(UEPA - 2012)
Respirando os ares da modernidade literária, a estética simbolista revela-se uma reação artística à referencialidade que violentamente restringe a palavra poética ao mundo das coisas e conceitos. No intuito de libertar a linguagem poética, o Simbolismo explora diversos recursos sensoriais a fim de sugerir mistérios. Simbolista, Alphonsus de Guimaraens escreve muitos textos que apelam para o símbolo visual, a imagem, carregado de insinuações de misticismo e morte.
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Queimando a carne como brasas,
Venham as tentações daninhas,
Que eu lhes porei, bem sob as asas,
A alma cheia de ladainhas.
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês? agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar, que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.
Lua eterna que não tiveste fases,
Cintilas branca, imaculada brilhas,
E poeiras de astros nas sandálias trazes...
Venham as aves agoireiras,
De risada que esfria os ossos...
Minh’alma, cheia de caveiras,
Está branca de padre-nossos.