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Questões - ITA | Gabarito e resoluções

Questão 19
2008Química

(ITA - 2008) Assinale a opo ERRADA que apresenta (em kJ/mol) a entalpia padro de formao (Hf) da substncia a 25 C.

Questão 19
2008Inglês

(ITA - 2008 - 1a Fase) Ethical abuses in the authorship of scientific papers 1Problems regarding the order of authorship of scientific papers have become more frequent and 2more abusive. These problems may have heightened due to the ever increasing pressure to 3publish or perish in the academic world, given that the publication of scientific articles has 4become the benchmark of success in a field with few job opportunities. This article reviews the 5abuses in the authorship of scientific papers. Different examples are given of the most common 6problems and recommendations are provided for authors and journal editors. Rev. Bras. Entomol.Vol. 51 no. 1 So Paulo, Jan./Mar. 2007 ndice no canto superior esquerdo das palavras indicam o nmero da linha no texto original. Os termos heightened (linha 2), benchmark (linha 4) e are provided (linha 6) podem ser traduzidos, respectivamente, como:

Questão 20
2008Inglês

(ITA - 2008 - 1a Fase) Ethical abuses in the authorship of scientific papers 1Problems regarding the order of authorship of scientific papers have become more frequent and 2more abusive. These problems may have heightened due to the ever increasing pressure to 3publish or perish in the academic world, given that the publication of scientific articles has 4become the benchmark of success in a field with few job opportunities. This article reviews the 5abuses in the authorship of scientific papers. Different examples are given of the most common 6problems and recommendations are provided for authors and journal editors. Rev. Bras. Entomol.Vol. 51 no. 1 So Paulo, Jan./Mar. 2007 ndice no canto superior esquerdo das palavras indicam o nmero da linha no texto original. A expresso given that (linha 3) pode ser substituda por

Questão 20
2008Química

(ITA - 2008) Qual das substncias abaixo no empregada na fabricao da plvora negra?

Questão 20
2008Física

(ITA - 2008 - 1a Fase) Certa quantidade de oxignio (considerado aqui como gs ideal) ocupa um volume vi a uma temperatura Ti e presso pi. A seguir, toda essa quantidade comprimida, por meio de um processo adiabtico e quase esttico, tendo reduzido o seu volume para vf = vi/2. Indique o valor do trabalho realizado sobre esse gs.

Questão 20
2008Matemática

(ITA - 2008 - 1a Fase) Sejam r e s duas retas paralelas distando 10 cm entre si. Seja P um ponto no plano definido por r e s e exterior regio limitada por estas retas, distando 5 cm de r. As respectivas medidas da rea e do permetro, em cm2 e cm, do tringulo eqiltero PQR cujos vrtices Q e R esto, respectivamente, sobre as retas r e s, so iguais a

Questão 23
2008Português

(ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. No penltimo pargrafo, a conjuno mas (linha 41) estabelece com os demais argumentos do texto uma relao de

Questão 24
2008Português

(ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. Da frase iniciada na linha 42, De fato, se o jogador..., pode-se concluir que o autor

Questão 25
2008Português

[QUESTO ANULADA] (ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. Considere as seguintes afirmaes sobre a expresso perigo de gol (linha 14): I. exemplo de uso de linguagem denotativa, j que foi usada em sentido dicionarizado. II. exemplo de uso de linguagem tcnica, uma vez que configura uma terminologia especfica do futebol. III. exemplo de uso de linguagem popular, visto que utilizada por leigos em relao a lances, dos quais desconhecem os nomes. Est(ao) correta(s): a)apenas I. b)apenas II. c)apenas III. d)apenas I e II. e)todas.

Questão 26
2008Português

(ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. Na frase, Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. (linha 3), podemos entender que o azar

Questão 27
2008Português

(ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. Um outro ttulo para o texto poderia ser:

Questão 28
2008Português

(ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. Assinale a opo em que a palavra em destaque permite duplo sentido.

Questão 29
2008Português

(ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. Qual dos advrbios terminados em -mente incide sobre o contedo de toda a frase?

Questão 30
2008Português

(ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. O autor defende a tese de que

Questão 31
2008Português

(ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. Considere as seguintes afirmaes sobre a argumentao no texto: I. A comparao entre a criao de um poema e um jogo de futebol funciona como argumento para a tese do autor. II. O comentrio do autor sobre o fato de ele no ser supersticioso tem a funo de introduzir o argumento de que os tcnicos de futebol tambm tm suas crenas. III. O exemplo iniciado na linha 14 (Tomemos, como exemplo...) um contra-argumento para a afirmao de que o resultado seja apenas fruto do acaso, pargrafo iniciado na linha 29 (No quero dizer com isso...). Est(o) correta(s)