(Unioeste 2013) Segundo John Stuart Mill, a autoridade da sociedade sobre o indivduo deveria ser claramente limitada. Visando estabelecer o justo limite da soberania do indivduo sobre si mesmo, ele afirma que (...) o nico objetivo a favor do qual se possa exercer legitimamente presso sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra a vontade dele, consiste em prevenir danos a terceiros. No basta que se leve em conta o prprio bem, fsico ou moral, da pessoa. MILL, J. S. Da Liberdade. So Paulo: Ibrasa, 1963. Este princpio, muito caro ao liberalismo poltico radical, ficou conhecido como princpio da liberdade. Com base na leitura do enunciado de Mill, escolha a alternativa correta.
(UNIOESTE 2014) A proposio de Tales de que a gua o absoluto ou, como diziam os antigos, o princpio, filosfica: com ela, a filosofia comea porque, atravs dela, chega conscincia de que o um a essncia, o verdadeiro, o nico que em si e para si. Comea aqui um distanciar-se daquilo que em nossa percepo sensvel; um afastar-se deste ente imediato - um recuar diante dele. Os gregos consideraram o sol, as montanhas, os rios, etc., como foras autnomas, honrando-os como deuses, elevados pela fantasia a seres ativos, mveis, conscientes, dotados de vontade. Isto gera em ns a representao da pura criao pela fantasia animao infinita e universal, figurao, sem unidade simples. Com essa proposio est aquietada a imaginao selvagem, infinitamente colorida, de Homero; dissociar-se de uma infinidade de princpios, toda esta representao de que um objeto singular algo que verdadeiramente subsiste para si, que uma fora para si, autnoma e acima das outras, sobressumida e assim est posto que s h um universal, o universal ser em si e para si, a intuio simples e sem fantasia, o pensamento de que apenas um . Este universal est, ao mesmo tempo, em relao com o singular, com a apario, com a existncia do mundo. Hegel No se trata de contrapor os gregos aos outros povos, como se fossem destitudos de racionalidade. Mas diante do real, os gregos no se limitaram a uma atividade prtica ou a um comportamento religioso; ao lado disso, souberam assumir um comportamento propriamente filosfico: a pergunta filosfica exige uma postura mais puramente intelectual. Gerd A. Bornheim Considerando os textos acima, que tratam do surgimento da filosofia e do primeiro filsofo grego, Tales de Mileto, CORRETO afirmar que
(UNIOESTE - 2013) As eras e perodos geolgicos so fundamentais para a compreenso da histria da Terra e de sua evoluo fsica, refletindo-se tambm na configurao geolgica do Brasil. Sobre esse assunto, aponte a alternativa INCORRETA.
(UNIOESTE 2013) Em seu artigo Max Horkheimer: teoria crítica e materialismo interdisciplinar (2011), o filósofo Luís Sérgio Repa afirma que a teoria crítica procurou reintegrar a razão pelas promessas não cumpridas pelo Iluminismo. Entre os pensadores ligados a Escola de Frankfurt, Max Horkheimer se destacou por ter sistematizado e teorizado a teoria crítica, além de ter formulado um programa de pesquisa. Entre os principais fundamentos teóricos da teoria crítica frankfurtiana, assinale a alternativa correta.
(UNIOESTE/2013) Se compreendermos a Filosofia em um sentido amplo - como concepção da vida e do mundo -, poderemos dizer que sempre houve Filosofia. De fato, ela responde a uma exigência da própria natureza humana; o homem, imerso no mistério do real, vive a necessidade de encontrar uma razão de ser para o mundo que o cerca e para o enigma da existência. [] Mas se compreendermos a Filosofia em um sentido próprio, isto é, como o resultado de uma atividade da razão humana que se defronta com a totalidade do real, torna-se impossível pretender que a Filosofia tenha estado presente em todo e qualquer tipo de cultura. [] [Nesse caso,] a Filosofia teve seu início nas colônias da Grécia, nos séculos VI e V a.C.. Gerd Bornheim. Considerando o texto acima e o início da Filosofia na Grécia, é INCORRETO afirmar que
(Unioeste 2013) Em seu texto,O Enfraquecimento da Sociedade Civil, Michael Hardt salienta que na obra de Michel Foucault, a intermediação institucional que define a relação entre sociedade civil e Estado aparece em uma funcionalidade totalmente projetada para fins autoritários e antidemocráticos. Foucault se refere às múltiplas formas de organização e produção de forças sociais pelo Estado que impedem que forças pluralistas e interesses da sociedade civil se sobressaiam sobre o Estado. Tendo em vista essa intermediação entre Estado e sociedade civil, assinale a alternativa que corresponda à concepção foucaultiana de Estado.
(UNIOESTE - 2013) ... esta palavra, Filosofia, significa o estudo da sabedoria, e por sabedoria no se deve entender apenas a prudncia nos negcios, mas um conhecimento perfeito de todas as coisas que o homem pode saber, tanto para a conduta da sua vida como para a conservao da sade e inveno de todas as artes. E para que este conhecimento assim possa ser, necessrio deduzi-lo das primeiras causas, de tal modo que, para se conseguir obt-lo e a isto se chama filosofar , h que comear pela investigao dessas primeiras causas, ou seja, dos princpios. Estes devem obedecer a duas condies: uma, que sejam to claros e evidentes que o esprito humano no possa duvidar da sua verdade, desde que se aplique a consider-los com ateno; a outra, que o conhecimento das outras coisas dependa deles, de maneira que possam ser conhecidos sem elas, mas no o inverso. Depois disto, indispensvel que, a partir desses princpios, se possa deduzir o conhecimento das coisas que dependem deles, de tal modo que, no encadeamento das dedues realizadas, no haja nada que no seja perfeitamente conhecido. Descartes. medida que Descartes vai desenvolvendo sua ideia de um sistema reconstrudo de conhecimento, vemos surgir dois componentes especficos da viso cartesiana. O primeiro um individualismo radical: a cincia tradicional, composta e acumulada a partir das opinies de inmeras e variadas pessoas, jamais logra acercar-se tanto da verdade quanto os raciocnios simples de um indivduo de bom senso. O segundo componente uma nfase na unidade e no sistema: Todas as coisas que se incluem no alcance do conhecimento humano so interligadas. Cottingham. Considerando os textos acima, que tratam da teoria cartesiana do conhecimento, INCORRETO afirmar que
(Unioeste 2013) O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), em sua obra As Regras do Método Sociológico, ocupou-se em estabelecer o objeto de estudo da sociologia. Entre as constatações de Durkheim, está a de que o fato social não pode ser definido pela sua generalidade no interior de uma sociedade. Nessa obra, Durkheim elabora um tratamento científico dos fatos sociais e cria uma base para a sociologia no interior de um conjunto coeso de disciplinas sociais, visando fornecer uma base racional e sistemática da sociedade civil. Sobre o significado do fato social para Durkheim, é correto afirmar que
(Unioeste 2013) O Manifesto do Partido Comunista, escrito por Marx e Engels no ponto de inflexo entre as reflexes de juventude e a obra de maturidade, sintetiza os resultados da concepo materialista da histria alcanados pelos dois autores at 1848. A dinmica do desenvolvimento histrico ento concebida como resultante do aprofundamento da tenso entre foras produtivas e relaes de produo, que se expressaria atravs da luta poltica aberta. Com base na concepo materialista da histria defendida por Marx e Engels no Manifesto, selecione a alternativa correta.
(Unioeste 2013) Thomas Hobbes um pensador poltico contratualista. Isso significa que ele pode ser includo na rica tradio da filosofia poltica que floresceu entre o sculo XVI e o XVIII, que reivindicava que a origem do Estado e/ou da sociedade civil (nesta tradio os dois conceitos se equivalem) residiria num contrato estabelecido pelos homens entre si, que poria fim ao estado de natureza. Contudo, a concepo hobbesiana do contrato distingue-se profundamente dos demais contratualistas. Com relao aos principais elementos da concepo contratualista de Hobbes, correto afirmar que
(UNIOESTE2013). Pierre Bourdieu trata da cultura no sentido antropolgico, recorrendo a outro conceito, o habitus. Em sua obra O Sentido Prtico ele explica mais detalhadamente sua concepo do habitus. Os habitus so sistemas de disposies durveis e transponveis, estruturas estruturadas predispostas a funcionar como estruturas estruturantes, isto , a funcionar como princpios geradores e organizadores de prticas e de representaes que podem ser objetivamente adaptadas a seu objetivo sem supor que se tenham em mira conscientemente estes fins e o controle das operaes necessrias para obt-los. BOURDIEU, 1980, p.88. Sobre o conceito de habitus INCORRETO afirmar que:
(Unioeste 2013) “Nada indigna mais uma cabeça filosófica do que ouvir dizer que, de agora em diante, toda filosofia tem de ficar aprisionada nos grilhões de um único sistema. Nunca esse espírito se sentira maior do que ao ver diante de si a infinidade do saber. Toda a sublimidade de sua ciência consistiria justamente em nunca poder perfazer-se. No instante em que ele próprio acreditasse ter perfeito seu sistema, ele se tornaria insuportável para si mesmo. Nesse mesmo instante, deixaria de ser criador e se reduziria a um instrumento de sua criatura. […] nada pode ser mais pernicioso para a dignidade da filosofia que a tentativa de forçá-la a entrar nos limites de um sistema teórico universalmente válido” Schelling. Considerando o texto acima, é INCORRETO afirmar que
(UNIOESTE - 2013) Entre 1964 e 1985, o Brasil foi governado por militares. Acerca deste perodo da histria brasileira, correto afirmar que
(Unioeste 2013) “I. Objeção: o conhecimento colocado em ideias deve ser todo uma pura visão. Não duvido que meu leitor, neste momento, deve estar apto para pensar que eu tenho estado todo este tempo construindo apenas um castelo no ar, e estar pronto para dizer: ‘Qual é o propósito de tudo isto? O conhecimento, você afirma, é apenas a percepção de acordo ou desacordo de nossas ideias: mas quem sabe o que estas ideias podem ser? Se isto for verdadeiro, as visões de um entusiasta e os raciocínios de um homem sóbrio deverão ser igualmente evidentes. Não consiste em verificar o que são as coisas, de sorte que um homem observa apenas o acordo de suas próprias imaginações e se expressa em conformidade com isso, sendo, pois, tudo verdadeiro, tudo certeza. Tais castelos no ar serão fortalezas da verdade como as demonstrações de Euclides. Uma harpa não constitui um centauro: revelamos, por este meio, um conhecimento tão certo e tão verdadeiro como o que afirma que o quadrado não é um círculo.‘Mas para que serve todo este conhecimento refinado das próprias imaginações dos homens que pesquisam a realidade das coisas? Não importa o que são as fantasias dos homens, trata-se apenas do conhecimento das coisas a ser capturado; unicamente este valoriza nossos raciocínios e mostra o predomínio do conhecimento de um homem sobre o outro, dizendo respeito às coisas como realmente são, e não de sonhos e fantasias’. II. Resposta: não exatamente, onde as ideias concordam com as coisas. A isto respondo: se nosso conhecimento de nossas ideias termina nelas, e não vai além disso, onde há algo mais para ser designado, nossos mais sérios pensamentos serão de pouco mais uso que os devaneios de um cérebro louco; e as verdades construídas deste modo não pesam mais que os discursos de um homem que vê coisas claramente num sonho e com grande segurança as expressa. Mas espero, antes de terminar, tornar evidente que este meio de certeza, mediante o conhecimento de nossas ideias, vai um pouco além da pura imaginação; e acredito que será mostrado que toda a certeza das verdades gerais pertencentes a um homem não se encontra em nada mais.”Locke. “Aristóteles e Locke consideram que o conhecimento se realiza por graus contínuos, partindo da sensação até chegar às ideias. [...] Para o racionalismo, a fonte do conhecimento verdadeiro é a razão operando por si mesma, sem o auxílio da experiência sensível e controlando a própria experiência sensível. Para o empirismo, a fonte de todo e qualquer conhecimento é a experiência sensível, responsável pelas ideias da razão e controlando o trabalho da própria razão.”Marilena Chauí. Considerando os textos acima que versam sobre a noção de conhecimento moderna e, especificamente, sobre a noção de conhecimento em Locke, é INCORRETO afirmar que
(Unioeste 2013) Segundo a filosofia política clássica, mesmo considerando a diversidade de concepções de contrato partilhada por seus principais representantes (Hobbes, Locke e Rousseau), a constituição do estado civil ou sociedade política marcaria uma ruptura profunda no ordenamento da sociedade humana. Com base na ideia de contrato defendida por estes autores, é correto afirmar que a constituição do estado civil ou sociedade política representaria