras de arte geometricamente estruturadas. Ele provou, na prtica, que possvel olhar formas espaciais do ponto de vista matemtico, ou sob o seu aspecto esttico, utilizando-as para se expressar plasticamente. Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas observaes, entro em contato com o mundo da matemtica, dizia Escher, que morreu em 1972. CINCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemtica. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017script=sci_arttext. Acesso em 05/05/2013. Assinale a alternativa que contm uma inferncia alheia ao movimento argumentativo do texto 2.

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(IME - 2013/2014 - 2 FASE) TEXTO1 Escher, o gnio da arte matemtica Com a ajuda da geometria, nada o que aparenta ser no trabalho holands. Voc j deve ter visto pelo menos uma das gravuras do artista grfico holands M. C. Escher. Elas j foram reproduzidas no s em dezenas de livros de arte, mas tambm na forma de psteres, postais, jogos, CD-ROMs, camisetas e at gravatas. Caso no se lembre, ento voc no viu nenhuma. Olhar para as intrigantes imagens criadas por Escher uma experincia inesquecvel. Tudo o que nelas est representado nunca exatamente o que parece ser. H em todas elas, sempre uma surpresa visual espera do espectador. Isso porque, para ele, o desenho era pura iluso. A realidade pouco interessava. Antes, preferia o contrrio: criar mundos impossveis que apenas parecessem reais. Eis porque acabou se tornando uma espcie de mgico das artes grficas. Seus desenhos, porm, no nasciam de passes de mgica, nem somente de sua apurada tcnica de gravador. Sua obra est apoiada em conceitos matemticos, extrados especialmente do campo da geometria. Essa era a fonte de seus efeitos surpreendentes. Foi com base nesses princpios que Escher subverteu a noo da perspectiva clssica para obter suas figuras impossveis de existir no espao real. Alis, desde o comeo, fascinou-o essa condio essencial do desenho, que a representao tridimensional dos objetos na inevitvel bidimensionalidade do papel. Brincou com isso o mais que pde. Tambm matemtica na diviso regular da superfcie usada por Escher para criar, de maneira perfeita, suas famosas sries de metamorfoses, onde formas geomtricas abstratas ganham vida e vo, aos poucos, se transformando em aves, peixes, rpteis e at seres humanos. Foi essa proximidade com a cincia que deixou os crticos de arte da poca de cabelo em p. Afinal, como classificar o trabalho de Escher? Era artstico o que ele fazia ou puramente racional? Na dvida, preferiram silenciar sobre sua obra durante vrios anos. Enquanto isso, o artista foi ganhando a admirao de matemticos, fsicos, cristalgrafos e eruditos em geral. Mas essa outra faceta surpreendente de Escher. Embora seus trabalhos tivessem forte contedo matemtico, ele era leigo no assunto. bem da verdade, Escher sequer foi um bom aluno. Ele mesmo admitiu mais tarde que jamais ganhou, ao menos, um regular em matemtica. Conta-se at que H.M.S. Coxeter, um dos papas da geometria moderna, entusiasmado com os desenhos do artista, convidou-o a participar de uma de suas aulas. Vexame total. Para decepo do catedrtico, Escher no sabia do que ele estava falando, mesmo quando discorria sobre teorias que o artista aplicava intuitivamente em suas gravuras. GALILEU. Escher, o gnio da matemtica. Disponvel em: http://galileu.globo.com/edic/88/conhecimento2.htm. Acesso em 05/05/2013. Foto: The M.C. Escher Company B.V. Baarn,The Netherlands. VEJASP. Xilogravura Cu e gua. Disponvel em: http://vejasp.abril.com.br/atracao/maurits-cornelis-escher. Acesso em 09/05/2013. TEXTO 2 Arte estimula o aprendizado de matemtica Resolver operaes matemticas foi difcil para muitos dos gnios da cincia, e continua pouco atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em vincular matemtica com a arte para tornar o aprendizado mais estimulante. O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicaes e Artes, da Universidade de So Paulo (USP) um deles. H mais matemtica nos livros de Machado de Assis, nos poemas de Ceclia Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didticos de matemtica. Para ele, a matemtica captura lgica do raciocnio, assim como acontece com o imaginrio na literatura, com a harmonia na msica, na escultura, na pintura, nas artes em geral. Para o pesquisador Antnio Conde, do Instituto de Matemtica e Computao da USP/So Carlos, a convivncia entre arte e matemtica aumentaria a capacidade de absoro dos estudantes. O lado esttico da matemtica muito forte, a demonstrao de um teorema uma obra de arte, conclui. O holands Maurits Cornelis Escher , provavelmente, um dos maiores representantes dessa ligao, produzindo obras de arte geometricamente estruturadas. Ele provou, na prtica, que possvel olhar formas espaciais do ponto de vista matemtico, ou sob o seu aspecto esttico, utilizando-as para se expressar plasticamente. Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas observaes, entro em contato com o mundo da matemtica, dizia Escher, que morreu em 1972. CINCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemtica. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017script=sci_arttext. Acesso em 05/05/2013. TEXTO 3 Poesia Matemtica Millr Fernandes 1 s folhas tantas 2 do livro matemtico 3 um Quociente apaixonou-se 4 um dia 5 doidamente 6 por uma Incgnita. 7 Olhou-a com seu olhar inumervel 8 e viu-a do pice __ base 9 uma figura mpar; 10 olhos romboides, boca trapezoide, 11 corpo retangular, seios esferoides. 12 Fez de sua uma vida 13 paralela dela 14 at que se encontraram 15 no infinito. 16 Quem s tu?, indagou ele 17 em nsia radical. 18 Sou a soma do quadrado dos catetos. 19 Mas pode me chamar de Hipotenusa. 20 E de falarem descobriram que eram 21 (o que em aritmtica corresponde 22 a almas irms) 23 primos entre si. 24 E assim se amaram 25 ao quadrado da velocidade da luz 26 numa sexta potenciao 27 traando 28 ao sabor do momento 29 e da paixo 30 retas, curvas, crculos e linhas senoidais 31 nos jardins da quarta dimenso. 32 Escandalizaram os ortodoxos das frmulas euclidiana 33 e os exegetas do Universo Finito. 34 Romperam convenes newtonianas e pitagricas. 35 E enfim resolveram se casar 36 constituir um lar, 37 mais que um lar, 38 um perpendicular. 39 Convidaram para padrinhos 40 o Poliedro e a Bissetriz. 41 E fizeram planos, equaes e diagramas para o futuro 42 sonhando com uma felicidade 43 integral e diferencial. 44 E se casaram e tiveram uma secante e trs cones 45 muito engraadinhos. 46 E foram felizes 47 at aquele dia 48 em que tudo vira afinal 49 monotonia. 50 Foi ento que surgiu 51 O Mximo Divisor Comum 52 frequentador de crculos concntricos, 53 viciosos. 54 Ofereceu-lhe, a ela, 55 uma grandeza absoluta 56 e reduziu-a a um denominador comum. 57 Ele, Quociente, percebeu 58 que com ela no formava mais um todo, 59 uma unidade. 60 Era o tringulo, 61 tanto chamado amoroso. 62 Desse problema ela era uma frao, 63 a mais ordinria. 64 Mas foi ento que Einstein descobriu a Relatividade 65 e tudo que era esprio passou a ser 66 moralidade 67 como alis em qualquer 68 sociedade RELEITURAS. Poesia matemtica. Disponvel em: http://www.releituras.com/millor_poesia.asp. Acesso em 09/05/2013. Quanto ao texto 1, possvel afirmar que

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(IME - 2013/2014 - 2 FASE) TEXTO1 Escher, o gnio da arte matemtica Com a ajuda da geometria, nada o que aparenta ser no trabalho holands. Voc j deve ter visto pelo menos uma das gravuras do artista grfico holands M. C. Escher. Elas j foram reproduzidas no s em dezenas de livros de arte, mas tambm na forma de psteres, postais, jogos, CD-ROMs, camisetas e at gravatas. Caso no se lembre, ento voc no viu nenhuma. Olhar para as intrigantes imagens criadas por Escher uma experincia inesquecvel. Tudo o que nelas est representado nunca exatamente o que parece ser. H em todas elas, sempre uma surpresa visual espera do espectador. Isso porque, para ele, o desenho era pura iluso. A realidade pouco interessava. Antes, preferia o contrrio: criar mundos impossveis que apenas parecessem reais. Eis porque acabou se tornando uma espcie de mgico das artes grficas. Seus desenhos, porm, no nasciam de passes de mgica, nem somente de sua apurada tcnica de gravador. Sua obra est apoiada em conceitos matemticos, extrados especialmente do campo da geometria. Essa era a fonte de seus efeitos surpreendentes. Foi com base nesses princpios que Escher subverteu a noo da perspectiva clssica para obter suas figuras impossveis de existir no espao real. Alis, desde o comeo, fascinou-o essa condio essencial do desenho, que a representao tridimensional dos objetos na inevitvel bidimensionalidade do papel. Brincou com isso o mais que pde. Tambm matemtica na diviso regular da superfcie usada por Escher para criar, de maneira perfeita, suas famosas sries de metamorfoses, onde formas geomtricas abstratas ganham vida e vo, aos poucos, se transformando em aves, peixes, rpteis e at seres humanos. Foi essa proximidade com a cincia que deixou os crticos de arte da poca de cabelo em p. Afinal, como classificar o trabalho de Escher? Era artstico o que ele fazia ou puramente racional? Na dvida, preferiram silenciar sobre sua obra durante vrios anos. Enquanto isso, o artista foi ganhando a admirao de matemticos, fsicos, cristalgrafos e eruditos em geral. Mas essa outra faceta surpreendente de Escher. Embora seus trabalhos tivessem forte contedo matemtico, ele era leigo no assunto. bem da verdade, Escher sequer foi um bom aluno. Ele mesmo admitiu mais tarde que jamais ganhou, ao menos, um regular em matemtica. Conta-se at que H.M.S. Coxeter, um dos papas da geometria moderna, entusiasmado com os desenhos do artista, convidou-o a participar de uma de suas aulas. Vexame total. Para decepo do catedrtico, Escher no sabia do que ele estava falando, mesmo quando discorria sobre teorias que o artista aplicava intuitivamente em suas gravuras. GALILEU. Escher, o gnio da matemtica. Disponvel em: http://galileu.globo.com/edic/88/conhecimento2.htm. Acesso em 05/05/2013. Foto: The M.C. Escher Company B.V. Baarn,The Netherlands. VEJASP. Xilogravura Cu e gua. Disponvel em: http://vejasp.abril.com.br/atracao/maurits-cornelis-escher. Acesso em 09/05/2013. TEXTO 2 Arte estimula o aprendizado de matemtica Resolver operaes matemticas foi difcil para muitos dos gnios da cincia, e continua pouco atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em vincular matemtica com a arte para tornar o aprendizado mais estimulante. O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicaes e Artes, da Universidade de So Paulo (USP) um deles. H mais matemtica nos livros de Machado de Assis, nos poemas de Ceclia Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didticos de matemtica. Para ele, a matemtica captura lgica do raciocnio, assim como acontece com o imaginrio na literatura, com a harmonia na msica, na escultura, na pintura, nas artes em geral. Para o pesquisador Antnio Conde, do Instituto de Matemtica e Computao da USP/So Carlos, a convivncia entre arte e matemtica aumentaria a capacidade de absoro dos estudantes. O lado esttico da matemtica muito forte, a demonstrao de um teorema uma obra de arte, conclui. O holands Maurits Cornelis Escher , provavelmente, um dos maiores representantes dessa ligao, produzindo obras de arte geometricamente estruturadas. Ele provou, na prtica, que possvel olhar formas espaciais do ponto de vista matemtico, ou sob o seu aspecto esttico, utilizando-as para se expressar plasticamente. Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas observaes, entro em contato com o mundo da matemtica, dizia Escher, que morreu em 1972. CINCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemtica. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017script=sci_arttext. Acesso em 05/05/2013. TEXTO 3 Poesia Matemtica Millr Fernandes 1 s folhas tantas 2 do livro matemtico 3 um Quociente apaixonou-se 4 um dia 5 doidamente 6 por uma Incgnita. 7 Olhou-a com seu olhar inumervel 8 e viu-a do pice __ base 9 uma figura mpar; 10 olhos romboides, boca trapezoide, 11 corpo retangular, seios esferoides. 12 Fez de sua uma vida 13 paralela dela 14 at que se encontraram 15 no infinito. 16 Quem s tu?, indagou ele 17 em nsia radical. 18 Sou a soma do quadrado dos catetos. 19 Mas pode me chamar de Hipotenusa. 20 E de falarem descobriram que eram 21 (o que em aritmtica corresponde 22 a almas irms) 23 primos entre si. 24 E assim se amaram 25 ao quadrado da velocidade da luz 26 numa sexta potenciao 27 traando 28 ao sabor do momento 29 e da paixo 30 retas, curvas, crculos e linhas senoidais 31 nos jardins da quarta dimenso. 32 Escandalizaram os ortodoxos das frmulas euclidiana 33 e os exegetas do Universo Finito. 34 Romperam convenes newtonianas e pitagricas. 35 E enfim resolveram se casar 36 constituir um lar, 37 mais que um lar, 38 um perpendicular. 39 Convidaram para padrinhos 40 o Poliedro e a Bissetriz. 41 E fizeram planos, equaes e diagramas para o futuro 42 sonhando com uma felicidade 43 integral e diferencial. 44 E se casaram e tiveram uma secante e trs cones 45 muito engraadinhos. 46 E foram felizes 47 at aquele dia 48 em que tudo vira afinal 49 monotonia. 50 Foi ento que surgiu 51 O Mximo Divisor Comum 52 frequentador de crculos concntricos, 53 viciosos. 54 Ofereceu-lhe, a ela, 55 uma grandeza absoluta 56 e reduziu-a a um denominador comum. 57 Ele, Quociente, percebeu 58 que com ela no formava mais um todo, 59 uma unidade. 60 Era o tringulo, 61 tanto chamado amoroso. 62 Desse problema ela era uma frao, 63 a mais ordinria. 64 Mas foi ento que Einstein descobriu a Relatividade 65 e tudo que era esprio passou a ser 66 moralidade 67 como alis em qualquer 68 sociedade RELEITURAS. Poesia matemtica. Disponvel em: http://www.releituras.com/millor_poesia.asp. Acesso em 09/05/2013. Leia atentamente as assertivas a seguir, todas relacionadas aos textos 1,2 e 3. I O fato de Escher no ter sido um bom aluno mostra que ele no tinha aptido para desenvolver raciocnios abstratos. II A ligao entre os conceitos matemticos desenvolvidos na obra de M. C. Escher de ordem puramente do acaso, haja vista sua comprovada dificuldade para entender a matemtica ensinada na escola. III A habilidade de calcular usando nmeros e smbolos expressa uma das maneiras de demonstrar a aquisio de conceitos matemticos, mas no a nica maneira. IV A obra de Escher surpreende inclusive os mais renomados catedrticos da matemtica por sua inovadora maneira de transformar em arte abstraes matemticas pensadas habitualmente apenas nos tradicionais ambientes de ensino. Dentre as afirmativas acima, quais esto corretas?

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(IME - 2013/2014 - 2 FASE) TEXTO1 Escher, o gnio da arte matemtica Com a ajuda da geometria, nada o que aparenta ser no trabalho holands. Voc j deve ter visto pelo menos uma das gravuras do artista grfico holands M. C. Escher. Elas j foram reproduzidas no s em dezenas de livros de arte, mas tambm na forma de psteres, postais, jogos, CD-ROMs, camisetas e at gravatas. Caso no se lembre, ento voc no viu nenhuma. Olhar para as intrigantes imagens criadas por Escher uma experincia inesquecvel. Tudo o que nelas est representado nunca exatamente o que parece ser. H em todas elas, sempre uma surpresa visual espera do espectador. Isso porque, para ele, o desenho era pura iluso. A realidade pouco interessava. Antes, preferia o contrrio: criar mundos impossveis que apenas parecessem reais. Eis porque acabou se tornando uma espcie de mgico das artes grficas. Seus desenhos, porm, no nasciam de passes de mgica, nem somente de sua apurada tcnica de gravador. Sua obra est apoiada em conceitos matemticos, extrados especialmente do campo da geometria. Essa era a fonte de seus efeitos surpreendentes. Foi com base nesses princpios que Escher subverteu a noo da perspectiva clssica para obter suas figuras impossveis de existir no espao real. Alis, desde o comeo, fascinou-o essa condio essencial do desenho, que a representao tridimensional dos objetos na inevitvel bidimensionalidade do papel. Brincou com isso o mais que pde. Tambm matemtica na diviso regular da superfcie usada por Escher para criar, de maneira perfeita, suas famosas sries de metamorfoses, onde formas geomtricas abstratas ganham vida e vo, aos poucos, se transformando em aves, peixes, rpteis e at seres humanos. Foi essa proximidade com a cincia que deixou os crticos de arte da poca de cabelo em p. Afinal, como classificar o trabalho de Escher? Era artstico o que ele fazia ou puramente racional? Na dvida, preferiram silenciar sobre sua obra durante vrios anos. Enquanto isso, o artista foi ganhando a admirao de matemticos, fsicos, cristalgrafos e eruditos em geral. Mas essa outra faceta surpreendente de Escher. Embora seus trabalhos tivessem forte contedo matemtico, ele era leigo no assunto. bem da verdade, Escher sequer foi um bom aluno. Ele mesmo admitiu mais tarde que jamais ganhou, ao menos, um regular em matemtica. Conta-se at que H.M.S. Coxeter, um dos papas da geometria moderna, entusiasmado com os desenhos do artista, convidou-o a participar de uma de suas aulas. Vexame total. Para decepo do catedrtico, Escher no sabia do que ele estava falando, mesmo quando discorria sobre teorias que o artista aplicava intuitivamente em suas gravuras. GALILEU. Escher, o gnio da matemtica. Disponvel em: http://galileu.globo.com/edic/88/conhecimento2.htm. Acesso em 05/05/2013. Foto: The M.C. Escher Company B.V. Baarn,The Netherlands. VEJASP. Xilogravura Cu e gua. Disponvel em: http://vejasp.abril.com.br/atracao/maurits-cornelis-escher. Acesso em 09/05/2013. TEXTO 2 Arte estimula o aprendizado de matemtica Resolver operaes matemticas foi difcil para muitos dos gnios da cincia, e continua pouco atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em vincular matemtica com a arte para tornar o aprendizado mais estimulante. O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicaes e Artes, da Universidade de So Paulo (USP) um deles. H mais matemtica nos livros de Machado de Assis, nos poemas de Ceclia Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didticos de matemtica. Para ele, a matemtica captura lgica do raciocnio, assim como acontece com o imaginrio na literatura, com a harmonia na msica, na escultura, na pintura, nas artes em geral. Para o pesquisador Antnio Conde, do Instituto de Matemtica e Computao da USP/So Carlos, a convivncia entre arte e matemtica aumentaria a capacidade de absoro dos estudantes. O lado esttico da matemtica muito forte, a demonstrao de um teorema uma obra de arte, conclui. O holands Maurits Cornelis Escher , provavelmente, um dos maiores representantes dessa ligao, produzindo obras de arte geometricamente estruturadas. Ele provou, na prtica, que possvel olhar formas espaciais do ponto de vista matemtico, ou sob o seu aspecto esttico, utilizando-as para se expressar plasticamente. Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas observaes, entro em contato com o mundo da matemtica, dizia Escher, que morreu em 1972. CINCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemtica. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017script=sci_arttext. Acesso em 05/05/2013. TEXTO 3 Poesia Matemtica Millr Fernandes 1 s folhas tantas 2 do livro matemtico 3 um Quociente apaixonou-se 4 um dia 5 doidamente 6 por uma Incgnita. 7 Olhou-a com seu olhar inumervel 8 e viu-a do pice __ base 9 uma figura mpar; 10 olhos romboides, boca trapezoide, 11 corpo retangular, seios esferoides. 12 Fez de sua uma vida 13 paralela dela 14 at que se encontraram 15 no infinito. 16 Quem s tu?, indagou ele 17 em nsia radical. 18 Sou a soma do quadrado dos catetos. 19 Mas pode me chamar de Hipotenusa. 20 E de falarem descobriram que eram 21 (o que em aritmtica corresponde 22 a almas irms) 23 primos entre si. 24 E assim se amaram 25 ao quadrado da velocidade da luz 26 numa sexta potenciao 27 traando 28 ao sabor do momento 29 e da paixo 30 retas, curvas, crculos e linhas senoidais 31 nos jardins da quarta dimenso. 32 Escandalizaram os ortodoxos das frmulas euclidiana 33 e os exegetas do Universo Finito. 34 Romperam convenes newtonianas e pitagricas. 35 E enfim resolveram se casar 36 constituir um lar, 37 mais que um lar, 38 um perpendicular. 39 Convidaram para padrinhos 40 o Poliedro e a Bissetriz. 41 E fizeram planos, equaes e diagramas para o futuro 42 sonhando com uma felicidade 43 integral e diferencial. 44 E se casaram e tiveram uma secante e trs cones 45 muito engraadinhos. 46 E foram felizes 47 at aquele dia 48 em que tudo vira afinal 49 monotonia. 50 Foi ento que surgiu 51 O Mximo Divisor Comum 52 frequentador de crculos concntricos, 53 viciosos. 54 Ofereceu-lhe, a ela, 55 uma grandeza absoluta 56 e reduziu-a a um denominador comum. 57 Ele, Quociente, percebeu 58 que com ela no formava mais um todo, 59 uma unidade. 60 Era o tringulo, 61 tanto chamado amoroso. 62 Desse problema ela era uma frao, 63 a mais ordinria. 64 Mas foi ento que Einstein descobriu a Relatividade 65 e tudo que era esprio passou a ser 66 moralidade 67 como alis em qualquer 68 sociedade RELEITURAS. Poesia matemtica. Disponvel em: http://www.releituras.com/millor_poesia.asp.Acesso em 09/05/2013. Assinale a alternativa cuja afirmao incoerente quanto s mensagens dos textos e da xilogravura apresentados.

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(IME - 2013/2014 - 2 FASE) TEXTO1 Escher, o gnio da arte matemtica Com a ajuda da geometria, nada o que aparenta ser no trabalho holands Voc j deve ter visto pelo menos uma das gravuras do artista grfico holands M. C. Escher. Elas j foram reproduzidas no s em dezenas de livros de arte, mas tambm na forma de psteres, postais, jogos, CD-ROMs, camisetas e at gravatas. Caso no se lembre, ento voc no viu nenhuma. Olhar para as intrigantes imagens criadas por Escher uma experincia inesquecvel. Tudo o que nelas est representado nunca exatamente o que parece ser. H em todas elas, sempre uma surpresa visual espera do espectador. Isso porque, para ele, o desenho era pura iluso. A realidade pouco interessava. Antes, preferia o contrrio: criar mundos impossveis que apenas parecessem reais. Eis porque acabou se tornando uma espcie de mgico das artes grficas. Seus desenhos, porm, no nasciam de passes de mgica, nem somente de sua apurada tcnica de gravador. Sua obra est apoiada em conceitos matemticos, extrados especialmente do campo da geometria. Essa era a fonte de seus efeitos surpreendentes. Foi com base nesses princpios que Escher subverteu a noo da perspectiva clssica para obter suas figuras impossveis de existir no espao real. Alis, desde o comeo, fascinou-o essa condio essencial do desenho, que a representao tridimensional dos objetos na inevitvel bidimensionalidade do papel. Brincou com isso o mais que pde. Tambm matemtica na diviso regular da superfcie usada por Escher para criar, de maneira perfeita, suas famosas sries de metamorfoses, onde formas geomtricas abstratas ganham vida e vo, aos poucos, se transformando em aves, peixes, rpteis e at seres humanos. Foi essa proximidade com a cincia que deixou os crticos de arte da poca de cabelo em p. Afinal, como classificar o trabalho de Escher? Era artstico o que ele fazia ou puramente racional? Na dvida, preferiram silenciar sobre sua obra durante vrios anos. Enquanto isso, o artista foi ganhando a admirao de matemticos, fsicos, cristalgrafos e eruditos em geral. Mas essa outra faceta surpreendente de Escher. Embora seus trabalhos tivessem forte contedo matemtico, ele era leigo no assunto. bem da verdade, Escher sequer foi um bom aluno. Ele mesmo admitiu mais tarde que jamais ganhou, ao menos, um regular em matemtica. Conta-se at que H.M.S. Coxeter, um dos papas da geometria moderna, entusiasmado com os desenhos do artista, convidou-o a participar de uma de suas aulas. Vexame total. Para decepo do catedrtico, Escher no sabia do que ele estava falando, mesmo quando discorria sobre teorias que o artista aplicava intuitivamente em suas gravuras. GALILEU. Escher, o gnio da matemtica. Disponvel em: http://galileu.globo.com/edic/88/conhecimento2.htm. Acesso em 05/05/2013. Foto: The M.C. Escher Company B.V. Baarn,The Netherlands. VEJASP. Xilogravura Cu e gua. Disponvel em: http://vejasp.abril.com.br/atracao/maurits-cornelis-escher. Acesso em 09/05/2013. TEXTO 2 Arte estimula o aprendizado de matemtica Resolver operaes matemticas foi difcil para muitos dos gnios da cincia, e continua pouco atraente para muitos alunos em salas de aula. Muita gente pensa em vincular matemtica com a arte para tornar o aprendizado mais estimulante. O professor Luiz Barco, da Escola de Comunicaes e Artes, da Universidade de So Paulo (USP) um deles. H mais matemtica nos livros de Machado de Assis, nos poemas de Ceclia Meireles e Fernando Pessoa do que na maioria dos livros didticos de matemtica. Para ele, a matemtica captura lgica do raciocnio, assim como acontece com o imaginrio na literatura, com a harmonia na msica, na escultura, na pintura, nas artes em geral. Para o pesquisador Antnio Conde, do Instituto de Matemtica e Computao da USP/So Carlos, a convivncia entre arte e matemtica aumentaria a capacidade de absoro dos estudantes. O lado esttico da matemtica muito forte, a demonstrao de um teorema uma obra de arte, conclui. O holands Maurits Cornelis Escher , provavelmente, um dos maiores representantes dessa ligao, produzindo obras de arte geometricamente estruturadas. Ele provou, na prtica, que possvel olhar formas espaciais do ponto de vista matemtico, ou sob o seu aspecto esttico, utilizando-as para se expressar plasticamente. Olhando os enigmas que nos rodeiam e ponderando e analisando as minhas observaes, entro em contato com o mundo da matemtica, dizia Escher, que morreu em 1972. CINCIA E CULTURA. Arte estimula o aprendizado de matemtica. Disponvel em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252003000100017script=sci_arttext. Acesso em 05/05/2013. Assinale a alternativa que traz uma sntese das ideias apresentadas nos textos 1 e 2.