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Questões - UNESP | Gabarito e resoluções

Questão 24
2012Matemática

(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questo 24) Identifique o lugar geomtrico das imagens dos nmeros complexos Z, tais que |Z| + |3 Z| = 12.

Questão 24
2012Inglês

(UNESP - 2012/2 - 1a fase) Instruo: Leia o texto para responder s questes de nmeros 21 a 25. Amy Winehouse greets Whitney Houston in heaven (by Hideaki Tailor) HEAVEN Psychics are saying that Amy Winehouse was the first soul singer to greet Whitney Houston, even before Michael Jackson. Top psychics in Los Angeles are saying that Whitney Houstons spirit is already lighting up heaven. Its like the universal source has called the greatest voice of all time back to heaven. Its pure magic up there. Amy was right there. She gave Whitney a big angel hug and walked with her as she met some of her ancestors, relatives and Michael Jackson. Both singers had trouble on earth with alcohol and drugs, but they are at peace now. Fame was too much for their gentle souls, said Madam Marie of Sherman Oaks. Their voices were a gift to our world, but caused great damage to their spirits on earth. Now, they are in a better place. One psychic said that Amy Winehouse and Whitney Houston are planning a concert together in Whitneys first few months. Amys been doing very well in heaven and feels free and happy. While Americans and fans around the world mourn the terrible loss of Whitney, the angels are rejoicing. Our songbird is home, is what St. Peter reportedly said when greeting Whitney, according to a psychic on Venice Beach. (http://weeklyworldnews.com. Adaptado.) Qual das seguintes expresses equivale, no texto, ideia de Deus?

Questão 25
2012Inglês

(UNESP - 2012 - 1a Fase) Leia o texto a seguir: Why use biofuels for aviation? The aviation industry has seen huge growth since its beginning. Today, more than two billion people enjoy the social and economical benefits of flight each year. The ability to fly conveniently and efficiently between nations has been a catalyst for the global economy and has shrunk cultural barriers like no other transport sector. But this progress comes at a cost. In 2008, the commercial aviation industry produced 677 million tones of carbon dioxide (CO2). This is around 2% of the total man-made CO2 emissions of more than 34 billion tones. While this amount is smaller compared with other industry sectors, such as power generation and ground transport, these industries have viable alternative energy sources currently available. For example, the power generation industry can look to wind, hydro, nuclear and solar technologies to make electricity without producing much CO2 . Cars and buses can run on hybrid, flexible fuel engines or electricity. ___________________-powered trains can replace __________________ locomotives. The aviation industry has identified the development of biofuels as one of the major ways it can reduce its greenhouse gas emissions. Biofuels provide aviation with the capability to partially, and perhaps one day fully, replace carbon-intensive petroleum fuels. They will, over time, enable the industry to reduce its carbon footprint significantly. (Beginners Guide to Aviation Biofuels, May 2009. Adaptado.) Quais palavras completam corretamente os dois espaos no segundo pargrafo do texto?

Questão 25
2012Português

(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questo 25) O caso da A Folha [...] A Constituio Federal, edio oficial da Imprensa Nacional, 1891, Ttulo III seco II, Declarao dos Direitos, art. 72, 12, diz: Em qualquer assunto livre a manifestao do pensamento pela imprensa, ou pela tribuna sem dependncia de censura, respondendo cada um pelos abusos que cometer, nos casos e pela forma que a lei determinar. No permitido o anonimato. A lei que dispe sobre os crimes de responsabilidade do presidente da Repblica diz ainda: Art. 28 Tolher a liberdade da imprensa, impedindo arbitrariamente a publicao ou circulao dos jornais ou outros escritos impressos, etc. [...] Em dias da semana passada, nesta cidade do Rio de Janeiro, em plena Avenida Central, agentes de polcia e outros funcionrios subalternos, da repartio do doutor Geminiano, saram-se dos seus cuidados e apreenderam das mos de vendedores e rasgaram in continenti1 exemplares da A Folha, jornal recentemente fundado e dirigido pelo conhecido escritor Medeiros e Albuquerque. No segredo para ningum que o jornal desse ilustrado e destemido jornalista vem, desde a sua fundao, mantendo uma campanha contra a venda aos Estados Unidos dos navios que o Brasil tomou Alemanha, por ocasio de declarar a guerra a esta. A campanha tem sido corajosa e tem deveras contundido profundamente o governo, por isso, todos que se julgam pavoneados pelo Catete2 andam irritadssimos com o vespertino de Medeiros. A coisa est posta no ponto de vista patritico, ponto de vista em que no gosto de ver julgada qualquer questo. Para fim, o que eu achava honesto e srio, de cavalheiro, era entregar os buques3 aos seus verdadeiros donos; o mais tem um nome feio que no quero pr aqui. Mas, etc., etc. Os agentes, como ia eu dizendo, apreenderam os jornais de Medeiros e Albuquerque, diante do povo bestializado; e, ao outro dia, um nico quotidiano teve a coragem de denunciar semelhante escndalo, assim mesmo com reservas e injustificvel prudncia. Sou insuspeito para falar assim dos jornais, porque lhes devo muito; mas, por isso mesmo, julgo que a fora da imprensa periga, desde que nessa questo de liberdade de pensamento no houver a mais perfeita solidariedade de vistas em defend-la contra os atentados dos governos verdadeiramente poderosos e os que se fingem poderosos, como o atual. E essa defesa deve esquecer qualquer outra circunstncia que milite em favor ou desfavor do jornal. No se quer saber se o jornal A, atacado pelos alguazis4 da governana, tira mil ou um milho de exemplares, se escrito na lngua morta de Rui de Pina ou na que os smile-clssicos de hoje chamam vascono5 ou l que seja. O que se deve indagar primeiro se todo o ataque a um jornal ou sua liberdade de circulao no uma ameaa aos outros. Hodie mihi...6 Nesse caso da A Folha, apesar de serdios7 , os protestos vieram; e, ainda ontem, A Noite, na seco Ecos e Novidades, denuncia que o prprio diretor dos Correios foi, em pessoa, a determinada dependncia, para impedir que aquele jornal fosse distribudo aos seus assinantes. At onde querero ir os administradores do Brasil em sabujice? (Lima Barreto. Feiras e mafus, 1961.) (1) In continenti: no mesmo momento, imediatamente, no mesmo instante, na hora. (2) Catete: Palcio do Catete, sede da presidncia da Repblica. (3) Buques: navios. (4) Alguazil: funcionrio inferior de administrao ou de justia; funcionrio subalterno; oficial de diligncias; meirinho, beleguim, esbirro. (5) Vascono: basco; (fig.) linguagem confusa, afetada, ininteligvel. (6) Hodie mihi, cras tibi: provrbio latino que significa hoje a mim, amanh a ti, isto , o que acontece hoje comigo pode acontecer amanh com voc. (7) Serdio: fora de tempo, tardio, atrasado A campanha tem sido corajosa e tem deveras contundido profundamente o governo... Partindo do sentido prprio com que o verbo contundir comumente empregado nos esportes e nas atividades fsicas em geral, descreva o sentido figurado com que Lima Barreto emprega tem contundido na frase em destaque.

Questão 25
2012Português

(UNESP - 2012- 2 fase) O homem que queria eliminar a memria (...) Estava na sala diante do doutor. Uma sala branca, annima. Por que so sempre assim, derrotando a gente logo de entrada? O mdico: Sim? Quero me operar. Quero que o senhor tire um pedao do meu crebro. Um pedao do crebro? Por que vou tirar um pedao do seu crebro? Porque eu quero. Sim, mas precisa me explicar. Justificar. No basta eu querer? Claro que no. No sou dono do meu corpo? Em termos. Como em termos? Bem, o senhor e no . H certas coisas que o senhor est impedido de fazer. Ou melhor; eu que estou impedido de fazer no senhor. Quem impede? A tica, a lei. A sua tica manda tambm no meu corpo? Se pago, se quero, porque quero fazer do meu corpo aquilo que desejo. E se acabou. Olha, a gente vai ficar o dia inteiro nesta discusso boba. E no tenho tempo a perder. Por que o senhor quer cortar um pedao do crebro? Quero eliminar a minha memria. Para qu? Gozado, as pessoas s sabem perguntar: o qu? por qu? para qu? Falei com dezenas de pessoas e todos me perguntaram: por qu? No podem aceitar pura e simplesmente algum que deseja eliminar a memria. J que o senhor veio a mim para fazer esta operao, tenho ao menos o direito dessa informao. No quero mais me lembrar de nada. S isso. As coisas passaram, passaram. Fim! No to simples assim. Na vida diria, o senhor precisa da memria. Para lembrar pequenas coisas. Ou grandes. Compromissos, encontros, coisas a pagar, etc. tudo isso que vou eliminar. Marco numa agenda, olho ali e pronto. No d para fazer isso, de qualquer modo. A medicina no est to adiantada assim. Em lugar nenhum posso eliminar a minha memria? Que eu saiba no. Seria muito melhor para os homens. O dia a dia. O dia de hoje para a frente. Entende o que eu quero dizer? Nenhuma lembrana ruim ou boa, nenhuma neurose. O passado fechado, encerrado. Definitivamente bloqueado. No seria engraado? No se lembrar sequer do que se tomou no caf da manh? E para que quero me lembrar do que tomei no caf da manh? (Igncio de Loyola Brando. Cadeiras proibidas: contos. Rio de Janeiro: Codecri, 1984, p. 32-34.) Os avanos da gentica nos filmes Uma boa forma de se pensar as possibilidades e riscos no avano das cincias se aventurar nas fices literrias e cinematogrficas. Enquanto os cientistas devem zelar para no fazer especulaes infundadas, os autores de fico tratam de dar asas imaginao e projetar em histrias emocionantes as possveis aplicaes da cincia e alguns de seus efeitos inesperados. A possibilidade de recriao da vida humana ou do controle que poderamos ter sobre seus corpos e destinos so alguns dos grandes temas que h muito tempo vm sendo explorados. O que seria de nossa vida se soubssemos como prolong-la indefinidamente? Como ficariam nossos corpos se pudssemos transform-los vontade ou se consegussemos fabricar seres para nos substiturem nas tarefas duras e chatas? No seria uma maravilha se pudssemos implantar ou fazer um download de memrias e conhecimentos que nos dispensassem de ter que aprender na marra, com muito estudo e algumas experincias ruins? Que tal poder escolher e reconfigurar nossas caractersticas e as das pessoas com quem convivemos? Nosso imaginrio povoado por robs, clones, artifcios fantsticos, instrumentos poderosos e tecnologias sofisticadas que aparecem sob variadas formas nos enredos de diversos filmes. Metrpolis, Frankenstein, Blade Runner, Inteligncia Artificial, Eu Rob e Matrix so alguns que se tornaram clssicos, pois foram marcantes para geraes e continuam sendo referidos e revisitados. De maneira geral, retratam como boas ideias podem ter desdobramentos imprevistos e indesejveis. o que acontece, por exemplo, nas narrativas utpicas que descrevem sociedades ideais, mas que se revelam sombrias e nada atraentes quando conhecidas de perto, como nos filmes 1984 ou Brazil. Isto obviamente no invalida, nem deveria desestimular, os avanos do conhecimento. Pelo contrrio! Juntamente com as dvidas que essas histrias lanam sobre nossas certezas e expectativas, elas suscitam interrogaes e recolocam questes fundamentais. Se a engenharia gentica pode fazer as pessoas melhores, mais saudveis, mais desejveis, por que no seguir em frente? Quais seriam as implicaes dessa seleo artificial? Assistir e conversar sobre o filme GATTACA uma boa forma de entrar nessa discusso. O nome da produo e do local onde se passa vem das letras com que representamos as sequncias do DNA (G, A, T, C). Mais precisamente, as iniciais das bases qumicas dessas molculas: Guanina, Adenina, Timina e Citosina. O filme retrata uma sociedade organizada e estratificada de forma racional, tomando como base o levantamento gentico dos indivduos. Aparentemente, uma forma de se aproveitar melhor, e para o bem comum, as caractersticas e o potencial de cada um. Acontece que um jovem, inconformado com o destino que seus genes defeituosos lhe reservara, falseia sua identidade gentica para assumir a profisso com que sempre sonhara, a de espaonauta. Boa parte da trama e do suspense do filme advm do fato de que sua verdadeira identidade biolgica, invlida para aquela atividade, tinha que ser ocultada todo o tempo e com muita astcia, pois a manuteno da ordem social se baseava em constantes escaneamentos genticos. As situaes enfrentadas pelo personagem nos levam a compartilhar sua percepo de injustia, e torcer pela subverso ao sistema. (Bernardo Jefferson de Oliveira. Os avanos da gentica nos filmes. pr-Univesp, edio 6, 15.11.2010: www.univesp.ensinosuperior.sp.gov) A personagem do conto de Loyola Brando, em suas tentativas de demonstrar ao mdico que seria bom eliminar a memria, apresenta, entre seus argumentos, no ltimo pargrafo, um de ordem emocional, sentimental. Identifique esse argumento e justifique-o do ponto de vista da personagem.

Questão 25
2012Inglês

(UNESP - 2012/2 - 1a fase) Instruo: Leia o texto para responder s questes de nmeros 21 a 25. Amy Winehouse greets Whitney Houston in heaven (by Hideaki Tailor) HEAVEN Psychics are saying that Amy Winehouse was the first soul singer to greet Whitney Houston, even before Michael Jackson. Top psychics in Los Angeles are saying that Whitney Houstons spirit is already lighting up heaven. Its like the universal source has called the greatest voice of all time back to heaven. Its pure magic up there. Amy was right there. She gave Whitney a big angel hug and walked with her as she met some of her ancestors, relatives and Michael Jackson. Both singers had trouble on earth with alcohol and drugs, but they are at peace now. Fame was too much for their gentle souls, said Madam Marie of Sherman Oaks. Their voices were a gift to our world, but caused great damage to their spirits on earth. Now, they are in a better place. One psychic said that Amy Winehouse and Whitney Houston are planning a concert together in Whitneys first few months. Amys been doing very well in heaven and feels free and happy. While Americans and fans around the world mourn the terrible loss of Whitney, the angels are rejoicing. Our songbird is home, is what St. Peter reportedly said when greeting Whitney, according to a psychic on Venice Beach. (http://weeklyworldnews.com. Adaptado.) A quem se refere o termo our, na expresso our songbird, no ltimo pargrafo do texto?

Questão 26
2012Português

(UNESP - 2012- 2 fase) O homem que queria eliminar a memria (...) Estava na sala diante do doutor. Uma sala branca, annima. Por que so sempre assim, derrotando a gente logo de entrada? O mdico: Sim? Quero me operar. Quero que o senhor tire um pedao do meu crebro. Um pedao do crebro? Por que vou tirar um pedao do seu crebro? Porque eu quero. Sim, mas precisa me explicar. Justificar. No basta eu querer? Claro que no. No sou dono do meu corpo? Em termos. Como em termos? Bem, o senhor e no . H certas coisas que o senhor est impedido de fazer. Ou melhor; eu que estou impedido de fazer no senhor. Quem impede? A tica, a lei. A sua tica manda tambm no meu corpo? Se pago, se quero, porque quero fazer do meu corpo aquilo que desejo. E se acabou. Olha, a gente vai ficar o dia inteiro nesta discusso boba. E no tenho tempo a perder. Por que o senhor quer cortar um pedao do crebro? Quero eliminar a minha memria. Para qu? Gozado, as pessoas s sabem perguntar: o qu? por qu? para qu? Falei com dezenas de pessoas e todos me perguntaram: por qu? No podem aceitar pura e simplesmente algum que deseja eliminar a memria. J que o senhor veio a mim para fazer esta operao, tenho ao menos o direito dessa informao. No quero mais me lembrar de nada. S isso. As coisas passaram, passaram. Fim! No to simples assim. Na vida diria, o senhor precisa da memria. Para lembrar pequenas coisas. Ou grandes. Compromissos, encontros, coisas a pagar, etc. tudo isso que vou eliminar. Marco numa agenda, olho ali e pronto. No d para fazer isso, de qualquer modo. A medicina no est to adiantada assim. Em lugar nenhum posso eliminar a minha memria? Que eu saiba no. Seria muito melhor para os homens. O dia a dia. O dia de hoje para a frente. Entende o que eu quero dizer? Nenhuma lembrana ruim ou boa, nenhuma neurose. O passado fechado, encerrado. Definitivamente bloqueado. No seria engraado? No se lembrar sequer do que se tomou no caf da manh? E para que quero me lembrar do que tomei no caf da manh? (Igncio de Loyola Brando. Cadeiras proibidas: contos. Rio de Janeiro: Codecri, 1984, p. 32-34.) Os avanos da gentica nos filmes Uma boa forma de se pensar as possibilidades e riscos no avano das cincias se aventurar nas fices literrias e cinematogrficas. Enquanto os cientistas devem zelar para no fazer especulaes infundadas, os autores de fico tratam de dar asas imaginao e projetar em histrias emocionantes as possveis aplicaes da cincia e alguns de seus efeitos inesperados. A possibilidade de recriao da vida humana ou do controle que poderamos ter sobre seus corpos e destinos so alguns dos grandes temas que h muito tempo vm sendo explorados. O que seria de nossa vida se soubssemos como prolong-la indefinidamente? Como ficariam nossos corpos se pudssemos transform-los vontade ou se consegussemos fabricar seres para nos substiturem nas tarefas duras e chatas? No seria uma maravilha se pudssemos implantar ou fazer um download de memrias e conhecimentos que nos dispensassem de ter que aprender na marra, com muito estudo e algumas experincias ruins? Que tal poder escolher e reconfigurar nossas caractersticas e as das pessoas com quem convivemos? Nosso imaginrio povoado por robs, clones, artifcios fantsticos, instrumentos poderosos e tecnologias sofisticadas que aparecem sob variadas formas nos enredos de diversos filmes. Metrpolis, Frankenstein, Blade Runner, Inteligncia Artificial, Eu Rob e Matrix so alguns que se tornaram clssicos, pois foram marcantes para geraes e continuam sendo referidos e revisitados. De maneira geral, retratam como boas ideias podem ter desdobramentos imprevistos e indesejveis. o que acontece, por exemplo, nas narrativas utpicas que descrevem sociedades ideais, mas que se revelam sombrias e nada atraentes quando conhecidas de perto, como nos filmes 1984 ou Brazil. Isto obviamente no invalida, nem deveria desestimular, os avanos do conhecimento. Pelo contrrio! Juntamente com as dvidas que essas histrias lanam sobre nossas certezas e expectativas, elas suscitam interrogaes e recolocam questes fundamentais. Se a engenharia gentica pode fazer as pessoas melhores, mais saudveis, mais desejveis, por que no seguir em frente? Quais seriam as implicaes dessa seleo artificial? Assistir e conversar sobre o filme GATTACA uma boa forma de entrar nessa discusso. O nome da produo e do local onde se passa vem das letras com que representamos as sequncias do DNA (G, A, T, C). Mais precisamente, as iniciais das bases qumicas dessas molculas: Guanina, Adenina, Timina e Citosina. O filme retrata uma sociedade organizada e estratificada de forma racional, tomando como base o levantamento gentico dos indivduos. Aparentemente, uma forma de se aproveitar melhor, e para o bem comum, as caractersticas e o potencial de cada um. Acontece que um jovem, inconformado com o destino que seus genes defeituosos lhe reservara, falseia sua identidade gentica para assumir a profisso com que sempre sonhara, a de espaonauta. Boa parte da trama e do suspense do filme advm do fato de que sua verdadeira identidade biolgica, invlida para aquela atividade, tinha que ser ocultada todo o tempo e com muita astcia, pois a manuteno da ordem social se baseava em constantes escaneamentos genticos. As situaes enfrentadas pelo personagem nos levam a compartilhar sua percepo de injustia, e torcer pela subverso ao sistema. (Bernardo Jefferson de Oliveira. Os avanos da gentica nos filmes. pr-Univesp, edio 6, 15.11.2010: www.univesp.ensinosuperior.sp.gov) A personagem do conto de Loyola Brando, em suas tentativas de demonstrar ao mdico que seria bom eliminar a memria, apresenta, entre seus argumentos, no ltimo pargrafo, um de ordem emocional, sentimental. Identifique esse argumento e justifique-o do ponto de vista da personagem. Depois de comparar os dois textos, demonstre que, quanto questo da memria, o homem do conto, que procura o mdico, e o pesquisador Bernardo Jefferson de Oliveira manifestam opinies bem distintas.

Questão 26
2012Português

(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questo 26) O caso da A Folha [...] A Constituio Federal, edio oficial da Imprensa Nacional, 1891, Ttulo III seco II, Declarao dos Direitos, art. 72, 12, diz: Em qualquer assunto livre a manifestao do pensamento pela imprensa, ou pela tribuna sem dependncia de censura, respondendo cada um pelos abusos que cometer, nos casos e pela forma que a lei determinar. No permitido o anonimato. A lei que dispe sobre os crimes de responsabilidade do presidente da Repblica diz ainda: Art. 28 Tolher a liberdade da imprensa, impedindo arbitrariamente a publicao ou circulao dos jornais ou outros escritos impressos, etc. [...] Em dias da semana passada, nesta cidade do Rio de Janeiro, em plena Avenida Central, agentes de polcia e outros funcionrios subalternos, da repartio do doutor Geminiano, saram-se dos seus cuidados e apreenderam das mos de vendedores e rasgaram in continenti1 exemplares da A Folha, jornal recentemente fundado e dirigido pelo conhecido escritor Medeiros e Albuquerque. No segredo para ningum que o jornal desse ilustrado e destemido jornalista vem, desde a sua fundao, mantendo uma campanha contra a venda aos Estados Unidos dos navios que o Brasil tomou Alemanha, por ocasio de declarar a guerra a esta. A campanha tem sido corajosa e tem deveras contundido profundamente o governo, por isso, todos que se julgam pavoneados pelo Catete2 andam irritadssimos com o vespertino de Medeiros. A coisa est posta no ponto de vista patritico, ponto de vista em que no gosto de ver julgada qualquer questo. Para fim, o que eu achava honesto e srio, de cavalheiro, era entregar os buques3 aos seus verdadeiros donos; o mais tem um nome feio que no quero pr aqui. Mas, etc., etc. Os agentes, como ia eu dizendo, apreenderam os jornais de Medeiros e Albuquerque, diante do povo bestializado; e, ao outro dia, um nico quotidiano teve a coragem de denunciar semelhante escndalo, assim mesmo com reservas e injustificvel prudncia. Sou insuspeito para falar assim dos jornais, porque lhes devo muito; mas, por isso mesmo, julgo que a fora da imprensa periga, desde que nessa questo de liberdade de pensamento no houver a mais perfeita solidariedade de vistas em defend-la contra os atentados dos governos verdadeiramente poderosos e os que se fingem poderosos, como o atual. E essa defesa deve esquecer qualquer outra circunstncia que milite em favor ou desfavor do jornal. No se quer saber se o jornal A, atacado pelos alguazis4 da governana, tira mil ou um milho de exemplares, se escrito na lngua morta de Rui de Pina ou na que os smile-clssicos de hoje chamam vascono5 ou l que seja. O que se deve indagar primeiro se todo o ataque a um jornal ou sua liberdade de circulao no uma ameaa aos outros. Hodie mihi...6 Nesse caso da A Folha, apesar de serdios7 , os protestos vieram; e, ainda ontem, A Noite, na seco Ecos e Novidades, denuncia que o prprio diretor dos Correios foi, em pessoa, a determinada dependncia, para impedir que aquele jornal fosse distribudo aos seus assinantes. At onde querero ir os administradores do Brasil em sabujice? (Lima Barreto. Feiras e mafus, 1961.) (1) In continenti: no mesmo momento, imediatamente, no mesmo instante, na hora. (2) Catete: Palcio do Catete, sede da presidncia da Repblica. (3) Buques: navios. (4) Alguazil: funcionrio inferior de administrao ou de justia; funcionrio subalterno; oficial de diligncias; meirinho, beleguim, esbirro. (5) Vascono: basco; (fig.) linguagem confusa, afetada, ininteligvel. (6) Hodie mihi, cras tibi: provrbio latino que significa hoje a mim, amanh a ti, isto , o que acontece hoje comigo pode acontecer amanh com voc. (7) Serdio: fora de tempo, tardio, atrasado Embora no faa uma acusao formal e direta, a leitura dos quatro primeiros pargrafos da crnica de Lima Barreto demonstra que este suspeitava ter havido um s mandatrio das aes contra o jornal A Folha. Aponte esse mandatrio e, com base nas informaes fornecidas nos quatro primeiros pargrafos, explique qual seria sua responsabilidade legal.

Questão 26
2012Inglês

(UNESP - 2012 - 1a Fase) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: Sustainable flight TAM was the first airline in South America to carry out an experimental flight using biofuel on November 22, 2010. Produced from the oil of 100% domestic nettlespurge, known in Portuguese as pinho-manso, it reduces carbon emissions by between 65% and 80% compared with petroleum-derived kerosene, according to research. Besides, the plant does not threatens the food chain, as it is not edible for humans nor animals. Compared with other biofuels, the fuel from this plant is very promising for the Brazilian scenario, says Paulus Figueiredo, TAMs fuel manager. The next step in the project is to implement a farming unit, in reduced scale, at TAMs Technological Center in So Carlos (SP), exclusively to conduct studies and make better cultivation techniques viable. The objective is to carry out studies concerning technical and economic viability to build a biofuel Brazilian platform based on nettlespurge, explains TAMs CEO, Lbano Barroso. The experimental flight was a joint effort between TAM, Airbus, CFM International (joint venture between U.S.s GE and the French Safran Group) and Air BP. The trip was authorized by Brazils National Civil Aviation Agency (ANAC) and by the European Aviation Safety Agency (EASA). (TAM News, January 2011. Adaptado.) A utilizao do pinho-manso em biocombustveis vantajosa porque

Questão 27
2012Inglês

(UNESP - 2012 - 1a Fase) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: Sustainable flight TAM was the first airline in South America to carry out an experimental flight using biofuel on November 22, 2010. Produced from the oil of 100% domestic nettlespurge, known in Portuguese as pinho-manso, it reduces carbon emissions by between 65% and 80% compared with petroleum-derived kerosene, according to research. Besides, the plant does not threatens the food chain, as it is not edible for humans nor animals. Compared with other biofuels, the fuel from this plant is very promising for the Brazilian scenario, says Paulus Figueiredo, TAMs fuel manager. The next step in the project is to implement a farming unit, in reduced scale, at TAMs Technological Center in So Carlos (SP), exclusively to conduct studies and make better cultivation techniques viable. The objective is to carry out studies concerning technical and economic viability to build a biofuel Brazilian platform based on nettlespurge, explains TAMs CEO, Lbano Barroso. The experimental flight was a joint effort between TAM, Airbus, CFM International (joint venture between U.S.s GE and the French Safran Group) and Air BP. The trip was authorized by Brazils National Civil Aviation Agency (ANAC) and by the European Aviation Safety Agency (EASA). (TAM News, January 2011. Adaptado.) De acordo com o texto,

Questão 27
2012Português

(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questo 27) O caso da A Folha [...] A Constituio Federal, edio oficial da Imprensa Nacional, 1891, Ttulo III seco II, Declarao dos Direitos, art. 72, 12, diz: Em qualquer assunto livre a manifestao do pensamento pela imprensa, ou pela tribuna sem dependncia de censura, respondendo cada um pelos abusos que cometer, nos casos e pela forma que a lei determinar. No permitido o anonimato. A lei que dispe sobre os crimes de responsabilidade do presidente da Repblica diz ainda: Art. 28 Tolher a liberdade da imprensa, impedindo arbitrariamente a publicao ou circulao dos jornais ou outros escritos impressos, etc. [...] Em dias da semana passada, nesta cidade do Rio de Janeiro, em plena Avenida Central, agentes de polcia e outros funcionrios subalternos, da repartio do doutor Geminiano, saram-se dos seus cuidados e apreenderam das mos de vendedores e rasgaram in continenti1 exemplares da A Folha, jornal recentemente fundado e dirigido pelo conhecido escritor Medeiros e Albuquerque. No segredo para ningum que o jornal desse ilustrado e destemido jornalista vem, desde a sua fundao, mantendo uma campanha contra a venda aos Estados Unidos dos navios que o Brasil tomou Alemanha, por ocasio de declarar a guerra a esta. A campanha tem sido corajosa e tem deveras contundido profundamente o governo, por isso, todos que se julgam pavoneados pelo Catete2 andam irritadssimos com o vespertino de Medeiros. A coisa est posta no ponto de vista patritico, ponto de vista em que no gosto de ver julgada qualquer questo. Para fim, o que eu achava honesto e srio, de cavalheiro, era entregar os buques3 aos seus verdadeiros donos; o mais tem um nome feio que no quero pr aqui. Mas, etc., etc. Os agentes, como ia eu dizendo, apreenderam os jornais de Medeiros e Albuquerque, diante do povo bestializado; e, ao outro dia, um nico quotidiano teve a coragem de denunciar semelhante escndalo, assim mesmo com reservas e injustificvel prudncia. Sou insuspeito para falar assim dos jornais, porque lhes devo muito; mas, por isso mesmo, julgo que a fora da imprensa periga, desde que nessa questo de liberdade de pensamento no houver a mais perfeita solidariedade de vistas em defend-la contra os atentados dos governos verdadeiramente poderosos e os que se fingem poderosos, como o atual. E essa defesa deve esquecer qualquer outra circunstncia que milite em favor ou desfavor do jornal. No se quer saber se o jornal A, atacado pelos alguazis4 da governana, tira mil ou um milho de exemplares, se escrito na lngua morta de Rui de Pina ou na que os smile-clssicos de hoje chamam vascono5 ou l que seja. O que se deve indagar primeiro se todo o ataque a um jornal ou sua liberdade de circulao no uma ameaa aos outros. Hodie mihi...6 Nesse caso da A Folha, apesar de serdios7 , os protestos vieram; e, ainda ontem, A Noite, na seco Ecos e Novidades, denuncia que o prprio diretor dos Correios foi, em pessoa, a determinada dependncia, para impedir que aquele jornal fosse distribudo aos seus assinantes. At onde querero ir os administradores do Brasil em sabujice? (Lima Barreto. Feiras e mafus, 1961.) (1) In continenti: no mesmo momento, imediatamente, no mesmo instante, na hora. (2) Catete: Palcio do Catete, sede da presidncia da Repblica. (3) Buques: navios. (4) Alguazil: funcionrio inferior de administrao ou de justia; funcionrio subalterno; oficial de diligncias; meirinho, beleguim, esbirro. (5) Vascono: basco; (fig.) linguagem confusa, afetada, ininteligvel. (6) Hodie mihi, cras tibi: provrbio latino que significa hoje a mim, amanh a ti, isto , o que acontece hoje comigo pode acontecer amanh com voc. (7) Serdio: fora de tempo, tardio, atrasado Os agentes, como ia eu dizendo, apreenderam os jornais de Medeiros e Albuquerque, diante do povo bestializado; e, ao outro dia, um nico quotidiano teve a coragem de denunciar semelhante escndalo, assim mesmo com reservas e injustificvel prudncia. Nesta frase, focalizando a reao do nico jornal (quotidiano) que ao outro dia denunciou as aes sofridas por A Folha, Lima Barreto atribui quele jornal o termo coragem, mas em seguida ressalva que a denncia foi feita com reservas e injustificvel prudncia. O que pretendeu realmente dizer o cronista quanto reao do jornal?

Questão 27
2012Português

(UNESP - 2012- 2 fase) O homem que queria eliminar a memria (...) Estava na sala diante do doutor. Uma sala branca, annima. Por que so sempre assim, derrotando a gente logo de entrada? O mdico: Sim? Quero me operar. Quero que o senhor tire um pedao do meu crebro. Um pedao do crebro? Por que vou tirar um pedao do seu crebro? Porque eu quero. Sim, mas precisa me explicar. Justificar. No basta eu querer? Claro que no. No sou dono do meu corpo? Em termos. Como em termos? Bem, o senhor e no . H certas coisas que o senhor est impedido de fazer. Ou melhor; eu que estou impedido de fazer no senhor. Quem impede? A tica, a lei. A sua tica manda tambm no meu corpo? Se pago, se quero, porque quero fazer do meu corpo aquilo que desejo. E se acabou. Olha, a gente vai ficar o dia inteiro nesta discusso boba. E no tenho tempo a perder. Por que o senhor quer cortar um pedao do crebro? Quero eliminar a minha memria. Para qu? Gozado, as pessoas s sabem perguntar: o qu? por qu? para qu? Falei com dezenas de pessoas e todos me perguntaram: por qu? No podem aceitar pura e simplesmente algum que deseja eliminar a memria. J que o senhor veio a mim para fazer esta operao, tenho ao menos o direito dessa informao. No quero mais me lembrar de nada. S isso. As coisas passaram, passaram. Fim! No to simples assim. Na vida diria, o senhor precisa da memria. Para lembrar pequenas coisas. Ou grandes. Compromissos, encontros, coisas a pagar, etc. tudo isso que vou eliminar. Marco numa agenda, olho ali e pronto. No d para fazer isso, de qualquer modo. A medicina no est to adiantada assim. Em lugar nenhum posso eliminar a minha memria? Que eu saiba no. Seria muito melhor para os homens. O dia a dia. O dia de hoje para a frente. Entende o que eu quero dizer? Nenhuma lembrana ruim ou boa, nenhuma neurose. O passado fechado, encerrado. Definitivamente bloqueado. No seria engraado? No se lembrar sequer do que se tomou no caf da manh? E para que quero me lembrar do que tomei no caf da manh? (Igncio de Loyola Brando. Cadeiras proibidas: contos. Rio de Janeiro: Codecri, 1984, p. 32-34.) Os avanos da gentica nos filmes Uma boa forma de se pensar as possibilidades e riscos no avano das cincias se aventurar nas fices literrias e cinematogrficas. Enquanto os cientistas devem zelar para no fazer especulaes infundadas, os autores de fico tratam de dar asas imaginao e projetar em histrias emocionantes as possveis aplicaes da cincia e alguns de seus efeitos inesperados. A possibilidade de recriao da vida humana ou do controle que poderamos ter sobre seus corpos e destinos so alguns dos grandes temas que h muito tempo vm sendo explorados. O que seria de nossa vida se soubssemos como prolong-la indefinidamente? Como ficariam nossos corpos se pudssemos transform-los vontade ou se consegussemos fabricar seres para nos substiturem nas tarefas duras e chatas? No seria uma maravilha se pudssemos implantar ou fazer um download de memrias e conhecimentos que nos dispensassem de ter que aprender na marra, com muito estudo e algumas experincias ruins? Que tal poder escolher e reconfigurar nossas caractersticas e as das pessoas com quem convivemos? Nosso imaginrio povoado por robs, clones, artifcios fantsticos, instrumentos poderosos e tecnologias sofisticadas que aparecem sob variadas formas nos enredos de diversos filmes. Metrpolis, Frankenstein, Blade Runner, Inteligncia Artificial, Eu Rob e Matrix so alguns que se tornaram clssicos, pois foram marcantes para geraes e continuam sendo referidos e revisitados. De maneira geral, retratam como boas ideias podem ter desdobramentos imprevistos e indesejveis. o que acontece, por exemplo, nas narrativas utpicas que descrevem sociedades ideais, mas que se revelam sombrias e nada atraentes quando conhecidas de perto, como nos filmes 1984 ou Brazil. Isto obviamente no invalida, nem deveria desestimular, os avanos do conhecimento. Pelo contrrio! Juntamente com as dvidas que essas histrias lanam sobre nossas certezas e expectativas, elas suscitam interrogaes e recolocam questes fundamentais. Se a engenharia gentica pode fazer as pessoas melhores, mais saudveis, mais desejveis, por que no seguir em frente? Quais seriam as implicaes dessa seleo artificial? Assistir e conversar sobre o filme GATTACA uma boa forma de entrar nessa discusso. O nome da produo e do local onde se passa vem das letras com que representamos as sequncias do DNA (G, A, T, C). Mais precisamente, as iniciais das bases qumicas dessas molculas: Guanina, Adenina, Timina e Citosina. O filme retrata uma sociedade organizada e estratificada de forma racional, tomando como base o levantamento gentico dos indivduos. Aparentemente, uma forma de se aproveitar melhor, e para o bem comum, as caractersticas e o potencial de cada um. Acontece que um jovem, inconformado com o destino que seus genes defeituosos lhe reservara, falseia sua identidade gentica para assumir a profisso com que sempre sonhara, a de espaonauta. Boa parte da trama e do suspense do filme advm do fato de que sua verdadeira identidade biolgica, invlida para aquela atividade, tinha que ser ocultada todo o tempo e com muita astcia, pois a manuteno da ordem social se baseava em constantes escaneamentos genticos. As situaes enfrentadas pelo personagem nos levam a compartilhar sua percepo de injustia, e torcer pela subverso ao sistema. (Bernardo Jefferson de Oliveira. Os avanos da gentica nos filmes. pr-Univesp, edio 6, 15.11.2010: www.univesp.ensinosuperior.sp.gov) Segundo se depreende da sntese de Bernardo Jefferson de Oliveira, ao apresentar uma sociedade organizada e estratificada de forma racional, tomando como base o levantamento gentico dos indivduos, o filme GATTACA focaliza uma utopia cuja aplicao, como em todas as utopias, acaba no dando inteiramente certo. Indique qual o aspecto da natureza humana que a organizao da sociedade de GATTACA ignorou e que acabou gerando toda complicao focalizada no enredo do filme.

Questão 27
2012Inglês

(UNESP - 2012/2 - 1a fase) Instruo: Leia a letra da msica, interpretada por Amy Winehouse, para responder s questes de nmeros 26 a 30 Tears dry on their own All I can ever be to you, Is a darkness that we knew And this regret I got accustomed to Once it was so right When we were at our high, Waiting for you in the hotel at night I knew I hadnt met my match But every moment we could snatch I dont know why I got so attached Its my responsibility, And you dont owe nothing to me But to walk away I have no capacity He walks away The sun goes down, He takes the day but Im grown And in your way In this blue shade My tears dry on their own. I dont understand Why do I stress a man, When theres so many bigger things at hand We could have never had it all We had to hit a wall So this is inevitable withdrawal Even if I stopped wanting you, A perspective pushes through Ill be some next mans other woman soon [] I wish I could say no regrets And no emotional debts Cause as we kissed goodbye the sun sets So we are history The shadow covers me The sky above a blaze That only lovers see (http://letras.terra.com.br. Adaptado.) Segundo a letra da msica, qual das seguintes frases indica que um relacionamento amoroso acabou?

Questão 28
2012Português

(UNESP - 2012- 2 fase) O homem que queria eliminar a memria (...) Estava na sala diante do doutor. Uma sala branca, annima. Por que so sempre assim, derrotando a gente logo de entrada? O mdico: Sim? Quero me operar. Quero que o senhor tire um pedao do meu crebro. Um pedao do crebro? Por que vou tirar um pedao do seu crebro? Porque eu quero. Sim, mas precisa me explicar. Justificar. No basta eu querer? Claro que no. No sou dono do meu corpo? Em termos. Como em termos? Bem, o senhor e no . H certas coisas que o senhor est impedido de fazer. Ou melhor; eu que estou impedido de fazer no senhor. Quem impede? A tica, a lei. A sua tica manda tambm no meu corpo? Se pago, se quero, porque quero fazer do meu corpo aquilo que desejo. E se acabou. Olha, a gente vai ficar o dia inteiro nesta discusso boba. E no tenho tempo a perder. Por que o senhor quer cortar um pedao do crebro? Quero eliminar a minha memria. Para qu? Gozado, as pessoas s sabem perguntar: o qu? por qu? para qu? Falei com dezenas de pessoas e todos me perguntaram: por qu? No podem aceitar pura e simplesmente algum que deseja eliminar a memria. J que o senhor veio a mim para fazer esta operao, tenho ao menos o direito dessa informao. No quero mais me lembrar de nada. S isso. As coisas passaram, passaram. Fim! No to simples assim. Na vida diria, o senhor precisa da memria. Para lembrar pequenas coisas. Ou grandes. Compromissos, encontros, coisas a pagar, etc. tudo isso que vou eliminar. Marco numa agenda, olho ali e pronto. No d para fazer isso, de qualquer modo. A medicina no est to adiantada assim. Em lugar nenhum posso eliminar a minha memria? Que eu saiba no. Seria muito melhor para os homens. O dia a dia. O dia de hoje para a frente. Entende o que eu quero dizer? Nenhuma lembrana ruim ou boa, nenhuma neurose. O passado fechado, encerrado. Definitivamente bloqueado. No seria engraado? No se lembrar sequer do que se tomou no caf da manh? E para que quero me lembrar do que tomei no caf da manh? (Igncio de Loyola Brando. Cadeiras proibidas: contos. Rio de Janeiro: Codecri, 1984, p. 32-34.) Os avanos da gentica nos filmes Uma boa forma de se pensar as possibilidades e riscos no avano das cincias se aventurar nas fices literrias e cinematogrficas. Enquanto os cientistas devem zelar para no fazer especulaes infundadas, os autores de fico tratam de dar asas imaginao e projetar em histrias emocionantes as possveis aplicaes da cincia e alguns de seus efeitos inesperados. A possibilidade de recriao da vida humana ou do controle que poderamos ter sobre seus corpos e destinos so alguns dos grandes temas que h muito tempo vm sendo explorados. O que seria de nossa vida se soubssemos como prolong-la indefinidamente? Como ficariam nossos corpos se pudssemos transform-los vontade ou se consegussemos fabricar seres para nos substiturem nas tarefas duras e chatas? No seria uma maravilha se pudssemos implantar ou fazer um download de memrias e conhecimentos que nos dispensassem de ter que aprender na marra, com muito estudo e algumas experincias ruins? Que tal poder escolher e reconfigurar nossas caractersticas e as das pessoas com quem convivemos? Nosso imaginrio povoado por robs, clones, artifcios fantsticos, instrumentos poderosos e tecnologias sofisticadas que aparecem sob variadas formas nos enredos de diversos filmes. Metrpolis, Frankenstein, Blade Runner, Inteligncia Artificial, Eu Rob e Matrix so alguns que se tornaram clssicos, pois foram marcantes para geraes e continuam sendo referidos e revisitados. De maneira geral, retratam como boas ideias podem ter desdobramentos imprevistos e indesejveis. o que acontece, por exemplo, nas narrativas utpicas que descrevem sociedades ideais, mas que se revelam sombrias e nada atraentes quando conhecidas de perto, como nos filmes 1984 ou Brazil. Isto obviamente no invalida, nem deveria desestimular, os avanos do conhecimento. Pelo contrrio! Juntamente com as dvidas que essas histrias lanam sobre nossas certezas e expectativas, elas suscitam interrogaes e recolocam questes fundamentais. Se a engenharia gentica pode fazer as pessoas melhores, mais saudveis, mais desejveis, por que no seguir em frente? Quais seriam as implicaes dessa seleo artificial? Assistir e conversar sobre o filme GATTACA uma boa forma de entrar nessa discusso. O nome da produo e do local onde se passa vem das letras com que representamos as sequncias do DNA (G, A, T, C). Mais precisamente, as iniciais das bases qumicas dessas molculas: Guanina, Adenina, Timina e Citosina. O filme retrata uma sociedade organizada e estratificada de forma racional, tomando como base o levantamento gentico dos indivduos. Aparentemente, uma forma de se aproveitar melhor, e para o bem comum, as caractersticas e o potencial de cada um. Acontece que um jovem, inconformado com o destino que seus genes defeituosos lhe reservara, falseia sua identidade gentica para assumir a profisso com que sempre sonhara, a de espaonauta. Boa parte da trama e do suspense do filme advm do fato de que sua verdadeira identidade biolgica, invlida para aquela atividade, tinha que ser ocultada todo o tempo e com muita astcia, pois a manuteno da ordem social se baseava em constantes escaneamentos genticos. As situaes enfrentadas pelo personagem nos levam a compartilhar sua percepo de injustia, e torcer pela subverso ao sistema. (Bernardo Jefferson de Oliveira. Os avanos da gentica nos filmes. pr-Univesp, edio 6, 15.11.2010: www.univesp.ensinosuperior.sp.gov) No primeiro pargrafo e em outras passagens do artigo, Bernardo Jefferson de Oliveira destaca que os literatos e os cineastas desfrutam de uma liberdade que os cientistas no tm ante suas prprias descobertas cientficas. Que liberdade essa?

Questão 28
2012Português

(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questo 28) O caso da A Folha [...] A Constituio Federal, edio oficial da Imprensa Nacional, 1891, Ttulo III seco II, Declarao dos Direitos, art. 72, 12, diz: Em qualquer assunto livre a manifestao do pensamento pela imprensa, ou pela tribuna sem dependncia de censura, respondendo cada um pelos abusos que cometer, nos casos e pela forma que a lei determinar. No permitido o anonimato. A lei que dispe sobre os crimes de responsabilidade do presidente da Repblica diz ainda: Art. 28 Tolher a liberdade da imprensa, impedindo arbitrariamente a publicao ou circulao dos jornais ou outros escritos impressos, etc. [...] Em dias da semana passada, nesta cidade do Rio de Janeiro, em plena Avenida Central, agentes de polcia e outros funcionrios subalternos, da repartio do doutor Geminiano, saram-se dos seus cuidados e apreenderam das mos de vendedores e rasgaram in continenti1 exemplares da A Folha, jornal recentemente fundado e dirigido pelo conhecido escritor Medeiros e Albuquerque. No segredo para ningum que o jornal desse ilustrado e destemido jornalista vem, desde a sua fundao, mantendo uma campanha contra a venda aos Estados Unidos dos navios que o Brasil tomou Alemanha, por ocasio de declarar a guerra a esta. A campanha tem sido corajosa e tem deveras contundido profundamente o governo, por isso, todos que se julgam pavoneados pelo Catete2 andam irritadssimos com o vespertino de Medeiros. A coisa est posta no ponto de vista patritico, ponto de vista em que no gosto de ver julgada qualquer questo. Para fim, o que eu achava honesto e srio, de cavalheiro, era entregar os buques3 aos seus verdadeiros donos; o mais tem um nome feio que no quero pr aqui. Mas, etc., etc. Os agentes, como ia eu dizendo, apreenderam os jornais de Medeiros e Albuquerque, diante do povo bestializado; e, ao outro dia, um nico quotidiano teve a coragem de denunciar semelhante escndalo, assim mesmo com reservas e injustificvel prudncia. Sou insuspeito para falar assim dos jornais, porque lhes devo muito; mas, por isso mesmo, julgo que a fora da imprensa periga, desde que nessa questo de liberdade de pensamento no houver a mais perfeita solidariedade de vistas em defend-la contra os atentados dos governos verdadeiramente poderosos e os que se fingem poderosos, como o atual. E essa defesa deve esquecer qualquer outra circunstncia que milite em favor ou desfavor do jornal. No se quer saber se o jornal A, atacado pelos alguazis4 da governana, tira mil ou um milho de exemplares, se escrito na lngua morta de Rui de Pina ou na que os smile-clssicos de hoje chamam vascono5 ou l que seja. O que se deve indagar primeiro se todo o ataque a um jornal ou sua liberdade de circulao no uma ameaa aos outros. Hodie mihi...6 Nesse caso da A Folha, apesar de serdios7 , os protestos vieram; e, ainda ontem, A Noite, na seco Ecos e Novidades, denuncia que o prprio diretor dos Correios foi, em pessoa, a determinada dependncia, para impedir que aquele jornal fosse distribudo aos seus assinantes. At onde querero ir os administradores do Brasil em sabujice? (Lima Barreto. Feiras e mafus, 1961.) (1) In continenti: no mesmo momento, imediatamente, no mesmo instante, na hora. (2) Catete: Palcio do Catete, sede da presidncia da Repblica. (3) Buques: navios. (4) Alguazil: funcionrio inferior de administrao ou de justia; funcionrio subalterno; oficial de diligncias; meirinho, beleguim, esbirro. (5) Vascono: basco; (fig.) linguagem confusa, afetada, ininteligvel. (6) Hodie mihi, cras tibi: provrbio latino que significa hoje a mim, amanh a ti, isto , o que acontece hoje comigo pode acontecer amanh com voc. (7) Serdio: fora de tempo, tardio, atrasado O que se deve indagar primeiro se todo o ataque a um jornal ou sua liberdade de circulao no uma ameaa aos outros. Hodie mihi... Explique o que quer dizer o cronista neste pargrafo, em termos de defesa da cidadania, ao empregar o provrbio latino Hodie mihi, cras tibi (hoje a mim, amanh a ti).