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Questões - UNESP | Gabarito e resoluções

Questão 7
2013Geografia

(UNESP - 2013 - 2a fase - Questo 7) Brasileiros de vrias cidades precisam adaptar a rotina a fenmenos climticos. Mas Montes Claros, em Minas Gerais, tem um desafio diferente: seus habitantes tm de aprender a conviver com terremotos. pelo menos um abalo por ano so 23 desde 1995, segundo o Observatrio Sismolgico da Universidade de Braslia. O mais forte, porm, ocorreu h oito dias, atingindo magnitude 4,5 na escala Richter e foi sentido em toda a cidade. Nos dias seguintes, houve mais trs tremores menores resultando em pavor total da populao. (Marcelo Portela. A cidade que tem de viver com terremotos. O Estado de S.Paulo, 27.05.2012. Adaptado.) Distribuio das placas litosfricas da Terra. As setas indicam o sentido do movimento, e os nmeros, as velocidades relativas, em cm/ano, entre as placas. Por exemplo, a placa Sul-Americana avana sobre a placa de Nazca a uma velocidade considerada alta, que varia de 10,1 a 11,1 cm por ano. (Wilson Teixeira et al. (orgs.). Decifrando a Terra, 2009. Adaptado.) A partir da leitura do texto, da anlise do planisfrio e de seus conhecimentos, defina a expresso placa tectnica e explique qual o padro de ocorrncias de abalos ssmicos no Brasil.

Questão 7
2013Português

(UNESP - 2013 - 1a fase) A raposa e as uvas (Casa de Xants, em Samos. Entradas D., E., e F. Um gongo. Uma mesa. Cadeiras. Um clismos*. Pelo prtico, ao fundo, v-se o jardim. Esto em cena Cleia, esposa de Xants, e Melita, escrava. Melita penteia os cabelos de Cleia.) MELITA: (Penteando os cabelos de Cleia.) Ento Rodpis contou que Crisipo reuniu os discpulos na praa, apontou para o teu marido e exclamou: Tens o que no perdeste. Xants respondeu: certo. Crisipo continuou: No perdeste chifres. Xants concordou: Sim. Crisipo finalizou: Tens o que no perdeste; no perdeste chifres, logo os tens. (Cleia ri.) Todos riram a valer. CLEIA: engenhoso. o que eles chamam sofisma. Meu marido vai praa para ser insultado pelos outros filsofos? MELITA: No; Xants extraordinariamente inteligente... No meio do riso geral, disse a Crisipo: Crisipo, tua mulher te engana, e no entanto no tens chifres: o que perdeste foi a vergonha! E a os discpulos de Crisipo e os de Xants atiraram-se uns contra os outros... CLEIA: Brigaram? (Assentimento de Melita.) Como que Rodpis soube disto? MELITA: Ela estava na praa. CLEIA: Vocs, escravas, sabem mais do que se passa em Samos do que ns, mulheres livres... MELITA: As mulheres livres ficam em casa. De certo modo so mais escravas do que ns. CLEIA: verdade. Gostarias de ser livre? MELITA: No, Cleia. Tenho conforto aqui, e todos me consideram. bom ser escrava de um homem ilustre como teu marido. Eu poderia ter sido comprada por algum mercador, ou algum soldado, e no entanto tive a sorte de vir a pertencer a Xants. CLEIA: Achas isto um consolo? MELITA: Uma honra. Um filsofo, Cleia! CLEIA: Eu preferia que ele fosse menos filsofo e mais marido. Para mim os filsofos so pessoas que se encarregam de aumentar o nmero dos substantivos abstratos. MELITA: Xants inventa muitos? CLEIA: Nem ao menos isto. E a que est o trgico: um filsofo que no aumenta o vocabulrio das controvrsias. J terminaste? MELITA: Quase. bom pentear teus cabelos: meus dedos adquirem o som e a luz que eles tm. Xants beija os teuscabelos? (Muxoxo de Cleia.) Eu admiro teu marido. CLEIA: Por que no dizes logo que o amas? Gostarias bastante se ele me repudiasse, te tornasse livre e se casasse contigo... MELITA: No digas isto... Alm do mais, Xants te ama... CLEIA: sua maneira. Fao parte dos bens dele, como tu, as outras escravas, esta casa... MELITA: Sempre que viaja te traz presentes. CLEIA: No o amor que leva os homens a dar presentes s esposas: a vaidade; ou o remorso. MELITA: Xants um homem ilustre. CLEIA: o filsofo da propriedade: Os homens so desiguais: a cada um toca uma ddiva ou um castigo. isto democracia grega... o direito que o povo tem de escolher o seu tirano: o direito que o tirano tem de determinar: deixo-te pobre; fao-te rico; deixo-te livre; fao-te escravo. o direito que todos tm de ouvir Xants dizer que a injustia justa, que o sofrimento alegria, e que este mundo foi organizado de modo a que ele possa beber bom vinho, ter uma bela casa, amar uma bela mulher. J terminaste? MELITA: Um pouco mais, e ainda estars mais bela para o teu filsofo. CLEIA: O meu filsofo... Os filsofos so sempre criaturas cheias demais de palavras... (*) Espcie de cama para recostar-se. (Guilherme Figueiredo. Um deus dormiu l em casa, 1964.) Entre as frases, extradas do texto, aponte a que consiste num raciocnio fundamentado na percepo de uma contradio:

Questão 7
2013Português

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 06 a 10 tomam por base um fragmento de Glria moribunda, do poeta romntico brasileiro lvares de Azevedo (1831-1852). uma viso medonha uma caveira? No tremas de pavor, ergue-a do lodo. Foi a cabea ardente de um poeta, Outrora sombra dos cabelos loiros. Quando o reflexo do viver fogoso Ali dentro animava o pensamento, Esta fronte era bela. Aqui nas faces Formosa palidez cobria o rosto; Nessas rbitas ocas, denegridas! Como era puro seu olhar sombrio! Agora tudo cinza. Resta apenas A caveira que a alma em si guardava, Como a concha no mar encerra a prola, Como a caoula a mirra incandescente. Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; Por que repugnas levant-la agora? Olha-a comigo! Que espaosa fronte! Quanta vida ali dentro fermentava, Como a seiva nos ramos do arvoredo! E a sede em fogo das ideias vivas Onde est? onde foi? Essa alma errante Que um dia no viver passou cantando, Como canta na treva um vagabundo, Perdeu-se acaso no sombrio vento, Como noturna lmpada apagou-se? E a centelha da vida, o eletrismo Que as fibras tremulantes agitava Morreu para animar futuras vidas? Sorris? eu sou um louco. As utopias, Os sonhos da cincia nada valem. A vida um escrnio sem sentido, Comdia infame que ensanguenta o lodo. H talvez um segredo que ela esconde; Mas esse a morte o sabe e o no revela. Os tmulos so mudos como o vcuo. Desde a primeira dor sobre um cadver, Quando a primeira me entre soluos Do filho morto os membros apertava Ao ofegante seio, o peito humano Caiu tremendo interrogando o tmulo... E a terra sepulcral no respondia. (Poesias completas, 1962.) Como a concha no mar encerra a prola, Como a caoula a mirra incandescente. Nos versos em destaque, aps a palavra caoula, est subentendida, por elipse, a forma verbal

Questão 8
2013Geografia

(UNESP - 2013 - 2a fase - Questo 8) Analise os climogramas dos principais tipos climticos do Brasil e as fotos que retratam as formaes vegetais correspondentes. (Maria Elena Simielli. Geoatlas, 2011. Adaptado.) Identifique o climograma e a respectiva foto que representa a vegetao do cerrado. Mencione duas caractersticas da formao vegetal do cerrado e uma caracterstica do clima no qual ela ocorre.

Questão 8
2013Português

(UNESP - 2013 - 1a fase) A raposa e as uvas (Casa de Xants, em Samos. Entradas D., E., e F. Um gongo. Uma mesa. Cadeiras. Um clismos*. Pelo prtico, ao fundo, v-se o jardim. Esto em cena Cleia, esposa de Xants, e Melita, escrava. Melita penteia os cabelos de Cleia.) MELITA: (Penteando os cabelos de Cleia.) Ento Rodpis contou que Crisipo reuniu os discpulos na praa, apontou para o teu marido e exclamou: Tens o que no perdeste. Xants respondeu: certo. Crisipo continuou: No perdeste chifres. Xants concordou: Sim. Crisipo finalizou: Tens o que no perdeste; no perdeste chifres, logo os tens. (Cleia ri.) Todos riram a valer. CLEIA: engenhoso. o que eles chamam sofisma. Meu marido vai praa para ser insultado pelos outros filsofos? MELITA: No; Xants extraordinariamente inteligente... No meio do riso geral, disse a Crisipo: Crisipo, tua mulher te engana, e no entanto no tens chifres: o que perdeste foi a vergonha! E a os discpulos de Crisipo e os de Xants atiraram-se uns contra os outros... CLEIA: Brigaram? (Assentimento de Melita.) Como que Rodpis soube disto? MELITA: Ela estava na praa. CLEIA: Vocs, escravas, sabem mais do que se passa em Samos do que ns, mulheres livres... MELITA: As mulheres livres ficam em casa. De certo modo so mais escravas do que ns. CLEIA: verdade. Gostarias de ser livre? MELITA: No, Cleia. Tenho conforto aqui, e todos me consideram. bom ser escrava de um homem ilustre como teu marido. Eu poderia ter sido comprada por algum mercador, ou algum soldado, e no entanto tive a sorte de vir a pertencer a Xants. CLEIA: Achas isto um consolo? MELITA: Uma honra. Um filsofo, Cleia! CLEIA: Eu preferia que ele fosse menos filsofo e mais marido. Para mim os filsofos so pessoas que se encarregam de aumentar o nmero dos substantivos abstratos. MELITA: Xants inventa muitos? CLEIA: Nem ao menos isto. E a que est o trgico: um filsofo que no aumenta o vocabulrio das controvrsias. J terminaste? MELITA: Quase. bom pentear teus cabelos: meus dedos adquirem o som e a luz que eles tm. Xants beija os teuscabelos? (Muxoxo de Cleia.) Eu admiro teu marido. CLEIA: Por que no dizes logo que o amas? Gostarias bastante se ele me repudiasse, te tornasse livre e se casasse contigo... MELITA: No digas isto... Alm do mais, Xants te ama... CLEIA: sua maneira. Fao parte dos bens dele, como tu, as outras escravas, esta casa... MELITA: Sempre que viaja te traz presentes. CLEIA: No o amor que leva os homens a dar presentes s esposas: a vaidade; ou o remorso. MELITA: Xants um homem ilustre. CLEIA: o filsofo da propriedade: Os homens so desiguais: a cada um toca uma ddiva ou um castigo. isto democracia grega... o direito que o povo tem de escolher o seu tirano: o direito que o tirano tem de determinar: deixo-te pobre; fao-te rico; deixo-te livre; fao-te escravo. o direito que todos tm de ouvir Xants dizer que a injustia justa, que o sofrimento alegria, e que este mundo foi organizado de modo a que ele possa beber bom vinho, ter uma bela casa, amar uma bela mulher. J terminaste? MELITA: Um pouco mais, e ainda estars mais bela para o teu filsofo. CLEIA: O meu filsofo... Os filsofos so sempre criaturas cheias demais de palavras... (*) Espcie de cama para recostar-se. (Guilherme Figueiredo. Um deus dormiu l em casa, 1964.) Considerando-se que os papis desempenhados pela esposa e pela escrava so reveladores do modo como sentem as condies em que vivem, pode-se afirmar que Cleia e Melita encarnam em cena, respectivamente, dois sentimentos distintos:

Questão 8
2013Português

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 06 a 10 tomam por base um fragmento de Glria moribunda, do poeta romntico brasileiro lvares de Azevedo (1831-1852). uma viso medonha uma caveira? No tremas de pavor, ergue-a do lodo. Foi a cabea ardente de um poeta, Outrora sombra dos cabelos loiros. Quando o reflexo do viver fogoso Ali dentro animava o pensamento, Esta fronte era bela. Aqui nas faces Formosa palidez cobria o rosto; Nessas rbitas ocas, denegridas! Como era puro seu olhar sombrio! Agora tudo cinza. Resta apenas A caveira que a alma em si guardava, Como a concha no mar encerra a prola, Como a caoula a mirra incandescente. Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; Por que repugnas levant-la agora? Olha-a comigo! Que espaosa fronte! Quanta vida ali dentro fermentava, Como a seiva nos ramos do arvoredo! E a sede em fogo das ideias vivas Onde est? onde foi? Essa alma errante Que um dia no viver passou cantando, Como canta na treva um vagabundo, Perdeu-se acaso no sombrio vento, Como noturna lmpada apagou-se? E a centelha da vida, o eletrismo Que as fibras tremulantes agitava Morreu para animar futuras vidas? Sorris? eu sou um louco. As utopias, Os sonhos da cincia nada valem. A vida um escrnio sem sentido, Comdia infame que ensanguenta o lodo. H talvez um segredo que ela esconde; Mas esse a morte o sabe e o no revela. Os tmulos so mudos como o vcuo. Desde a primeira dor sobre um cadver, Quando a primeira me entre soluos Do filho morto os membros apertava Ao ofegante seio, o peito humano Caiu tremendo interrogando o tmulo... E a terra sepulcral no respondia. (Poesias completas, 1962.) Morreu para animar futuras vidas? No verso em destaque, sob forma interrogativa, o eu lrico sugere com o termo animar que

Questão 9
2013Filosofia

(UNESP - 2013 - 2a fase - Questo 9) Ningum pode deixar de reconhecer a influncia da teoria do bom selvagem na conscincia contempornea. Ela vista no presente respeito por tudo o que natural (alimentos naturais, remdios naturais, parto natural) e na desconfiana diante do que feito pelo homem, no desuso dos estilos autoritrios de criao de filhos e na concepo dos problemas sociais como defeitos reparveis em nossas instituies, e no como tragdias inerentes condio humana. (Steven Pinker. Tbula rasa a negao contempornea da natureza humana, 2004. Adaptado.) Explique a origem e o contedo da teoria do bom selvagem na histria da Filosofia e comente sua implicao na anlise dos problemas sociais.

Questão 9
2013Português

(UNESP - 2013 - 1a fase) A raposa e as uvas (Casa de Xants, em Samos. Entradas D., E., e F. Um gongo. Uma mesa. Cadeiras. Um clismos*. Pelo prtico, ao fundo, v-se o jardim. Esto em cena Cleia, esposa de Xants, e Melita, escrava. Melita penteia os cabelos de Cleia.) MELITA: (Penteando os cabelos de Cleia.) Ento Rodpis contou que Crisipo reuniu os discpulos na praa, apontou para o teu marido e exclamou: Tens o que no perdeste. Xants respondeu: certo. Crisipo continuou: No perdeste chifres. Xants concordou: Sim. Crisipo finalizou: Tens o que no perdeste; no perdeste chifres, logo os tens. (Cleia ri.) Todos riram a valer. CLEIA: engenhoso. o que eles chamam sofisma. Meu marido vai praa para ser insultado pelos outros filsofos? MELITA: No; Xants extraordinariamente inteligente... No meio do riso geral, disse a Crisipo: Crisipo, tua mulher te engana, e no entanto no tens chifres: o que perdeste foi a vergonha! E a os discpulos de Crisipo e os de Xants atiraram-se uns contra os outros... CLEIA: Brigaram? (Assentimento de Melita.) Como que Rodpis soube disto? MELITA: Ela estava na praa. CLEIA: Vocs, escravas, sabem mais do que se passa em Samos do que ns, mulheres livres... MELITA: As mulheres livres ficam em casa. De certo modo so mais escravas do que ns. CLEIA: verdade. Gostarias de ser livre? MELITA: No, Cleia. Tenho conforto aqui, e todos me consideram. bom ser escrava de um homem ilustre como teu marido. Eu poderia ter sido comprada por algum mercador, ou algum soldado, e no entanto tive a sorte de vir a pertencer a Xants. CLEIA: Achas isto um consolo? MELITA: Uma honra. Um filsofo, Cleia! CLEIA: Eu preferia que ele fosse menos filsofo e mais marido. Para mim os filsofos so pessoas que se encarregam de aumentar o nmero dos substantivos abstratos. MELITA: Xants inventa muitos? CLEIA: Nem ao menos isto. E a que est o trgico: um filsofo que no aumenta o vocabulrio das controvrsias. J terminaste? MELITA: Quase. bom pentear teus cabelos: meus dedos adquirem o som e a luz que eles tm. Xants beija os teuscabelos? (Muxoxo de Cleia.) Eu admiro teu marido. CLEIA: Por que no dizes logo que o amas? Gostarias bastante se ele me repudiasse, te tornasse livre e se casasse contigo... MELITA: No digas isto... Alm do mais, Xants te ama... CLEIA: sua maneira. Fao parte dos bens dele, como tu, as outras escravas, esta casa... MELITA: Sempre que viaja te traz presentes. CLEIA: No o amor que leva os homens a dar presentes s esposas: a vaidade; ou o remorso. MELITA: Xants um homem ilustre. CLEIA: o filsofo da propriedade: Os homens so desiguais: a cada um toca uma ddiva ou um castigo. isto democracia grega... o direito que o povo tem de escolher o seu tirano: o direito que o tirano tem de determinar: deixo-te pobre; fao-te rico; deixo-te livre; fao-te escravo. o direito que todos tm de ouvir Xants dizer que a injustia justa, que o sofrimento alegria, e que este mundo foi organizado de modo a que ele possa beber bom vinho, ter uma bela casa, amar uma bela mulher. J terminaste? MELITA: Um pouco mais, e ainda estars mais bela para o teu filsofo. CLEIA: O meu filsofo... Os filsofos so sempre criaturas cheias demais de palavras... (*) Espcie de cama para recostar-se. (Guilherme Figueiredo. Um deus dormiu l em casa, 1964.) Em sua penltima fala no fragmento, Cleia critica o conceito de democracia grega, podendo-se perceber, pelo teor de seu discurso, que

Questão 9
2013Português

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 06 a 10 tomam por base um fragmento de Glria moribunda, do poeta romntico brasileiro lvares de Azevedo (1831-1852). uma viso medonha uma caveira? No tremas de pavor, ergue-a do lodo. Foi a cabea ardente de um poeta, Outrora sombra dos cabelos loiros. Quando o reflexo do viver fogoso Ali dentro animava o pensamento, Esta fronte era bela. Aqui nas faces Formosa palidez cobria o rosto; Nessas rbitas ocas, denegridas! Como era puro seu olhar sombrio! Agora tudo cinza. Resta apenas A caveira que a alma em si guardava, Como a concha no mar encerra a prola, Como a caoula a mirra incandescente. Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; Por que repugnas levant-la agora? Olha-a comigo! Que espaosa fronte! Quanta vida ali dentro fermentava, Como a seiva nos ramos do arvoredo! E a sede em fogo das ideias vivas Onde est? onde foi? Essa alma errante Que um dia no viver passou cantando, Como canta na treva um vagabundo, Perdeu-se acaso no sombrio vento, Como noturna lmpada apagou-se? E a centelha da vida, o eletrismo Que as fibras tremulantes agitava Morreu para animar futuras vidas? Sorris? eu sou um louco. As utopias, Os sonhos da cincia nada valem. A vida um escrnio sem sentido, Comdia infame que ensanguenta o lodo. H talvez um segredo que ela esconde; Mas esse a morte o sabe e o no revela. Os tmulos so mudos como o vcuo. Desde a primeira dor sobre um cadver, Quando a primeira me entre soluos Do filho morto os membros apertava Ao ofegante seio, o peito humano Caiu tremendo interrogando o tmulo... E a terra sepulcral no respondia. (Poesias completas, 1962.) E a centelha da vida, o eletrismo No contexto em que empregado, o termo eletrismo, que no consta dos dicionrios, significa:

Questão 10
2013Filosofia

(UNESP - 2013 - 2a fase - Questo 10) Preguia e covardia so as causas que explicam por que uma grande parte dos seres humanos, mesmo muito aps a natureza t-los declarado livres da orientao alheia, ainda permanecem, com gosto, e por toda a vida, na condio de menoridade. to confortvel ser menor! Tenho disposio um livro que entende por mim, um pastor que tem conscincia por mim, um mdico que prescreve uma dieta etc.: ento no preciso me esforar. A maioria da humanidade v como muito perigoso, alm de bastante difcil, o passo a ser dado rumo maioridade, uma vez que tutores j tomaram para si de bom grado a sua superviso. Aps terem previamente embrutecido e cuidadosamente protegido seu gado, para que estas pacatas criaturas no ousem dar qualquer passo fora dos trilhos nos quais devem andar, os tutores lhes mostram o perigo que as ameaa caso queiram andar por conta prpria. Tal perigo, porm, no assim to grande, pois, aps algumas quedas, aprenderiam finalmente a andar; basta, entretanto, o perigo de um tombo para intimid-las e aterroriz-las por completo para que no faam novas tentativas. (Immanuel Kant, apud Danilo Marcondes. Textos bsicos de tica de Plato a Foucault, 2009. Adaptado.) O texto refere-se resposta dada pelo filsofo Kant pergunta sobre O que o Iluminismo?. Explique o significado da oposio por ele estabelecida entre menoridade e autonomia intelectual.

Questão 10
2013Português

(UNESP - 2013 - 1a fase) A raposa e as uvas (Casa de Xants, em Samos. Entradas D., E., e F. Um gongo. Uma mesa. Cadeiras. Um clismos*. Pelo prtico, ao fundo, v-se o jardim. Esto em cena Cleia, esposa de Xants, e Melita, escrava. Melita penteia os cabelos de Cleia.) MELITA: (Penteando os cabelos de Cleia.) Ento Rodpis contou que Crisipo reuniu os discpulos na praa, apontou para o teu marido e exclamou: Tens o que no perdeste. Xants respondeu: certo. Crisipo continuou: No perdeste chifres. Xants concordou: Sim. Crisipo finalizou: Tens o que no perdeste; no perdeste chifres, logo os tens. (Cleia ri.) Todos riram a valer. CLEIA: engenhoso. o que eles chamam sofisma. Meu marido vai praa para ser insultado pelos outros filsofos? MELITA: No; Xants extraordinariamente inteligente... No meio do riso geral, disse a Crisipo: Crisipo, tua mulher te engana, e no entanto no tens chifres: o que perdeste foi a vergonha! E a os discpulos de Crisipo e os de Xants atiraram-se uns contra os outros... CLEIA: Brigaram? (Assentimento de Melita.) Como que Rodpis soube disto? MELITA: Ela estava na praa. CLEIA: Vocs, escravas, sabem mais do que se passa em Samos do que ns, mulheres livres... MELITA: As mulheres livres ficam em casa. De certo modo so mais escravas do que ns. CLEIA: verdade. Gostarias de ser livre? MELITA: No, Cleia. Tenho conforto aqui, e todos me consideram. bom ser escrava de um homem ilustre como teu marido. Eu poderia ter sido comprada por algum mercador, ou algum soldado, e no entanto tive a sorte de vir a pertencer a Xants. CLEIA: Achas isto um consolo? MELITA: Uma honra. Um filsofo, Cleia! CLEIA: Eu preferia que ele fosse menos filsofo e mais marido. Para mim os filsofos so pessoas que se encarregam de aumentar o nmero dos substantivos abstratos. MELITA: Xants inventa muitos? CLEIA: Nem ao menos isto. E a que est o trgico: um filsofo que no aumenta o vocabulrio das controvrsias. J terminaste? MELITA: Quase. bom pentear teus cabelos: meus dedos adquirem o som e a luz que eles tm. Xants beija os teuscabelos? (Muxoxo de Cleia.) Eu admiro teu marido. CLEIA: Por que no dizes logo que o amas? Gostarias bastante se ele me repudiasse, te tornasse livre e se casasse contigo... MELITA: No digas isto... Alm do mais, Xants te ama... CLEIA: sua maneira. Fao parte dos bens dele, como tu, as outras escravas, esta casa... MELITA: Sempre que viaja te traz presentes. CLEIA: No o amor que leva os homens a dar presentes s esposas: a vaidade; ou o remorso. MELITA: Xants um homem ilustre. CLEIA: o filsofo da propriedade: Os homens so desiguais: a cada um toca uma ddiva ou um castigo. isto democracia grega... o direito que o povo tem de escolher o seu tirano: o direito que o tirano tem de determinar: deixo-te pobre; fao-te rico; deixo-te livre; fao-te escravo. o direito que todos tm de ouvir Xants dizer que a injustia justa, que o sofrimento alegria, e que este mundo foi organizado de modo a que ele possa beber bom vinho, ter uma bela casa, amar uma bela mulher. J terminaste? MELITA: Um pouco mais, e ainda estars mais bela para o teu filsofo. CLEIA: O meu filsofo... Os filsofos so sempre criaturas cheias demais de palavras... (*) Espcie de cama para recostar-se. (Guilherme Figueiredo. Um deus dormiu l em casa, 1964.) [...] a injustia justa o sofrimento alegria. O impacto estilstico destas duas frases de uma das falas de Cleia se deve utilizao expressiva de entre conceitos. O termo que preenche corretamente a lacuna

Questão 10
2013Português

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 06 a 10 tomam por base um fragmento de Glria moribunda, do poeta romntico brasileiro lvares de Azevedo (1831-1852). uma viso medonha uma caveira? No tremas de pavor, ergue-a do lodo. Foi a cabea ardente de um poeta, Outrora sombra dos cabelos loiros. Quando o reflexo do viver fogoso Ali dentro animava o pensamento, Esta fronte era bela. Aqui nas faces Formosa palidez cobria o rosto; Nessas rbitas ocas, denegridas! Como era puro seu olhar sombrio! Agora tudo cinza. Resta apenas A caveira que a alma em si guardava, Como a concha no mar encerra a prola, Como a caoula a mirra incandescente. Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; Por que repugnas levant-la agora? Olha-a comigo! Que espaosa fronte! Quanta vida ali dentro fermentava, Como a seiva nos ramos do arvoredo! E a sede em fogo das ideias vivas Onde est? onde foi? Essa alma errante Que um dia no viver passou cantando, Como canta na treva um vagabundo, Perdeu-se acaso no sombrio vento, Como noturna lmpada apagou-se? E a centelha da vida, o eletrismo Que as fibras tremulantes agitava Morreu para animar futuras vidas? Sorris? eu sou um louco. As utopias, Os sonhos da cincia nada valem. A vida um escrnio sem sentido, Comdia infame que ensanguenta o lodo. H talvez um segredo que ela esconde; Mas esse a morte o sabe e o no revela. Os tmulos so mudos como o vcuo. Desde a primeira dor sobre um cadver, Quando a primeira me entre soluos Do filho morto os membros apertava Ao ofegante seio, o peito humano Caiu tremendo interrogando o tmulo... E a terra sepulcral no respondia. (Poesias completas, 1962.) Mas esse a morte o sabe e o no revela. Nas duas oraes que constituem este verso, os termos em destaque apresentam o mesmo referente, a saber:

Questão 11
2013Português

(UNESP - 2013 - 1a fase) A questo toma por base um poema de Lus Delfino (1834-1910) e a reproduo de ummosaico da Catedral de Monreale. Jesus Pantocrtor1 H na Itlia, em Palermo, ou pouco ao p, na igreja De Monreale, feita em mosaico, a divina Figura de Jesus Pantocrtor: domina Aquela face austera, aquele olhar troveja. No: aquela cabea de um Deus, no se inclina. rida pupila a doce, a benfazeja Lgrima falta, e o peito enorme no arqueja dor. F-lo tremendo a fico bizantina2. Este criou o inferno, e o espetculo hediondo Que h nos frescos3 de Santo Stefano Rotondo4; Este do mundo antigo espedaado assoma... Este no redimiu; no foi Cruz: olhai-o: Tem o antema5 boca, s duas mos o raio, E em vez do espinho fronte as trs coroas de Roma. (Lus Delfino. Rosas negras, 1938.) (1) Pantocrtor: que tudo rege, que governa tudo. (2) Bizantina: referente ao Imprio Romano do Oriente (330-1453 d.C.) e s manifestaesculturais desse imprio. (3) Fresco: o mesmo que afresco, pintura mural que resulta da aplicao de cores diludas emgua sobre um revestimento ainda fresco de argamassa, para facilitar a absoro da tinta. (4) Santo Stefano Rotondo: igreja erigida por volta de 460 d.C., em Roma, em homenagem aSanto Estvo (Stefano, em italiano), mrtir do cristianismo. (5) Antema: reprovao enrgica, sentena de maldio que expulsa da Igreja, excomunho. Neste soneto de Lus Delfino ocorre uma espcie de dilogo entre o texto potico e uma impressionante figura de Jesus Cristo Pantocrtor, com 7 m de altura e largura de 13,30 m, criada por mestres especializados na tcnica bizantina do mosaico, na abside da catedral de Monreale, construda entre 1172 e 1189. A figura de Cristo Pantocrtor, feita em mosaicos policromos e dourados, pode ser vista ainda hoje na mesma cidade e igreja mencionadas na primeira estrofe. Colocando-se diante dessa representao de Cristo, o eu lrico do soneto

Questão 11
2013Filosofia

(UNESP - 2013 - 2a fase - Questo 11) Texto 1 Para santo Toms de Aquino, o poder poltico, por ser uma instituio divina, alm dos fins temporais que justificam a ao poltica, visa outros fins superiores, de natureza espiritual. O Estado deve dar condies para a realizao eterna e sobrenatural do homem. Ao discutir a relao Estado-Igreja, admite a supremacia desta sobre aquele. Considera a Monarquia a melhor forma de governo, por ser o governo de um s, escolhido pela sua virtude, desde que seja bloqueado o caminho da tirania. Texto 2 Maquiavel rejeita a poltica normativa dos gregos, a qual, ao explicar como o homem deve agir, cria sistemas utpicos. A nova poltica, ao contrrio, deve procurar a verdade efetiva, ou seja, como o homem age de fato. O mtodo de Maquiavel estipula a observao dos fatos, o que denota uma tendncia comum aos pensadores do Renascimento, preocupados em superar, atravs da experincia, os esquemas meramente dedutivos da Idade Mdia. Seus estudos levam constatao de que os homens sempre agiram pelas formas da corrupo e da violncia. (Maria Lcia Aranha e Maria Helena Martins. Filosofando, 1986. Adaptado.) Explique as diferentes concepes de poltica expressadas nos dois textos

Questão 11
2013Português

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Instruo: As questes de nmeros 11 a 15 tomam por base um fragmento da crnica Letra de cano e poesia, de Antonio Cicero. Como escrevo poemas e letras de canes, frequentemente perguntam-me se acho que as letras de canes so poemas. A expresso letra de cano j indica de que modo essa questo deve ser entendida, pois a palavra letra remete escrita. O que se quer saber se a letra, separada da cano, constitui um poema escrito. Letra de cano poema? Essa formulao inadequada. Desde que as vanguardas mostraram que no se pode determinar a priori quais so as formas lcitas para a poesia, qualquer coisa pode ser um poema. Se um poeta escreve letras soltas na pgina e diz que um poema, quem provar o contrrio? Neste ponto, parece-me inevitvel introduzir um juzo de valor. A verdadeira questo parece ser se uma letra de cano um bom poema. Entretanto, mesmo esta ltima pergunta ainda no suficientemente precisa, pois pode estar a indagar duas coisas distintas: 1) Se uma letra de cano necessariamente um bom poema; e 2) Se uma letra de cano possivelmente um bom poema. Quanto primeira pergunta, evidente que deve ter uma resposta negativa. Nenhum poema necessariamente um bom poema; nenhum texto necessariamente um bom poema; logo, nenhuma letra necessariamente um bom poema. Mas talvez o que se deva perguntar se uma boa letra necessariamente um bom poema. Ora, tambm a essa pergunta a resposta negativa. Quem j no teve a experincia, em relao a uma letra de cano, de se emocionar com ela ao escut-la cantada e depois consider-la inspida, ao l-la no papel, sem acompanhamento musical? No difcil entender a razo disso. Um poema um objeto autotlico, isto , ele tem o seu fim em si prprio. Quando o julgamos bom ou ruim, estamos a consider-lo independentemente do fato de que, alm de ser um poema, ele tenha qualquer utilidade. O poema se realiza quando lido: e ele pode ser lido em voz baixa, interna, aural. J uma letra de cano heterotlica, isto , ela no tem o seu fim em si prpria. Para que a julguemos boa, necessrio e suficiente que ela contribua para que a obra ltero-musical de que faz parte seja boa. Em outras palavras, se uma letra de cano servir para fazer uma boa cano, ela boa, ainda que seja ilegvel. E a letra pode ser ilegvel porque, para se estruturar, para adquirir determinado colorido, para ter os sons ou as palavras certas enfatizadas, ela depende da melodia, da harmonia, do ritmo, do tom da msica qual se encontra associada. (Folha de S.Paulo, 16.06.2007.) No primeiro pargrafo de sua crnica, Antonio Cicero apresenta como indagao central: