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Questões - EFOMM | Gabarito e resoluções

Questão
2016Português

FELICIDADE CLANDESTINA Clarice Lispector Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como data natalícia e saudade. Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do dia seguinte com ela ia se repetir com meu coração batendo. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando-me mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: E você fica com o livro por quanto tempo quiser. Entendem? Valia mais do que me dar o livro: pelo tempo que eu quisesse é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante. Com base no texto acima, responda à(s) questão(ões) a seguir. (Efomm 2016) Assinale a opção em que aparece mais de uma oração no período.

Questão 1
2015Matemática

(EFOMM - 2015) Uma turma de alunos do 1 ano da EFOMM tem aulas s segundas, quartas e sextas, de 8h40 s 10h20 e de 10h30 s 12h. As matrias so Arquitetura Naval, Ingls e Clculo, cada uma com duas aulas semanais, em dias diferentes. De quantos modos pode ser feito o horrio dessa turma?

Questão 5
2015Matemática

(EFOMM - 2015) Sejam as funese. Sabendo que bijetora e sobrejetora, considere as sentenas a seguir: I - injetora; II - bijetora; III - sobrejetora. Assinalando com verdadeiro (V) ou falso (F) a cada sentena, obtm-se

Questão 7
2015Matemática

(EFOMM - 2015) Um juiz de futebol trapalho tem no bolso um carto amarelo, um carto vermelho e um carto com uma face amarela e uma outra face vermelha. Depois de uma jogada violenta, o juiz mostra um carto, retirado do bolso ao acaso, para um atleta. Se a face que o jogador v amarela, a probabilidade de a face voltada para o juiz ser vermelha ser

Questão 15
2015Matemática

(EFOMM 2014/2015 - Alterada) Assinale a alternativa que apresenta o polinômio P de grau mínimo, com coeficientes reais, de modo que P(i) = 2 e P(1+i) = 0.

Questão 18
2015Matemática

(EFOMM - 2015) Sejauma matriz quadrada de ordem 3, onde cada termo dado pela lei Pode-se afirmar que o valor de det(A) :

Questão 2
2014Matemática

Sabendo-se que, calcule, em funo de,.

Questão 13
2014Matemática

Suponha um lote com dez peças, sendo duas defeituosas. Testam-se as peças, uma a uma, até que sejam encontradas as duas defeituosas. A probabilidade de que a última peça defeituosa seja encontrada no terceiro teste é igual a

Questão 16
2014Matemática

O valor da soma de a e b, para que a divisão de por seja exata, é

Questão
2014Matemática

O valor da soma de a e b, para quea divisão de f(x) = x3+ ax + b por g(x) = 2x2+ 2x - 6 seja exata é:

Questão
2014Biologia

(Enem 2014 - 2 aplicao) O quadro a seguir refere-se aos grupos sanguneos humanos e seus respectivos gentipos, e o esquema seguinterepresenta as de doeo entre esses diferentes grupos. Um casal tem trs filhos, sendo do grupo A, outro do gupo B e o terceiro grupo O. Considerando-se somente osistema ABO para fins de transfuso sangunea, a probabilidade de o casal dar luz uma menina que no futuro possa doarsangue para todos os seus irmos de

Questão 3
2013Matemática

(EFOMM - 2013) Um ponto P = (x, y), no primeiro quadrante do plano xy, situa-se no grfico de y = x2. Se o ngulo de inclinao da reta que passa por P e pela origem, ento o valor da expresso 1 + y (onde y a ordenada de P) :

Questão 6
2013Matemática

(EFOMM - 2013) O nmero de bactrias B, numa cultura, aps t horas, B = B0.ekt, onde k um a constante real. Sabendo-se que o nmero inicial de bactrias 100 e que essa quantidade duplica em t =horas, ento o nmero N de bactrias, aps 2 horas, satisfaz:

Questão 8
2013Matemática

Se, então o valor de, para, é igual a:

Questão 9
2013Matemática

(EFOMM - 2013) O grfico da funo contnua y = f(x), no plano xy, uma curva situada acima do eixo x para x 0 e possui a seguinte propriedade: A rea da regio entre a curva y = f(x) e o eixo x no intervalo igual rea entre a curva e o eixo x no intervalo. Se a rea da regio entre a curva y = f(x) e o eixo x para x no intervalo o nmero A ento a rea entre a curva y = f(x) e o eixo x no intervalo vale: