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Questões - UNESP | Gabarito e resoluções

Questão 6
2011Geografia

(UNESP - 2011 - 2 FASE) Observe a figura composta a partir de diversas imagens de satlite, que mostram o mundo noite. A partir da figura, identifique quatro aes humanas no espao terrestre, indicando as regies afetadas.

Questão 6
2011Português

(UNESP - 2011 - 1 FASE) A questo toma por base duas passagens do livroA linguagem harmnica da Bossa Nova, do docente e pesquisador da Unesp Jos Estevam Gava. Momento Bossa Nova Nos anos 1940, o samba-cano j era uma alternativa para o samba tradicional, batucado, quadrado. Em sua gnese foram empregados recursos correntes na msica erudita europeia e na msica popular norte-americana. J era algo mais sofisticado, praticado por compositores e arranjadores com maior preparo musical e sempre de ouvido aberto para as solues propostas pela msica estrangeira. O jazz, por exemplo, mais tarde permitiria fuses interessantes como o samba-jazz e o samba moderno, com arranjos grandiosos e com base nos instrumentos de sopro. Mas, em termos de poesia e expressividade, o samba-cano tendia a manter seu carter escuro, sombrio, com muitos elementos que lembravam a atmosfera tensa e pessimista do tango argentino e do bolero, gneros latinos por excelncia. O samba-cano esteve desde logo ambientado em Copacabana, lugar de vida noturna intensa, boates enfumaadas, mulheres adultas e fatais envoltas num clima de pecado e traio, enquanto a Bossa Nova ambientou-se mais para o Sul, em Ipanema, alm de tornar-se representativa de um pblico mais jovem, amante do sol e da praia. Nesse ambiente solar, a mulher passou a ser a garota da praia, a namorada. Deu-se um descanso s imagens de amante proibida e vingativa, com uma navalha na liga. E as letras da Bossa Nova no tinham nada de enfumaado. Eram uma saga ocenica: a nado, numa prancha ou num barquinho, seus compositores prestaram todas as homenagens possveis ao mar e ao vero. Esse mar e esse vero eram os de Ipanema (Castro, 1999, p. 59). A Bossa Nova levou aos extremos a tendncia intimista de cantar sobre temas do cotidiano, sem muita complicao potica. Em vez da negatividade do samba-cano, explorou ao mximo a positividade expressiva e um otimismo sem precedentes. Esse foi o grande trao distintivo entre a Bossa Nova e o samba-cano. O otimismo diante do amor trouxe consigo imagens de paz e estabilidade possibilitadas por relacionamentos amorosos felizes e amores correspondidos, sem as cores patolgicas e dramticas que tanto marcavam os sambascanes. Mesmo a dor, quando ocorria, era encarada como um estgio passageiro, deixando de assumir o antigo carter terminal. Em plenos anos 1950, quando nas rdios predominava o derramamento vocal e sentimental, Tom Jobim j buscava um retraimento expressivo pautado por um discurso potico/musical mais sereno, mais em tom de conversa do que de splica. Se os mais jovens identificavam-se com essas coisas novas, os mais velhos e tradicionalistas viam-nas com estranheza, sendo compreensvel que as descrevessem como canes bobas e ingnuas, no obstante a sofisticao harmnica e rtmica. (Jos Estevam Gava. A linguagem harmnica da Bossa Nova. So Paulo: Editora Unesp, 2002.) A partir do texto apresentado, aponte a alternativa que no caracteriza a Bossa Nova.

Questão 6
2011Geografia

(UNESP - 2011/2 - 2 FASE)Observe os mapas, adaptados de Marie-Franoise Durand 2009. A partir da anlise e comparao dos mapas, descreva trs caractersticas sobre a concentrao e uniformidade da presena muulmnica no mundo. Correlacione a regio de maior concentrao muulmana com fatos polticos ocorridos no primeiro semestre de 2011.

Questão 6
2011Português

(UNESP - 2011/2 - 1a fase) O sertanejo O moo sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e com um modo afvel: Fique descansado, camarada, que no o envergonharei levando-o ponta de lao para mostr-lo a toda aquela gente! No; ningum h de rir-se de sua desgraa. Voc um boi valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que s temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo. O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse mostra de o ter ele entendido, e continuou: Mas o ferro da sua senhora, que tambm a minha, tenha pacincia, meu Dourado, esse h de levar; que o sinal de o ter rendido o meu brao. Ser dela, no ser escravo; mas servir a Deus, que a fez um anjo. Eu tambm trago o seu ferro aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado. O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio do processo bem conhecido da inoculao de uma matria colorante na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com o suco do coipuna, que d uma bela tinta escarlate, com que os ndios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes de algodo. Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que j estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a p esquerda. Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?... Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei onde ach-lo. J lhe conheo o rasto. O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato; chegado beira, voltou a cabea para olhar o sertanejo, soltou um mugido saudoso e desapareceu. Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso adeus. E o narrador deste conto sertanejo no se anima a afirmar que ele se iludisse em sua ingnua superstio. (Jos de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado) Numa leitura atenta do trecho apresentado, verifica-se que o ltimo pargrafo contm

Questão 7
2011Português

(UNESP - 2011/2 - 1a fase) O sertanejo O moo sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e com um modo afvel: Fique descansado, camarada, que no o envergonharei levando-o ponta de lao para mostr-lo a toda aquela gente! No; ningum h de rir-se de sua desgraa. Voc um boi valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que s temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo. O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse mostra de o ter ele entendido, e continuou: Mas o ferro da sua senhora, que tambm a minha, tenha pacincia, meu Dourado, esse h de levar; que o sinal de o ter rendido o meu brao. Ser dela, no ser escravo; mas servir a Deus, que a fez um anjo. Eu tambm trago o seu ferro aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado. O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio do processo bem conhecido da inoculao de uma matria colorante na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com o suco do coipuna, que d uma bela tinta escarlate, com que os ndios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes de algodo. Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que j estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a p esquerda. Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?... Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei onde ach-lo. J lhe conheo o rasto. O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato; chegado beira, voltou a cabea para olhar o sertanejo, soltou um mugido saudoso e desapareceu. Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso adeus. E o narrador deste conto sertanejo no se anima a afirmar que ele se iludisse em sua ingnua superstio. (Jos de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado) Considere as seguintes palavras do texto: I. Moo. II. Mancebo. III. Sertanejo. IV. Valente. As palavras utilizadas pelo narrador para referir-se a Arnaldo Louredo esto contidas apenas em:

Questão 7
2011Geografia

(UNESP - 2011/2 - 2 FASE)Os grficos indicam a distribuio do consumo mundial de gua, por setores, nos grupos de pases. (Ricardo Hirata et al.Decifrando a Terra, 2010. Adaptado.) Indique os setores econmicos de maior consumo de gua e justifique as diferenas de uso entre os pases de baixa e mdia renda e os pases de alta renda.

Questão 7
2011Geografia

(UNESP - 2011 - 2 FASE) O mapa espacializa a rea do Golfo do Mxico. Cite o evento que ocorreu em abril de 2010 e trouxe problemas ambientais sem precedentes na regio do Golfo do Mxico. Apresente trs consequncias resultantes deste fato.

Questão 7
2011Português

(UNESP - 2011 - 1 FASE) A questo toma por base duas passagens do livroA linguagem harmnica da Bossa Nova, do docente e pesquisador da Unesp Jos Estevam Gava. Momento Bossa Nova Nos anos 1940, o samba-cano j era uma alternativa para o samba tradicional, batucado, quadrado. Em sua gnese foram empregados recursos correntes na msica erudita europeia e na msica popular norte-americana. J era algo mais sofisticado, praticado por compositores e arranjadores com maior preparo musical e sempre de ouvido aberto para as solues propostas pela msica estrangeira. O jazz, por exemplo, mais tarde permitiria fuses interessantes como o samba-jazz e o samba moderno, com arranjos grandiosos e com base nos instrumentos de sopro. Mas, em termos de poesia e expressividade, o samba-cano tendia a manter seu carter escuro, sombrio, com muitos elementos que lembravam a atmosfera tensa e pessimista do tango argentino e do bolero, gneros latinos por excelncia. O samba-cano esteve desde logo ambientado em Copacabana, lugar de vida noturna intensa, boates enfumaadas, mulheres adultas e fatais envoltas num clima de pecado e traio, enquanto a Bossa Nova ambientou-se mais para o Sul, em Ipanema, alm de tornar-se representativa de um pblico mais jovem, amante do sol e da praia. Nesse ambiente solar, a mulher passou a ser a garota da praia, a namorada. Deu-se um descanso s imagens de amante proibida e vingativa, com uma navalha na liga. E as letras da Bossa Nova no tinham nada de enfumaado. Eram uma saga ocenica: a nado, numa prancha ou num barquinho, seus compositores prestaram todas as homenagens possveis ao mar e ao vero. Esse mar e esse vero eram os de Ipanema (Castro, 1999, p. 59). A Bossa Nova levou aos extremos a tendncia intimista de cantar sobre temas do cotidiano, sem muita complicao potica. Em vez da negatividade do samba-cano, explorou ao mximo a positividade expressiva e um otimismo sem precedentes. Esse foi o grande trao distintivo entre a Bossa Nova e o samba-cano. O otimismo diante do amor trouxe consigo imagens de paz e estabilidade possibilitadas por relacionamentos amorosos felizes e amores correspondidos, sem as cores patolgicas e dramticas que tanto marcavam os sambascanes. Mesmo a dor, quando ocorria, era encarada como um estgio passageiro, deixando de assumir o antigo carter terminal. Em plenos anos 1950, quando nas rdios predominava o derramamento vocal e sentimental, Tom Jobim j buscava um retraimento expressivo pautado por um discurso potico/musical mais sereno, mais em tom de conversa do que de splica. Se os mais jovens identificavam-se com essas coisas novas, os mais velhos e tradicionalistas viam-nas com estranheza, sendo compreensvel que as descrevessem como canes bobas e ingnuas, no obstante a sofisticao harmnica e rtmica. (Jos Estevam Gava. A linguagem harmnica da Bossa Nova. So Paulo: Editora Unesp, 2002.) Segundo o texto, o principal trao distintivo da Bossa Nova com relao ao samba-cano foi

Questão 8
2011Geografia

(UNESP - 2011/2 - 2 FASE) A figura representa o ciclo hidrolgico. (Ivo Karmann. Decifrando a Terra, 2010. Adaptado.) Descreva o ciclo hidrolgico a partir da precipitao, indicando a energia que o move, e aponte as diferenas entre o ciclo hidrolgico lento e o rpido.

Questão 8
2011Geografia

(UNESP - 2011 - 2 FASE) No mapa est representada, em verde, uma formao vegetal. Identifique-a e mencione trs caractersticas da mesma.

Questão 8
2011Português

(UNESP - 2011/2 - 1a fase) O sertanejo O moo sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e com um modo afvel: Fique descansado, camarada, que no o envergonharei levando-o ponta de lao para mostr-lo a toda aquela gente! No; ningum h de rir-se de sua desgraa. Voc um boi valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que s temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo. O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse mostra de o ter ele entendido, e continuou: Mas o ferro da sua senhora, que tambm a minha, tenha pacincia, meu Dourado, esse h de levar; que o sinal de o ter rendido o meu brao. Ser dela, no ser escravo; mas servir a Deus, que a fez um anjo. Eu tambm trago o seu ferro aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado. O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio do processo bem conhecido da inoculao de uma matria colorante na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com o suco do coipuna, que d uma bela tinta escarlate, com que os ndios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes de algodo. Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que j estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a p esquerda. Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?... Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei onde ach-lo. J lhe conheo o rasto. O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato; chegado beira, voltou a cabea para olhar o sertanejo, soltou um mugido saudoso e desapareceu. Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso adeus. E o narrador deste conto sertanejo no se anima a afirmar que ele se iludisse em sua ingnua superstio. (Jos de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado) Ser dela, no ser escravo; mas servir a Deus, que a fez um anjo. Com esta viso que o sertanejo tem de sua senhora, fica perfeitamente caracterizado no relato um dos traos fundamentais da literatura do Romantismo:

Questão 8
2011Português

(UNESP - 2011 - 1 FASE) A questo toma por base duas passagens do livroA linguagem harmnica da Bossa Nova, do docente e pesquisador da Unesp Jos Estevam Gava. Momento Bossa Nova Nos anos 1940, o samba-cano j era uma alternativa para o samba tradicional, batucado, quadrado. Em sua gnese foram empregados recursos correntes na msica erudita europeia e na msica popular norte-americana. J era algo mais sofisticado, praticado por compositores e arranjadores com maior preparo musical e sempre de ouvido aberto para as solues propostas pela msica estrangeira. O jazz, por exemplo, mais tarde permitiria fuses interessantes como o samba-jazz e o samba moderno, com arranjos grandiosos e com base nos instrumentos de sopro. Mas, em termos de poesia e expressividade, o samba-cano tendia a manter seu carter escuro, sombrio, com muitos elementos que lembravam a atmosfera tensa e pessimista do tango argentino e do bolero, gneros latinos por excelncia. O samba-cano esteve desde logo ambientado em Copacabana, lugar de vida noturna intensa, boates enfumaadas, mulheres adultas e fatais envoltas num clima de pecado e traio, enquanto a Bossa Nova ambientou-se mais para o Sul, em Ipanema, alm de tornar-se representativa de um pblico mais jovem, amante do sol e da praia. Nesse ambiente solar, a mulher passou a ser a garota da praia, a namorada. Deu-se um descanso s imagens de amante proibida e vingativa, com uma navalha na liga. E as letras da Bossa Nova no tinham nada de enfumaado. Eram uma saga ocenica: a nado, numa prancha ou num barquinho, seus compositores prestaram todas as homenagens possveis ao mar e ao vero. Esse mar e esse vero eram os de Ipanema (Castro, 1999, p. 59). A Bossa Nova levou aos extremos a tendncia intimista de cantar sobre temas do cotidiano, sem muita complicao potica. Em vez da negatividade do samba-cano, explorou ao mximo a positividade expressiva e um otimismo sem precedentes. Esse foi o grande trao distintivo entre a Bossa Nova e o samba-cano. O otimismo diante do amor trouxe consigo imagens de paz e estabilidade possibilitadas por relacionamentos amorosos felizes e amores correspondidos, sem as cores patolgicas e dramticas que tanto marcavam os sambascanes. Mesmo a dor, quando ocorria, era encarada como um estgio passageiro, deixando de assumir o antigo carter terminal. Em plenos anos 1950, quando nas rdios predominava o derramamento vocal e sentimental, Tom Jobim j buscava um retraimento expressivo pautado por um discurso potico/musical mais sereno, mais em tom de conversa do que de splica. Se os mais jovens identificavam-se com essas coisas novas, os mais velhos e tradicionalistas viam-nas com estranheza, sendo compreensvel que as descrevessem como canes bobas e ingnuas, no obstante a sofisticao harmnica e rtmica. (Jos Estevam Gava. A linguagem harmnica da Bossa Nova. So Paulo: Editora Unesp, 2002.) Seguindo as lies do fragmento apresentado sobre as caractersticas temticas de cada gnero musical, aponte quais dos quatro seguintes exemplos fazem parte de letras de sambas-canes. I. No falem dessa mulher perto de mim, / No falem pra no me lembrar minha dor (Cabelos brancos, de Marino Pinto e Herivelto Martins.) II. Doce sonhar / E pensar que voc / Gosta de mim / Como eu de voc (Este seu olhar, de A. C. Jobim.) III. Eu no seria essa mulher que chora / Eu no teria perdido voc (Castigo, de Dolores Duran.) IV. Ah! se eu pudesse te mostrar as flores / Que cantam suas cores pra manh que nasce (Ah! se eu pudesse, de Roberto Menescal e Ronaldo Boscoli.)

Questão 9
2011Português

(UNESP - 2011/2 - 1a fase) O sertanejo O moo sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e com um modo afvel: Fique descansado, camarada, que no o envergonharei levando-o ponta de lao para mostr-lo a toda aquela gente! No; ningum h de rir-se de sua desgraa. Voc um boi valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que s temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo. O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse mostra de o ter ele entendido, e continuou: Mas o ferro da sua senhora, que tambm a minha, tenha pacincia, meu Dourado, esse h de levar; que o sinal de o ter rendido o meu brao. Ser dela, no ser escravo; mas servir a Deus, que a fez um anjo. Eu tambm trago o seu ferro aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado. O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio do processo bem conhecido da inoculao de uma matria colorante na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com o suco do coipuna, que d uma bela tinta escarlate, com que os ndios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes de algodo. Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que j estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a p esquerda. Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?... Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei onde ach-lo. J lhe conheo o rasto. O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato; chegado beira, voltou a cabea para olhar o sertanejo, soltou um mugido saudoso e desapareceu. Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso adeus. E o narrador deste conto sertanejo no se anima a afirmar que ele se iludisse em sua ingnua superstio. (Jos de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado) O emprego da palavra camarada pelo vaqueiro, com relao ao boi, caracteriza: I. Uma expresso de fadiga. II. Uma atitude amistosa para com o boi. III. O tratamento do animal como um companheiro. IV. O desprezo pelo boi como um inimigo. correto o que se afirma apenas em:

Questão 9
2011Filosofia

(UNESP - 2011 - 2 FASE) E a verdade, o que ser? A filosofia busca a verdade, mas no possui o significado e substncia da verdade nica. Para ns, a verdade no esttica e definitiva, mas movimento incessante, que penetra no infinito. No mundo, a verdade est em conflito perptuo. A filosofia leva esse conflito ao extremo, porm o despe de violncia. Em suas relaes com tudo quanto existe, o filsofo v a verdade revelar-se a seus olhos, graas ao intercmbio com outros pensadores e ao processo que o torna transparente a si mesmo. Eis porque a filosofia no se transforma em credo. Est em contnuo combate consigo mesma. (Karl Jaspers, 1971.) Com base no texto, responda se a verdade filosfica pretende ser absoluta, justificando sua resposta com uma passagem do texto citado. Ainda de acordo com o fragmento, explique como podemos compreender os conflitos entre filosofia e religio e cite o principal movimento filosfico ocidental do perodo moderno que se caracterizou pelos conflitos com a religio.

Questão 9
2011Filosofia

(UNESP - 2011/2 - 2 FASE) Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rsticas, enquanto se limitaram a costurar com espinhos ou com cerdas suas roupas de peles, a enfeitarem-se com plumas e conchas, a pintar o corpo com vrias cores, a aperfeioar ou embelezar seus arcos e flechas, a cortar com pedras agudas algumas canoas de pescador ou alguns instrumentos grosseiros de msica em uma palavra: enquanto s se dedicavam a obras que um nico homem podia criar e a artes que no solicitavam o concurso de vrias mos, viveram to livres, sadios, bons e felizes quanto o poderiam ser por sua natureza. O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acredit-lo. Quantos crimes, guerras, assassnios, misrias e horrores no teria poupado ao gnero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: Defendei-vos de acreditar nesse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos so de todos e que a terra no pertence a ningum. (Jean-Jacques Rousseau. Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens. Adaptado.) Cite a principal diferena estabelecida por Rousseau entre a vida em estado de natureza e a vida na sociedade civil, e explique o significado dessa diferena no mbito da filosofia poltica.