(UNIOESTE 2013). Pierre Bourdieu trata da cultura no sentido antropológico, recorrendo a outro conceito, o “habitus”. Em sua obra “O Sentido Prático” ele explica mais detalhadamente sua concepção do “habitus”. “ Os habitus são sistemas de disposições duráveis e transponíveis, estruturas estruturadas predispostas a funcionar como estruturas estruturantes, isto é, a funcionar como princípios geradores e organizadores de práticas e de representações que podem ser objetivamente adaptadas a seu objetivo sem supor que se tenham em mira conscientemente estes fins e o controle das operações necessárias para obtê-los.”
BOURDIEU, 1980, p.88.
Sobre o conceito de habitus é INCORRETO afirmar que:
O habitus não é interiorizado pelos indivíduos, implica em consciência dos indivíduos para ser eficaz.
O habitus funciona como a materialização da memória coletiva que reproduz para os sucessores as aquisições dos precursores.
O habitus é o que caracteriza uma classe ou um grupo social em relação aos outros que não compartilham das mesmas condições sociais.
O habitus explica porque os membros de uma mesma classe agem frequentemente de maneira semelhante sem ter necessidade de entrar em acordo para isso.
O habitus é o que permite aos indivíduos se orientarem em seu espaço social e adotarem práticas que estão de acordo com sua vinculação social. Ele torna possível para o indivíduo a elaboração de estratégias antecipadoras que são guiadas por esquemas inconscientes, esquemas de percepção, de pensamento e de ação.