(AFA - 2012) TEXTO I O silncio incomoda 1Como trabalho em casa, assisto a um grande 2nmero de jogos e programas esportivos, alguns porque gosto e outros para me manter atualizado, vejo ainda muitos noticirios gerais, filmes, programas culturais5(so pouqussimos) e tambm, por curiosidade, muitas6coisas ruins. Estou viciado em televiso. 7No suporto mais ver tantas tragdias, crimes, violncias, falcatruas e tantas politicagens para a realizao da Copa de 2014. 10Estou sem pacincia para assistir a tantas 11partidas tumultuadas no Brasil, consequncia do estilo 12de jogar, da tolerncia com a violncia e do ambiente 13blico em que se transformou o futebol, dentro e fora do 14campo. 15Na transmisso das partidas, fala-se e grita-se demais. No h um nico instante de silncio, nenhuma pausa. O barulho cada dia maior no futebol, nas ruas, nos bares, nos restaurantes e em quase todos os ambientes. O silncio incomoda as pessoas. 20 bvio que informaes e estatsticas so 21importantssimas. Mas exageram. Fala-se muito, mesmo 22com a bola rolando. Impressiona-me como se formam 23conceitos, do opinies, baseados em estatsticas que 24tm pouca ou nenhuma importncia. 25Na partida entre Esccia e Brasil, um reprter da 26TV Globo deu a grande notcia, que Neymar foi o 27primeiro jogador brasileiro a marcar dois gols contra a Esccia em uma mesma partida. 29Parece haver uma disputa para saber quem d 30mais informaes e estatsticas, e outra, entre os 31narradores, para saber quem grita gol mais alto e 32prolongado. Se dizem que a imagem vale mais que mil 33palavras, por que se fala e se grita tanto? 34Outra discusso chata, durante e aps as 35partidas, se um jogador teve a inteno de colocar a 36mo na bola e de fazer pnalti, e se outro teve a 37inteno de atingir o adversrio. Com rarssimas 38excees, ningum louco para fazer pnalti nem to 39canalha para querer quebrar o outro jogador. 40O que ocorre, com frequncia, o jogador, no 41impulso, sem pensar, soltar o brao na cara do outro. O 42impulso est frente da conscincia. No sou tambm 43to ingnuo para achar que todas as faltas violentas so 44involuntrias. 45No d para o rbitro saber se a falta foi 46intencional ou no. Ele precisa julgar o fato, e no a 47inteno. Eles precisam ter tambm bom senso, o que raro no ser humano, para saber a gravidade das faltas. 49Muitas parecem iguais, mas no so. Ter critrio no 50unificar as diferenas. (Tosto, Folha de S.Paulo, caderno D, esporte, p. 11, 10/04/2011.) TEXTO II O dolo 1Em um belo dia, a deusa dos ventos beija o p do homem, o maltratado, desprezado p, e, desse beijo, nasce o dolo do futebol. Nasce em bero de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraado a uma bola. 5Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criana, alegra os descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subrbios at que a noite cai e ningum mais consegue ver a bola, e, quando jovem, voa e faz voar nos estdios. Suas artes de malabarista 10convocam multides, domingo aps domingo, de vitria em vitria, de ovao em ovao. A bola o procura, o reconhece, precisa dele. No peito de seu p, ela descansa e se embala. Ele lhe d brilho e a faz falar, e neste dilogo entre os dois, 15milhes de mudos conversam. Os Z Ningum, os condenados a serem para sempre ningum, podem sentir-se algum por um momento, por obra e graa desses passes devolvidos num toque, essas fintas que desenham os zs na grama, esses golaos de 20calcanhar ou de bicicleta: quando ele joga o time tem doze jogadores. Doze? Tem quinze! Vinte! A bola ri, radiante, no ar. Ele a amortece, a adormece, diz galanteios, dana com ela, e vendo 25essas coisas nunca vistas, seus adoradores sentem piedade por seus netos ainda no nascidos, que no esto vendo o que acontece. Mas o dolo dolo apenas por um momento, humana eternidade, coisa de nada; e quando chega a 30hora do azar para o p de ouro, a estrela conclui sua viagem do resplendor escurido. Esse corpo est com mais remendos que roupa de palhao, o acrobata virou paraltico, o artista uma besta: Com a ferradura, no! 35A fonte da felicidade pblica se transforma no praraios do rancor pblico: Mmia! s vezes, o dolo no cai inteiro. E, s vezes, quando se quebra, a multido o devora aos pedaos. (Eduardo Galeano. Futebol, ao sol e sombra.) A relao estabelecida entre as oraes do perodo Desde que aprende a andar, sabe jogar., (linha05, Texto II), igual do perodo:
(AFA - 2012) TEXTO II O dolo 1Em um belo dia, a deusa dos ventos beija o p do homem, o maltratado, desprezado p, e, desse beijo, nasce o dolo do futebol. Nasce em bero de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraado a uma bola. 5Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criana, alegra os descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subrbios at que a noite cai e ningum mais consegue ver a bola, e, quando jovem, voa e faz voar nos estdios. Suas artes de malabarista 10convocam multides, domingo aps domingo, de vitria em vitria, de ovao em ovao. A bola o procura, o reconhece, precisa dele. No peito de seu p, ela descansa e se embala. Ele lhe d brilho e a faz falar, e neste dilogo entre os dois, 15milhes de mudos conversam. Os Z Ningum, os condenados a serem para sempre ningum, podem sentir-se algum por um momento, por obra e graa desses passes devolvidos num toque, essas fintas que desenham os zs na grama, esses golaos de 20calcanhar ou de bicicleta: quando ele joga o time tem doze jogadores. Doze? Tem quinze! Vinte! A bola ri, radiante, no ar. Ele a amortece, a adormece, diz galanteios, dana com ela, e vendo 25essas coisas nunca vistas, seus adoradores sentem piedade por seus netos ainda no nascidos, que no esto vendo o que acontece. Mas o dolo dolo apenas por um momento, humana eternidade, coisa de nada; e quando chega a 30hora do azar para o p de ouro, a estrela conclui sua viagem do resplendor escurido. Esse corpo est com mais remendos que roupa de palhao, o acrobata virou paraltico, o artista uma besta: Com a ferradura, no! 35A fonte da felicidade pblica se transforma no praraios do rancor pblico: Mmia! s vezes, o dolo no cai inteiro. E, s vezes, quando se quebra, a multido o devora aos pedaos. (Eduardo Galeano. Futebol, ao sol e sombra.) Assinale a opo cuja anlise traz uma informao correta.
(AFA - 2012) TEXTO II O dolo 1Em um belo dia, a deusa dos ventos beija o p do homem, o maltratado, desprezado p, e, desse beijo, nasce o dolo do futebol. Nasce em bero de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraado a uma bola. 5Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criana, alegra os descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subrbios at que a noite cai e ningum mais consegue ver a bola, e, quando jovem, voa e faz voar nos estdios. Suas artes de malabarista 10convocam multides, domingo aps domingo, de vitria em vitria, de ovao em ovao. A bola o procura, o reconhece, precisa dele. No peito de seu p, ela descansa e se embala. Ele lhe d brilho e a faz falar, e neste dilogo entre os dois, 15milhes de mudos conversam. Os Z Ningum, os condenados a serem para sempre ningum, podem sentir-se algum por um momento, por obra e graa desses passes devolvidos num toque, essas fintas que desenham os zs na grama, esses golaos de 20calcanhar ou de bicicleta: quando ele joga o time tem doze jogadores. Doze? Tem quinze! Vinte! A bola ri, radiante, no ar. Ele a amortece, a adormece, diz galanteios, dana com ela, e vendo 25essas coisas nunca vistas, seus adoradores sentem piedade por seus netos ainda no nascidos, que no esto vendo o que acontece. Mas o dolo dolo apenas por um momento, humana eternidade, coisa de nada; e quando chega a 30hora do azar para o p de ouro, a estrela conclui sua viagem do resplendor escurido. Esse corpo est com mais remendos que roupa de palhao, o acrobata virou paraltico, o artista uma besta: Com a ferradura, no! 35A fonte da felicidade pblica se transforma no praraios do rancor pblico: Mmia! s vezes, o dolo no cai inteiro. E, s vezes, quando se quebra, a multido o devora aos pedaos. (Eduardo Galeano. Futebol, ao sol e sombra.) Julgue cada item a seguir, como V (verdadeiro) ou F (falso), considerando o que se afirma sobre o emprego dos pronomes no texto II. ( )Em A bola o procura, o reconhece, precisa dele. (linha12) e /.../ que no esto vendo o que acontece. (linhas26 e 27), todos os termos assinalados so pronomes pessoais oblquos tonos. ( )No trecho por obra e graa desses passes devolvidos num toque, essas fintas que desenham os zs na grama, esses golaos de calcanhar ou de bicicleta... (linhas17 a 20), os pronomes grifados poderiam contrair-se com a preposio de sem prejuzo da correo gramatical. ( )No trecho No peito de seu p, ela descansa e se embala. Ele lhe d brilho e a faz falar... (linhas12 a 14), todos os pronomes grifados tm o mesmo referente. ( )Em Esse corpo est com mais remendos X (linhas31 e 32), a substituio do pronome grifado por aquele acarretaria alterao de sentido no trecho. A seqncia correta :
(AFA - 2012) TEXTO I O silncio incomoda 1Como trabalho em casa, assisto a um grande 2nmero de jogos e programas esportivos, alguns porque gosto e outros para me manter atualizado, vejo ainda muitos noticirios gerais, filmes, programas culturais5(so pouqussimos) e tambm, por curiosidade, muitas6coisas ruins. Estou viciado em televiso. 7No suporto mais ver tantas tragdias, crimes, violncias, falcatruas e tantas politicagens para a realizao da Copa de 2014. 10Estou sem pacincia para assistir a tantas 11partidas tumultuadas no Brasil, consequncia do estilo 12de jogar, da tolerncia com a violncia e do ambiente 13blico em que se transformou o futebol, dentro e fora do 14campo. 15Na transmisso das partidas, fala-se e grita-se demais. No h um nico instante de silncio, nenhuma pausa. O barulho cada dia maior no futebol, nas ruas, nos bares, nos restaurantes e em quase todos os ambientes. O silncio incomoda as pessoas. 20 bvio que informaes e estatsticas so 21importantssimas. Mas exageram. Fala-se muito, mesmo 22com a bola rolando. Impressiona-me como se formam 23conceitos, do opinies, baseados em estatsticas que 24tm pouca ou nenhuma importncia. 25Na partida entre Esccia e Brasil, um reprter da 26TV Globo deu a grande notcia, que Neymar foi o 27primeiro jogador brasileiro a marcar dois gols contra a Esccia em uma mesma partida. 29Parece haver uma disputa para saber quem d 30mais informaes e estatsticas, e outra, entre os 31narradores, para saber quem grita gol mais alto e 32prolongado. Se dizem que a imagem vale mais que mil 33palavras, por que se fala e se grita tanto? 34Outra discusso chata, durante e aps as 35partidas, se um jogador teve a inteno de colocar a 36mo na bola e de fazer pnalti, e se outro teve a 37inteno de atingir o adversrio. Com rarssimas 38excees, ningum louco para fazer pnalti nem to 39canalha para querer quebrar o outro jogador. 40O que ocorre, com frequncia, o jogador, no 41impulso, sem pensar, soltar o brao na cara do outro. O 42impulso est frente da conscincia. No sou tambm 43to ingnuo para achar que todas as faltas violentas so 44involuntrias. 45No d para o rbitro saber se a falta foi 46intencional ou no. Ele precisa julgar o fato, e no a 47inteno. Eles precisam ter tambm bom senso, o que raro no ser humano, para saber a gravidade das faltas. 49Muitas parecem iguais, mas no so. Ter critrio no 50unificar as diferenas. (Tosto, Folha de S.Paulo, caderno D, esporte, p. 11, 10/04/2011.) TEXTO II O dolo 1Em um belo dia, a deusa dos ventos beija o p do homem, o maltratado, desprezado p, e, desse beijo, nasce o dolo do futebol. Nasce em bero de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraado a uma bola. 5Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criana, alegra os descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subrbios at que a noite cai e ningum mais consegue ver a bola, e, quando jovem, voa e faz voar nos estdios. Suas artes de malabarista 10convocam multides, domingo aps domingo, de vitria em vitria, de ovao em ovao. A bola o procura, o reconhece, precisa dele. No peito de seu p, ela descansa e se embala. Ele lhe d brilho e a faz falar, e neste dilogo entre os dois, 15milhes de mudos conversam. Os Z Ningum, os condenados a serem para sempre ningum, podem sentir-se algum por um momento, por obra e graa desses passes devolvidos num toque, essas fintas que desenham os zs na grama, esses golaos de 20calcanhar ou de bicicleta: quando ele joga o time tem doze jogadores. Doze? Tem quinze! Vinte! A bola ri, radiante, no ar. Ele a amortece, a adormece, diz galanteios, dana com ela, e vendo 25essas coisas nunca vistas, seus adoradores sentem piedade por seus netos ainda no nascidos, que no esto vendo o que acontece. Mas o dolo dolo apenas por um momento, humana eternidade, coisa de nada; e quando chega a 30hora do azar para o p de ouro, a estrela conclui sua viagem do resplendor escurido. Esse corpo est com mais remendos que roupa de palhao, o acrobata virou paraltico, o artista uma besta: Com a ferradura, no! 35A fonte da felicidade pblica se transforma no praraios do rancor pblico: Mmia! s vezes, o dolo no cai inteiro. E, s vezes, quando se quebra, a multido o devora aos pedaos. (Eduardo Galeano. Futebol, ao sol e sombra.) TEXTO III Sermo da Plancie (para no ser escutado) Bem-aventurados os que no entendem nem aspiram a entender de futebol, pois deles o reino da tranquilidade. Bem-aventurados os que, por entenderem de 5futebol, no se expem ao risco de assistir s partidas, pois no voltam com decepo ou enfarte. (...) Bem-aventurados os que no escalam, pois no tero suas mes agravadas, seu sexo contestado e sua integridade fsica ameaada, ao sarem do estdio. 10Bem-aventurados os que no so escalados, pois escapam das vaias, projteis, contuses, fraturas, e mesmo da glria precria de um dia. Bem-aventurados os que no so cronistas esportivos, pois no carecem de explicar o inexplicvel e 15racionalizar a loucura. (...) Bem-aventurados os surdos, pois no os atinge o estrondar das bombas da vitria, que fabricam os surdos, nem o matraquear dos locutores, carentes de exorcismo. (...) 20Bem-aventurados os que, depois de escutar esse sermo, aplicarem todo o ardor infantil no peito maduro para desejar a vitria do selecionado brasileiro nesta e em todas as futuras Copas do Mundo, como faz o velho sermoneiro desencantado, mas torcedor assim mesmo, 25pois para o diabo v a razo quando o futebol invade o corao. (Carlos Drummond de Andrade. Jornal do Brasil, 18/06/1974.) Marque em cada item a seguir V para verdadeiro ou F para falso. ( ) No texto III, a expresso matraquear dos locutores (l. 18) permite identificar uma crtica semelhante realizada no seguinte trecho do texto I: fala-se e grita-se demais (l. 15 e 16) ( ) Pode-se afirmar que o 5 pargrafo do texto III (l. 13 a 15) tem por objetivo desqualificar a argumentao do cronista esportivo Tosto, autor do texto I. ( ) A construo do sentido do pargrafo final do texto III faz uso de relaes de anttese, encaminhando a concluso para a ideia de que, apesar dos problemas racionais, o que move o torcedor a paixo. ( ) O significado das afirmaes a multido o devora aos pedaos (l. 39, texto II) e sua integridade fsica ameaada (l. 8 e 9 texto III) o mesmo em ambos os contextos, pois, conforme demonstram os pronomes destacados, tm o mesmo referente: o jogador. A sequncia correta :
(AFA - 2012) TEXTO II O dolo 1Em um belo dia, a deusa dos ventos beija o p do homem, o maltratado, desprezado p, e, desse beijo, nasce o dolo do futebol. Nasce em bero de palha e barraco de lata e vem ao mundo abraado a uma bola. 5Desde que aprende a andar, sabe jogar. Quando criana, alegra os descampados e os baldios, joga e joga e joga nos ermos dos subrbios at que a noite cai e ningum mais consegue ver a bola, e, quando jovem, voa e faz voar nos estdios. Suas artes de malabarista 10convocam multides, domingo aps domingo, de vitria em vitria, de ovao em ovao. A bola o procura, o reconhece, precisa dele. No peito de seu p, ela descansa e se embala. Ele lhe d brilho e a faz falar, e neste dilogo entre os dois, 15milhes de mudos conversam. Os Z Ningum, os condenados a serem para sempre ningum, podem sentir-se algum por um momento, por obra e graa desses passes devolvidos num toque, essas fintas que desenham os zs na grama, esses golaos de 20calcanhar ou de bicicleta: quando ele joga o time tem doze jogadores. Doze? Tem quinze! Vinte! A bola ri, radiante, no ar. Ele a amortece, a adormece, diz galanteios, dana com ela, e vendo 25essas coisas nunca vistas, seus adoradores sentem piedade por seus netos ainda no nascidos, que no esto vendo o que acontece. Mas o dolo dolo apenas por um momento, humana eternidade, coisa de nada; e quando chega a 30hora do azar para o p de ouro, a estrela conclui sua viagem do resplendor escurido. Esse corpo est com mais remendos que roupa de palhao, o acrobata virou paraltico, o artista uma besta: Com a ferradura, no! 35A fonte da felicidade pblica se transforma no praraios do rancor pblico: Mmia! s vezes, o dolo no cai inteiro. E, s vezes, quando se quebra, a multido o devora aos pedaos. (Eduardo Galeano. Futebol, ao sol e sombra.) TEXTO III Sermo da Plancie (para no ser escutado) Bem-aventurados os que no entendem nem aspiram a entender de futebol, pois deles o reino da tranquilidade. Bem-aventurados os que, por entenderem de 5futebol, no se expem ao risco de assistir s partidas, pois no voltam com decepo ou enfarte. (...) Bem-aventurados os que no escalam, pois no tero suas mes agravadas, seu sexo contestado e sua integridade fsica ameaada, ao sarem do estdio. 10Bem-aventurados os que no so escalados, pois escapam das vaias, projteis, contuses, fraturas, e mesmo da glria precria de um dia. Bem-aventurados os que no so cronistas esportivos, pois no carecem de explicar o inexplicvel e 15racionalizar a loucura. (...) Bem-aventurados os surdos, pois no os atinge o estrondar das bombas da vitria, que fabricam os surdos, nem o matraquear dos locutores, carentes de exorcismo. (...) 20Bem-aventurados os que, depois de escutar esse sermo, aplicarem todo o ardor infantil no peito maduro para desejar a vitria do selecionado brasileiro nesta e em todas as futuras Copas do Mundo, como faz o velho sermoneiro desencantado, mas torcedor assim mesmo, 25pois para o diabo v a razo quando o futebol invade o corao. (Carlos Drummond de Andrade. Jornal do Brasil, 18/06/1974.) Sobre a possibilidade de se estabelecerem relaes entre textos intertextualidades considere a seguinte afirmao: Toda leitura necessariamente intertextual, pois, ao ler, estabelecemos associaes desse texto do momento com outros j lidos. /.../ Os textos, por isso, so lidos de diversas maneiras, num processo de produo de sentido que depende do repertrio de cada leitor em seu momento de leitura. (PAULINO, Graa et alli. Intertextualidades: teoria e prtica. Belo Horizonte: Ed. L, 1995, p. 54.) Considerando a afirmao anterior, bem como a possibilidade de relacionar entre si os textos que voc leu nesta prova, assinale a alternativa correta.
(AFA -2012) A tabela a seguir resume alguns dados sobre dois satlites de Jpiter. Sabendo-se que o perodo orbital de Io de aproximadamente 1,8 dia terrestre, pode-se afirmar que o perodo orbital de Europa expresso em dia(s) terrestre(s), um valor mais prximo de:
(AFA - 2012) Uma fonte de luz monocromtica ilumina um obstculo, contendo duasfendas separadas por uma distncia d, e produz em um anteparo distante D das fendas, tal queD d, uma configurao de interferncia com franjas claras e escuras igualmente espaadas,como mostra a figura abaixo. Considere que a distncia entre os centros geomtricos de uma franja clara e da franja escura,adjacente a ela, seja x. Nessas condies, so feitas as seguintes afirmativas. I. O comprimento de onda da luz monocromtica que ilumina o obstculo obtido como2xd/D. II. A distncia entre o mximo central e o segundo mximo secundrio 3x. III. A diferena de caminhos percorridos pela luz que atravessa as fendas do anteparo echegam no primeiro mnimo de intensidade dado porxd/2D. (So) correta(s) apenas
(AFA - 2012) Os vetores e , na figura abaixo, representam, respectivamente, avelocidade do vento e a velocidade de um avio em pleno voo, ambas medidas em relao aosolo. Sabendo-se que o movimento resultante do avio acontece em uma direoperpendicular direo da velocidade do vento, tem-se que o cosseno do ngulo entre osvetores velocidades e , vale
(AFA - 2012) How to Become a Stunt Double A stunt double stands in for the actor when the action or fight scene gets dangerous or goes beyond the capabilities of the actor. To become a stunt double, you must be in excellent physical condition and have special skills. Instructions 1. Exercise regularly if you want to become a stunt double. Eat nutritiously for optimal health and strength. 2. Take lots of lessons because the more skills you have, the better. Gymnastics is extremely important in becoming a stunt double. Get good at trampoline, skateboarding, swimming and high board diving. Take scuba diving lessons. Practice rock climbing and horseback riding. Learn to water ski and snow ski. 3. Enroll in martial arts classes, especially judo. Judo is excellent for learning how to break falls. 4. Get training in CPR(1) and First Aid. This training looks good on a rsum, especially for stunt double careers. Injuries happen. 5. Have valid drivers licenses for both car and motorcycle. Take advanced driving classes so youll be qualified for difficult driving scenes. 6. Move to Hollywood and plan to work your way up from the bottom. You must get into the Screen Actors Guild(2) and have a union card(3). Taken from Google (1) Cardiopulmonary resuscitation. (2) Annual prize promoted by the American Syndicate of Actors. (3) A card certifying membership in an organization. After reading the first item of the instructions, mark the option that completes the gap in the converted sentence below. If you want to become a stunt double you ________ exercise regularly.
(AFA - 2012) A figura abaixo mostra quatro passarinhos pousados em um circuito eltrico ligado a uma fonte de tenso, composto de fios ideais e cinco lmpadas idnticas L. Ao ligar a chave Ch, o(s) passarinho(s) pelo(s) qual(quais) certamente no passar(o) corrente eltrica (so) o(s) indicado(s) pelo(s) nmero(s)
(AFA - 2012) Uma montadora de automveis prepara trs modelos de carros, a saber: MODELO 1 2 3 CILINDRADA (em litro) 1.0 1.4 1.8 Essa montadora divulgou a matriz abaixo em que cada termo aij representa a distncia percorrida, em km, pelo modelo i, com um litro de combustvel, velocidade 10j km/h. Com base nisso, correto dizer que
(AFA - 2012) Sejam as matrizes e Em relao equao matricial AX = B, correto afirmar que
(AFA - 2012) Sendo x[0,2], a interpretao grfica no ciclo trigonomtrico para o conjunto soluo da inequao dada por
(AFA - 2012) Leave Out All The Rest (Linking Park) Soundtrack of Twilight I dreamed I was missing You were so scared But no one would listen Cause no one else cared After my dreaming I woke with this fear What am I leaving When Im done here [...] (Chorus) When my time comes Forget the wrong that Ive done Help me leave behind some Reasons to be missed [...] Dont be afraid Ive taken my beating Ive shared what I made [...] Pretending Someone else can come and save me from myself I cant be who you are The line Ive shared what I made is the answer to one question. Mark it.
(AFA -2012) TEXTO I O silncio incomoda 1Como trabalho em casa, assisto a um grande2nmero de jogos e programas esportivos, alguns porque gosto e outros para me manter atualizado, vejo ainda muitos noticirios gerais, filmes, programas culturais5(so pouqussimos) e tambm, por curiosidade, muitas6coisas ruins. Estou viciado em televiso. 7No suporto mais ver tantas tragdias, crimes, violncias, falcatruas e tantas politicagens para a realizao da Copa de 2014. 10Estou sem pacincia para assistir a tantas11partidas tumultuadas no Brasil, consequncia do estilo12de jogar, da tolerncia com a violncia e do ambiente13blico em que se transformou o futebol, dentro e fora do14campo. 15Na transmisso das partidas, fala-se e grita-se demais. No h um nico instante de silncio, nenhuma pausa. O barulho cada dia maior no futebol, nas ruas, nos bares, nos restaurantes e em quase todos os ambientes. O silncio incomoda as pessoas. 20 bvio que informaes e estatsticas so21importantssimas. Mas exageram. Fala-se muito, mesmo22com a bola rolando. Impressiona-me como se formam23conceitos, do opinies, baseados em estatsticas que24tm pouca ou nenhuma importncia. 25Na partida entre Esccia e Brasil, um reprter da26TV Globo deu a grande notcia, que Neymar foi o27primeiro jogador brasileiro a marcar dois gols contra a Esccia em uma mesma partida. 29Parece haver uma disputa para saber quem d30mais informaes e estatsticas, e outra, entre os31narradores, para saber quem grita gol mais alto e32prolongado. Se dizem que a imagem vale mais que mil33palavras, por que se fala e se grita tanto? 34Outra discusso chata, durante e aps as35partidas, se um jogador teve a inteno de colocar a36mo na bola e de fazer pnalti, e se outro teve a37inteno de atingir o adversrio. Com rarssimas38excees, ningum louco para fazer pnalti nem to39canalha para querer quebrar o outro jogador. 40O que ocorre, com frequncia, o jogador, no41impulso, sem pensar, soltar o brao na cara do outro. O42impulso est frente da conscincia. No sou tambm43to ingnuo para achar que todas as faltas violentas so44involuntrias. 45No d para o rbitro saber se a falta foi46intencional ou no. Ele precisa julgar o fato, e no a47inteno. Eles precisam ter tambm bom senso, o que raro no ser humano, para saber a gravidade das faltas.49Muitas parecem iguais, mas no so. Ter critrio no 50unificar as diferenas. (Tosto, Folha de S.Paulo, caderno D, esporte, p. 11, 10/04/2011.) Considere o seguinte trecho, extrado do 6 pargrafo: ... um reprter da TV Globo deu a grande notcia... (ref. 6, texto I) O uso de aspas na expresso grande notcia tem por objetivo chamar a ateno do leitor para