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Questões - UFPR | Gabarito e resoluções

Questão 37
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) A exploso das medusas em todo o mundo se deve a uma srie de fatores inter-relacionados. Uma das principais causas o excesso de pesca de seus predadores naturais, como o atum, o que ao mesmo tempo elimina a concorrncia pelo alimento e o espao de reproduo. Em paralelo, diversas atividades humanas em regies costeiras tambm ajudam a explicar o fenmeno: ali onde enormes quantidades de nutrientes so jogadas no mar (em forma de resduos agrcolas, por exemplo), produzindo grandes exploses de populaes de algas e plnctons, que consomem o oxignio da gua e geram as denominadas zonas mortas. No muitos peixes e mamferos aquticos conseguem sobreviver nelas, mas as medusas sim, alm de encontrarem no plncton uma fonte de alimentao abundante e ideal. Quando as populaes de medusas conseguem se estabelecer, as larvas de outras espcies acabam sendo parte do cardpio tambm, desequilibrando a cadeia trfica. As medusas so, alm disso, um dos poucos vencedores naturais da mudana climtica, j que seu ciclo reprodutivo favorecido pelo aumento da temperatura nos ciclos ocenicos. Mas h mais fatores. Existem evidncias de que certas espcies de medusa se reproduzem com mais facilidade junto a estruturas costeiras artificiais, como molhes e peres. Por isso, difcil saber se os esforos para deter, ou at reverter a mudana climtica, representam uma soluo crescente presena de medusas nos mares, pelo menos enquanto continuem gerando problemas em ecossistemas costeiros e cadeias alimentares marinhas. [...] No entanto e no muito longe de Monte Hermoso um cientista elucubra uma ideia mais interessante: se queremos resolver o problema das medusas, temos de parar de v-las como um mal, e comear a v-las como comida. (Disponvel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/ciencia/1537282711_864007.html) Entre principais e secundrios, o texto menciona como causas de origem antrpica da proliferao de medusas:

Questão 38
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) A exploso das medusas em todo o mundo se deve a uma srie de fatores inter-relacionados. Uma das principais causas o excesso de pesca de seus predadores naturais, como o atum, o que ao mesmo tempo elimina a concorrncia pelo alimento e o espao de reproduo. Em paralelo, diversas atividades humanas em regies costeiras tambm ajudam a explicar o fenmeno: ali onde enormes quantidades de nutrientes so jogadas no mar (em forma de resduos agrcolas, por exemplo), produzindo grandes exploses de populaes de algas e plnctons, que consomem o oxignio da gua e geram as denominadas zonas mortas. No muitos peixes e mamferos aquticos conseguem sobreviver nelas, mas as medusas sim, alm de encontrarem no plncton uma fonte de alimentao abundante e ideal. Quando as populaes de medusas conseguem se estabelecer, as larvas de outras espcies acabam sendo parte do cardpio tambm, desequilibrando a cadeia trfica. As medusas so, alm disso, um dos poucos vencedores naturais da mudana climtica, j que seu ciclo reprodutivo favorecido pelo aumento da temperatura nos ciclos ocenicos. Mas h mais fatores. Existem evidncias de que certas espcies de medusa se reproduzem com mais facilidade junto a estruturas costeiras artificiais, como molhes e peres. Por isso, difcil saber se os esforos para deter, ou at reverter a mudana climtica, representam uma soluo crescente presena de medusas nos mares, pelo menos enquanto continuem gerando problemas em ecossistemas costeiros e cadeias alimentares marinhas. [...] No entanto e no muito longe de Monte Hermoso um cientista elucubra uma ideia mais interessante: se queremos resolver o problema das medusas, temos de parar de v-las como um mal, e comear a v-las como comida. (Disponvel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/ciencia/1537282711_864007.html) Entre o segmento Quando as populaes de medusas conseguem se estabelecer e o segmento as larvas de outras espcies acabam sendo parte do cardpio tambm, exprime-se uma relao de:

Questão 39
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) As bombas que os aliados lanaram sobre a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial conseguiram atingir a borda inferior do espao: a ionosfera se enfraqueceu sob a influncia da onda expansiva de tantos explosivos. __________ o efeito tenha sido temporrio, chegou a ser sentido nos cus da Inglaterra. __________, os bombardeios alemes, primeiro os da Luftwaffe (a aviao nazista) e, depois, com os foguetes V1 e V2, mal deixaram vestgios na atmosfera. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.

Questão 40
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) verdade que na Alemanha (da mesma forma que em outros pases europeus) sempre existiram ressentimentos xenfobos e antissemitas, como tambm grupos e partidos de extrema direita. No so fenmenos novos. A novidade desses ltimos anos o exibicionismo desavergonhado ____________ so manifestadas em pblico essas posturas desumanas, o desenfreio ____________ se assedia e se fustiga nas ruas os que tm aspecto, crenas e uma forma de amar diferentes dos da maioria. A novidade o consenso social ____________ tolervel dizer e o que deve continuar sendo intolervel. (https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/21/opinion/1537548764_065506.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM.) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.

Questão 41
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Era uma vez um lobo vegano que no engolia a vovozinha, trs porquinhos que se dedicavam _____ especulao imobiliria e uma estilista chamada Gretel que trabalhava de garonete em Berlim. No deveria nos surpreender que os contos tradicionais se adaptem aos tempos. Eles foram submetidos _____ alteraes no processo de transmisso, oral ou escrita, ao longo dos sculos para adapt-los aos gostos de cada momento. Vejamos, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho. Em 1697 quando a histria foi colocada no papel , Charles Perrault acrescentou _____ ela uma moral, com o objetivo de alertar as meninas quanto _____ intenes perversas dos desconhecidos. Pouco mais de um sculo depois, os irmos Grimm abrandaram o enredo do conto e o coroaram com um final feliz. Se a Chapeuzinho Vermelho do sculo XVII era devorada pelo lobo, no seria de surpreender que a atual repreendesse a fera por sua atitude sexista quando a abordasse no bosque. A fora do conto, no entanto, est no fato de que ele fala por meio de uma linguagem simblica e nos convida a explorar a escurido do mundo, a cartografia dos medos, tanto ancestrais como ntimos. Por isso ele desafia todos ns, incluindo os adultos. [...] A poetisa Wislawa Szymborska falou sobre um amigo escritor que props a algumas editoras uma pea infantil protagonizada por uma bruxa. As editoras rejeitaram a ideia. Motivo? proibido assustar as crianas. A ganhadora do prmio Nobel, admiradora de Andersen cuja coragem se destacava por ter criado finais tristes , ressalta a importncia de se assustar, porque as crianas sentem uma necessidade natural de viver grandes emoes: A figura que aparece [em seus contos] com mais frequncia a morte, um personagem implacvel que penetra no mago da felicidade e arranca o melhor, o mais amado. Andersen tratava as crianas com seriedade. No lhes falava apenas da alegre aventura que a vida, mas tambm dos infortnios, das tristezas e de suas nem sempre merecidas calamidades. C. S. Lewis dizia que fazer as crianas acreditar que vivem em um mundo sem violncia, morte ou covardia s daria asas ao escapismo, no sentido negativo da palavra. Depois de passar dois anos mergulhado em relatos compilados durante dois sculos, Italo Calvino selecionou e editou os 200 melhores contos da tradio popular italiana. Aps essa investigao literria, sentenciou: Le fiabe sono vere [os contos de fadas so verdadeiros]. O autor de O Baro nas rvores tinha confirmado sua intuio de que os contos, em sua infinita variedade e infinita repetio, no s encapsulam os mitos duradouros de uma cultura, como tambm contm uma explicao geral do mundo, onde cabe todo o mal e todo o bem, e onde sempre se encontra o caminho para romper os mais terrveis feitios. Com sua extrema conciso, os contos de fadas nos falam do medo, da pobreza, da desigualdade, da inveja, da crueldade, da avareza... Por isso so verdadeiros. Os animais falantes e as fadas madrinhas no procuram confortar as crianas, e sim dot-las de ferramentas para viver, em vez de incutir rgidos patres de conduta, e estimular seu raciocnio moral. Se eliminarmos as partes escuras e incmodas, os contos de fadas deixaro de ser essas surpreendentes rvores sonoras que crescem na memria humana, como definiu o poeta Robert Bly. (Marta Rebn. Disponvel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/eps/1537265048_460929.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do primeiro pargrafo, na ordem em que aparecem no texto:

Questão 42
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Era uma vez um lobo vegano que no engolia a vovozinha, trs porquinhos que se dedicavam _____ especulao imobiliria e uma estilista chamada Gretel que trabalhava de garonete em Berlim. No deveria nos surpreender que os contos tradicionais se adaptem aos tempos. Eles foram submetidos _____ alteraes no processo de transmisso, oral ou escrita, ao longo dos sculos para adapt-los aos gostos de cada momento. Vejamos, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho. Em 1697 quando a histria foi colocada no papel , Charles Perrault acrescentou _____ ela uma moral, com o objetivo de alertar as meninas quanto _____ intenes perversas dos desconhecidos. Pouco mais de um sculo depois, os irmos Grimm abrandaram o enredo do conto e o coroaram com um final feliz. Se a Chapeuzinho Vermelho do sculo XVII era devorada pelo lobo, no seria de surpreender que a atual repreendesse a fera por sua atitude sexista quando a abordasse no bosque. A fora do conto, no entanto, est no fato de que ele fala por meio de uma linguagem simblica e nos convida a explorar a escurido do mundo, a cartografia dos medos, tanto ancestrais como ntimos. Por isso ele desafia todos ns, incluindo os adultos. [...] A poetisa Wislawa Szymborska falou sobre um amigo escritor que props a algumas editoras uma pea infantil protagonizada por uma bruxa. As editoras rejeitaram a ideia. Motivo? proibido assustar as crianas. A ganhadora do prmio Nobel, admiradora de Andersen cuja coragem se destacava por ter criado finais tristes , ressalta a importncia de se assustar, porque as crianas sentem uma necessidade natural de viver grandes emoes: A figura que aparece [em seus contos] com mais frequncia a morte, um personagem implacvel que penetra no mago da felicidade e arranca o melhor, o mais amado. Andersen tratava as crianas com seriedade. No lhes falava apenas da alegre aventura que a vida, mas tambm dos infortnios, das tristezas e de suas nem sempre merecidas calamidades. C. S. Lewis dizia que fazer as crianas acreditar que vivem em um mundo sem violncia, morte ou covardia s daria asas ao escapismo, no sentido negativo da palavra. Depois de passar dois anos mergulhado em relatos compilados durante dois sculos, Italo Calvino selecionou e editou os 200 melhores contos da tradio popular italiana. Aps essa investigao literria, sentenciou: Le fiabe sono vere [os contos de fadas so verdadeiros]. O autor de O Baro nas rvores tinha confirmado sua intuio de que os contos, em sua infinita variedade e infinita repetio, no s encapsulam os mitos duradouros de uma cultura, como tambm contm uma explicao geral do mundo, onde cabe todo o mal e todo o bem, e onde sempre se encontra o caminho para romper os mais terrveis feitios. Com sua extrema conciso, os contos de fadas nos falam do medo, da pobreza, da desigualdade, da inveja, da crueldade, da avareza... Por isso so verdadeiros. Os animais falantes e as fadas madrinhas no procuram confortar as crianas, e sim dot-las de ferramentas para viver, em vez de incutir rgidos patres de conduta, e estimular seu raciocnio moral. Se eliminarmos as partes escuras e incmodas, os contos de fadas deixaro de ser essas surpreendentes rvores sonoras que crescem na memria humana, como definiu o poeta Robert Bly. (Marta Rebn. Disponvel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/eps/1537265048_460929.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM) Considere as seguintes afirmativas sobre os termos em negrito e sublinhados no texto: 1. Na 3 linha do segundo pargrafo, a refere-se a fera. 2. Na 3 linha do terceiro pargrafo, cuja refere-se a Wislawa Szymborska. 3. Na 4 linha do terceiro pargrafo, seus refere-se a Andersen. 4. Na 7 linha do quarto pargrafo, las refere-se a crianas. Assinale a alternativa correta.

Questão 43
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Era uma vez um lobo vegano que no engolia a vovozinha, trs porquinhos que se dedicavam _____ especulao imobiliria e uma estilista chamada Gretel que trabalhava de garonete em Berlim. No deveria nos surpreender que os contos tradicionais se adaptem aos tempos. Eles foram submetidos _____ alteraes no processo de transmisso, oral ou escrita, ao longo dos sculos para adapt-los aos gostos de cada momento. Vejamos, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho. Em 1697 quando a histria foi colocada no papel , Charles Perrault acrescentou _____ ela uma moral, com o objetivo de alertar as meninas quanto _____ intenes perversas dos desconhecidos. Pouco mais de um sculo depois, os irmos Grimm abrandaram o enredo do conto e o coroaram com um final feliz. Se a Chapeuzinho Vermelho do sculo XVII era devorada pelo lobo, no seria de surpreender que a atual repreendesse a fera por sua atitude sexista quando a abordasse no bosque. A fora do conto, no entanto, est no fato de que ele fala por meio de uma linguagem simblica e nos convida a explorar a escurido do mundo, a cartografia dos medos, tanto ancestrais como ntimos. Por isso ele desafia todos ns, incluindo os adultos. [...] A poetisa Wislawa Szymborska falou sobre um amigo escritor que props a algumas editoras uma pea infantil protagonizada por uma bruxa. As editoras rejeitaram a ideia. Motivo? proibido assustar as crianas. A ganhadora do prmio Nobel, admiradora de Andersen cuja coragem se destacava por ter criado finais tristes , ressalta a importncia de se assustar, porque as crianas sentem uma necessidade natural de viver grandes emoes: A figura que aparece [em seus contos] com mais frequncia a morte, um personagem implacvel que penetra no mago da felicidade e arranca o melhor, o mais amado. Andersen tratava as crianas com seriedade. No lhes falava apenas da alegre aventura que a vida, mas tambm dos infortnios, das tristezas e de suas nem sempre merecidas calamidades. C. S. Lewis dizia que fazer as crianas acreditar que vivem em um mundo sem violncia, morte ou covardia s daria asas ao escapismo, no sentido negativo da palavra. Depois de passar dois anos mergulhado em relatos compilados durante dois sculos, Italo Calvino selecionou e editou os 200 melhores contos da tradio popular italiana. Aps essa investigao literria, sentenciou: Le fiabe sono vere [os contos de fadas so verdadeiros]. O autor de O Baro nas rvores tinha confirmado sua intuio de que os contos, em sua infinita variedade e infinita repetio, no s encapsulam os mitos duradouros de uma cultura, como tambm contm uma explicao geral do mundo, onde cabe todo o mal e todo o bem, e onde sempre se encontra o caminho para romper os mais terrveis feitios. Com sua extrema conciso, os contos de fadas nos falam do medo, da pobreza, da desigualdade, da inveja, da crueldade, da avareza... Por isso so verdadeiros. Os animais falantes e as fadas madrinhas no procuram confortar as crianas, e sim dot-las de ferramentas para viver, em vez de incutir rgidos patres de conduta, e estimular seu raciocnio moral. Se eliminarmos as partes escuras e incmodas, os contos de fadas deixaro de ser essas surpreendentes rvores sonoras que crescem na memria humana, como definiu o poeta Robert Bly. (Marta Rebn. Disponvel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/eps/1537265048_460929.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM) Com relao aos contos tradicionais, a autora:

Questão 45
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Era uma vez um lobo vegano que no engolia a vovozinha, trs porquinhos que se dedicavam _____ especulao imobiliria e uma estilista chamada Gretel que trabalhava de garonete em Berlim. No deveria nos surpreender que os contos tradicionais se adaptem aos tempos. Eles foram submetidos _____ alteraes no processo de transmisso, oral ou escrita, ao longo dos sculos para adapt-los aos gostos de cada momento. Vejamos, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho. Em 1697 quando a histria foi colocada no papel , Charles Perrault acrescentou _____ ela uma moral, com o objetivo de alertar as meninas quanto _____ intenes perversas dos desconhecidos. Pouco mais de um sculo depois, os irmos Grimm abrandaram o enredo do conto e o coroaram com um final feliz. Se a Chapeuzinho Vermelho do sculo XVII era devorada pelo lobo, no seria de surpreender que a atual repreendesse a fera por sua atitude sexista quando a abordasse no bosque. A fora do conto, no entanto, est no fato de que ele fala por meio de uma linguagem simblica e nos convida a explorar a escurido do mundo, a cartografia dos medos, tanto ancestrais como ntimos. Por isso ele desafia todos ns, incluindo os adultos. [...] A poetisa Wislawa Szymborska falou sobre um amigo escritor que props a algumas editoras uma pea infantil protagonizada por uma bruxa. As editoras rejeitaram a ideia. Motivo? proibido assustar as crianas. A ganhadora do prmio Nobel, admiradora de Andersen cuja coragem se destacava por ter criado finais tristes , ressalta a importncia de se assustar, porque as crianas sentem uma necessidade natural de viver grandes emoes: A figura que aparece [em seus contos] com mais frequncia a morte, um personagem implacvel que penetra no mago da felicidade e arranca o melhor, o mais amado. Andersen tratava as crianas com seriedade. No lhes falava apenas da alegre aventura que a vida, mas tambm dos infortnios, das tristezas e de suas nem sempre merecidas calamidades. C. S. Lewis dizia que fazer as crianas acreditar que vivem em um mundo sem violncia, morte ou covardia s daria asas ao escapismo, no sentido negativo da palavra. Depois de passar dois anos mergulhado em relatos compilados durante dois sculos, Italo Calvino selecionou e editou os 200 melhores contos da tradio popular italiana. Aps essa investigao literria, sentenciou: Le fiabe sono vere [os contos de fadas so verdadeiros]. O autor de O Baro nas rvores tinha confirmado sua intuio de que os contos, em sua infinita variedade e infinita repetio, no s encapsulam os mitos duradouros de uma cultura, como tambm contm uma explicao geral do mundo, onde cabe todo o mal e todo o bem, e onde sempre se encontra o caminho para romper os mais terrveis feitios. Com sua extrema conciso, os contos de fadas nos falam do medo, da pobreza, da desigualdade, da inveja, da crueldade, da avareza... Por isso so verdadeiros. Os animais falantes e as fadas madrinhas no procuram confortar as crianas, e sim dot-las de ferramentas para viver, em vez de incutir rgidos patres de conduta, e estimular seu raciocnio moral. Se eliminarmos as partes escuras e incmodas, os contos de fadas deixaro de ser essas surpreendentes rvores sonoras que crescem na memria humana, como definiu o poeta Robert Bly. (Marta Rebn. Disponvel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/eps/1537265048_460929.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM) De acordo com o texto, o autor de O Baro nas rvores :

Questão 45
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Era uma vez um lobo vegano que no engolia a vovozinha, trs porquinhos que se dedicavam _____ especulao imobiliria e uma estilista chamada Gretel que trabalhava de garonete em Berlim. No deveria nos surpreender que os contos tradicionais se adaptem aos tempos. Eles foram submetidos _____ alteraes no processo de transmisso, oral ou escrita, ao longo dos sculos para adapt-los aos gostos de cada momento. Vejamos, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho. Em 1697 quando a histria foi colocada no papel , Charles Perrault acrescentou _____ ela uma moral, com o objetivo de alertar as meninas quanto _____ intenes perversas dos desconhecidos. Pouco mais de um sculo depois, os irmos Grimm abrandaram o enredo do conto e o coroaram com um final feliz. Se a Chapeuzinho Vermelho do sculo XVII era devorada pelo lobo, no seria de surpreender que a atual repreendesse a fera por sua atitude sexista quando a abordasse no bosque. A fora do conto, no entanto, est no fato de que ele fala por meio de uma linguagem simblica e nos convida a explorar a escurido do mundo, a cartografia dos medos, tanto ancestrais como ntimos. Por isso ele desafia todos ns, incluindo os adultos. [...] A poetisa Wislawa Szymborska falou sobre um amigo escritor que props a algumas editoras uma pea infantil protagonizada por uma bruxa. As editoras rejeitaram a ideia. Motivo? proibido assustar as crianas. A ganhadora do prmio Nobel, admiradora de Andersen cuja coragem se destacava por ter criado finais tristes , ressalta a importncia de se assustar, porque as crianas sentem uma necessidade natural de viver grandes emoes: A figura que aparece [em seus contos] com mais frequncia a morte, um personagem implacvel que penetra no mago da felicidade e arranca o melhor, o mais amado. Andersen tratava as crianas com seriedade. No lhes falava apenas da alegre aventura que a vida, mas tambm dos infortnios, das tristezas e de suas nem sempre merecidas calamidades. C. S. Lewis dizia que fazer as crianas acreditar que vivem em um mundo sem violncia, morte ou covardia s daria asas ao escapismo, no sentido negativo da palavra. Depois de passar dois anos mergulhado em relatos compilados durante dois sculos, Italo Calvino selecionou e editou os 200 melhores contos da tradio popular italiana. Aps essa investigao literria, sentenciou: Le fiabe sono vere [os contos de fadas so verdadeiros]. O autor de O Baro nas rvores tinha confirmado sua intuio de que os contos, em sua infinita variedade e infinita repetio, no s encapsulam os mitos duradouros de uma cultura, como tambm contm uma explicao geral do mundo, onde cabe todo o mal e todo o bem, e onde sempre se encontra o caminho para romper os mais terrveis feitios. Com sua extrema conciso, os contos de fadas nos falam do medo, da pobreza, da desigualdade, da inveja, da crueldade, da avareza... Por isso so verdadeiros. Os animais falantes e as fadas madrinhas no procuram confortar as crianas, e sim dot-las de ferramentas para viver, em vez de incutir rgidos patres de conduta, e estimular seu raciocnio moral. Se eliminarmos as partes escuras e incmodas, os contos de fadas deixaro de ser essas surpreendentes rvores sonoras que crescem na memria humana, como definiu o poeta Robert Bly. (Marta Rebn. Disponvel em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/eps/1537265048_460929.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM) Com base no texto, considere as seguintes afirmativas: 1. Na frase Os animais falantes e as fadas madrinhas no procuram confortar as crianas, e sim dot-las de ferramentas para viver, em vez de incutir rgidos patres de conduta, e estimular seu raciocnio moral, a vrgula depois de conduta pode ser suprimida sem alterao do sentido. 2. Na frase A ganhadora do prmio Nobel, admiradora de Andersen cuja coragem se destacava por ter criado finais tristes , ressalta a importncia de se assustar..., a vrgula depois do segundo travesso pode ser corretamente suprimida. 3. No trecho ...no s encapsulam os mitos duradouros de uma cultura, como tambm contm uma explicao geral do mundo..., a vrgula depois de cultura pode ser corretamente suprimida. Assinale a alternativa correta.

Questão 46
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Assinale a alternativa corretamente pontuada.

Questão 47
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Ferrugem: um timo nacional encara o cyberbullying Um celular perdido, um vdeo viralizado, e Tati, de 16 anos, se v no meio de um furaco que abalaria qualquer um e muito mais uma menina a quem ainda falta o equipamento emocional para lidar com uma situao to drstica de exposio da intimidade e de ostracismo social. Os amigos e amigas vo caindo fora; com os pais, ela no consegue falar. Renet, o garoto com quem ela comeava a engatar um flerte quando tudo comeou, d as costas a ela. E Tati, interpretada pela tima novata Tiffanny Dopke, de fisionomia suave e jeitinho cativante, sucumbe presso. Ferrugem, do diretor Aly Muritiba, um dos pontos altos de uma safra surpreendentemente boa do cinema nacional nos ltimos meses (completada ainda por Aos Teus Olhos, As Boas Maneiras, O Animal Cordial e Benzinho). Da agitao e cacofonia dessa primeira parte do filme, Muritiba vai, na segunda metade, para um estilo oposto: com ateno e reflexo, acompanha o sofrimento de Renet (o tambm muito bom Giovanni de Lorenzi) com as consequncias do episdio que afetou Tati. Aqui, duas vises morais muito distintas se opem: a do pai (Enrique Diaz), que quer poupar Renet, e a da me (a calorosa Clarissa Kiste), que quer obrig-lo a enfrentar os fatos. Maduro, lcido, muito bem escrito e filmado, Ferrugem est na comisso de frente dos possveis indicados do Brasil ao Oscar do ano que vem. (Disponvel em: https://veja.abril.com.br/tveja/em-cartaz/ferrugem-um-otimo-nacional-encara-o-cyberbullying/. Acesso em 31/08/2018.) Com base no texto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) O filme Ferrugem, segundo a reportagem apura, concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro no ano que vem. ( ) O filme Ferrugem narra a histria de uma menina, Tati, que tem sua intimidade exposta publicamente depois de perder o celular. ( ) O filme apresenta duas linhas narrativas: uma agitada e dissonante, e outra, psicolgica e reflexiva. ( ) O filme Ferrugem critica a exposio descuidada dos adolescentes em redes sociais. Assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta, de cima para baixo.

Questão 48
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Ferrugem: um timo nacional encara o cyberbullying Um celular perdido, um vdeo viralizado, e Tati, de 16 anos, se v no meio de um furaco que abalaria qualquer um e muito mais uma menina a quem ainda falta o equipamento emocional para lidar com uma situao to drstica de exposio da intimidade e de ostracismo social. Os amigos e amigas vo caindo fora; com os pais, ela no consegue falar. Renet, o garoto com quem ela comeava a engatar um flerte quando tudo comeou, d as costas a ela. E Tati, interpretada pela tima novata Tiffanny Dopke, de fisionomia suave e jeitinho cativante, sucumbe presso. Ferrugem, do diretor Aly Muritiba, um dos pontos altos de uma safra surpreendentemente boa do cinema nacional nos ltimos meses (completada ainda por Aos Teus Olhos, As Boas Maneiras, O Animal Cordial e Benzinho). Da agitao e cacofonia dessa primeira parte do filme, Muritiba vai, na segunda metade, para um estilo oposto: com ateno e reflexo, acompanha o sofrimento de Renet (o tambm muito bom Giovanni de Lorenzi) com as consequncias do episdio que afetou Tati. Aqui, duas vises morais muito distintas se opem: a do pai (Enrique Diaz), que quer poupar Renet, e a da me (a calorosa Clarissa Kiste), que quer obrig-lo a enfrentar os fatos. Maduro, lcido, muito bem escrito e filmado, Ferrugem est na comisso de frente dos possveis indicados do Brasil ao Oscar do ano que vem. (Disponvel em: https://veja.abril.com.br/tveja/em-cartaz/ferrugem-um-otimo-nacional-encara-o-cyberbullying/. Acesso em 31/08/2018.) As expresses equipamento emocional e ostracismo social, no segundo pargrafo, podem ser interpretadas, segundo o contexto de ocorrncia, respectivamente, como:

Questão 49
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Segundo Antonio Candido: Gonalves Dias um grande poeta, em parte por encontrar na poesia o veculo natural para a sensao de deslumbramento ante o Novo Mundo [...]. O seu verso, incorporando o detalhe pitoresco da vida americana ao ngulo romntico e europeu de viso, criou (verdadeiramente criou) uma conveno potica nova. Esse cocktail de medievismo, idealismo e etnografia fantasiada nos aparece como construo lrica e heroica, de que resulta uma composio nova para sentirmos os velhos temas da poesia ocidental. (Formao da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Itatiaia (8. ed.) vol. 2, 1975, p. 73.) Considerando o trecho citado e a leitura integral do livro ltimos Cantos, de Gonalves Dias, assinale a alternativa correta.

Questão 50
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) O Uraguai foi publicado pela primeira vez antes da independncia do Brasil, em 1769, e narra as disputas entre espanhis e portugueses pelos territrios do sul do continente, envolvendo os ndios e os jesutas. No fragmento abaixo, podemos conferir um trecho da fala do comandante portugus: O nosso ltimo rei e o rei de Espanha Determinaram, por cortar de um golpe, Como sabeis, neste ngulo da terra, As desordens de povos confinantes, Que mais certos sinais nos dividissem (GAMA, Baslio da. Canto Primeiro. O Uraguai. Porto Alegre: LPM, 2009, p. 47.) O talento de Baslio da Gama, que transforma o rido assunto em matria literria, recebe, cem anos depois, o elogio de Machado de Assis. Ao compar-lo com seu contemporneo, Toms Antnio Gonzaga, o escritor afirma: No lhe falta, tambm a ele, nem sensibilidade, nem estilo, que em alto grau possui; a imaginao grandemente superior de Gonzaga, e quanto versificao nenhum outro, em nossa lngua, a possui mais harmoniosa e pura (MACHADO DE ASSIS. A nova gerao. In. Obras completas. Rio de Janeiro: Jos Aguilar Editora, 1973. p.815). Sobre o poema de Baslio da Gama, considere as seguintes afirmativas: 1. O contexto histrico trabalhado no poema de Baslio da Gama fundamental para o seu entendimento: a descentralizao do poder colonial, protagonizada pelo Marqus de Pombal, e a disputa de territrios coloniais entre Espanha e Portugal, mediada e pacificada pelos jesutas, na segunda metade do sculo XVIII. 2. Ao longo dos cinco cantos de O Uraguai, compostos em decasslabos sem rima, podemos perceber a marca da epopeia, na narrao da guerra e dos feitos dos heroicos portugueses, e a presena da stira, na caricatura dos jesutas, particularmente na figura do Padre Balda. 3. O grande destaque dado aos ndios e defesa da sua terra, a exaltao lrica da natureza e a centralidade do par amor/morte, presente na relao de Lindoia e Cacambo, deram ao poema de Baslio da Gama o lugar de inaugurador do romantismo em todos os manuais de histria da literatura brasileira. 4. Para narrar acontecimentos reais da ao de portugueses e espanhis na disputa dos territrios delimitados pelo rio Uruguai, que hoje correspondem ao noroeste do Rio Grande do Sul e ao norte da Argentina, Baslio da Gama toma o cuidado de inserir apenas personagens ficcionais no seu poema, para no se comprometer. Assinale a alternativa correta. Assinale a alternativa correta.

Questão 51
2018Português

(UFPR - 2018 - 1 FASE) Escritores de uma nova gerao, Milton Hatoum (nascido em 1952) e Bernardo Carvalho (nascido em 1960) j garantiram seu lugar no panorama multifacetado da literatura brasileira contempornea. Relato de um certo oriente, publicado em 1989, marcou a estreia de Milton Hatoum na literatura. Nove noites, publicado em 2002, o stimo livro lanado por Bernardo Carvalho, que estreou na literatura em 1993 com o livro de contos Aberrao. A respeito das comparaes entre Relato de um certo oriente e Nove noites, considere as seguintes afirmativas: 1. Milton Hatoum consegue trazer para a sua fico o espao amazonense sem cair no exagero do exotismo; Bernardo Carvalho, por sua vez, tensiona o realismo pela incluso, na fico, de fatos e personagens histricos, autobiografia e experincias pessoais. 2. Atravs de estratgias diferentes, os dois romances buscam compreender o passado, conscientes da obrigao histrica de recuper-lo tal como aconteceu: Relato de um certo oriente resgata a memria trgica de uma famlia que viveu em Manaus; Nove noites investiga a morte de um antroplogo no sul do Maranho, para entregar ao leitor a soluo de um mistrio at ento no resolvido. 3. A epgrafe de W.H. Auden Que a memria refaa/A praia e os passos/O rosto e o ponto do encontro (em traduo de Sandra Stroparo e Caetano Galindo) anuncia o elemento central da narrativa de Milton Hatoum. O ttulo do romance de Bernardo Carvalho se refere s nove noites que o antroplogo Buell Quain passou na companhia de Manoel Perna, durante a sua estada entre os ndios Krah. 4. O tratamento dado aos nativos em Relato de um certo oriente pode ser verificado na humilhao e nos abusos sofridos pelas caboclas e ndias que trabalhavam na casa de Emilie, principalmente por parte dos dois inominveis. Em Nove noites, a narrao do jornalista volta a momentos centrais da histria do Brasil no sculo XX Estado Novo, Ditadura Militar e Perodo Democrtico , marcando a situao de vulnerabilidade permanente dos ndios num mundo de brancos. 5. Na Manaus multicultural da primeira metade do sculo XX, Emilie e seus filhos, com a curiosidade natural do imigrante, atravessam constantemente o rio que separa a cidade da floresta. Da mesma forma, o narradorjornalista de Nove noites visita inmeras vezes os ndios Krah, em busca de informaes sobre o suicdio de Buell Quain. Assinale a alternativa correta